Paul Craig Roberts
De acordo com notícias publicadas e conforme este apelo de Kristoferis Voishka o governo pró americano instalado na Lituânia está a
perseguir lituanos que discordam da propaganda anti-russa que está a levar os
fantoches da OTAN de Washington à guerra com aquela potência. Ao contrário do
seu governo fantoche, os lituanos entendem que uma guerra com a Rússia
significa que a Lituânia seria totalmente destruída, um resultado que em nada
incomodaria Washington, assim como Washington permanece imperturbável quando
suas forças aniquilam festas de casamentos, funerais e jogos de bola de
crianças.
O que é a Lituânia? Para Washington é um nada.
Kristoferis Voiska dirige um sítio web alternativo na
Lituânia. Não há muito ele entrevistou-me e a entrevista foi publicada em ambos
os jornais lituanos e no seu programa de notícias na Internet sob a forma de
vídeo. Achei-o sincero e bem informado. Adverti-o que entrevistar-me poderia
trazer-lhe transtornos, mas já estava ciente disso.
Tenho dito muitas vezes que os americanos são o povo mais
mal informado do planeta.
Ele está inconsciente do crescente impulso rumo à guerra com
a Rússia. A imprensa presstituta [1] por toda a Europa, especialmente nos
estados bálticos e na Polônia, trabalha arduamente para criar no povo o medo de
uma invasão russa. O medo orquestrado proporciona-lhes então a base para os
governos fantoches mendigarem tropas e tanques e mísseis junto a Washington – o
complexo militar e de segurança dos EUA que, contando seus lucros, agradece.
Mas o que a Rússia vê é uma ameaça, não uma oportunidade de
fazer dinheiro para o complexo militar e de segurança e para subornos aos
corruptos governos lituano e polaco, os quais assemelham-se cada vez ao governo
neo-nazi com que Washington dotou a Ucrânia.
A situação é perigosa, como continuo a dizer, uma mensagem
que alguns são demasiado fracos para aceitar.
Se quiser mostrar apoio a Kristoferis e aos media
independentes na Lituânia, envie-lhes emails: tautiniai.socialistai@yandex.ru
Daqui a uma semana terei 76 anos. Nasci em 1939 quando a II
Guerra Mundial estava a desenrolar-se como consequência direta do Tratado de
Versalhes que rompeu todas as promessas que o presidente Woodrow Wilson fez à
Alemanha em troca do fim da I Guerra Mundial.
Recordo, como uma criança da Guerra-fria, de ensaios de
ataque nuclear em escolas primárias durante os quais nos agachávamos sob nossas
carteiras escolares. Éramos marcados com etiquetas com o nosso tipo de sangue
tal como as etiquetas em dilacerados soldados dos EUA mortos nos filmes de
guerra por alemães e japs (uma palavra que já não é permissível) e enviados de
volta para família do GI morto.
Para nós aquilo era mais romântico do que assustador.
Gostávamos de usar as etiquetas. Não tenho ideia do que aconteceu à minha. Elas
devem ser boas para colecionadores nesta altura.
Vi muitas coisas. Quando garotos
brincavam de guerra – naqueles dias podia-se ter armas de brinquedo sem ser
alvejado pela polícia que nos protege – gostávamos das vitórias da América na
Guerra Mundial. Entendíamos, graças a nossos pais e avós, que o Exército
Vermelho venceu a guerra contra a Alemanha, mas nós americanos batemos os
cruéis japs.
Aquilo era suficiente. Sabíamos
que os EUA eram duros.
Eu tinha 14 anos quando irrompeu
a Guerra da Coreia. Esperávamos vencer, naturalmente, e nossas expectativas, pensávamos,
demonstraram-se corretas quando as aterragens dos anfíbios do general MacArthur
laminaram o exército norte-coreano. Mas o que MacArthur e Washington haviam
passado por alto é que a China e a União Soviética não estavam prestes a
aceitar uma vitória estadunidense.
Antes que os americanos pudessem
aplaudir, o Exército Chinês do Terceiro Mundo entrou em cena e empurrou o
conquistador do Japão de volta para a ponta da Coreia do Sul. Foi uma derrota
humilhante para as armas americanas. Na sua disputa com o presidente Truman
acerca da condução da guerra, MacArthur, o mais famoso general da América, foi
removido do comando.
Washington aceitou a derrota na
Coreia e mais uma vez no Vietnam, onde uma força estadunidense de 500 mil
homens, consistente de Exército, Fuzileiros Navais e Forças Especiais foi
derrotada por um exército guerrilheiro do Terceiro Mundo.
A estas derrotas podemos
acrescentar o Afeganistão e o Iraque. Após 14 anos de matanças, o Taliban
controla a maior parte do país. Jihadistas talharam um novo estado a partir de
partes da Síria e do Iraque. O Médio Oriente fede a derrota americana. Assim
como a Coreia. Assim como o Vietnam.
Apesar destes fatos, americanos
despreocupados e seus ensandecidos governantes em Washington imaginam que os
EUA são uma Potência Única, a única superpotência do mundo contra a qual nenhum
país pode levantar-se. Arrogância, ignorância e orgulho estão a levar os EUA a
um conflito com a Rússia e a China, cada uma das quais pode destruir os EUA com
facilidade. E a Europa também. E o estúpido compra-e-paga governo japonês, uma
não-entidade total, uma desgraça para o povo japonês, uma coleção de bem pagos
fantoches americanos.
Como documentou Andrew Cockburn
os militares estadunidenses estão perdidos em abstrações e já não são maiscapazes de conduzir guerra convencional . Qualquer exército americano ou da
OTAN enviado para atacar a Rússia será destruído quase instantaneamente. Washington
não pode aceitar a perda de prestígio da derrota e iria à guerra nuclear. A
vida sobre a terra acabaria.
A única conclusão que análise bem
informada confirma é que Washington é a maior ameaça à vida sobre a terra.
Washington é uma ameaça maior do que o aquecimento global [NR] . Washington é
uma ameaça maior do que o esgotamento de fontes de energia mineral. Washington
é uma ameaça maior do que o aumento da pobreza no mundo e nos EUA devido à sua
política de enriquecer os poucos a expensas dos muitos.
A única conclusão possível é que,
a menos que Washington entre em colapso devido ao seu castelo de cartas econômico
ou seja abandonado pelos seus estados fantoches da OTAN, destruirá a vida sobre
a terra.
Washington é o maior mal que o
mundo alguma vez já enfrentou. Não há nada de bom em Washington. Só
maldade.
[1] Presstituta: contração de
press + prostituta.
[NR] O mítico aquecimento global
é um falso problema inventado para distrair o mundo dos problemas reais. Ver
Impostura global .
O original encontra-se em
www.paulcraigroberts.org/...
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/ .
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