tag:blogger.com,1999:blog-63131279723416421562024-03-06T00:26:17.534-03:00Professor Jeovane "Esquerdopata"Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.comBlogger1438125tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-23237088595561252502023-09-04T14:18:00.002-03:002023-09-04T14:18:47.893-03:00Kollontai: "A Prostituição e as maneiras de combatê-la"<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2ZOBHZ4Rn4INjKtCKW8GP2rGGEAZfv7v5xga6b7DIiVF4FrtJEbGseN4qaXmAmAKQUm5E-9Vd1W6MzQycFfglRbRKMLsjM6afjTQt5EnPoB-fTuJ11hpG9QYce3W9NONPeDGCXBTqUjqb1kAxXChSkP0n225pOGaJieJmxLmAwbd5YDqlr2fGTeqoOzs/s768/bot%C3%A3o-do-sexo-no-teclado-36733110.webp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="768" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2ZOBHZ4Rn4INjKtCKW8GP2rGGEAZfv7v5xga6b7DIiVF4FrtJEbGseN4qaXmAmAKQUm5E-9Vd1W6MzQycFfglRbRKMLsjM6afjTQt5EnPoB-fTuJ11hpG9QYce3W9NONPeDGCXBTqUjqb1kAxXChSkP0n225pOGaJieJmxLmAwbd5YDqlr2fGTeqoOzs/s320/bot%C3%A3o-do-sexo-no-teclado-36733110.webp" width="320" /></a></div><p align="justify" style="border: none; padding: 0cm;"><span class="tr_bq" style="background-color: #f3f7fe; color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; text-align: start;"><b><i>"A Prostituição e as maneiras de combatê-la" </i></b></span><b style="background-color: #f3f7fe; color: #0c343d; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; text-align: left;"><i>por Alexandra Kollontai</i></b></p><p align="justify" style="border: none; padding: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><b>Camaradas, a questão da
prostituição é um assunto difícil e espinhoso que tem recebido
pouquíssima atenção na Rússia Soviética. O sinistro legado de
nosso passado capitalista burguês continua a envenenar a atmosfera
da república operária e afeta a saúde física e moral do povo
trabalhador da Rússia Soviética. É verdade que nos três anos da
revolução a natureza da prostituição tem, sob a pressão das
mudanças econômicas e sociais, alterado de certa forma. Mas ainda
estamos longe de nos ver livres deste mal. A prostituição continua
a existir e ameaça o sentimento de solidariedade e camaradagem entre
os homens e mulheres trabalhadoras, os membros da república
operária. E este sentimento é a fundação e a base da sociedade
comunista que estamos construindo e tornando uma realidade. É hora
de pensar e prestar atenção às razões por trás da prostituição.
É hora de encontrarmos maneiras e meios nos livrarmos de uma vez por
todas deste mal, que não tem lugar em uma república operária.</b></i></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-arh2s"></a><a name="viewer-b0knn"></a>
Nossa república operária até então não criou leis direcionadas à
eliminação da prostituição, e nem ao menos lançou uma fórmula
clara e científica sobre a visão de que a prostituição é algo
que fere o coletivo. Sabemos que a prostituição é um mal, também
temos conhecimento de que no momento, neste período transicional com
todos os seus problemas, a prostituição se tornou extremamente
difundida. Mas varremos tal problema para de baixo do tapete, temos
estado em silêncio sobre isso. Isto é, parcialmente, por conta das
atitudes hipócritas que herdamos da burguesia, e parcialmente por
causa de nossa relutância em considerar e aceitar os danos que a
prostituição em larga escala causa à coletividade. E nossa falta
de entusiasmo na luta contra a prostituição se refletiu na nossa
legislação.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-9kqg"></a><a name="viewer-ev2ln"></a>
Nós ainda não passamos nenhum estatuto reconhecendo a prostituição
como um fenômeno social prejudicial. Quando as velhas leis czaristas
foram revogadas pelo Conselho de Comissários do Povo, todos os
estatutos relativos à prostituição foram abolidos. Todavia nenhuma
medida nova baseada nos interesses do trabalho coletivo foi
introduzida. Deste modo as políticas das autoridades soviéticas
direcionadas às prostitutas e à prostituição têm sido
caracterizadas por diversidade e contradições. Em algumas áreas a
polícia ainda realiza batidas policiais contra as prostitutas como
nos velhos tempos. Em outros lugares, os bordéis existem
abertamente. (A Comissão Interdepartamental sobre a Luta contra a
Prostituição possui dados sobre isso.) E ainda existem algumas
outras áreas em que as prostitutas são consideradas criminosas e
são jogadas em campos de trabalho forçado. As diferentes atitudes
das autoridades locais evidenciam a ausência de um estatuto
claramente redigido. Nossa vaga atitude se tratando deste fenômeno
social complexo é responsável, por uma série de distorções e
desvios dos princípios subjacentes à nossa legislação e
moralidade.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-amb0h"></a><a name="viewer-71hm1"></a>
Sendo assim, nós devemos não somente confrontar o problema da
prostituição, mas buscar uma solução que seja alinhada com nossos
princípios básicos e com o programa de mudança social e econômica
adotados pelo partido dos comunistas. Devemos, acima de tudo, definir
claramente o que é a prostituição. A prostituição é um fenômeno
que está intimamente ligado à renda não produtiva e que prospera
na época dominada pelo capital e pela propriedade privada. As
prostitutas, sob nosso ponto de vista, são mulheres que vendem seus
corpos pelo benefício material – por comida decente, por
vestimentas e outras vantagens; as prostitutas são todas aquelas que
evitam a necessidade de trabalhar dando-se para um homem, seja em uma
base temporária ou por toda a vida.</p><p align="justify" style="line-height: 150%;"><br /></p><span></span><span><a name='more'></a></span><p align="justify" style="line-height: 150%;"><span style="text-align: left;">Nossa república soviética dos trabalhadores herdou a prostituição
do passado capitalista burguês, quando somente um pequeno número de
mulheres estavam envolvidas no trabalho dentro da economia nacional e
a maioria contava com o “macho chefe de família”, com o pai ou o
marido. A prostituição surgiu nos primeiros Estados como a
inevitável sombra da instituição do casamento, a qual foi
projetada para preservar os direitos à propriedade privada e
garantir a herança de propriedade através de uma linhagem de
herdeiros legítimos. A instituição do casamento tornou possível
prevenir que a riqueza acumulada fosse espalhada entre um vasto
número de “herdeiros”. Mas existe uma enorme diferença entre a
prostituição na Grécia e em Roma e a prostituição que conhecemos
hoje. Nos tempos antigos o número de prostitutas era pequeno, e não
havia aquela hipocrisia que colore a moralidade do mundo burguês e
obriga a sociedade burguesa a tirar seu chapéu em respeito à
“esposa fiel” de um magnata industrial que obviamente se vendeu
para um marido que ela não ama, e virar as costas em asco a uma
garota forçada à sarjeta pela pobreza, falta de moradia, desemprego
e outras circunstâncias sociais que derivam da existência do
capitalismo e da propriedade privada. O mundo antigo tratava a
prostituição como o complemento legal das relações familiares
exclusivas. Aspasia [a amante de Péricles] era respeitada por seus
contemporâneos muito mais do que as esposas incolores do aparato
reprodutor.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-2od8b"></a><a name="viewer-t365"></a>
Com o surgimento do capitalismo, a figura muda. Nos séculos XIX e XX
a prostituição assume proporções ameaçadoras pela primeira vez.
A venda da labuta da mulher, que é íntima e inseparavelmente
conectada com a venda do corpo feminino aumenta constantemente,
levando a uma situação onde a respeitada esposa de um operário, e
não somente a garota abandonada e “desonrada”, se junta às
fileiras das prostitutas: uma mãe pelo bem de seus filhos, ou uma
jovem moça como Sonya Marmeladovaidadãos dignos e era abertamente
aceita por eles.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-epimt"></a><a name="viewer-4r5di"></a>
Com o surgimento do capitalismo, a figura muda. Nos séculos XIX e XX
a prostituição assume proporções ameaçadoras pela primeira vez.
A venda da labuta da mulher, que é íntima e inseparávelmente
conectada com a venda do corpo feminino aumenta constantemente,
levando a uma situação onde a respeitada esposa de um operário, e
não somente a garota abandonada e “desonrada”, se junta às
fileiras das prostitutas: uma mãe pelo bem de seus filhos, ou uma
jovem moça como Sonya Marmeladova<strong>[1]</strong> pelo bem de
sua família. Este é o horror e a desesperança resultantes da
exploração do trabalho pelo capital. Quando a renda de uma mulher é
insuficiente para mantê-la viva, a venda de favores parece uma
possível ocupação subsidiária. A moral hipócrita da sociedade
burguesa encoraja a prostituição pela estrutura de sua economia
exploradora, enquanto ao mesmo tempo cobre impiedosamente de desprezo
qualquer menina ou mulher que é forçada à tomar este caminho.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-cd1bl"></a><a name="viewer-3rei7"></a>
A sombra da prostituição espreita o casamento legal da sociedade
burguesa. A história nunca antes havia testemunhado tal crescimento
da prostituição como ocorreu na última parte do século XIX e no
século XX. Em Berlim existe uma prostituta para cada vinte ditas
mulheres honestas. Em Paris a proporção é de uma a cada dezoito e
em Londres uma a cada nove. Existem tipos diferentes de prostituição:
a prostituição aberta que é legal e sujeita a regulação, e o
tipo secreto, “sazonal”. Todas as formas de prostituição
florescem como uma flor venenosa nos pântanos do modo de vida
burguês.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-6uic9"></a><a name="viewer-18vqv"></a>
O mundo da burguesia não poupa nem ao menos as crianças, forçando
jovens meninas de nove e dez anos nos sórdidos abraços dos velhos
ricos e depravados. Nos países capitalistas existem bordéis que se
especializam exclusivamente em garotas muito jovens. Neste período
presente do pós-guerra toda mulher encara a possibilidade de
desemprego. O desemprego atinge as mulheres em particular, e causa um
aumento enorme do exército de “mulheres da rua”. Multidões
famintas de mulheres procurando por compradores de “escravas
brancas” inundam as ruas de Berlim, Paris e outros centros
civilizados dos Estados capitalistas. A venda da carne de mulher é
conduzida abertamente, o que não é surpreendente quando você
considera que todo o modo de vida burguês é baseado na compra e
venda. Existe um elemento inegável de considerações materiais e
econômicas em até mesmo o mais legal dos casamentos. A prostituição
é a saída para as mulheres que falham em encontrar um
chefe-de-família permanente. A prostituição, sob o capitalismo
fornece aos homens a oportunidade de ter relações sexuais sem ter
que tomar para si a responsabilidade de cuidar materialmente da
mulher até a morte.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-9uue6"></a><a name="viewer-e4pk9"></a>
Mas se a prostituição tem tanta resistência e é tão difundida
mesmo na Rússia, como nós vamos lutar contra ela? Para responder
essa questão devemos primeiro analisar mais detalhadamente os
fatores que dão origem à prostituição. A ciência burguesa e seus
acadêmicos adoram provar para o mundo, que a prostituição é um
fenômeno patológico, por exemplo, que ela resulta das anormalidades
de certas mulheres, assim como algumas pessoas são criminosas por
natureza, algumas mulheres, argumenta-se, são prostitutas por
natureza. Independente de onde ou como tais mulheres podem ter
vivido, elas se voltariam a uma vida de pecado. Os marxistas e os
estudiosos, doutores e estatísticos mais conscientes mostraram
claramente que a ideia de uma “disposição inata” é falsa. A
prostituição é acima de tudo um fenômeno social; é intimamente
conectado à posição carente da mulher e à sua dependência
econômica do homem no casamento e na família. As raízes da
prostituição são econômicas. A mulher por um lado é colocada em
uma posição economicamente vulnerável, e por outro tem sido
condicionada por séculos de educação para que se esperem favores
materiais de um homem em troca de favores sexuais – sejam eles
prestados dentro ou fora do laço matrimonial. Esta é a raíz do
problema. Aqui está a razão para a prostituição.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-ec6bk"></a><a name="viewer-6fla4"></a>
Se os acadêmicos da escola Lombroso-Tarnovsky estivessem corretos em
afirmar que as prostitutas nascem com as marcas da corrupção e
anormalidade sexual, como explicar o fato bem conhecido de que em
tempos de crise e desemprego o número de prostitutas aumenta
imediatamente? Como explicar o fato de que os fornecedores de
“mercadoria viva” que viajavam da Rússia czarista para outros
países da Europa ocidental sempre encontravam uma rica colheita em
áreas onde as plantações falharam e a população sofria com a
fome, ao passo que eles saíam com menos recrutas de áreas de
abundância? Por que muitas das mulheres que alegadamente são
condenadas pela natureza à ruína só recorrem à prostituição em
anos de fome e desemprego?</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-emluk"></a><a name="viewer-5e3ji"></a>
Também é significativo que nos países capitalistas a prostituição
recrute suas servas das camadas sem propriedade da população. O
trabalho mal remunerado, falta de moradia, pobreza aguda e a
necessidade de sustentar irmãs e irmãos mais novos: estes são os
fatores que produzem a maior porcentagem de prostitutas. Se as
teorias burguesas sobre a disposição corrupta e criminosa fossem
verdade, então todas as classes da população deveriam contribuir
igualmente para a prostituição. Deveria haver a mesma proporção
de mulheres corruptas entre as ricas como entre as pobres. Mas as
prostitutas profissionais, mulheres que vivem pelos seus corpos, são
com raras exceções recrutadas das classes mais pobres. Pobreza,
fome, privação e flagrantes desigualdades sociais que são a base
do sistema burguês levam essas mulheres à prostituição.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-6d79r"></a><a name="viewer-270bv"></a>
Ou talvez se possa apontar para o fato de que as prostitutas dos
países capitalistas são extraídas, segundo as estatísticas, da
faixa etária dos treze aos vinte e três anos. Crianças e jovens
mulheres, em outras palavras. E a maioria dessas garotas é sozinha e
sem teto. As garotas de origens ricas que tem a excelente família
burguesa para protegê-las se voltam para a prostituição só muito
ocasionalmente. As exceções normalmente são vitimas de trágicas
circunstâncias. Mais frequentemente do que elas não são vítimas
da hipócrita “dupla moralidade”. A família burguesa abandona a
garota que pecou e ela – sozinha, sem apoio e marcada pelo desprezo
da sociedade – enxerga a prostituição como a única saída.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-ajciq"></a><a name="viewer-f4g8f"></a>
Portanto podemos listar como fatores responsáveis pela prostituição:
baixos salários, desigualdades sociais, a dependência econômica
das mulheres pelos os homens, e o costume nocivo pelo qual as
mulheres esperam ser apoiadas em troca de favores sexuais ao invés
de em troca do seu trabalho.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-2jcqo"></a><a name="viewer-aioqf"></a>
A revolução operária na Rússia despedaçou as bases do
capitalismo e golpeou a antiga dependência das mulheres pelos os
homens. Todos os cidadãos são iguais ante o trabalho coletivo. Eles
são igualmente obrigados a trabalhar pelo bem comum e são
igualmente elegíveis a apoiar o coletivo quando eles precisam. Uma
mulher se sustenta não pelo casamento, mas pelo papel que ela cumpre
na produção e a contribuição que ela faz para a riqueza do povo.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-e14mv"></a><a name="viewer-rqlj"></a>
As relações entre os sexos estão sendo transformadas. Mas ainda
estamos ligados às velhas ideias. Ademais, a estrutura econômica
está longe de ser completamente reorganizada da nova maneira, e o
comunismo ainda está a um longo caminho de distância. Neste período
transicional a prostituição naturalmente mantém uma forte
resistência. Afinal de contas, mesmo que as principais fontes da
prostituição – a propriedade privada e a política de fortalecer
a família – tenham sido eliminadas, outros fatores ainda estão em
vigor. A falta de moradia, negligência, más condições de
habitação, solidão e baixos salários para mulheres ainda estão
conosco. Nosso aparato produtivo ainda se encontra em estado de
colapso, e a desarticulação da economia nacional continua. Esta e
outras condições econômicas e sociais levam as mulheres a
prostituírem seus corpos.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-8897t"></a><a name="viewer-ffu66"></a>
Lutar contra a prostituição significa principalmente lutar contra
essas condições – em outras palavras, significa apoiar a política
geral do governo soviético – que é direcionada à fortalecer as
bases do comunismo e a organização da produção.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-caoip"></a>
Algumas pessoas talvez digam que já que a prostituição não terá
lugar uma vez que o poder dos operários e a base do comunismo estão
fortalecidos, nenhuma campanha é necessária. Este tipo de argumento
falha em levar em conta o efeito nocivo e dissociativo que a
prostituição tem na construção de uma nova sociedade comunista.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-bbagd"></a><a name="viewer-db50d"></a>
O slogan correto formulado no primeiro Congresso de Mulheres
Operárias e Camponesas de Toda a Rússia: “Uma mulher da república
soviética do trabalho é uma cidadã livre com direitos iguais, e
não deve ser objeto de compra e venda.” O slogan foi proclamado,
mas nada foi feito. Acima de tudo, a prostituição afeta a economia
nacional e entrava um maior desenvolvimento das forças produtivas.
Sabemos que só podemos superar o caos e melhorar a indústria se
aparelharmos os esforços e as energias dos operários e se
organizarmos a força de trabalho disponível dos homens e mulheres
da maneira mais racional. Abaixo ao trabalho improdutivo do trabalho
doméstico e do cuidar das crianças! Abram caminho para o trabalho
que é organizado e produtivo e que serve o trabalho coletivo! Estes
são os slogans que devemos assumir.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-d31fn"></a><a name="viewer-ejupt"></a>
E o que, afinal de contas, é a prostituta profissional? É uma
pessoa cuja energia não é usada para o coletivo; uma pessoa que
vive dos outros, tirando das provisões dos outros. Esse tipo de
coisa pode ser permitida em uma república operária? Não, não
pode. Não pode se permitir, pois reduz as reservas de energia e o
número de mãos trabalhando que estão criando a riqueza nacional e
o bem estar geral, do ponto de vista da economia nacional a
prostituta profissional é uma desertora do trabalho. Por essa razão
devemos impiedosamente nos opor a prostituição. Nos interesses da
economia devemos começar uma luta imediata para reduzir o número de
prostitutas e eliminar a prostituição em todas as suas formas.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-7g8tl"></a><a name="viewer-288ec"></a>
É hora de entendermos que a existência da prostituição contradiz
os princípios básicos de uma república operária que luta contra
todas as formas de rendas não produtivas. Nos primeiros anos da
revolução nossas ideias sobre esse assunto mudaram muito. Uma nova
filosofia, que tem pouco em comum com as velhas ideias, está em
construção. Três anos atrás considerávamos um comerciante uma
pessoa respeitável. Desde que suas contas estivessem em ordem e que
ele, óbviamente, não enganasse ou fraudasse seu cliente também,
ele era condecorado com o título de “comerciante de primeira
ordem”, “cidadão respeitado”, etc.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-6rvc0"></a>
Desde então a atitude da revolução para com o comércio e os
comerciantes mudou radicalmente. Nós hoje chamamos o “comerciante
honesto” de especulador, e ao invés de condecorá-lo com títulos
honorários o arrastamos para um comitê especial e o colocamos em um
campo de trabalho forçado. Por que fazemos isso? Porque sabemos que
nós só podemos construir uma nova economia comunista se todos os
cidadãos adultos estiverem envolvidos no trabalho produtivo. A
pessoa que não trabalha e vive de outra pessoa ou de renda não
produtiva afeta a coletividade e a república. Nós, portanto,
caçamos os especuladores, os negociantes e os acumuladores que vivem
de renda não produtiva. Devemos lutar contra a prostituição como
outra forma de deserção do trabalho.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-9sl30"></a><a name="viewer-9j6qf"></a>
Nós, assim sendo, não condenamos a prostituição e lutamos contra
ela como uma categoria especial de deserção do trabalho. Para nós
na república operária não importa se uma mulher se vende para um
homem ou vários, se ela é classificada como uma prostituta
profissional vendendo seus favores para uma série de clientes ou uma
esposa se vendendo para seu marido. Todas as mulheres que evitam o
trabalho e não tomam parte na produção ou cuidam de crianças são
sujeitas, do mesmo modo que as prostitutas, à serem forçadas a
trabalhar. Não podemos traçar uma diferença entre uma prostituta e
uma esposa fiel mantida pelo seu marido, seja lá quem for seu marido
– mesmo que ele seja um “comissário”. É a falha em tomar
parte no trabalho produtivo que é o fio conectando todos os
desertores do trabalho. Os trabalhadores coletivos condenam a
prostituta não porque ela dá seu corpo para muitos homens, mas
porque assim como a esposa legal que permanece em casa, ela não
presta um serviço útil para a sociedade.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-3kf1n"></a><a name="viewer-crk6"></a>
A segunda razão para se organizar uma campanha deliberada e bem
planejada contra a prostituição é para salvaguardar a saúde do
povo. A Rússia Soviética não quer que males e doenças invalidem
seus cidadãos e reduza sua capacidade de trabalho. E a prostituição
espalha doenças venéreas. De fato, não é o único meio pelo qual
tais doenças são transmitidas. Condições de vida em superlotação,
a falta de padrões de higiene, louças e toalhas comunais também
tem seu papel. Além disso, neste momento de mudança das normas
morais e particularmente quando há também um movimento contínuo de
tropas de um lugar para o outro, um aumento acentuado no número de
casos de doenças venéreas ocorre independente da prostituição
comercial. A guerra civil, por exemplo, está explodindo nas regiões
férteis ao sul. Os homens cossacos foram derrotados e se retiraram
com os Brancos. Só as mulheres foram deixadas para trás nos
vilarejos. Elas têm tudo em abundância exceto maridos. As tropas do
Exército Vermelho entram no vilarejo se alojam e permanecem por
várias semanas. Relações livres se desenvolvem entre os soldados e
as mulheres. Estas relações não tem nada a ver com prostituição;
a mulher sai com o homem voluntáriamente porque ela está atraída
por ele, e não há nenhum pensamento de sua parte em ganho material.
Não é o soldado do Exército Vermelho que sustenta a mulher, mas
sim o oposto. A mulher cuida dele durante o período que as tropas
estão instaladas no vilarejo. As tropas se mudam, mas deixam doenças
venéreas para trás, a infecção se espalha, a doença se
desenvolve, se multiplica e ameaça mutilar a geração mais jovem.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-4k36e"></a><a name="viewer-2l9i6"></a>
Em uma reunião conjunta do departamento de proteção à maternidade
e do departamento da mulher, o Professor Kol’tsov falou sobre a
eugenia, a ciência de preservação e promoção da saúde da
humanidade. A prostituição está intimamente ligada com este
problema, desde que este é um dos principais meios pelos quais
infecções são disseminadas. A tese da comissão interdepartamental
no combate à prostituição indicou que o desenvolvimento de medidas
especiais para combater doenças venéreas é uma tarefa urgente.
Medidas devem, é claro, ser tomadas para lidar com todas as fontes
das doenças, e não exclusivamente com a prostituição da forma que
a sociedade burguesa hipócrita o faz. Mas embora as doenças sejam
disseminadas até certo ponto por circunstâncias diárias, isso é
mesmo assim essencial para dar a todos uma clara ideia do papel que a
prostituição tem. A organização correta da educação sexual para
pessoas jovens é especialmente importante. Nós precisamos armar os
jovens com informações precisas permitindo a eles entrar na vida
com os olhos abertos. Nós não devemos mais nos manter em silêncio
sobre questões conectadas à vida sexual; nós devemos romper com a
moralidade burguesa falsa e intolerante.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-7e6fk"></a><a name="viewer-6o628"></a>
A prostituição não é compatível com a República dos
trabalhadores soviéticos por uma terceira razão: ela não contribui
para o desenvolvimento e fortalecimento do caráter de classe básico
do proletariado e sua nova moralidade.
</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-e0mv6"></a><a name="viewer-e568n"></a>
Qual é a qualidade fundamental da classe operária? Qual é a arma
moral mais forte na luta? Solidariedade e camaradagem são as bases
do comunismo. A menos que este senso esteja fortemente desenvolvido
entre o povo trabalhador, a construção de uma sociedade
verdadeiramente comunista é inconcebível. Comunistas politicamente
conscientes devem, portanto, logicamente estar encorajando o
desenvolvimento da solidariedade em todas as maneiras e combater a
todos os entraves de seu desenvolvimento -a prostituição destrói a
igualdade, solidariedade e a camaradagem das duas metades da classe
operária. Um homem que compra os favores de uma mulher não a vê
como uma camarada ou como uma pessoa com direitos iguais. Ele vê a
mulher como dependente dele e como uma criatura desigual de uma ordem
inferior que é de menor valor para os de condição operária. O
desprezo que ele tem pela prostituta, cujos favores ele comprou,
afeta sua atitude com todas as mulheres. O desenvolvimento posterior
da prostituição, ao invés de permitir o crescimento do sentimento
de camaradagem e solidariedade, fortalece a desigualdade de relações
entre os sexos.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-6pgna"></a><a name="viewer-bkcvl"></a>
A prostituição é estranha e danosa para a nova moral comunista
cujo processo está em formação. A tarefa do partido como um todo e
do departamento da mulher em particular deve ser empreender uma ampla
e resoluta campanha contra este legado do passado. Na sociedade
burguesa capitalista todas as tentativas de combater a prostituição
foram um inútil desperdício de energia, desde que as duas
circunstâncias que deram origem ao fenômeno- propriedade privada e
dependência material direta da maioria das mulheres aos homens-
estavam firmemente estabelecidas. A propriedade privada foi abolida e
todos os cidadãos da república são obrigados a trabalhar. O
casamento deixou de ser um meio pelo qual a mulher pode encontrar
para si um “ganha pão” e assim evitar a necessidade de provê-lo
para si pelo próprio trabalho. A maioria dos fatores sociais que dão
origem à prostituição estão, na Rússia Soviética, sendo
eliminados. Um número de razões econômicas e sociais secundárias
permanece com os quais é mais fácil de chegar a termo. O
departamento da mulher deve abordar o combate energicamente, e eles
encontraram um amplo campo de atividade.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-3kt6u"></a><a name="viewer-4dkl7"></a>
Na iniciativa do Departamento Central, uma comissão
interdepartamental para o combate à prostituição foi organizada
ano passado. Por um número de razões o trabalho da comissão foi
negligenciado por um tempo, mas desde o outono deste ano houve sinais
de vida, e com a cooperação do Dr. Gol’man e o Departamento (das
mulheres) Central algum trabalho foi organizado e planejado.
Representantes do Comissariado do Povo da saúde, trabalho, segurança
social e indústria, o departamento das mulheres e a união da
juventude comunista estão todos envolvidos. A comissão imprimiu as
teses no boletim no. 4, distribui circulares a todas os departamentos
regionais da segurança social delineando um plano para estabelecer
comissões similares por todo o país, e estabeleceu fazer funcionar
um número de medidas concretas para lidar com as circunstâncias que
dão origem à prostituição.
</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-2v5ic"></a><a name="viewer-7a0u"></a>
A comissão interdepartamental considera necessário que o
departamento da mulher tome parte ativa nesse trabalho, desde que a
prostituição afeta as mulheres sem propriedade da classe
trabalhadora. Esse é o nosso trabalho, o trabalho do departamento da
mulher- organizar uma campanha de massa em torno da questão da
prostituição. Nós devemos abordar esse assunto com o empenho do
trabalho coletivo em mente e assegurar que a revolução dentro da
família seja completada, e os relacionamentos entre os sexos sejam
colocados em um padrão mais humano.
</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-cmc6q"></a><a name="viewer-9nq3l"></a>
A comissão interdepartamental, como deixam claras as teses, assume a
visão de que o combate à prostituição está conectado de uma
maneira fundamental à realização de nossa política soviética na
esfera econômica e construção geral. A prostituição será
finalmente eliminada quando a base do comunismo estiver estabelecida.
Essa é a verdade que determina nossas ações. Mas nós também
precisamos entender a importância da criação de uma moralidade
comunista. As duas tarefas estão intimamente conectadas: a nova
moral comunista é criada por uma nova economia, mas nós não
construiremos uma nova economia comunista sem o suporte de uma nova
moralidade. Pensamento preciso e clareza são necessários nesse
assunto, e nós não temos nada a temer da verdade. Os comunistas
devem aceitar abertamente que mudanças sem precedentes na natureza
das relações sexuais estão tomando forma. Essa revolução é
chamada a ser pela mudança na estrutura econômica e pelo novo papel
cuja mulher desempenha na atividade produtiva do estado dos
trabalhadores. Nesse difícil período de transição, quando o velho
está sendo destruído e o novo está em processo de ser criado,
relações desenvolvidas entre os sexos às vezes não são
compatíveis com os interesses coletivos. Mas há também algo
saudável na variedade de relações praticadas.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-6d2gs"></a><a name="viewer-ejs77"></a>
Nosso partido e o departamento da mulher em particular devem analisar
as diferentes formas com o objetivo de determinar quais são
compatíveis com as tarefas gerais da classe revolucionária e servem
ao fortalecimento da coletividade e seus interesses. Comportamentos
que são danosos à coletividade devem ser rejeitados e condenados
pelos comunistas. Essa é a forma como o departamento da mulher
entendeu a tarefa da comissão interdepartamental. Não é necessário
apenas tomar medidas práticas para combater a situação e as
circunstâncias que sustentam a prostituição e resolver os
problemas de moradia e solidão etc, mas também ajudar a classe
operária a estabelecer sua moral ao lado de sua ditadura.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-587ct"></a><a name="viewer-ds01o"></a>
A comissão interdepartamental aponta para o fato que na Rússia
Soviética a prostituição é praticada (a)como uma profissão e (b)
como um meio de obter renda complementar. A primeira forma de
prostituição é menos comum e em Petrogrado, por exemplo, o número
de prostitutas não foi reduzido significativamente pelas batidas
policiais. O segundo tipo de prostituição está difundido em países
burgueses capitalistas (em Petrogrado; antes da revolução, de um
total de cinquenta mil prostitutas apenas por volta de seis ou sete
mil estavam registradas), e continua sob várias máscaras em nossa
Rússia, damas soviéticas trocam seus favores por um par de botas de
salto alto, mulheres operárias e mães de famílias vendem seus
favores por farinha. Mulheres camponesas dormem com os líderes dos
destacamentos anti-especuladores na esperança de salvar seu alimento
embarcado, e trabalhadoras de escritório dormem com seus chefes em
troca de rações, sapatos e na esperança de uma promoção.
</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-f5scc"></a><a name="viewer-dpd5a"></a>
Como nós devemos combater essa situação? A comissão
interdepartamental teve de enfrentar a importante questão de se
devia ser ou não a prostituição considerada uma ofensa criminal.
Muitos dos representantes da comissão estavam inclinados à visão
de que a prostituição deve ria ser um crime, argumentando que
prostitutas profissionais são claramente desertoras do trabalho. Se
tal lei fosse sancionada, as batidas policiais a locais de
prostituição e envio de prostitutas em campos de trabalho forçado
se tornaria uma política aceita.
</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-2q2p4"></a>
O Departamento Central falou em firme e resoluta oposição a tal, um
passo, mostrando que se prostitutas forem presas em tais campos,
então o devem também todas as esposas legais que são mantidas
pelos seus maridos e não contribuem para a sociedade. As prostitutas
e donas de casa são ambas desertoras do trabalho, e você não pode
mandar uma ao campo de trabalho forçado sem mandar a outra. Essa foi
a posição que o Departamento Central tomou, e foi apoiada pelo
representante do Comissariado de justiça. Se nós tomarmos a
deserção do trabalho como nosso critério, nós não poderemos
ajudar punindo todas as formas de deserção do trabalho. O casamento
ou a existência de certas relações entre os sexos não são
significativas e não podem desempenhar um papel na definição de
ofensas criminais na república do trabalho.
</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-9o33a"></a><a name="viewer-cq1q8"></a>
Na sociedade burguesa uma mulher está condenada à perseguição não
quando ela não trabalha o que é útil à coletividade ou porque ela
vende a si mesma por ganhos materiais (dois terços das mulheres na
sociedade burguesa vendem-se a seus maridos legais), mas quando suas
relações sexuais são informais e de curta duração. O casamento
na sociedade burguesa é caracterizado pela sua duração e pela
natureza oficial de seu registro. A herança da propriedade é
preservada dessa forma. Relacionamentos que são de natureza
temporária e sem a chancela oficial são considerados pelos
intolerantes e hipócritas sustentadores da moralidade burguesa como
vergonhosos.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-ametj"></a><a name="viewer-cio71"></a>
Podemos nós que sustentamos os interesses da classe operária
definir relacionamentos que são temporários e não chancelados como
criminosos? É claro que não. Liberdade em relações entre os sexos
não contradiz a ideologia comunista. O interesse pelo trabalho
coletivo não é afetado pela duração temporária ou duradoura de
um relacionamento ou sua base no amor, paixão ou atração física
passageira.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-6rq4j"></a><a name="viewer-2e82u"></a>
Um relacionamento é danoso e estranho à coletividade apenas se
barganha material entre os sexos está envolvida, apenas quando o
calculismo é um substituto da atração mútua. Se a barganha toma
forma de prostituição ou de um relacionamento em casamento legal
não importa. Tais relacionamentos nocivos não podem ser permitidos,
desde que eles ameaçam a igualdade e a solidariedade. Nós devemos
assim condenar toda a prostituição, e ir até o limite de explicar
a essas esposas “concubinas” legais que papel triste e
intolerável elas estão tomando no estado dos trabalhadores.
</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-5eaec"></a><a name="viewer-5c5li"></a>
Pode a presença ou de outra forma de barganha material ser usada
como um critério na determinação do que é ou do que não é uma
ofensa criminal? Podemos nós realmente persuadir um casal a admitir
se há ou não um elemento de calculismo em seus relacionamentos?
Poderia uma lei ser viável, particularmente na visão do fato de que
no presente momento uma grande variedade de relações é praticada
entre pessoas trabalhadoras e ideias de moralidade sexual estão em
constante fluxo? Onde a prostituição termina e o casamento de
conveniência começa? A comissão interdepartamental se opôs à
sugestão de que as prostitutas sejam punidas por se prostituir, por
exemplo, compra e venda. Eles se limitaram a sugerir que pessoas
condenadas por deserção do trabalho sejam direcionadas à rede de
segurança social e a partir de lá de outro modo à seção do
Comissariado que lida com a mobilização da força de trabalho ou
para sanatórios e hospitais. Uma prostituta não é um caso
especial; assim como outras espécies de desertor, ela é apenas
mandada para executar trabalho forçado se ela repetidamente evita
trabalho. As prostitutas não são tratadas de forma diferente dos
outros desertores do trabalho. Este é um passo corajoso e
importante, digno da primeira república do trabalho do mundo.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-6k17f"></a><a name="viewer-dccnn"></a>
A questão da prostituição como uma ofensa foi publicada na tese
no. 15 O próximo problema que tinha de ser enfrentado foi se a lei
deve ou não punir os clientes das prostitutas. Havia alguns na
comissão que estavam a favor disso, mas eles tiveram de desistir da
ideia, que não seguiu logicamente nossas premissas básicas. Como um
cliente pode ser definido. Ele é alguém que compra favores de uma
mulher? Nesse caso os esposos de muitas esposas legais seriam
culpados. Quem decide quem é um ciente e quem não é? Foi sugerido
que esse problema seja estudado posterirormente antes de uma decisão
ser tomada, mas o Departamento Central e a maioria da comissão
estavam contra isso. Como o representante do Comissariado de justiça
admitiu: se não era possível definir exatamente quando um crime
tivesse sido cometido, então a ideia de punir os clientes era
insustentável. A posição do Departamento Central foi mais uma vez
adotada.
</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-bdg24"></a><a name="viewer-a7cmo"></a>
Mas enquanto a comissão aceitou que clientes não podem ser punidos
pela lei, isso falou abertamente pela condenação moral daqueles que
visitam prostitutas ou de alguma forma fazem da prostituição um
negócio. De fato as teses da comissão apontam que todos os
intermediários que lucram com a prostituição podem ser processados
como pessoas que lucram com o trabalho alheio e não o seu próprio.
Propostas legislativas foram elaboradas pela comissão
interdepartamental e expostas diante do Conselho dos Comissários do
Povo. Elas entrarão em vigor em um futuro próximo.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-f2758"></a><a name="viewer-57i2"></a>
Resta a mim indicar as medidas puramente práticas que podem ajudar a
reduzir a prostituição, e na implementação cujo departamento da
mulher pode desempenhar um papel ativo. Não se pode duvidar que os
salários pobres e inadequados que as mulheres recebem continuam a
servir como um dos fatores reais que as empurra à prostituição. De
acordo com a lei o salário de trabalhadores e trabalhadoras é
igual, mas na prática a maioria das mulheres é empregada em
trabalho não qualificado. O problema de promover suas qualificações
através do desenvolvimento de uma rede de cursos especiais deve ser
enfrentado. A tarefa do departamento da mulher deve ser trazer
influência para se relacionar com a educação das autoridades para
reforçar o provimento de treinamento vocacional das mulheres
operárias.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-4pve8"></a><a name="viewer-dk93g"></a>
O atraso politico das mulheres e sua falta de consciência social é
uma segunda razão para a prostituição. O departamento da mulher
deve aumentar seu trabalho entre as mulheres proletárias. A melhor
forma de combater a prostituição é elevar a consciência política
para as amplas massas de mulheres e chamá-las à luta revolucionária
de construção do comunismo.
</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-b340i"></a><a name="viewer-d0kak"></a>
O fato da situação doméstica não estar ainda resolvida também
encoraja a prostituição. O departamento das mulheres e a comissão
para o combate à prostituição podem e devem ter sua palavra sobre
a solução deste problema. A comissão interdepartamental está
trabalhando em um projeto sobre o provimento de comunas de casas para
jovens trabalhadores e sobre o estabelecimento de casas que provirão
acomodação para mulheres quando elas são recém-chegadas em
qualquer área. No entanto, a menos que o departamento das mulheres e
os Komsomols nas províncias mostrem mais iniciativa e tomem ações
independentes nesse assunto, todas as diretivas da comissão
permanecerão belas e benevolentes resoluções- mas elas
permanecerão no papel. E há tanto que podemos e devemos fazer. Os
departamentos das mulheres locais devem trabalhar em conjunto com as
comissões de educação para motivar a questão da correta
organização da educação sexual nas escolas. Eles podem também
manter uma série de discussões e leituras sobre e casamento, a
família e a história do relacionamento entre os sexos, destacando a
dependência desse fenômeno e da própria moralidade sexual de
fatores econômicos.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-cm931"></a><a name="viewer-ba0gl"></a>
É tempo de estarmos esclarecidos sobre a questão dos
relacionamentos sexuais. É tempo de nós abordarmos esta questão em
um espírito de implacável critica científica. Já foi dito que a
comissão interdepartamental aceitou que as prostitutas profissionais
não têm de ser tratadas como desertoras do trabalho. Segue disso
que mulheres que têm um arquivo de trabalho, mas estão praticando a
prostituição como uma segunda fonte de renda não podem ser
perseguidas. Mas isso quer dizer que não devemos lutar contra a
prostituição. Nós estamos cientes, como eu já indiquei mais de
uma vez hoje, que a prostituição afeta o trabalho coletivo,
afetando negativamente a psicologia dos homens e das mulheres e
distorcendo sentimentos de igualdade e solidariedade. Nossa tarefa é
reeducar o trabalho coletivo e alinhar sua psicologia às tarefas
econômicas da classe operária.
</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-8e7r8"></a><a name="viewer-4lpl6"></a>
É tempo de estarmos esclarecidos sobre a questão dos
relacionamentos sexuais. É tempo de nós abordarmos esta questão em
um espírito de implacável critica científica. Já foi dito que a
comissão interdepartamental que as prostitutas profissionais não
têm de ser tratadas como desertoras do trabalho. Segue disso que
mulheres que têm um arquivo de trabalho, mas estão praticando a
prostituição como uma segunda fonte de renda não podem ser
perseguidas. Mas isso quer dizer que não devemos lutar contra a
prostituição. Nós estamos cientes, como eu já indiquei mais de
uma vez hoje, que a prostituição afeta o trabalho coletivo,
afetando negativamente a psicologia dos homens e das mulheres e
distorcendo sentimentos de igualdade e solidariedade. Nossa tarefa é
reeducar o trabalho coletivo e alinhar sua psicologia às tarefas
econômicas da classe operária. Nós devemos descartar
implacavelmente as velhas ideias e atitudes que nos apega a hábitos
ideológicos superados pela economia. A velha estrutura econômica
está se desintegrando e com ela o velho tipo de casamento, mas
estamos apegados a estilos de vida burgueses. Nós estamos prontos a
rejeitar todos os aspectos do velho sistema dar boas vindas à
revolução em todas as esferas da vida, mas... não toque na
família, não tente mudar a família! Até mesmo comunistas
conscientes estão com medo de olhar diretamente para verdade, eles
deixam de lado a evidência que mostra claramente que os velhos laços
familiares estão se enfraquecendo e que as novas formas de economia
ditam novas formas de relacionamentos entre os sexos. O poder
soviético reconhece que a mulher tem um papel a desempenhar na
economia nacional e a colocou no mesmo nível que o homem a este
respeito, mas na vida diária nós ainda estamos presos aos “velhos
modos” e estamos prontos a aceitar como normais casamentos que são
baseados na dependência econômica da mulher pelo homem. Em nossa
luta contra a prostituição nós devemos esclarecer nossa atitude
com as relações matrimoniais que são baseadas nos mesmos
princípios de “compra e venda”. Nós devemos aprender a ser
implacáveis nesse assunto, não devemos ser desviados de nossos
propósitos por reclamações sentimentais de que “por sua crítica
e pregação científica você está invadindo laços familiares
sagrados”. Nós devemos explicar inequivocamente que a velha forma
de família foi superada. A sociedade comunista não precisa dela. O
mundo burguês deu sua bênção à exclusividade e ao isolamento do
casal em matrimônio da coletividade; na sociedade burguesa atomizada
e individualista, a família era a única proteção das tormentas da
vida, um porto seguro em meio ao mar de competição e hostilidade. A
família era um coletivo fechado e independente. Na sociedade
comunista não pode ser assim. A sociedade comunista pressupõe assim
um forte senso de coletividade que qualquer possibilidade de
existência da família como um grupo isolado e introspectivo está
excluída. No presente momento laços de parentesco, família e até
mesmo de vida matrimonial podem ser vistos enfraquecendo. Novos laços
entre o povo trabalhador estão sendo forjados e a camaradagem,
interesses comuns, responsabilidade coletiva e fé na coletividade
estão estabelecendo-se como os mais elevados princípios de
moralidade.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-fie7j"></a><a name="viewer-empeu"></a>
Eu não assumirei a responsabilidade de profetizar a forma que o
casamento ou as relações entre os sexos assumirá no futuro. Mas de
uma coisa não há dúvida: sob o comunismo toda a dependência das
mulheres aos homens e todos os elementos de calculismo material
encontrados no casamento moderno serão ausentes. Relacionamentos
sexuais serão baseados no instinto saudável de reprodução
incitado pelo abandono do amor jovem, ou pela paixão fervente, ou
pela chama da atração física ou por um leve lampejo de harmonia
intelectual e emocional. Tais relações sexuais não têm nada em
comum com a prostituição. A prostituição é terrível porque ela
é um ato de violência assumido pela própria mulher em nome de
ganho material. A prostituição é um ato aberto de calculismo
material que não deixa espaço para considerações de amor e
paixão. Onde a paixão e a atração começam, a prostituição
termina. Sob o comunismo, a prostituição e a família contemporânea
desaparecerão. Saudáveis, alegres e livres relações entre os
sexos se desenvolverão. Uma nova geração começará a surgir,
independente e corajosa e com um forte senso de coletividade: uma
geração que coloca o bem comum acima de tudo mais.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-as9fa"></a><a name="viewer-4fsb2"></a>
Camaradas! Nós estamos derrubando as fundações por este futuro
comunista. Está em nosso poder acelerar o advento desse futuro. Nós
devemos fortalecer o senso de solidariedade dentro da classe
operária. Nós devemos encorajar o senso de união. A prostituição
entrava o desenvolvimento da solidariedade, e nós por tanto
convocamos o departamento das mulheres a começar uma campanha
imediata para extirpar esse mal.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-7fsop"></a><a name="viewer-84hh"></a>
Camaradas! Nossa tarefa é cortar as raízes que alimentam a
prostituição. Nossa tarefa é empreender uma luta sem piedade
contra todos os restos de individualismo e do antigo tipo de
casamento. Nossa tarefa é revolucionar atitudes na esfera das
relações sexuais, alinhá-las ao interesse do trabalho coletivo.
Quando o coletivo comunista tiver eliminado as formas contemporâneas
de casamento e família, o problema da prostituição cessará de
existir.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-bsnqq"></a><a name="viewer-ea1eb"></a>
Vamos ao trabalho, camaradas. A nova família já está em processo
de criação, e grande família do triunfante mundo proletário está
se desenvolvendo e crescendo mais forte.
</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-7vk4a"></a><a name="viewer-crhb3"></a><a name="viewer-dihjh"></a>
<strong>Nota dos tradutores:</strong></p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-33urd"></a>
<strong>[1]</strong> Sonya Marmeladova trata-se da personagem da obra
“Crime e castigo” de Dostoiévski, jovem proletária prostituta
que auxilia sua família, pela qual o personagem Raskólnikov de
apaixona.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-ebeqe"></a><a name="viewer-fakph"></a><a name="viewer-59ekg"></a>
Discurso de <strong>Alexandra Kollontai</strong> para a terceira
conferência de toda Rússia de líderes dos Departamentos Regionais
das Mulheres, 1921.</p>
<p align="justify" style="line-height: 150%;"><a name="viewer-4hbmn"></a><a name="viewer-4jcj6"></a>
<em>Tradução: Henrique Vilhena e Glauco Lobo</em></p><p align="justify" style="line-height: 150%;"><i>Fonte:Mafarrico Vermelho e Nova Cultura </i></p><br /><p></p>Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-83034840425714365212023-08-30T08:33:00.003-03:002023-08-30T08:33:31.642-03:00A derrocada de Washington no Afeganistão é o prelúdio do desastre final da OTAN na Ucrânia<p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;"> </p><h1 style="border: none; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm; text-align: left;"><b><i>O fato gritante – absurdamente ignorado pel</i><i>a</i><i>s
m</i><i>ídias</i><i> ocidentais – é que a luta do Afeganistão
para se recuperar é o resultado dos 20 anos de destruição que os
EUA e a </i><i>OTAN </i><i>infligiram àquele país. </i></b></h1><h1 style="border: none; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm; text-align: left;"><b><i> </i></b></h1><p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKtBdfpzl_eQuD8zmDuIhDkGYpX78LV_ZYsKJhqJp53nFp4JEa1YerjcLIypdOPjUHI-yqdfu4riLyW9vBnssc0fTYWOymOuMToFHb0QafJUSmZ4_x0Xh3iDmSx-ysmBTu_StJutSpcC2q8KNaq0vKyWRMxfKsRzzvTYishdKEqRnaJ-qKtas8y_VUlHM/s933/fugas_1975_2023.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="933" data-original-width="636" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKtBdfpzl_eQuD8zmDuIhDkGYpX78LV_ZYsKJhqJp53nFp4JEa1YerjcLIypdOPjUHI-yqdfu4riLyW9vBnssc0fTYWOymOuMToFHb0QafJUSmZ4_x0Xh3iDmSx-ysmBTu_StJutSpcC2q8KNaq0vKyWRMxfKsRzzvTYishdKEqRnaJ-qKtas8y_VUlHM/w206-h320/fugas_1975_2023.jpg" width="206" /></a></div>Esta semana fazem dois anos que os Estados Unidos e a OTAN
abandonaram o Afeganistão, deixado em ruínas. O país é assolado
pela pobreza e pelo impacto devastador da guerra. O mesmo destino
aguarda a Ucrânia, mas numa escala muito maior.<p></p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">A principal diferença
provável é que as consequências políticas e militares para o
bloco liderado pelos EUA serão inevitavelmente calamitosas para as
presunções de poder imperial de Washington.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">Há dois anos, a 15
de agosto de 2021, os rebeldes talibãs invadiram a capital afegã,
Cabul, derrubando o presidente apoiado pelos EUA, Ashraf Ghani, que
fugiu do país. No final desse mês, todas as forças americanas e
aliadas da OTAN se retiraram do Afeganistão, numa retirada caótica
e apressada que viu pessoas desesperadas agarradas ao trem de
aterragem dos aviões quando estes descolavam das pistas. Foi um
desastre sob a direção do Presidente dos EUA, Joe Biden.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">O abandono forçado
do Afeganistão marcou o fim de 20 anos de ocupação militar dos EUA
naquele país da Ásia Central. Os americanos tinham invadido o país
em novembro de 2001, numa duvidosa vingança pelos alegados ataques
terroristas de 11 de setembro, ocorridos dois meses antes em Nova
Iorque e na Pensilvânia e na sede do Pentágono, no estado da
Virgínia. A narrativa oficial é inacreditável.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">Seja como for, o
atoleiro militar que Washington criou a seguir no Afeganistão
tornou-se fútil e insustentável. Biden finalmente retirou o seu
país da confusão, mas dificilmente merece elogios por encerrar uma
"guerra sem fim".</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">Biden tentou tornar
uma desgraça e de um episódio criminoso colossal numa virtude. É
revelador que, mal os EUA repatriaram as suas tropas, o militarismo
de Washington tenha voltado a atuar, alimentando o conflito na
Ucrânia e intensificando a hostilidade contra a Rússia e a China.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">Os talibãs lutaram
contra os americanos e os seus parceiros criminosos da OTAN até à
exaustão, apesar das esmagadoras probabilidades contra eles. O
movimento islamita está no poder pela segunda vez, depois de ter
governado o Afeganistão de 1996 a 2001, altura em que os americanos
o invadiram sob a cínica bandeira da "Operação Liberdade
Duradoura". Há que reconhecer que os americanos e os seus
servos mediáticos ocidentais têm uma audácia total no engano
orwelliano e na auto-ilusão.</p><span><a name='more'></a></span><p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;"><br /></p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">O abandono do
Afeganistão deveria ser motivo de grande vergonha para os
americanos, bem como de fundamento para que tribunais de crimes de
guerra processem Biden, os seus antecessores e outros líderes
ocidentais. Os americanos e os seus cães de guarda da OTAN foram
para lá supostamente para "construir a democracia" e
derrotar os talibãs, que acusaram de cumplicidade na atrocidade do
11 de setembro. Essas acusações foram sempre frágeis, se não
mesmo absurdas. A guerra liderada pelos Estados Unidos contra o
Afeganistão, tal como a guerra contemporânea contra o Iraque
(2003-2012), que foi igualmente desastrosa, teve sempre como objetivo
a afirmação do poder imperial de Washington e a prossecução de
noções de "domínio de espetro total" sobre os rivais
geopolíticos, a Rússia e a China.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">É notável, mas não
surpreendente, que esta semana tenha havido pouca cobertura nos media
ocidentais sobre o segundo aniversário do desastre do Afeganistão.
A vergonhosa retirada das forças norte-americanas está ao mesmo
nível da sua retirada desordenada de Saigão, no antigo Vietname do
Sul, em 1975, às mãos dos insurretos vietnamitas.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">A escassa cobertura
dos media ocidentais tendeu perversamente a atribuir ao governo
talibã a culpa pela pobreza e pelas ruinosas consequências da
guerra. De acordo com o Comité Internacional da Cruz Vermelha, cerca
de 15,5 milhões de afegãos, ou seja, quase 40% da população,
encontram-se em situação de insegurança alimentar extrema. Um dos
principais factores de privação é a apreensão de US$7 mil milhões
de ativos do banco central do Afeganistão por Washington, em
resposta à tomada do poder pelos Talibã. Washington continua a
recusar qualquer devolução devido a "preocupações com
direitos humanos".</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">O fato gritante –
absurdamente ignorado pelos media ocidentais – é que a luta do
Afeganistão para se recuperar é o resultado dos 20 anos de
destruição que os EUA e a OTAN infligiram àquele país.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">O mesmo legado
horrendo de guerra e maquinações militares pode ser visto em várias
outras nações onde Washington e os seus cúmplices ocidentais se
inseriram sob o pretexto de "construir a democracia":
Iraque, Líbia, Síria, Iémen e Somália, entre outros.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">Atualmente, no estado
do Níger, na África Ocidental, os americanos e os seus aliados
neocolonialistas europeus estão a preparar uma invasão militar para
inverter um golpe popular efetuado no mês passado contra um
presidente fantoche apoiado pelo Ocidente.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">A máquina de guerra
da OTAN, ao serviço do seu mestre americano, nunca para na sua
ruinosa passagem por nações consideradas alvo dos interesses
imperialistas dos EUA. Que mais provas são necessárias para
demonstrar que a OTAN é uma organização terrorista imperialista?</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">A Ucrânia está a
enfrentar um destino trágico semelhante. O conflito, que já dura há
18 meses, é uma guerra por procuração contra a Rússia, instigada
por Washington e pelos seus lacaios ocidentais da NATO. O massacre
naquele país continua incessante porque as potências ocidentais
prosseguem incansavelmente a sua agenda anti-Rússia, paga com o
sangue dos ucranianos e subsidiada pelo público ocidental. Este
último tem sido enganado por uma barragem incessante de mentiras e
de propaganda de guerra enganosa por parte dos servis media
ocidentais, que se esforçam por encobrir a vil natureza nazi do
regime de Kiev e suprimir todo o contexto histórico que conduziu ao
conflito.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">Do mesmo modo como o
Afeganistão e incontáveis outras nações foram finalmente
descartadas por Washington quando esta se cansou das suas maquinações
fracassadas, a Ucrânia também será posta de lado como um trapo
sujo. Os ucranianos suportarão durante décadas o horror e as
dificuldades da guerra como um Estado fracassado criado pelo
imperialismo americano.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">O regime de Kiev, sob
o comando do presidente fantoche Vladimir Zelensky, empanturrou-se de
corrupção desenfreada da mesma forma que o regime de Cabul, apoiado
pelos EUA, o fez antes de os talibãs o expulsarem.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">A Ucrânia não tem
qualquer possibilidade de vencer forças russas superiores. O
desprezível regime de Kiev, infestado de nazis, um dia cairá sob o
peso da própria sua corrupção – e Washington e os seus vassalos
europeus escaparão para deixar a Ucrânia como uma fossa fumegante,
embora extraindo a sua riqueza natural para sempre através do
pagamento de dívidas e da posse de capital estrangeiro. A menos,
claro, que os ucranianos tomem um caminho político radicalmente
diferente, talvez unindo-se à Rússia, como fizeram a Crimeia e as
regiões do Donbass.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">Por enquanto,
Washington e os seus parceiros imperiais continuam a farsa de se
vangloriarem do seu apoio à Ucrânia durante "o tempo que for
preciso". Mas eles e os seus media propagandistas sabem que o
jogo está a acabar na medida em que a Rússia consegue enfrentar o
poder do bloco militar dos 31 membros da OTAN.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">A OTAN enredou-se
fatalmente numa guerra por procuração na Ucrânia de um modo que
terá muito mais consequências do que as suas anteriores aventuras
criminosas na Ásia Central, no Médio Oriente e em África. As
repercussões financeiras para a Europa, em particular, já se
manifestam com uma vingança de dureza fiscal do Estado, mal-estar
econômico, bancarrotas e colapso público. Os problemas da imigração
em massa decorrentes das guerras da OTAN também se agravarão de
forma insuportável.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">Mas o mais fatal,
talvez, é o enorme impacto político do fracasso abjeto que espera
Washington e a OTAN quando a realidade da derrota na Ucrânia se
tornar inevitável. Os media ocidentais já estão a admitir
timidamente o desastre. Com o tempo, esse descalabro irá ampliar-se.
Haverá muito ranger de dentes e recriminações sobre o fiasco
liderado pelos EUA na Ucrânia. As consequências entre os membros da
OTAN em relação ao Afeganistão foram palpáveis; em relação à
Ucrânia, serão explosivas para o frágil sentido de unidade e
objetivo do bloco.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">Se o Afeganistão
pode ser encarado como um desastre para as pretensões ocidentais e
como uma fraude descarado, o desastre da Ucrânia terá repercussões
ainda mais devastadoras.</p>
<p align="justify" style="margin-right: 0.26cm;">É chegado o dia do
ajuste de contas com o criminoso belicismo de décadas liderado pelos
EUA através da sua máquina de guerra da OTAN. Esse dia pode estar
mais próximo do que se imagina.</p>
<h4 align="right" class="western">18/Agosto/2023</h4>
<h2 align="left" class="western" style="border: none; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
Ver também:</h2>
<ul>
<ol>
<li><h2 align="left" class="western" style="border: none; padding: 0cm;">
<a href="https://www.resistir.info/russia/editorial_scf_11ago23.html" target="_blank">A
guerra é uma extorsão... As indústrias de armamento dos EUA e da
OTAN registam um recorde de vendas de US$400 mil milhões com a
guerra <i>proxy</i> contra a Rússia</a></h2></li>
</ol>
</ul>
<h2 align="left" class="western" style="border: none; padding: 0cm;"><a name="asterisco"></a>
[*] Strategic Culture Foundation.</h2>
<h2 align="left" class="western" style="border: none; padding: 0cm;">O
original encontra-se
em <a href="https://strategic-culture.org/news/2023/08/18/washington-afghanistan-debacle-is-prelude-to-natos-ultimate-disaster-in-ukraine/" target="_blank">strategic-culture.org/news/2023/08/18/washington-afghanistan-debacle-is-prelude-to-natos-ultimate-disaster-in-ukraine/</a></h2>
<h2 align="left" class="western" style="border: none; padding: 0cm;">Este
artigo encontra-se em <a href="https://resistir.info/" target="_blank">resistir.info</a></h2>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><br />
</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><span style="text-align: left;"> </span></div></span></div></span></div>Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-57233180283569817462022-03-13T07:36:00.003-03:002022-03-13T07:36:53.951-03:00As sanções de Washington destruirão a Europa, não a Rússia<p><br /></p><p class="MsoNormal"> Pepe Escobar (*) </p><p class="MsoNormal"> O campo de batalha está traçado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiFNyoRGrFaJ6nUmIZEb5-jDdOgJzpPBtzVVUJprVvMo1qmGuiSkpvm5mskkinAvY3o6WgDrvHw0mHJKOXXjtem-Tz7Z8pvmoNFTuHxQDGg1Qc_B7ob3f02KT_V9daLajtiQsBjmvJL5iZ_vukoIziHEP5nI3sE7h304r1GlARMzrtiBr2whePNDdrT=s1200" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiFNyoRGrFaJ6nUmIZEb5-jDdOgJzpPBtzVVUJprVvMo1qmGuiSkpvm5mskkinAvY3o6WgDrvHw0mHJKOXXjtem-Tz7Z8pvmoNFTuHxQDGg1Qc_B7ob3f02KT_V9daLajtiQsBjmvJL5iZ_vukoIziHEP5nI3sE7h304r1GlARMzrtiBr2whePNDdrT=w320-h235" width="320" /></a></div>A lista negra oficial russa de
nações sancionadoras hostis inclui os EUA, a UE, o Canadá e, na Ásia, Japão,
Coreia do Sul, Formosa e Singapura (a única do Sudeste Asiático). Repare como a
dita "comunidade internacional" continua a encolher.<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O Sul Global deveria estar
consciente de que nenhuma nação da Ásia Ocidental, América Latina e África se
juntou ao comboio das sanções de Washington.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Moscou ainda nem sequer anunciou
o seu próprio pacote de contra sanções. No entanto, um decreto oficial
"Sobre a ordem temporária das obrigações para com certos credores
estrangeiros" que permite às empresas russas liquidarem as suas dívidas em
rublos, dá uma pista do que está para vir.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As contra-medidas russas giram
todas em torno deste novo decreto presidencial, assinado no sábado passado, que
o economista Yevgeny Yushchuk define como uma "mina terrestre de
retaliação nuclear".<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Funciona assim: para pagar
empréstimos obtidos de um país sancionador que excedam 10 milhões de rublos por
mês, uma empresa russa não tem de fazer uma transferência. Ela pede a um banco
russo que abra uma conta correspondente em rublos sob o nome do credor. A
seguir a empresa transfere rublos para esta conta à taxa de câmbio do dia e é
tudo perfeitamente legal.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Pagamentos em divisas
estrangeiras só passam pelo Banco Central numa base casuística. Eles devem
receber autorização especial da Comissão Governamental para o Controlo do
Investimento Estrangeiro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que isto significa na prática é
que a maior parte dos cerca de US$478 mil milhões da dívida externa russa pode
"desaparecer" dos balanços dos bancos ocidentais. O equivalente em
rublos será depositado algures, em bancos russos, mas os bancos ocidentais, tal
como estão as coisas, podem não ter acesso a ele.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É discutível se esta estratégia
simples foi o produto daqueles cérebros não soberanistas reunidos no Banco
Central russo. É mais provável que tenha havido contributos do influente
economista Sergei Glazyev, um antigo conselheiro de topo do Presidente russo
Vladimir Putin sobre integração regional: aqui está uma edição revista, em inglês,
do seu ensaio inovador Sanctions and Sovereignty, que resumi anteriormente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<span><a name='more'></a></span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Enquanto isso, o Sberbank
confirmou que irá emitir os cartões de débito/crédito Mir da Rússia em conjunto
com o Union Pay da China. O Alfa-Bank – o maior banco privado da Rússia –
também emitirá cartões de crédito e de débito Union Pay. Embora introduzido há
apenas cinco anos, 40% dos russos já possuem um cartão Mir para uso interno.
Agora poderão também utilizá-lo internacionalmente, através da enorme rede do
Union Pay. E sem Visa e Mastercard, as comissões sobre todas as transações
permanecerão na esfera Rússia-China. Desdolarização efetiva.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sr. Maduro, dê-me um pouco de
petróleo<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As negociações das sanções
iranianas em Viena podem estar a chegar à última fase – como reconhecido até
pelo diplomata chinês Wang Qun. Mas foi o ministro dos Negócios Estrangeiros
russo, Sergei Lavrov, que introduziu uma nova variável crucial nas discussões
finais de Viena.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Lavrov tornou a sua exigência da
décima primeira hora bastante explícita: "Pedimos uma garantia escrita...
de que o atual processo [de sanções à Rússia] desencadeado pelos Estados Unidos
não prejudica de forma alguma o nosso direito ao comércio livre e pleno, à
cooperação económica e de investimento e à cooperação técnico-militar com a
República Islâmica".<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Segundo o acordo do Plano de Ação
Global Conjunto (Joint Comprehensive <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Plan
of Action, JCPOA) de 2015, a Rússia recebe urânio enriquecido do Irão e troca-o
por yellowcake e, em paralelo, está a reconverter a central nuclear Fordow do
Irão num centro de investigação. Sem as exportações iranianas de urânio
enriquecido não há simplesmente nenhum acordo da JCPOA. É surpreendente que o secretário
de Estado dos EUA, Blinken, pareça não entender isso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Toda a gente em Viena, até os que
estão à margem, sabe que para todos os atores assinarem o renascimento da
JCPOA, nenhuma nação deve ser individualmente visada em termos de comércio com
o Irão. Teerão também o sabe.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Assim, o que agora está a
acontecer é um jogo elaborado de espelhos persas, coordenado entre as
diplomacias russa e iraniana. O Embaixador de Moscovo em Teerão, Levan
Jagaryan, atribuiu a reacção feroz a Lavrov em alguns bairros iranianos a um
"mal-entendido". Tudo isto será jogado nas sombras.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um elemento extra é que, segundo
uma fonte de inteligência do Golfo Pérsico com acesso privilegiado iraniano,
Teerã já pode estar a vender até três milhões de barris de petróleo por dia,
"portanto, se assinarem um acordo, este não afetará de modo algum o
fornecimento, apenas lhes será pago mais".<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A administração americana do
Presidente Joe Biden está agora absolutamente desesperada: hoje proibiu todas
as importações de petróleo e gás da Rússia, que por acaso é o segundo maior
exportador de petróleo para os EUA, atrás do Canadá e à frente do México. A
grande "estratégia de substituição" energética russa dos EUA consiste
em mendigar petróleo ao Irão e à Venezuela.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Assim, a Casa Branca enviou uma
delegação para falar com o Presidente venezuelano Nicolás Maduro, liderada por
Juan Gonzalez, o principal conselheiro da Casa Branca para a América Latina. A
oferta dos EUA é "aliviar" as sanções contra Caracas em troca de
petróleo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O governo dos Estados Unidos
passou anos – senão décadas – a queimar todas as pontes com a Venezuela e o
Irão. Os EUA destruíram o Iraque e a Líbia, e isolaram a Venezuela e o Irão, na
sua tentativa de tomar os mercados petrolíferos globais – só para acabar
miseravelmente por tentar comprar a ambos e escapar a ser esmagado pelas forças
económicas que desencadeou. Isto prova, mais uma vez, que os "decisores
políticos" imperiais são absolutamente ignorantes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Caracas irá exigir a eliminação
de todas as sanções contra a Venezuela e a devolução de todo o seu ouro
confiscado. E parece que nada disto foi esclarecido com o 'Presidente' Juan
Guaido, o qual desde 2019 era o único líder venezuelano "reconhecido"
por Washington.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Coesão social dilacerada<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Enquanto isso, os mercados de
petróleo e gás estão em pânico total. Nenhum trader ocidental quer comprar gás
russo; e isso nada tem a ver com a empresa estatal russa de energia Gazprom, a
qual continua a abastecer devidamente os clientes que assinaram contratos com
tarifas fixas, de US$100 a US$300 (outros estão a pagar mais de US$3.000 no
mercado spot).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Os bancos europeus estão cada vez
menos dispostos a conceder empréstimos para o comércio de energia com a Rússia
devido à histeria das sanções. Uma forte pista de que o gasoduto Rússia-Alemanha
Nord Stream 2 pode estar literalmente enterrado é que o importador
Wintershall-Dea anulou a sua parte do financiamento, assumindo de facto que o
gasoduto não será lançado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Todos os que têm cérebro na
Alemanha sabem que dois portos metaneiros extra para a recepção de gás natural
liquefeito (GNL) – ainda por construir – não serão suficientes para as
necessidades de Berlim. Simplesmente não há GNL suficiente para os abastecer. A
Europa terá de lutar com a Ásia sobre quem pode pagar mais. A Ásia vence.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A Europa importa cerca de 400 mil
milhões de metros cúbicos de gás por ano, sendo a Rússia responsável por 200
mil milhões. É impossível a Europa encontrar 200 mil milhões de dólares em
qualquer outro lugar para substituir a Rússia – seja na Argélia, no Qatar ou no
Turquemenistão. Para não mencionar a sua escassez dos portos metaneiros
necessários.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Assim, obviamente, o principal
beneficiário de toda esta confusão serão os EUA – que poderão impor não só os
seus terminais e sistemas de controlo, mas também lucrar com empréstimos à UE,
vendas de equipamento, e acesso pleno a toda a infraestrutura energética da UE.
Todas as instalações de GNL, tubagens e armazéns serão ligados a uma única rede
com uma única sala de controlo: um sonho empresarial americano.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A Europa será deixada com uma
produção de gás reduzida para a sua – em declínio – indústria; perdas de
emprego; diminuição dos padrões de qualidade de vida; aumento da pressão sobre o
sistema de segurança social; e, por último mas não menos importante, a
necessidade de solicitar empréstimos extra americanos. Algumas nações voltarão
ao carvão para aquecimento. O Desfile Verde será lívido.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E quanto à Rússia? Como hipótese,
mesmo que todas as suas exportações de energia fossem reduzidas – e não o
serão, os seus principais clientes estão na Ásia – a Rússia não teria de
utilizar as suas reservas estrangeiras.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O ataque russo fóbico total às
exportações russas também visa metais como o paládio – vital para a
electrónica, desde computadores portáteis a sistemas aeronáuticos. Os preços
estão a disparar. A Rússia controla 50% do mercado global. Depois há os gases
nobres – néon, hélio, árgon, xenon – essenciais para a produção de microchips.
O titânio subiu um quarto e tanto a Boeing – em um terço – como a Airbus – em
dois terços – dependem do titânio da Rússia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Petróleo, alimentos,
fertilizantes, metais estratégicos, gás néon para semicondutores: tudo a arder
aos pés da Feiticeira Rússia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Alguns ocidentais que ainda
apreciam a realpolitik bismarckiana começaram a interrogar-se se a blindagem da
energia (no caso da Europa) e os fluxos de mercadorias selecionadas das sanções
não terá tudo a ver com a proteção de uma imensa extorsão: o sistema de
commodities derivativas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Afinal, se isso implodir, devido
a uma escassez de mercadorias, todo o sistema financeiro ocidental explode.
Isto é que é um verdadeiro fracasso do sistema.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A questão chave para o Sul Global
digerir é que o "ocidente" não está a cometer suicídio. O que temos
aqui, essencialmente, são os Estados Unidos a destruírem deliberadamente a
indústria alemã e a economia europeia – bizarramente, com a sua conivência.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Destruir a economia europeia
significa não permitir espaço extra de mercado para a China, e bloquear o
inevitável comércio extra que será uma consequência direta de trocas mais
estreitas entre a UE e a Parceria Económica Global Regional (Regional
Comprehensive Economic Partnership, RCEP), o maior acordo comercial do mundo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O resultado final será os EUA a
comerem as poupanças europeias ao almoço enquanto a China expande a sua classe
média para mais de 500 milhões de pessoas. A Rússia vai sair-se muito bem, tal
como esboça Glazyev: soberana – e autossuficiente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O economista americano Michael
Hudson esboçou de forma concisa os lineamentos da auto implosão imperial. Mas
muito mais dramático, como catástrofe estratégica, é como os surdos, mudos e
cegos desfilam em direção a uma recessão profunda e a uma quase hiperinflação,
que irá dilacerar o que resta da coesão social do Ocidente. Missão Cumprida.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">08/Março/2022<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[*] Jornalista.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O original encontra-se em
thecradle.co/Article/columns/7672<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Este artigo encontra-se em
resistir.info<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-31792314940084172502022-03-04T20:33:00.000-03:002022-03-04T20:33:17.141-03:00A Rússia impede os EUA de desencadearem guerra biológica a partir dos seus laboratórios militares na Ucrânia<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> Vladimir Platov ( * ) </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjuOvgjmlmi-pl-ifvGMVvK83aGalkWPGXhbnB9UsIfswSLly4UYko1aWdd3CYvYs_5-OKVIHF1Eegct1vMRTTVOU1hS1ebTh6XWBrrvN_fTTxv8OXCGXRQgIzqC8GnSCjQ1XV5mL0T3xeB4vkEsnPVd0SBOpg3e5ot4Gcyf9spix96LT3opwKVqe32=s730" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="385" data-original-width="730" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjuOvgjmlmi-pl-ifvGMVvK83aGalkWPGXhbnB9UsIfswSLly4UYko1aWdd3CYvYs_5-OKVIHF1Eegct1vMRTTVOU1hS1ebTh6XWBrrvN_fTTxv8OXCGXRQgIzqC8GnSCjQ1XV5mL0T3xeB4vkEsnPVd0SBOpg3e5ot4Gcyf9spix96LT3opwKVqe32=w351-h169" width="351" /></a>Considerando a agitação iniciada
pelos serviços de inteligência dos EUA nos últimos tempos, quer na Ásia
Central, na Transcaucásia ou noutras zonas limítrofes da Rússia e da China,
está a aumentar o risco de um desastre biológico proveniente dos múltiplos
laboratórios biológicos militares secretos instalados pelos EUA em regiões
potencialmente instáveis do ponto de vista político e social.</div></blockquote><p> <span style="text-align: justify;">Quanto a isso, a
questão de os EUA prepararem uma </span><a href="https://journal-neo.org/2021/11/22/the-us-is-preparing-a-biological-time-bomb-in-kazakhstan/" style="text-align: justify;" target="_blank">bomba-relógio</a><span style="text-align: justify;"> biológica no Cazaquistão já foi
levantada muitas vezes. O risco crescente de o Pentágono iniciar uma </span><a href="https://ru.journal-neo.org/2022/01/26/ssha-namerevayutsya-razvyazat-bakteriologicheskuyu-vojnu/" style="text-align: justify;" target="_blank">guerra biológica</a><span style="text-align: justify;"> utilizando os mais de 400
laboratórios biológicos americanos localizados por todo o mundo e a </span><a href="https://journal-neo.org/2022/01/19/there-must-be-a-response-to-the-risk-of-biological-catastrophe-posed-by-us-military-laboratories/" style="text-align: justify;" target="_blank">necessidade de uma resposta clara</a><span style="text-align: justify;"> ao risco de desastre
biológico mundial a partir das instalações secretas dos EUA no estrangeiro tem
sido repetidamente apontado. Afinal de contas, estes laboratórios biológicos
têm cerca de 13.000 "empregados" que estão ocupados a criar estirpes
de agentes patogénicos assassinos (micróbios e vírus) resistentes a vacinas.</span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Hoje em dia já não é segredo
que <b>os EUA criaram laboratórios biológicos em 25 países do mundo:</b>
no Médio Oriente, África, Sudeste Asiático. Só no seio da antiga União Soviética
existem laboratórios biológicos militares americanos na Ucrânia, Azerbaijão,
Arménia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia e Uzbequistão.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><a name='more'></a>Os amercanos tentam negar a
natureza militar dos estudos realizados em tais laboratórios. Contudo, o segredo
que os rodeia só é comparável ao das instalações militares mais importantes. Não há responsabilidade perante o público local e global acerca do
"trabalho" que ali é feito. Além disso, nenhuma "proeza"
científica foi apresentada publicamente pelos biólogos americanos ao longo dos
muitos anos de existência de tais laboratórios secretos no estrangeiros. <o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E os resultados das suas
investigações não são publicados em parte alguma que seja do domínio público.
Entretanto, os laboratórios estão a recolher ativamente informações sobre o
património genético <i>(gene pool)</i> das populações dos países onde
estes laboratórios operam. Tudo isto indica que o Pentágono está sem dúvida a
preparar-se para travar uma guerra biológica usando bioarmas, as quais os EUA
preparam nestes laboratórios biológicos. É bem sabido que os EUA já gastaram
mais de 100 mil milhões de dólares nos últimos anos no desenvolvimento de armas
de guerra biológica. Os EUA são o único país do mundo que ainda bloqueia o
estabelecimento de um mecanismo de verificação ao abrigo da <a href="https://www.un.org/disarmament/biological-weapons" target="_blank">Convenção
sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção e Armazenamento de Armas
Bacteriológicas (Biológicas) e Tóxicas e sobre a sua Destruição</a>, de 1972.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Contudo, tal como os pedidos da
Rússia ao Ocidente para um acordo claro sobre medidas de segurança universais e
sobre a não proliferação da NATO para o leste, as advertências acerca da
prontidão dos EUA para desencadear uma guerra biológica global nunca foram
atendidas em Washington e nas capitais ocidentais.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Tendo isto em mente, dificilmente
se pode recusar o direito de a Rússia, como qualquer outro país, não querer ter
tais armas perto das suas fronteiras pondo em risco a segurança de todos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Portanto, na atual operação
militar de Moscou para desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia, um dos pontos
importantes será livrar-se dos numerosos laboratórios biológicos militares dos
EUA no território daquele país.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A 24 de Fevereiro, a publicação
conservadora britânica <a href="https://dailyexpose.uk/2022/02/24/is-there-is-more-to-the-ukraine-russia-conflict/" target="_blank">The Exposé</a> publicou um artigo intitulado "Haverá
mais no conflito Ucrânia/Rússia do que aquilo que se vê?" Reconhece que a
Rússia deveria ter conduzido a presente operação militar com base nos seus
interesses de segurança e confirma que desde há muito existe uma ameaça muito
grave para as vidas e saúde da população da Federação Russa provenientes do
território da Ucrânia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Aquela publicação refere-se a
pelo menos 16 laboratórios biológicos militares americanos localizados em
Odessa, Vinnitsa, Uzhgorod, Lviv (três), Kharkiv, Kiev (também três), Kherson,
Ternopil, Dnepropetrovsk, bem como perto de Lugansk e na fronteira com a
Crimeia. Tal "cooperação" entre o Pentágono e o Ministério da Saúde
da Ucrânia remonta a 2005. Os partidos da oposição conseguiram aprovar no
Verkhovna Rada [parlamento] em 2013 o fim desta "cooperação", mas o
golpe de estado liderado pelos EUA em Kiev em Fevereiro de 2014 impediu a
implementação desta decisão, o que resultou em que esta "cooperação"
não só continuasse como também se desenvolvesse ativamente por iniciativa de
Washington.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Muitos dos segredos oficiais do
Pentágono e da Casa Branca sobre laboratórios biológicos clandestinos dos EUA
no estrangeiro foram revelados por <a href="https://www.scoop.co.nz/stories/HL2002/S00184/us-biowarfare-programs-have-13000-death-scientists-hard-at-work.htm" target="_blank">Francis Boyle</a>, professor de direito internacional na Universidade
de Illinois em Champaign (EUA) que redigiu a lei <i>Biological Weapons
Anti-Terrorism Act of 1989 (BWATA).</i> Como salienta este cientista
americano, "Temos agora neste país uma indústria de Armas Biológicas
Ofensiva que viola a Convenção sobre Armas Biológicas e a minha Lei
Anti-Terrorismo de Armas Biológicas de 1989". <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">De acordo com Boyle, "as
universidades americanas têm um longo historial de permitirem voluntariamente
que a sua agenda de investigação .... seja cooptada, corrompida e pervertida
pelo Pentágono e pela CIA para a ciência da morte". Ele cita como exemplo
o grupo do Dr. Yoshihiro Kawaoka da Universidade de Wisconsin, o qual conseguiu
aumentar a toxicidade do vírus da gripe por um fator de 200. De acordo com
Boyle, o Pentágono e a CIA estão "prontos, dispostos e capazes de lançar a
bio guerra quando convém aos seus interesses... Eles têm um stock daquelas de
super-armas antrax que já usaram contra nós em Outubro de 2001".<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A ameaça a pessoas que vivem
mesmo à distância de tais laboratórios é evidenciada por uma investigação
efectuada pelo jornal <a href="https://eu.usatoday.com/story/news/2015/05/28/biolabs-pathogens-location-incidents/26587505/" target="_blank"><i>USA Today</i></a>, o qual mostrou que, só entre 2006 e 2013,
ocorreram mais de 1.500 acidentes e violações de segurança em 200 laboratórios
biológicos militares no território dos EUA. Então, e quanto a possíveis
incidentes semelhantes em laboratórios biológicos na Ucrânia ou noutras antigas
repúblicas soviéticas?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No Verão de 2019, "o
principal laboratório de guerra biológica da América foi mandado parar toda a
investigação dos vírus e agentes patogénicos mais mortais por receios de que os
resíduos contaminados pudessem escapar para fora das instalações", <a href="https://www.independent.co.uk/news/world/americas/virus-biological-us-army-weapons-fort-detrick-leak-ebola-anthrax-smallpox-ricin-a9042641.html" target="_blank">informou</a> o jornal britânico <i>The Independent</i>.
O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), a autoridade de saúde
pública nos EUA, revogou [a licença] do centro militar de investigação
biológica em Fort Detrick para lidar com ébola, varíola e carbúnculo depois de
inspetores do CDC terem encontrado "problemas com os procedimentos
utilizados para descontaminar águas residuais" em Fort Detrick. A este
respeito, é notável que a possibilidade de "vírus e agentes patogénicos
mortíferos" que se infiltram nas águas residuais de Fort Detrick fosse
detectada pouco antes do surto da COVID-19, que os americanos foram rápidos em
atribuir à China. Também é de notar que o Pentágono intensificou
significativamente as atividades dos seus laboratórios biológicos no
estrangeiro desde 2019, deslocando claramente o "trabalho" sobre
estirpes particularmente perigosas e o desenvolvimento de armas biológicas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nestas circunstâncias, a tarefa
de pôr termo às atividades dos laboratórios biológicos secretos dos EUA como
parte da desmilitarização daquele país justifica-se no programa da operação
militar de Moscou na Ucrânia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Contra este pano de fundo,
deve-se notar que a embaixada dos EUA na Ucrânia removeu todos os documentos
acerca dos laboratórios biológicos em Kiev e em Odessa do seu sítio web oficial
depois de Moscou ter lançado a sua operação militar. Isto confirma ainda que,
para além da ameaça nuclear de Zelensky, a Rússia também estava a ser preparada
para bio-extinção. Sob estas circunstâncias, compreende-se o anúncio feito em
Outubro último pela Agência de Redução de Ameaças da Defesa dos EUA <i>(US
Defense Threat Reduction Agency, DTRA)</i> no sítio web de compras do
governo dos EUA de um anexo sobre o "combate a agentes patogénicos
altamente perigosos". Este documento dizia respeito aos 3,6 milhões de
dólares para finalizar o lançamento de dois laboratórios biológicos na Ucrânia
– em Kiev e em Odessa, onde maquinaria, equipamento e pessoal já estavam a ser
preparados para os Estados Unidos desencadearem uma guerra biológica sob a
cobertura da Ucrânia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>03/Março/2022<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Ver também:<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="https://resistir.info/ucrania/exper_biologicas_24jan22.html" target="_blank">Experiências biológicas dos EUA sobre soldados aliados na
Ucrânia e na Geórgia </a>, de Dilyana Gaytandzhieva<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="https://resistir.info/eua/bioweapons_dez06_p.html" target="_blank">Bush
desenvolve armas ilegais de bioterrorismo para uso ofensivo</a>, Sherwood Ross<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="https://resistir.info/eua/bioweapons_mar06.html" target="_blank">Câmara
baixa do Congresso dos EUA votou pelo avanço de um plano de armas biológicas
ofensivas</a>, The Sunshine Project<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="https://resistir.info/eua/granada_biologica.html" target="_blank">Exército
dos EUA patenteia granada para lançar armas biológicas, violando a Convenção
internacional</a>, The Sunshine Project<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="https://resistir.info/eua/insetos_armados.html" target="_blank">Por que o
Pentágono está a armar insetos?</a>, F. William Engdahl<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="https://resistir.info/eua/vacina_antrax.html" target="_blank">Vacina
contra o antrax para os soldados no Iraque, Afeganistão e Coreia do Sul</a>,
Medical News Today<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="https://www.resistir.info/eua/fort_detrick.html" target="_blank">A
assustadora história do laboratório de Fort Detrick</a>, Ceng Jing<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="https://resistir.info/eua/raizes_nazismo_eua.html" target="_blank">As
raízes norte-americanas do nazismo</a>, Domenico Losurdo<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a name="asterisco"><b>[*]</b></a><b> Jornalista,
especialista em Médio Oriente, trabalha para a revista online <i>New
Eastern Outlook.</i><o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>O original encontra-se
em <a href="https://journal-neo.org/2022/03/03/russia-prevents-washington-from-unleashing-biological-warfare/" target="_blank">journal-neo.org/2022/03/03/russia-prevents-washington-from-unleashing-biological-warfare/</a><o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Este artigo encontra-se
em <a href="https://resistir.info/" target="_blank">resistir.info</a><o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-67546994479775101082022-03-02T21:31:00.002-03:002022-03-03T07:56:19.450-03:00 Os crimes de guerra nazistas devem obter a condenação de todo o mundo. <p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i> <b>Gennady Yushchenko </b>(+} </i><o:p></o:p></p>
<blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p></blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhekR0WaEJq7lPtYN_xqI-4l7WpA2GKVh_-iqpca-e4kFdps6O-AK7X6VSxHbybOTMj47wbQAqyHXa6-5EI0UVH_nywg67oAlN7bSuflJKRqHoYaySxW4G_-gjBn6r8c6IbNuZmRx-AP1T94PbGlauRe-iE0WlQEzsUw5fRZ-ftOk1WMJEMbBB1GktQ=s228" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="100" data-original-width="228" height="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhekR0WaEJq7lPtYN_xqI-4l7WpA2GKVh_-iqpca-e4kFdps6O-AK7X6VSxHbybOTMj47wbQAqyHXa6-5EI0UVH_nywg67oAlN7bSuflJKRqHoYaySxW4G_-gjBn6r8c6IbNuZmRx-AP1T94PbGlauRe-iE0WlQEzsUw5fRZ-ftOk1WMJEMbBB1GktQ=w256-h164" width="256" /></a></div><br />Tornou-se muito clara a tática
punições dos nazistas batalhões, que sofrem a derrota no confronto com as
tropas ЛНР-ДНР. É tudo a mesma tática de "terra arrasada", que
realizaram fascistas ocupantes, deixando sob os golpes do exército Vermelho,
com o território da união SOVIÉTICA, incluindo a Ucrânia. Os alemães explodiram
Днепрогэс, destruíram centenas de fábricas, minas e pontes, queimaram dezenas
de milhares de casas na Ucrânia.</span></div></blockquote><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><o:p> </o:p><span style="text-align: justify;">O mesmo estão fazendo os nazistas
de "batalhões territoriais". Mesmo partindo de Donbass, eles
continuam a bombardear a partir de 122 e 152 миллиметровых de armas da cidade e
vilas deste sofredora da região. A cada dia morrem civis. Estes são crimes de
guerra. O ocidente ainda não está tentando parar o fogo de bairros residenciais
de Donbass, o que torna o "moralista" e "humanistas" da UE
e dos EUA sócios crimes de guerra.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Tentando criar a impressão de que
os culpados da morte de civis de pessoas é o exército russo, eles vão para um
sujo provocação, raking da cidade, estão sob o seu controle. No centro de
Kharkov, ocorreu uma grande explosão. Todos os "mundiais" de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">MÍDIA,</b> totalmente controlados <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Washington,</b> tocaram sobre a culpa da
Rússia. Mas isso, obviamente, foi a subversão do veículo, начиненной centenas
de quilos de explosivos, o que indica que os clientes e os autores do crime.
Essa é a tática professam controladas CIA inúmeras organizações terroristas em
todo o mundo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O ocidente e o seu "terceira
coluna" na Rússia protegem отъявленных os nazistas e os terroristas que
tomaram o poder na Ucrânia e fizeram seus cidadãos reféns de suas nefastas
русофобии e антисоветизма. Com reféns no verdadeiro sentido da palavra. Por
exemplo, na cidade de Mariupol, cercada de exércitos ЛНР-ДНР, nazistas, dos
regimentos "Básico" e "muito bom arraso" não permitem que
os civis deixar a cidade. Бандеровцы colocam pontos de queima nos andares superiores
das casas, das quais as pessoas não resolvem ir embora. Eles são transformados
em escudos humanos para os nazistas dos punitivas unidades.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> <span></span></o:p></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nós nos voltamos para a união
europeia e os estados unidos com o apelo para condenar o terror бандеровцев em
relação a cidades de Donbass, a prática de captura de reféns como escudos
humanos e colocação de peças de artilharia e de morteiros em bairros
residenciais das cidades sob seu controle. Se o Ocidente não impedirá esse
estranho violação de elementares normas de combate, a responsabilidade por
crimes de seus vassalos se deitar e seus patronos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O ocidente precisa mais olhar
para a aparência daqueles a quem eles defendem com espuma na boca. Pois é, os
seguidores de гитлеровского de um mercenário Bandera e seus carrascos. É
бандеровцы cometeram os mais monstruosos crimes nos territórios da URSS,
ocupada por tropas alemãs. É бандеровцы tiro de judeus na Бабьем Yar, cortar
pólos sobre o Volyn, e depois queimaram pessoas nas aldeias da rússia. E então,
como eles queimaram vivo dezenas de pessoas em Odessa em 2014, mostra que esses
demônios herdou de seus гитлеровских antepassados vontade de тягчайшим crimes
contra a humanidade. Associar-se com eles, não pode nem um um homem decente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Somos surpreendidos por duplicidade
e hipocrisia dos chamados "defensores da paz". Fazemos todos, uma
pergunta simples: por que você 8 anos em silêncio, quando quase todos os dia
das armas para se deslocar para bairros residenciais de Donbass. Quando todos
os dias morriam civis. Por que você não encontrar nem uma gota de compaixão ao
próximo e querido de milhares de mortos e feridos? Você está em silêncio todos
esses anos. Portanto, com sinceridade de novos "defensores da paz"
temos sérias dúvidas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Se a APU e um batalhão de
nazistas invadiram a Donbass, como previsto, e edificou ali um massacre entre
os defensores ЛНР-ДНР e civis, você gostaria de protestar? Ou промолчали?
Infelizmente, tenho certeza de que mesmo os fluxos de sangue em Donbas não
levaram você faria para sair às ruas e exigir a cessação do genocídio do povo
russo e de língua russa população.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nós, também, para o mundo, e
sempre estamos atrás de resolução pacífica de qualquer conflito. Somos contra o
derramamento de sangue. E espero muito que seja capaz de evitar graves prejuízos,
não só entre os militares do exército Russo, mas também os oficiais e soldados
da APU, entre os quais muitos russo de pessoas e dupes dos ucranianos. Nós
sinceramente esperamos rápida combates e política de liquidação por meio de
negociações. E para maximizar a fomentar isso. Voltamos para o Oeste e,
especialmente, para os estados unidos com um apelo para não dificultar a busca
de uma solução pacífica.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sabemos muito bem que são os
estados unidos mais do que todos os interessados na elaboração e inflar o
conflito entre a Rússia e a fraternal a Ucrânia. No entanto, muitos honestos
políticos e figuras públicas, jornalistas e cientistas nos estados unidos, na
Europa e em muitos países do mundo entendem a verdadeira essência do que está
acontecendo. Estamos sinceramente gratos a eles por isso uma profunda
compreensão da responsabilidade do Ocidente para o desencadeamento do conflito.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">América e Europa não estão
lutando em defesa da Ucrânia. Eles lutam por seu direito, com base no local de
nazistas, roubar, a Ucrânia e a transformá-la em uma área de teste para a
agressão contra a Rússia. Encorajamos a comunidade internacional a reconhecer
toda a seriedade deste curso para o negócio de paz e de verdadeira democracia
em todo o mundo e ativamente desencorajar tentativas de frustrar o processo de
procurar uma solução política na Ucrânia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">( + ) <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">presidente do comitê central do partido COMUNISTA, líder de uma facção
do partido COMUNISTA Sul-FS RF<o:p></o:p></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">T</b><span style="mso-bidi-font-weight: normal;">radução: Yandex</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fonte: site<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Partido<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Comunista<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Federação<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Russa<o:p></o:p></b></p>Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-76805955531187541252022-03-02T11:40:00.003-03:002022-03-02T11:48:19.904-03:00A desconstrução construtiva do modelo relações da Rússia com o Ocidente<p><span style="text-align: justify;"> </span><span style="text-align: justify;">Alastair Crooke [*]</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><p><span style="text-align: justify;">Putin quer dizer precisamente o
que diz: a Rússia está encostada à parede, e não há lugar algum para onde a
Rússia se possa retirar agora – para eles é uma questão existencial.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi515DG8JYC3bvpqT1XGF7GMWnPWTechcn63iG0-EfNNg0htow2s36nE9XmNO9ZVBalJHNPS4N30eH7qDl1gXjEpK1cN98MerOiOJT6z618S_udElU4LS-Y1lOshNPA5xddRi6PLdkPmoVgM3-7xI4LvJlFeZxztYObEBHlLD9iH-8fLP9OBXz-X5Fw=s898" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="898" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi515DG8JYC3bvpqT1XGF7GMWnPWTechcn63iG0-EfNNg0htow2s36nE9XmNO9ZVBalJHNPS4N30eH7qDl1gXjEpK1cN98MerOiOJT6z618S_udElU4LS-Y1lOshNPA5xddRi6PLdkPmoVgM3-7xI4LvJlFeZxztYObEBHlLD9iH-8fLP9OBXz-X5Fw=s320" width="257" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O Ocidente já estava irado. E
apoplético depois que o presidente Putin chocou os líderes ocidentais ao
ordenar uma operação militar especial na Ucrânia, que está a ser amplamente
descrita (e percebida no Ocidente) como uma declaração de guerra: "um
ataque de choque e pavor afetando amplamente cidades em toda a Ucrânia".
Na verdade, o Ocidente está tão furioso que o espaço da informação literalmente
se bifurcou em dois: é tudo a preto e branco, sem cinzento.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para o Ocidente, Putin desafiou
Biden de forma abrangente: unilateral e ilegalmente “mudou as fronteiras” da
Europa e agiu como uma “potência revisionista”, tentando mudar não apenas as
fronteiras da Ucrânia, mas a atual ordem mundial. “Trinta anos após o fim da
Guerra Fria, estamos enfrentando um esforço determinado para redefinir a ordem
multilateral”, advertiu o alto representante da UE, Josep Borell. “É um ato de
desafio. É um manifesto revisionismo, o manifesto para rever a ordem mundial”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Putin é caracterizado como um novo
Hitler e seus atos são considerados “ilegais”. Alega-se que foi ele quem rasgou
o Acordo de Minsk II (ainda assim, as Repúblicas declararam sua independência
em 2014, assinaram Minsk em 2015, e foi a Rússia que nunca assinou o acordo –
e, portanto, não pode violá-lo). De facto, foram os EUA que efetivamente
vetaram o processo de Minsk desde 2014 e a publicação da correspondência
diplomática da Rússia em novembro de 2021 expôs que a França e a Alemanha
também tinham pouca intenção de pressionar Kiev para qualquer implementação
significativa. Assim, tendo concluído que um acordo negociado – conforme
estipulado nos Acordos de Minsk – simplesmente não aconteceria, Putin
determinou que não fazia sentido esperar mais antes de implementar a linha
vermelha da Rússia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O falecido Stephen Cohen escreveu
sobre os perigos de um inqualificável maniqueísmo – e como o espectro de um
Putin diabólico havia tão sobrecarregado e envenenado a imagem dele nos EUA que
Washington não consegue pensar direito – e não apenas sobre Putin, mas sobre a
Rússia em si mesma. O argumento de Cohen era que essa total demonização
enfraquece a diplomacia. Como se distingue o que é diferente do diabólico?
Cohen pergunta como isso aconteceu? Ele sugere que em 2004, o colunista do NY
Times, Nicholas Kristof, inadvertidamente explicou, pelo menos parcialmente, a
diabolização de Putin. Kristof lamentou-se amargamente de ter sido “enganado
pelo Sr. Putin. Ele não é uma versão sóbria de Boris Yeltsin”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><strike><br /><span></span></strike></o:p></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A maioria dos russos, no entanto,
apoia Putin no reconhecimento das Repúblicas do Donbass, que ele prosseguiu
obtendo a autorização da câmara alta do parlamento da Rússia para o uso de
forças armadas fora da Rússia (conforme exigido pela Constituição). A resolução
do Conselho da Federação foi apoiada por unanimidade por todos os 153 senadores
numa sessão extraordinária na terça-feira 22 de fevereiro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No seu discurso nacional, Putin
falou com uma amargura que é refletida por muitos russos. Ele vê os
desenvolvimentos políticos pós-2014 na Ucrânia como tendo sido projetados para
criar um regime anti-russo em Kiev nutrido pelo Ocidente e com intenções hostis
em relação à Rússia. Putin ilustrou esse ponto explicando que “o sistema de
controle de tropas ucraniano já foi integrado na NATO. Isso significa que a
sede da NATO pode emitir comandos diretos para as forças armadas ucranianas,
mesmo para suas unidades e esquadrões separados”. Putin também observou que a
Constituição russa estipula que as fronteiras das regiões de Donetsk e Lugansk
sejam como eram “no momento em que faziam parte da Ucrânia”. Esta é uma
formulação cuidadosamente redigida – as fronteiras das duas repúblicas sofreram
mudanças significativas após o golpe de Maidan. (A questão aqui é a
reivindicação histórica de Donetsk à costa de Mariupol).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A declaração de reconhecimento de
Putin foi acompanhada por um ultimato às forças de Kiev para cessar seu
bombardeamento de artilharia através da Linha de Controle ou enfrentar
consequências militares. Durante toda a noite de quarta-feira, no entanto, a situação
na Linha de Contacto estava a aquecer, com fogo de artilharia pesado; mas na
manhã de quinta-feira, pela primeira vez, vários disparos de foguetes foram
usados pelas forças de Kiev através da Linha de Controle. (Alguém do lado de
Kiev claramente queria uma escalada – talvez para pressionar Washington). Putin
ordenou imediatamente o que era evidentemente: uma Operação Especial
pré-preparada “para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia”. As forças armadas
da Rússia anunciaram algumas horas após a ofensiva que todos os sistemas de
defesa aérea da Ucrânia haviam sido neutralizados. Uma enorme presença aérea
russa, incluindo caças e helicópteros, foi confirmada em grande parte do país.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Possivelmente, esta operação (que
Putin disse que não é sobre a ocupação da Ucrânia) seguirá o padrão da Geórgia
em 2018, quando as forças russas se retiraram após alguns dias. Este foi também
o padrão no Cazaquistão. Simplesmente não sabemos se este será o caso na
Ucrânia – muito possivelmente não. Quando Putin falou de
"desnazificação", estava-se referindo à cooptação pelos EUA de uma
formação neonazi nas forças armadas da Ucrânia para ajudar a montar o golpe de
Maidan em 2014. A chamada Brigada Azov de neonazis provou ser a força de
combate mais eficaz para repelir a milícia DLR na região do Donbass. (A Ucrânia
é a única nação do mundo a ter uma formação neonazi nas suas forças armadas e
haverá contas a acertar).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No entanto, a Ordem Especial de
Putin, como sem dúvida previu, chocou profundamente o Ocidente com a sua reação
militar decisiva. Colocou o mundo – e seus mercados financeiros e energéticos –
no fio da navalha.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">De facto, este último aspeto pode
tornar-se o mais relevante. Em 1979, as convulsões no Médio Oriente elevaram os
preços da energia (tal como está ocorrendo agora) e as economias ocidentais
afundaram-se. O que quer que aconteça nos próximos dias, deve ficar claro que a
curta entrevista coletiva à imprensa de Putin em 22 de fevereiro está a agir
como pretendido, como um poderoso acelerador. A " destruição
construtiva" da antiga Ordem Global ocorrerá mais rapidamente do que
muitos de nós imaginávamos. Isso marca o fim das ilusões – o fim da noção que a
ordem baseada-em-regras imposta pelos EUA permanece como opção.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Como então interpretar a extrema
ira que reina no Ocidente? Simplesmente isto: no final, existe a realidade. E
essa realidade – ou seja, o que o Ocidente pode fazer a esse respeito – é tudo
o que importa – que é… pouco.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A primeira percepção brutal
subjacente a esta ira é que o Ocidente não tem intenção – e criticamente,
nenhuma capacidade – de combater militarmente os movimentos da Rússia. Biden
repetiu o mantra “sem botas no chão” de novo após as operações militares
russas. Para a Europa, a imposição de um regime de sanções à Rússia não poderia
ter chegado em pior momento. A Europa enfrenta uma recessão e uma crise
energética pré-existente (que será enormemente agravada com a oferta da
Alemanha do Nord Stream 2 aos deuses famintos da vingança). E o aumento da
inflação (agravada com o petróleo a 100 dólares) está causando o nervosismo das
taxas de juro e das dívidas públicas. Agora, a pressão será sobre a Europa para
encontrar sanções adicionais.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Haverá sanções – e elas
prejudicarão os europeus diretamente nos seus bolsos. Alguns Estados europeus
estão a realizar uma ação de retaguarda para limitar as sanções que podem
piorar a próxima recessão europeia. No entanto, num sentido muito real, o facto
é que a Europa está efetivamente a aplicar sanções a si própria (sustentará o
dano maior das suas próprias sanções), e Moscou prometeu retribuir quaisquer
sanções de uma maneira que prejudique os EUA e a Europa. Estamos numa nova era.
Esta perspectiva e impotência devem ser responsáveis por grande parte da
frustração e raiva europeias.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Washington pretende ter uma “arma
assassina” direcionada a Moscou: sancionar chips semicondutores. “Isso seria o
equivalente moderno de um embargo de petróleo do século XX, já que os chips são
o combustível crítico da economia eletrônica”. Ambrose Evans Pritchard
argumenta no Telegraph: “Mas isso também é um jogo perigoso. Putin tem os meios
para cortar minerais e gases críticos necessários para sustentar a cadeia de
fornecimentos do Ocidente para chips semicondutores”. Em suma, o controlo de
Moscou sobre os principais minerais estratégicos poderia dar à Rússia uma
vantagem, semelhante ao domínio energético da OPEP em 1973.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Eis a segunda vertente da
explosão de frustração da Europa: o reconhecimento tácito de que a política de
Biden para a Ucrânia representa o fracasso da diplomacia do Ocidente (tudo
processos formais e nenhuma abordagem substantiva das questões subjacentes);
além de que o tratamento desajeitado da Alemanha na questão Nord Stream 2,
condena a UE a anos de declínio económico e sofrimento.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A terceira vertente é mais
complexa e reflete-se no grito indignado de Josep Borell de que Rússia e China
são duas potências “revisionistas” tentando mudar a ordem mundial atual. O
"medo" europeu está fundamentado não apenas no conteúdo da declaração
conjunta de Pequim, mas provavelmente também no facto de que nem em toda a sua
vida o presidente Putin fez um discurso como o discurso de 21 de fevereiro ao
povo russo. Ele também nunca tinha nomeado os americanos como inimigos
nacionais da Rússia em termos russos tão inequívocos: promessas americanas:
inúteis; intenções americanas: mortais; discursos americanos: mentiras; ações
americanas: intimidação, extorsão e chantagem.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O discurso de Putin pressagia uma
grande fratura. Parece que os europeus (como Borrell) estão começando a
perceber o quanto o discurso de Putin representa um ponto de inflexão. Foi
enquadrado em torno da Ucrânia, mas a última questão – embora convincente – é
incidental à decisão da Rússia e da China de mudar para sempre o equilíbrio
geopolítico e a arquitetura de segurança do globo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que o reconhecimento das
repúblicas do Donbass representou foi a manifestação dessa decisão
geoestratégica anterior. Foi o primeiro desdobramento prático dessa ruptura com
o Ocidente (nunca absoluta, certamente) e a revelação da compilação da Rússia
de medidas “técnico-militares” destinadas a forçar a separação do globo em duas
esferas distintas. A primeira foi o reconhecimento das repúblicas; a segunda
medida técnico-militar foi o discurso de Putin; e a terceira, a subsequente
ordem de “Operações Especiais”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Eles – o Eixo Rússia-China –
querem separação. Isso deve acontecer ou por meio do diálogo (o que é
improvável, uma vez que o princípio central da geopolítica de hoje é definido
pela deliberada não compreensão “do outro”), ou deve ser alcançado por uma
disputa com dor crescente (definida em termos de linhas vermelhas) até que um
lado, ou o outro, ceda. Claro, Washington não acredita que os presidentes Xi e
Putin possam querer o que dizem – e eles acreditam que, de qualquer maneira, o
Ocidente tem um domínio crescente no campo da imposição da dor.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em termos menos diplomáticos, a
Rússia e a China concluíram que não é mais possível compartilhar uma sociedade
global com uma América determinada a impor ao mundo uma ordem hegemónica
elaborada para “assemelhar-se ao Arizona”. Putin quer dizer precisamente o que
diz: a Rússia está encostada à parede, e não há lugar algum para onde a Rússia
se possa retirar agora – para eles é uma questão existencial.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A negação do Ocidente de que
Putin “fala a sério” (garantindo em consequência o fracasso da diplomacia) sugere
que esta crise estará conosco pelo menos nos próximos dois anos. É o início de
uma fase prolongada e de alto risco de um esforço liderado pela Rússia para
mudar a arquitetura de segurança europeia para uma nova forma, que o Ocidente
atualmente rejeita. O objetivo russo será manter as pressões – e até mesmo a
latência da guerra sempre presente – a fim de assediar os líderes ocidentais
avessos à guerra para fazer a mudança necessária.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em última análise – após uma luta
dolorosa – a Europa buscará a reconciliação. A América será mais lenta: os
falcões da Beltway tentarão redobrar esforços. E será a situação económica e de
mercado ocidental que poderá em última análise determinar o “quando”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">27/Fevereiro/2022<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[*] Antigo diplomata britânico,
fundador e diretor do Conflicts Forum. Anteriormente, foi uma figura de
destaque tanto nos serviços secretos britânicos (MI6) como na diplomacia da
União Europeia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O original encontra-se em
www.strategic-culture.org/news/2022/02/27/constructive-destruction-of-russia-model-of-relations-with-west/<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Este artigo encontra-se em
resistir.info<o:p></o:p></p>Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-36571596550718649302022-03-01T20:43:00.000-03:002022-03-01T20:43:56.985-03:00Desnazificação da Ucrânia e o apodrecimento da Mídia.<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><h1 style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "Open Sans", "Noto Sans", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 36px; letter-spacing: -1px; line-height: 1.1; margin: 20px 0px 10px;"><br /></h1><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> <br /> Batalhão Azov é uma força
paramilitar de extrema-direita da Ucrânia</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjLBW3NmljwCY6HxYyMN73Xo-8-x0ZnUvLn2SDbPVArfuZBkcALYF61yT5DhHGL1MyLQ7AG5gogRWZgWdmZmi-VLvcvjL7nIkwNr3dpv1VTVxZcSzEMSYHIbQguWjJHcGlubaoOwnZaBDDZ323ETiFcUC6OMA_ngnO8z5neJl51N_VceGalgNOlO4tZ=s1048" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="758" data-original-width="1048" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjLBW3NmljwCY6HxYyMN73Xo-8-x0ZnUvLn2SDbPVArfuZBkcALYF61yT5DhHGL1MyLQ7AG5gogRWZgWdmZmi-VLvcvjL7nIkwNr3dpv1VTVxZcSzEMSYHIbQguWjJHcGlubaoOwnZaBDDZ323ETiFcUC6OMA_ngnO8z5neJl51N_VceGalgNOlO4tZ=w555-h231" width="555" /></a></div><br /><span style="text-align: justify;"> </span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A primeira vítima da guerra são
os meios de comunicação do ocidente e a liberdade de expressão. Praticamente
todos tocam pelo mesmo diapasão.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Numa homogeneidade perfeita
repetem a narrativa imperial de que se trata de uma guerra da Rússia contra a
Ucrânia. Isto é falso. Trata-se, sim, de uma operação da Rússia contra a OTAN.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A Rússia está a travar uma
batalha existencial contra o aparelho militar da OTAN ali existente e para
desnazificar o país. Ela já venceu a primeira parte dessa operação:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mais de mil ativos militares e centros de
comando ligados à OTAN foram destruídos. Falta a segunda parte, que é
desnazificar o país. Mas nenhum dos meios de comunicação corporativos diz isso,
pois a voz do dono é que manda.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Eles entretêm-se com fake news
ridículas, como essa de apresentar como grande estadista um ex-comediante
viciado em estupefacientes e títere de Washington.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ou então a inflacionar qualquer
manifestação insignificante da quinta coluna que existe dentro da Rússia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em contrapartida, ameaças reais à
liberdade de expressão – como a proibição dos canais da RT e da Sputnik em
vários países – não lhes merece qualquer reprovação.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Acompanham assim os serviçais governantes
europeus que mandam iluminar edifícios públicos com luzes coloridas. A equação
é perfeita:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>políticos submissos + mídia
orquestradas = modelação da opinião pública. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>Fonte: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sites <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pátria<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Latina<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Resistir Info</i><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">01/março/2022<o:p></o:p></p>Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-32563606300936770772020-10-28T14:12:00.001-03:002020-10-28T14:12:48.098-03:00Julgamento histórico pode definir o futuro das terras indígenas do Brasil<p style="text-align: left;"> </p><br /><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs_KKiWkIg4-SE6koZ8E1kOySt8bq39956IzvZGeGsEObsJzJWoBPvkSh77VNYaj_EMSYRUayH0aH_tnrlT8HU5CpkeHpVOQ6H9tSpt4-GEmP1JTk7ahLDULfbTiv2DOSJlal24ial1qE/s1050/download.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="674" data-original-width="1050" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs_KKiWkIg4-SE6koZ8E1kOySt8bq39956IzvZGeGsEObsJzJWoBPvkSh77VNYaj_EMSYRUayH0aH_tnrlT8HU5CpkeHpVOQ6H9tSpt4-GEmP1JTk7ahLDULfbTiv2DOSJlal24ial1qE/w320-h205/download.png" width="320" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No dia 28/10, o Supremo Tribunal
Federal (STF) pode iniciar o julgamento que definirá os rumos das demarcações
das Terras Indígenas no Brasil. O que está em jogo é o reconhecimento ou a
negação do direito mais fundamental aos povos indígenas: o direito a terra.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Há duas teses em disputa: de um
lado, a chamada “teoria do indigenato”, que reconhece o direito territorial dos
povos indígenas como “originário”, segundo os termos da Constituição; do outro
lado, está uma proposta que restringe os direitos desses povos às suas terras
ao reinterpretar a Constituição com base na tese do chamado ‘marco temporal’.
Nessa interpretação, defendida por ruralistas, os povos indígenas só teriam
direito à demarcação das terras que estivessem sob sua posse no dia 5 de
outubro de 1988, data de promulgação da Constituição, ou que, nessa data,
estivessem sob disputa física ou judicial comprovada.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Entenda o caso<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Tramita no STF um pedido de
reintegração de posse (Recurso Extraordinário 1.017.365) movido pela Fundação
do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (Farma) contra a Fundação Nacional
do Índio (Funai) e indígenas do povo Xokleng, envolvendo a Terra Indígena
Ibirama-Laklanõ, área reivindicada e já identificada como parte de seu
território tradicional, também habitado por populações Guarani e Kaingang<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O Recurso teve a repercussão
geral reconhecida pelo plenário do STF em 2019. Isso significa que o que for
julgado nesse caso servirá para fixar uma tese para todos os casos envolvendo
demarcações de terras indígenas, em todas as instâncias do judiciário.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O que está em jogo?<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por isso, a decisão da Suprema
Corte irá impactar o futuro de centenas de populações indígenas, já que a
aplicação do marco temporal pode dificultar ainda mais as demarcações,
indispensáveis à sobrevivência desses povos, à pacificação de conflitos
territoriais históricos, além de coibir a violência resultante de invasões e
atividades ilícitas, como grilagem de terras, garimpo e extração madeireira.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A existência dos povos indígenas
isolados também estará ainda mais ameaçada caso a votação seja favorável à tese
do marco temporal. Isso porque, por seu modo de vida nômade e avesso ao
contato, é impossível comprovar a presença desses grupos em 5 de outubro de
1988 nas terras que hoje habitam ou que estivessem reivindicando formalmente o
reconhecimento de seus territórios. O Estado brasileiro até hoje não conseguiu
confirmar exatamente quantos são e onde estão essas comunidades especialmente
vulneráveis.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> <span></span></o:p></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na avaliação de indigenistas,
juristas, lideranças indígenas e do Ministério Público Federal (MPF), o marco
temporal é uma tese perversa, pois legaliza e legitima as violências a que os
povos foram submetidos até a promulgação da Constituição de 1988, em especial
durante a Ditadura Militar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">“Essa posição ainda ignora o fato
de que, até 1988, os povos indígenas eram tutelados pelo Estado e não tinham
autonomia para lutar, judicialmente, por seus direitos. É por esse motivo que o
mote para a campanha de mobilização indígena para derrubar a tese do marco
temporal é: “Nossa história não começa em 1988”, explica Rafael Modesto,
advogado do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O julgamento foi colocado em
pauta pelo presidente do Supremo, o ministro Luiz Fux, e será realizado de
forma telepresencial, devido à pandemia do novo coronavírus. As partes terão
até 15 minutos para se manifestar, já os amici curiae – amigos da corte -,
terão ao todo, 30 minutos para sustentação oral.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Serviço:<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O quê? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Julgamento do recurso extraordinário com
repercussão geral do povo Xokleng<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quando? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Previsto para o dia 28/10 – a partir das
14h (hora de Brasília)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por onde assistir ao julgamento: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>TV Justiça e redes da @apiboficial<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Saiba mais: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cimi.org.br/repercussaogeral<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fonte: <b>Conselho Indigenista
Missionário -<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Correio da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cidadania-</b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><br />Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-88273960530196043372020-10-17T19:22:00.004-03:002020-10-17T19:22:56.559-03:00Os ‘lugares obscuros’ dos EUA, o biopoder e a tortura sexual (II)<p style="text-align: left;"> <b style="text-align: justify;"> A prática sistemática da tortura, da detenção e execução extrajudicial,
a instalação de uma rede de “prisões secretas” de forma a iludir a vigilância
humanitária são parte integrante da “guerra ao terror” invocada pelos EUA. Tal
como outros aspectos dessa “guerra ao terror”, são na verdade formas
normalizadas do mais bárbaro terrorismo de Estado.</b><span style="text-align: center;"> </span></p><p style="text-align: left;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="180" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS5HNdLbauHWqjZ7OrYhML-pWwiPa6undhaJ2y8SGgSyp5CduFEA-oAFWqb7SjhMWLcTYDpNvTWwJuWY0VvlMzQcztfIIFyG9EZloTQ3xN2JksSjJt0BKS4wi43zJiB2fp0DJvD971zhg/w324-h180/NazannArmanian.jpg" style="text-align: center;" width="324" /> <b>Por Nazanin Armanian</b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p> </o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Apesar de proibido na maioria dos
países do mundo, o uso do terror e a tortura contra mulheres e homens na prisão
não diminui, muito pelo contrário. Donald Trump, o presidente de uma democracia
formal como os Estados Unidos, defende publicamente a tortura e ordena manter
aberto o campo da detenção ilegal de Guantánamo. A que ponto conseguiram
normalizar a apologia do terrorismo de Estado!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nas prisões que este país
administra, a tortura não é obra de “umas maçãs podres” caídas acidentalmente
em Guantánamo, Abu Ghraib ou na prisão afegã de Bagram (”Jardim dos Deuses” em
sânscrito): é estruturada, estudada e dirigida desde cima. Uma dezena de
buracos obscuros, ampliados pelo golpe da Guerra contra o Terror, são a
manifestação máxima daquilo que Michel Foucault narra: o espaço onde o biopoder
se confronta diretamente com o corpo desnudado e aniquila até a alma do réu (e
o pouco de alma que os seus algozes ainda teriam). O ataque ao mais íntimo
dessas pessoas é apenas a cereja do sistema: segundo o Relatório da Comissão
Histórica do Conflito e suas Vítimas da Colômbia, pelo menos 53 menores foram
violadas pelos soldados dos Estados Unidos, que filmaram os abusos e venderam
os vídeos como material pornográfico. As guerras são um bom negócio para os
seus organizadores!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Embora alguns tipos de tortura já
sejam conhecidos publicamente (privação de sono, calor e frio extremos, ser
amarrado à cadeira alemã ou trancado durante semanas em caixões ou na casota de
cão de um metro quadrado, entre outros), a tortura sexual é o que há de mais
ocultado tanto pelos que a cometem como pelas vítimas, apesar de estar
amplamente difundida pelo mundo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nesses espaços, depois de
recebê-los com socos e pontapés, os carcereiros borrifam os seus reféns com gás
de pimenta, arrancam-lhes a roupa, lançam-nos nas celas e sentam-se sobre seus
corpos famintos para os imobilizar e para continuar a espancá-los. Alguns que
narraram a sua passagem pelo inferno, afirmam que sentiram mais dor ao serem
despojados das suas roupas do que por causa dos golpes. Pois, para grande parte
da humanidade, que atribuiu um sentido moral ao vestuário, a nudez forçada é
uma das agressões mais profundas que se pode sofrer e ser violada é a maior.
Nunca superam o trauma físico e psicológico do ataque à sua dignidade sexual.
Em Guantánamo, os presos, a princípio, lutaram com a única arma de que
dispunham: lançar fezes sobre os guardas e cuspir-lhes. Foram derrotados a
golpe de espancamentos e choques eléctricos, até se renderem.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Embora sejamos sinceros: os
Estados Unidos não poderiam organizar o negócio do sequestro, tortura e
destruição de nações inteiras sem a cooperação dos seus aliados.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Entre os países onde dispõem de
masmorras estão Iraque, Afeganistão, Paquistão, Turquia, Azerbaijão, Quénia,
Marrocos, Diego García, Egipto, Síria, Líbia, Tailândia, Polónia, Lituânia,
Roménia e Kosovo, enquanto os países democráticos como o Reino Unido , Itália,
Escócia, Espanha, Portugal, Finlândia ou Suécia, têm cooperado com esses atos
terroristas autorizando à CIA-MI6 o sequestro de pessoas inocentes no seu solo
e usar os seus aeroportos para esse peculiar tráfico de pessoas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mulheres nas masmorras dos EUA<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> <span></span></o:p></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Desconhecemos o número e a
magnitude das operações de sequestro de mulheres pela CIA-MI6 e sua entrega às
bases militares do Pentágono ao redor do mundo, mas podemos distinguir três
perfis:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">• Activistas da resistência à
ocupação, que no Iraque têm sido do Partido Baas e de grupos de esquerda.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">• Uma maioria de domésticas,
raptadas das suas casas para serem moeda de troca: seja com um parente varão
procurado ou com soldados ocidentais capturados pela resistência.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">• E, aquelas enganadas pelos
traficantes internacionais, que ante a militarização da prostituição (graças às
guerras) fazem fortuna enganando mulheres de diversos países que pensam ter
sido contratadas para trabalhar no serviço doméstico de um país árabe rico, e
aparecem nas bases dos Estados Unidos para se converterem em brinquedos sexuais
do seu pessoal.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Entre os cerca de 3.000 presos de
Abu Ghraib em 2005 havia onze mulheres que, ao contrário dos homens, não tinham
direito de ir ao pátio e estavam em regime de isolamento total, inclusivamente
com as janelas tapadas: Como é que não perderam a cabeça? Pergunto-me.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Segundo a revista britânica New
Statesmen, uma presa iraquiana chamada Noor contrabandeou uma nota afirmando
que os soldados despiam as mulheres e violavam-nas e que várias estavam
grávidas. Anos depois, a investigação realizada pelo general norte-americano
Antonio Taguba reconhecia a veracidade da carta e dos factos: tinha em mãos
1.800 fotos digitais de homens e mulheres nus só de Abu Ghraib, tiradas por uns
criminosos que iam democratizar o Iraque, algumas “tendo sexo” ou
“comportamentos impróprios de natureza sexual” com pessoas detidas, nas
palavras do general. A cientista política iraquiana Huda Shaker Al-Nuaimi
acredita que, depois de violada e grávida, Noor foi libertada, embora ao chegar
em casa tenha sido assassinada pela sua família, gente cobarde e egoísta que,
não podendo vingar-se do agressor, lavam a sua maldita honra manchada com o
sangue da pessoa mais vulnerável.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Estas mulheres, devastadas, não
costumam falam das violações sofridas para não envergonhar a sua família e
também para proteger as suas vidas. Apenas uma delas, de um quiosque de tabaco,
falou sem medo de que os carcereiros a tinham forçado a tirar a roupa na frente
dos guardas. Conta a sua história a advogada iraquiana Amal Kadham Swadi, que
também entrevistou outras mulheres na base de Al-Kharkh e uma delas, a quem
tinham partido o braço na luta da violação, pediu anonimato: “Temos filhos e
maridos. Pelo amor de Deus, não contes a ninguém sobre isto.” Bush e Obama tentaram
em vão impedir que as fotos das violações norte-americanas de mulheres e
crianças iraquianas na prisão circulassem na Internet. No inferno de Abu Ghraib
havia uma avó de 70 anos que montavam como um burro, denuncia a parlamentar
britânica Ann Clwyd.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fatima, uma presa refém, antes de
morrer sob a tortura, revela numa carta enviada para o exterior de Abu Ghraib,
que todas as mulheres estão nuas nas suas celas e violadas até dez vezes por
dia. Algumas ficaram grávidas e uma delas cometeu suicídio batendo com a cabeça
nas paredes da cela. Fátima morreu sob a tortura, segundo o jornal iraniano
Alghalebun.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">• A neurocientista paquistanesa
Dra. Aafia Siddiqui e os seus três filhos pequenos foram sequestrados em
Karachi em Março de 2003 e transferidos para Bagram, onde foram mantidos em
celas de isolamento. Ela havia sido violada continuamente e os seus gritos eram
de partir o coração, dizem alguns ex-presos. Não se sabe se está viva.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">• Fatima Boudchar, grávida de
quatro meses, e seu marido Abdel Hakim Belhaj, ambos dissidentes líbios, foram
sequestrados pelo MI5-MI6 em 2004 na Tailândia, feudo da agente da CIA Gina
Haspel, promovida por Donald Trump em 2018 a diretora desta agência. A
Tailândia aparece nos media (e não por acaso) pelo harém do seu monarca, não
por ser o primeiro país a hospedar uma prisão secreta da CIA, chamada Green.
Fátima foi acorrentada a uma parede e não recebeu comida durante cinco dias,
até que ela e seu marido serem entregues à Líbia em Março de 2004, quando
Muammar al-Gaddafi decidiu colaborar com “o Ocidente” após ver o destino de
Saddam Hussein. O coronel aderiu à “Guerra contra o Terrorismo Islâmico”,
permitindo que os serviços de inteligência da Aliança Atlântica se infiltrassem
nos da Líbia e preparassem o derrube do chefe de estado e a destruição do país.
Segundo a ONG Reprieve, o governo britânico gastou 744.000 libras para esconder
a verdade sobre o sequestro e tortura do casal e de seu filho ainda não
nascido.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Os milhares de crianças nascidas
dessas violações são invisíveis para as autoridades que devem protegê-las,
apesar de serem muito visíveis devido às suas características mestiças que
revelam que o seu pai foi um criminoso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O tabu do ‘homem violado’<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Os homens não costumam reconhecer
ter uma parente do sexo feminino na prisão ou terem sido agredidos ou
humilhados sexualmente pelos guardas. Em ambos os casos pelo estigma social e
cultural que supõe reconhecer ter sido agredido sexualmente, ter sido castrado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O uso do sexo faz parte das
técnicas de tortura nos interrogatórios, para degradar e humilhar o
prisioneiro. O ritual desta tortura específica é o seguinte:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">• Manter os prisioneiros nus. A
religião islâmica, tal como outras, exige que seus fiéis “protejam as suas
partes pudendas”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">• Borrifa-los com água fria
enquanto usam uma escova de cerdas duras para esfregar os seus órgãos genitais.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">• Violá-los.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">• Reproduzir gravações de gritos
de mulheres nos interrogatórios, e dizer-lhes que são as mulheres da sua
família que estão a ser agredidas sexualmente na sala ao lado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">• Um dos superstes tormentorum
(sobrevivente de tortura), que sugere algo no seu livro Diário de Guantánamo
(Capitão Swing, 2017) é Mohamedou Ould Slahi da Mauritânia, sequestrado no
Canadá em 2005 e encerrado em Guantánamo até 2016. A ele, depois de o receber
com socos e golpes na cabeça e no rosto, rapam-lhe a cabeça e a barba,
despem-no, vestem-lhe uma burca para se rir dele, fazem-no latir e submetem-no
a todo tipo de torturas, inclusive um simulacro de execução em que lhe quebram
sete costelas, mas também foi violado: iam ensiná-lo sobre o “óptimo sexo
norte-americano” e forçaram-no a ter relações sexuais com mulheres
interrogadoras: “O que mais me magoou foi que me obrigaram a participar num
trio sexual da maneira mais degradante. O que muitos não se dão conta é que os
homens se magoam tanto como as mulheres se forem forçados a fazer sexo “,
escreve. “Que posso fazer para não enlouquecer?” tinha perguntado Mohamedou a
um guarda.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">• Mustafa al-Hawsawi, cidadão
saudita, foi sequestrado no Paquistão e transferido para o Afeganistão. Aqui,
foi violado várias vezes, inclusive com objetos contundentes (espingarda,
vassoura), causando-lhe fissura anal e prolapso retal, embora no relatório do
Senado (2014) lhe chamem “exame retal” realizado com “força excessiva”. Foi
depois transferido para outra masmorra na Lituânia, onde lhe foi negado
tratamento médico, a ele e ao resto dos sequestrados, para terminar na
Tailândia e ser “examinado” pela sinistra Haspel.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">• Rahim Al Nashiri, cidadão
saudita, sequestrado no Dubai, foi levado para a Polónia. A CIA pagou ao
governo de Varsóvia US $ 15 milhões - enviados pela embaixada dos EUA na
Alemanha via mala diplomática - para poder “alugar” uma prisão. A Al Nashiri,
nu e encapuzado, praticaram uma execução simulada com um berbequim eléctrico e
ameaçaram-no com trazer a sua mãe e violá-la diante dele.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Por que violam os carcereiros os seus reféns?<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">1) Por violar: eles próprios são
uns criminosos e ao encontrar-se numa posição de poder cometem um “simples”
acto de delinquência.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">2) Por ser um método de tortura
severa para obter uma confissão quando outros meios não respondem. Assim, o
torturador intensifica seu domínio sobre a vítima, coisifica-a, coage-a e
invade todo o seu ser.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Exijamos aos Estados Unidos e
seus aliados o encerramento imediato das prisões secretas e o julgamento ou
libertação dos sequestrados, esses seres vivos sem vida que poderíamos ser tu e
eu.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fonte: <a href="https://blogs.publico.es/puntoyseguido/6681/los-sitios-oscuros-de-estados-unidos-el-biopoder-y-la-tortura-sexual-ii/">https://blogs.publico.es/puntoyseguido/6681/los-sitios-oscuros-de-estados-unidos-el-biopoder-y-la-tortura-sexual-ii/</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Gostaste do que leste?<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p> </o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Divulga o endereço deste texto e o de odiario.info entre os teus amigos
e conhecidos<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p> </o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></b></p>Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-34574778360127283972020-10-17T17:49:00.000-03:002020-10-17T17:49:58.614-03:00O êxito enorme mas "secreto" do Vietname socialista.<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>André Vltchek<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Há cerca de vinte anos, quando me
mudei para Hanói, a cidade estava sombria, cinzenta, coberta de fumaça. A
guerra terminara, mas permaneciam terríveis cicatrizes.</b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiXBorx7qIQn_hXVz5wsjtp_MpQEiLCRx5nga7juLp7mBbJyEboPeh1IeAINKjbWH7JVHQpB1LHoD3XtNM1thN8pLwQ0pOSIJb0UC9NUf2SD31PCA5AGN4bUyhrLpd16c6X5L44u_9nVY/s752/hanoi.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="538" data-original-width="752" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiXBorx7qIQn_hXVz5wsjtp_MpQEiLCRx5nga7juLp7mBbJyEboPeh1IeAINKjbWH7JVHQpB1LHoD3XtNM1thN8pLwQ0pOSIJb0UC9NUf2SD31PCA5AGN4bUyhrLpd16c6X5L44u_9nVY/w556-h229/hanoi.jpg" width="556" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">***********************************************************************************</p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 12.2667px;">Nota do blog: Este é um artigo relativamente recente de Andre Vltchek (1962-2020), antes do seu falecimento em Istambul dia 22 de Setembro. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 12.2667px;">Vltchek foi escritor, realizador de cinema, fotógrafo, jornalista, analista político e um ardente anti-imperialista. A sua posição consequente e lúcida foi um exemplo do que deve ser um jornalismo combativo e de ideias, o qual se contrapõe ao jornalismo pasteurizado, medíocre e vergonhoso das grande mídias corporativas que nos mentem e omitem diariamente. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 12.2667px;">Andre Vltchek foi, e continua sendo, um exemplo para todos aqueles que professam acreditam nos ideias de Liberdade e de Justiça.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 12.2667px;">*****************************************************************************************************************************</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Eu trouxe o meu veículo com
tração às quatro rodas do Chile e insisti em conduzi-lo pessoalmente. Foi um
dos primeiros SUV da cidade. Cada vez que conduzia, era atingido por scooters,
que voavam como projéteis pelas amplas avenidas da capital.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Hanói era linda, melancólica, mas
claramente marcada pela guerra. Havia histórias, histórias terríveis do
passado. Nos "meus dias", o Vietname era um dos países mais pobres da
Ásia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Muitos patrimónios históricos,
incluindo o Santuário My Son, no Vietname Central, eram basicamente vastos
campos de minas, mesmo muitos anos após os terríveis bombardeios dos EUA. A
única maneira de visitá-los era em veículos militares de propriedade do
governo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O prédio onde eu morava
literalmente surgiu do infame "Hanói Hilton", a antiga prisão
francesa onde os patriotas e revolucionários vietnamitas eram torturados,
violentados e executados e onde alguns pilotos americanos capturados foram
mantidos durante o que é chamada no Vietname a Guerra Americana. Da minha
janela, podia ver uma das duas guilhotinas no pátio do que então se tinha
tornado um museu do colonialismo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> <span></span></o:p></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em 2000, Hanói não tinha um único
centro comercial e, quando chegámos, o terminal do aeroporto Noi Bai era apenas
um pequeno edifício, do tamanho de uma estação de ferroviária da província.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Naqueles dias, para o povo
vietnamita, uma viagem a Bangkok parecia uma viagem a uma galáxia diferente.
Para jornalistas como eu, que moravam em Hanói, uma viagem regular a Bangkok ou
Singapura era uma necessidade absoluta, pois quase nenhum equipamento
profissional ou peças de substituição estavam disponíveis no Vietname.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Duas décadas depois, o Vietname
tornou-se um dos países mais confortáveis da Ásia. Um lugar onde milhões de
ocidentais adorariam viver.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sua qualidade de vida cresce
continuamente. Seu modelo socialista e de planeamento central são claramente
bem-sucedidos. O Vietname parece a China, há cerca de vinte anos. Existem
magníficos passeios nas cidades de Hue e Danang, há a construção de modernas
redes de transporte público, além de instalações desportivas. Tudo isto
contrasta fortemente com a extrema tristeza capitalista de países como a
Indonésia e mesmo a Tailândia. O povo vietnamita conta com a melhoria constante
do saneamento, assistência médica, educação e vida cultural. Com um orçamento
relativamente pequeno, o país está em muitas situações a par de nações muito
mais ricas da Ásia e do mundo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Seu povo está entre os mais
otimistas do mundo. Nos três anos em que morei no Vietname, o país mudou
drasticamente. A tremenda força e determinação do povo vietnamita ajudaram a
colmatar o vazio deixado após a destruição da União Soviética e dos outros países
socialistas da Europa Oriental. Assim como a China, o Vietname optou, com
êxito, por uma economia mista, sob a liderança do Partido Comunista.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As intensas tentativas dos EUA e
de países europeus de desviar o país do sistema socialista, usando ONGs e indivíduos
patrocinados pelo Ocidente dentro do país, foi identificada e derrotada
decisivamente. Facções pró-comunistas e pró-chinesas dentro do governo e do
Partido dominaram aqueles que tentavam empurrar o Vietname para o Ocidente. O
que se seguiu foi um sucesso significativo, em muitas frentes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">De acordo com o relatório
Southeast Asian Globe, publicado em 1 de outubro de 2018, "o Vietname
obteve o melhor desempenho em 151 países num estudo que avaliou a qualidade de
vida versus sustentabilidade ambiental</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Esta não é a primeira vez que o
Vietname tem um desempenho excecional, quando comparado a outros países da
região e do mundo. O artigo explica mais adiante:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">"O amplo estudo, chamado
"Uma boa vida para todos dentro dos limites planetários", publicado por
um grupo de investigadores da Universidade de Leeds, argumenta que precisamos
repensar dramaticamente a maneira como vemos o desenvolvimento e a sua relação
com o meio ambiente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">"Estávamos a trabalhar
basicamente com vários indicadores e relações diferentes entre resultados
sociais e indicadores ambientais", disse Fanning ao Southeast Asia Globe.
"Tivemos a ideia de que se estávamos a analisar indicadores sociais,
poderíamos definir um nível que seria equivalente a uma vida boa".<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A pesquisa incluiu 151 países e o
Vietname mostrou os melhores indicadores.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">"Os investigadores
estabeleceram 11 indicadores sociais que incluíam satisfação com a vida,
nutrição, educação, qualidade democrática e emprego"."Surpreendeu-nos
que o Vietname se tenha saído tão bem no geral", disse Fanning.
"Podia esperar -se que fosse a Costa Rica ou Cuba, pois o Vietname
normalmente não aparece como um herói da sustentabilidade". Fanning estava
a referir-se a dois países que os pesquisadores esperavam ter bom desempenho,
já que geralmente fornecem um bom apoio social e não viram o mesmo dano
ambiental que muitos países tiveram".<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas este não é o único relatório
que celebra o grande sucesso do modelo socialista do Vietname. Na região do
sudeste da Ásia, o Vietname já ganhou a reputação de uma estrela económica e
social. Em comparação com o fundamentalismo pró-mercado da Indonésia ou mesmo
das Filipinas, as elegantes cidades socialistas do Vietname projetadas e
mantidas para o povo, bem como a paisagem cada vez mais ecológica, mostram
claramente qual dos dois sistemas é superior e adequado para o povo asiático e
sua cultura.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em tempos de graves emergências,
de desastres naturais e médicos, o Vietname também está bastante à frente de
outros países do Sudeste Asiático. Tal como Cuba e a China, tem investido
fortemente na prevenção de calamidades.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Segundo a New Age, os estados
socialistas, incluindo o Vietname, fizeram um excelente trabalho lutando contra
o recente surto da pandemia do Covid-19:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">"Países em desenvolvimento
como Cuba e Vietname, com estruturas e filosofia socialistas ou comunistas,
lidam com sucesso com a pandemia do Covid-19. Quais as as estratégias
económicas e de saúde de longo prazo por trás desse sucesso? O médico Talebur
Islam Rupom faz essa pergunta e estipula que é mais do que tempo dos Estados
investirem fortemente nos sectores da saúde para garantirem assistência médica
para todos".<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">"Os países com sistemas de
saúde subsidiados centralmente ou totalmente financiados estão a enfrentar a
crise do Covid-19 melhor do que qualquer outro país. Existem também várias
outras razões pro-ativas que permitem diminuir as mortes e os casos positivos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Cuba e Vietname são dois países
em desenvolvimento que se mobilizaram rapidamente para lidar com a ameaça
emergente. Apesar do embargo e das restrições dos Estados Unidos e dos recursos
limitados, o tratamento da pandemia por Cuba pode ser um exemplo para outros.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Com uma economia menor que o
Bangladesh, o Vietname também ganha credibilidade para reiniciar a sua economia
depois de erradicar o Covid-19 do país, apesar de partilhar uma fronteira
crucial com a China."<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No final de maio de 2020, quando
este ensaio estava a ser escrito, a República Socialista do Vietname, com 95,5
milhões de habitantes, registava apenas 327 infeções e zero mortes, segundo
dados fornecidos pela Universidade Johns Hopkins. [NT]<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mesmo a revista britânica de
direita, The Economist, não podia ignorar o grande sucesso na luta contra o
Covid-19 em Estados comunistas, como o indiano Kerala e o Vietname:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">"…Com 95 milhões de pessoas,
o Vietname é um lugar muito maior. Ao lidar com o Covid-19, no entanto, seguiu
um roteiro surpreendentemente semelhante, com um resultado ainda mais
impressionante. Como Kerala, foi exposto ao vírus mais cedo e viu uma onda de
infeções em março. Os casos ativos também atingiram o pico mais cedo, no
entanto, caíram para apenas 39. Exclusivamente entre países de tamanho
remotamente semelhante e, em contraste com histórias de sucesso mais conhecidas
como Taiwan e Nova Zelândia, ainda não sofreu uma única confirmação de
fatalidade. As Filipinas, um país próximo com aproximadamente a mesma população
e riqueza, sofreram mais de 10 000 infeções e 650 mortes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Assim como Kerala, o Vietname
recentemente enfrentou epidemias mortais, durante os surtos globais do Sars em
2003 e da gripe suína em 2009. O Vietname e Kerala beneficiam de um longo
legado de investimentos em saúde pública e, particularmente, nos cuidados
primários, com uma gestão forte e centralizada, um alcance institucional desde
bairros da cidade a vilas remotas, com abundância de pessoal qualificado. Não
por coincidência, o comunismo tem sido uma forte influência, como ideologia
incontestada no Vietname e como uma marca divulgada pelos partidos de esquerda
que dominam Kerala desde os anos 50".<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Algumas análises, mesmo
produzidas no Ocidente, chegam ao ponto de afirmar que o Vietname já
ultrapassou muitos países da região, incluindo aqueles que são, pelo menos no
papel, muito mais ricos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A Deutsche Welle (DW), por
exemplo, relatava em 22 de maio de 2020: "Adam McCarty, economista-chefe
da empresa de pesquisa e consultoria Mekong Economics, espera que o Vietname
beneficie amplamente da forma como lidou com o Covid-19. Talvez este seja um
ponto de viragem no qual o Vietname deixa o grupo de países como Camboja e
Filipinas e se junta a países mais sofisticados como Tailândia e Coreia do Sul,
mesmo que o Vietname ainda não tenha um PIB semelhante", disse McCarty à
DW de Hanói.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">"Com o resto do mundo ainda
sofrendo com o Covid-19, as exportações realmente serão prejudicadas",
disse McCarty. O economista enfatizou que as coisas não podem simplesmente
voltar ao que eram. Embora o consumo interno possa aumentar nos próximos meses,
um crescimento de 5% para 2020 pode ser muito ambicioso. "Provavelmente
será mais como 3%, mas ainda é bom nestas circunstâncias. Ainda significa que o
Vietname é um vencedor".<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Volto periodicamente ao Vietname.
Uma coisa impressionante que noto é que o país não tem favelas, a miséria
extrema tão comum no capitalismo brutal da Indonésia e Filipinas, mas também no
Camboja e na Tailândia. Não há miséria nas cidades, vilas e campos vietnamitas.
Isto por si só é um enorme sucesso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O planeamento comunista significa
que a maioria dos desastres naturais e de saúde são bem prevenidos. Quando
morava em Hanói, as vastas e densamente povoadas áreas entre o rio Vermelho e a
cidade eram inundadas anualmente. Gradualmente, o bairro foi realojado e vastas
áreas verdes foram reintroduzidas, impedindo que a água chegue à cidade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Passo a passo lógico, o Vietname
vem implementando mudanças projetadas para melhorar a vida dos cidadãos. Os
meios de comunicação de massa no Ocidente e na região escrevem muito pouco
sobre este "milagre vietnamita", por razões óbvias.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Com tremendo sacrifício, os
cidadãos vietnamitas derrotaram os colonizadores franceses e depois os
ocupantes dos EUA. Milhões de pessoas desapareceram, mas uma nação nova,
confiante e poderosa nasceu. Literalmente ressuscitou das cinzas. Construiu o
seu próprio "modelo vietnamita". Agora, mostra o caminho aos países
muito mais fracos e menos determinados do sudeste da Ásia; aqueles que ainda
estão a sacrificar os seus próprios cidadãos, em obediência aos ditames da
América do Norte e da Europa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">De um dos países asiáticos mais
pobres, o Vietname tornou-se um dos mais fortes, determinados e otimistas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/HMT3NHD8x1k" width="320" youtube-src-id="HMT3NHD8x1k"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">NT] Segundo a OMS, Situation
Report de 18 de julho, o número de casos no Vietname é de 382 e o de mortes de
0.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[*] Filósofo, romancista,
cineasta e jornalista de investigação. Fez a cobertura de guerras e conflitos
em dezenas de países. Pode ser contactado através do seu site , do Twitter e do
seu Patreon . Escreve especialmente para a revista online New Eastern Outlook .
As obras de Vltchek podem ser encomendadas aqui .<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O original encontra-se em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">www.informationclearinghouse.info/55358.htm</b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Este artigo encontra-se em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">https://resistir.info/ .<o:p></o:p></b></p><br /><p></p>Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-9360591553759104692020-10-17T16:44:00.000-03:002020-10-17T16:44:02.274-03:00A juíza mafiosa que instruiu o processo de Assange.<p> </p><div align="center">
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="3" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 1.8pt; mso-padding-alt: 1.8pt 1.8pt 1.8pt 1.8pt; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 95%px;">
<tbody><tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="padding: 1.8pt 1.8pt 1.8pt 1.8pt;">
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b> <br /> Por Manlio Danucci </b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><br />Emma Ar</b><b>buthnot é a
juíza-chefe que, em Londres, instruiu o processo de extradição de Julian
Assange para os Estados Unidos, onde o espera uma condenação a 175 anos de
prisão por "espionagem", isto é, por ter publicado, enquanto
jornalista de investigação, provas dos crimes de guerra dos Estados Unidos,
entre os quais vídeos de massacres de civis no Iraque e no Afeganistão. No
processo, confiado à juíza Vanessa Baraitser, foram rejeitados todos os
requerimentos da defesa.</b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p><div align="center">
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="3" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 1.8pt; mso-padding-alt: 1.8pt 1.8pt 1.8pt 1.8pt; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 95%px;">
<tbody><tr>
<td style="padding: 1.8pt 1.8pt 1.8pt 1.8pt;">
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaGYGXWisXZGAAhRdW349ThUCoOrQ1QiUapkgGCQjlpVbWZdh_-O6k8kNEun4CLzFVQvPxCZUkHWk1t9csALirqwulCQXXMWq7DvgWrpDGWNKX3d2X0tCKa_GMZxhj9fYzul9t6ursDG0/s611/emma_arbuthnot.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="611" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaGYGXWisXZGAAhRdW349ThUCoOrQ1QiUapkgGCQjlpVbWZdh_-O6k8kNEun4CLzFVQvPxCZUkHWk1t9csALirqwulCQXXMWq7DvgWrpDGWNKX3d2X0tCKa_GMZxhj9fYzul9t6ursDG0/w451-h236/emma_arbuthnot.jpg" width="451" /></a></div><b><br />Emma Arbuthnot é a
juíza-chefe que, em Londres, instruiu o processo de extradição de Julian
Assange para os Estados Unidos, onde o espera uma condenação a 175 anos de
prisão por "espionagem", isto é, por ter publicado, enquanto
jornalista de investigação, provas dos crimes de guerra dos Estados Unidos,
entre os quais vídeos de massacres de civis no Iraque e no Afeganistão. No
processo, confiado à juíza Vanessa Baraitser, foram rejeitados todos os
requerimentos da defesa.</b><br />
<br />
Em 2018, depois de ter fracassado a acusação de violência sexual por parte da
Suécia, a juíza Arbuthnot recusou-se a anular o mandado de prisão, de maneira
a que Assange não pudesse conseguir asilo no Equador. Arbuthnot rejeitou as
conclusões do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre a detenção arbitrária
de Julian Assange. Também não foram ouvidas e levadas em conta as afirmações
do responsável da ONU contra a tortura: "Assange, detido em condições
extremas e não justificadas de isolamento, apresenta os sintomas típicos de
uma prolongada exposição a tortura psicológica".<br />
<br />
Em 2020, enquanto milhares de detidos eram transferidos para prisão
domiciliária como medida contra o coronavírus, Assange foi mantido na cadeia,
exposto ao contágio em condições físicas muito débeis. No tribunal, Assange
não pode contactar com os seus advogados, é mantido numa gaiola de vidro
blindado e ameaçado de expulsão se abrir a boca. O que existe por detrás
deste extremo rigor?<br />
<br />
<br />
<br />
A juíza Arbuthnot usa o título de "Lady", uma vez que é casada com
Lorde James Arbuthnot, conhecido como um "falcão" dos
conservadores, antigo ministro das Adjudicações da Defesa, ligado ao complexo
militar-industrial e aos serviços de espionagem. Lorde Arbuthnot é,
designadamente, presidente da Comissão Consultiva britânica da empresa
Thalès, multinacional francesa especializada em sistemas militares
aeroespaciais e membro da comissão equivalente da empresa Montrose
Associates, especializada em inteligência estratégica (cargos generosamente
pagos). Lorde Arbuthnot integra a Henry Jackson Society (HJS), um influente
"think tank" ou grupo de pressão transatlântico ligado ao governo e
aos serviços de espionagem dos Estados Unidos.<br />
<br />
No passado mês de Julho, o secretário de Estado norte-americano, Michael
Pompeo, usou da palavra em Londres numa mesa-redonda da HSJ: desde que foi
director da CIA em 2017, Pompeo acusa o website WikiLeaks, fundado por Assange,
de ser "um serviço de espionagem do inimigo". Uma campanha no mesmo
sentido é conduzida pela Henry Jackson Society, que acusa Assange de
"semear dúvidas sobre a posição moral dos governos democráticos
ocidentais com o apoio de regimes autocráticos".<br />
<br />
<br />
<br />
No Conselho Político da mesma HSJ, ao lado de Lorde Arbuthnot, esteve até há
pouco Priti Patel, actual ministro do Interior do Reino Unido, a quem está
atribuída a extradição de Assange. A este grupo de pressão que conduz uma
campanha de intoxicação pela extradição de Assange, sob a direcção de Lorde
Arbuthnot e outras personalidades influentes, está substancialmente associada
a juíza Lady Arbuthnot. Foi nomeada magistrada-chefe pela rainha em Setembro
de 2016, depois de WikiLeaks ter publicado em Março os documentos mais
comprometedores para os Estados Unidos. Entre eles os emails da secretária de
Estado Hillary Clinton revelando o verdadeiro objectivo da guerra da NATO
contra a Líbia: impedir que este país utilizasse as suas reservas de ouro
para criar uma moeda pan-africana alternativa ao dólar e ao franco CFA, a
moeda imposta pela França a 14 ex-colónias africanas.<br />
<br />
O verdadeiro "delito" pelo qual Assange é julgado é o de ter aberto
uma brecha no muro da <i>omertà </i>(secretismo mafioso)
político-mediático que encobre os interesses reais que jogam a cartada da
guerra operando no "Estado profundo". É este poder oculto que
submete Assange a um processo, instruído por Lady Arbuthnot, que faz lembrar
os da Santa Inquisição em termos de tratamento do acusado. Se for extraditado
para os Estados Unidos, Assange será submetido a "medidas
administrativas especiais" muito mais duras que as britânicas: ficará
isolado numa pequena cela; não poderá contactar a família nem falar, nem
mesmo através dos seus advogados uma vez que estes serão incriminados se
derem conhecimento de qualquer das suas mensagens. Por outras palavras, será
condenado à morte.<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">17/Setembro/2020<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Ver também:<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b> <a href="https://www.oladooculto.com/noticias.php?id=858" target="_blank">Assange
e a miséria do jornalismo</a> , também reproduzido <a href="https://pcb.org.br/portal2/26209/assange-e-a-miseria-do-jornalismo/" target="_blank">aqui</a></b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> <b><a href="https://www.medialens.org/2020/none-of-it-reported-how-corporate-media-buried-the-assange-trial/" target="_blank">‘None Of It Reported’: How Corporate Media Buried The Assange
Trial</a> ("Nada disto é informado": Como os media
corporativos enterraram o julgamento de Assange).<br />
<br />
O original encontra-se em <i>Il Manifesto </i>e a tradução em <a href="https://www.oladooculto.com/noticias.php?id=856" target="_blank">www.oladooculto.com/noticias.php?id=856</a></b><br />
<br />
<b>Este artigo encontra-se em <a href="https://resistir.info/" target="_blank">https://resistir.info/</a> .</b><o:p></o:p></p>
</td>
</tr>
</tbody></table>
</div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;"> </span></p></td></tr></tbody></table></div>Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-22456904236439938812019-02-15T14:35:00.000-02:002019-02-15T14:35:25.795-02:00Acerca da Venezuela<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 8.0pt; line-height: 115%;"> por Michael
Hudson <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
entrevistado por The Saker</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDZXqLLJeydj5M9Kpoz6oKUiILjQer5nJSKDvg1P2Cu0KGVeYZRUkiTJah3djtBcfV-USnxCs4qihFQLGTWeMNMlyT0qrwhRE3u4fDGZhQKqjnZ1ckxmicIEga0-qifxuJtTm_HhUq-Ow/s1600/reservas_provadas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="466" data-original-width="486" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDZXqLLJeydj5M9Kpoz6oKUiILjQer5nJSKDvg1P2Cu0KGVeYZRUkiTJah3djtBcfV-USnxCs4qihFQLGTWeMNMlyT0qrwhRE3u4fDGZhQKqjnZ1ckxmicIEga0-qifxuJtTm_HhUq-Ow/s320/reservas_provadas.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há uma grande controvérsia sobre
o verdadeiro perfil da economia venezuelana e se a reforma e as políticas de
Hugo Chávez e Nicolau Maduro foram cruciais para o povo da Venezuela ou se
foram completamente equivocadas e precipitaram as crises atuais. Toda a gente
parece ter opiniões muito fortes sobre isso. Mas eu não, simplesmente porque
não tenho a perícia necessária para ter tais opiniões. Decidi então perguntar a
um dos mais respeitados economistas independentes, Michael Hudson, por quem
tenho imenso respeito e cujas análises (incluindo as que ele escreveu em
parceria com Paul Craig Roberts ) parecem ser as mais confiáveis e honestas
possíveis. Na verdade, Paul Craig Roberts considera Hudson o " melhor economista
do mundo "! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sou profundamente grato a Michael
por suas respostas. Espero que contribuam para um entendimento honesto e
objetivo do que realmente está a acontecer na Venezuela. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>The Saker<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>The Saker: Poderia resumir o estado da economia da Venezuela quando
Chávez chegou ao poder? <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Michael Hudson: A Venezuela foi
uma monocultura do petróleo. Suas receitas de exportação eram gastas em grande
parte na importação de alimentos e de outras necessidades que poderiam ter
produzido internamente. Seu comércio era em grande parte com os Estados Unidos.
Portanto, apesar de sua riqueza em petróleo, a dívida externa aumentou. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desde o início, as companhias
petrolíferas americanas temiam que a Venezuela pudesse algum dia usar suas
receitas petrolíferas para beneficiar a população em geral, em vez de permitir
que a indústria petrolífera dos EUA e sua aristocracia compradora local
desviassem sua riqueza. Assim, a indústria do petróleo – apoiada pela
diplomacia dos EUA – manteve a Venezuela como refém de duas maneiras. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em primeiro lugar, as refinarias
de petróleo não foram construídas na Venezuela, mas em Trinidad e nos estados
do sul da Costa do Golfo dos EUA. Isso permitiu que as companhias de petróleo
dos EUA – ou o governo dos EUA – deixassem a Venezuela sem um meio de
"avançar sozinha" e prosseguir uma política independente com seu
petróleo, uma vez que precisava ter esse petróleo refinado. Não ajuda ter
reservas de petróleo se não conseguir refiná-lo para que seja utilizável. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Segundo, os banqueiros centrais da
Venezuela foram persuadidos a comprometer suas reservas de petróleo e todos os
ativos do sector estatal de petróleo (incluindo a Citgo) como garantia
colateral da sua dívida externa. Isso significava que, se a Venezuela não
pagasse (ou fosse forçada a incumprimento por bancos norte-americanos que se
recusassem a efetuar pagamentos atempados sobre a sua dívida externa), os
detentores de títulos e grandes petrolíferas dos EUA estariam em posição legal
de tomar posse dos ativos petrolíferos venezuelanos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tais políticas pró EUA tornaram a
Venezuela uma oligarquia latino-americana tipicamente polarizada. Apesar de ser
nominalmente rica em receitas petrolíferas, sua riqueza estava concentrada nas
mãos de uma oligarquia pró EUA que deixava o seu desenvolvimento interno ser
pilotado pelo Banco Mundial e pelo FMI. A população indígena, especialmente sua
minoria racial rural bem como a subclasse urbana, foi excluída da participação
na riqueza do petróleo do país. A recusa arrogante da oligarquia a compartilhar
a riqueza, ou mesmo tornar a Venezuela auto-suficiente em elementos essenciais,
tornou a eleição de Hugo Chávez um resultado natural. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>The Saker: Poderia descrever as várias reformas e mudanças introduzidas
por Hugo Chávez? O que ele fez de certo e o que fez de errado? <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Michael Hudson: Chávez procurou
restaurar uma economia mista para a Venezuela, utilizando suas receitas
governamentais – principalmente do petróleo, é claro – para desenvolver
infraestrutura e gastos internos em saúde, educação, emprego para elevar
padrões de vida e produtividade para o seu eleitorado. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que ele não conseguiu fazer foi
sanar o desfalque sistemático e aumentar o rendimento do sector petrolífero. E
foi incapaz de conter a fuga de capitais da oligarquia, levando sua riqueza e
movendo-a para o exterior. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Isso não era "errado".
Simplesmente leva muito tempo mudar a ruptura de uma economia – enquanto os EUA
usam sanções e "truques sujos" para travar esse processo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFr4OvHqbydg9Wx5ymKLuWaKJLri4nYOqScfCtaMUOdsSdVIFe7-9U1cbdzKz1xib2M2zqKWQWme4hur32HsiaIee_BRY-Mk-fXMRYv9AqQhZtqd64QngUr02WVMBuCi9ZdzcmRuv3KmA/s1600/eleicoes2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="537" data-original-width="550" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFr4OvHqbydg9Wx5ymKLuWaKJLri4nYOqScfCtaMUOdsSdVIFe7-9U1cbdzKz1xib2M2zqKWQWme4hur32HsiaIee_BRY-Mk-fXMRYv9AqQhZtqd64QngUr02WVMBuCi9ZdzcmRuv3KmA/s320/eleicoes2.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>O Saker</b>: Quais são,na sua opinião, as causas da a<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>tual
crise económica na Venezuela – devem-se primariamente a erros cometidos por
Chávez e Maduro ou a causa principal é sabotagem, subversão e sanções dos EUA? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Michael Hudson: Não há qualquer
modo de Chávez e Maduro poderem ter seguido uma política pró venezuelana
destinada a alcançar a independência económica sem incitar a fúria, a subversão
e as sanções dos Estados Unidos. A política externa americana continua tão
focada no petróleo quanto estava quando invadiu o Iraque sob o regime de Dick
Cheney. A política dos EUA é tratar a Venezuela como uma extensão da economia
estado-unidense, gerando um excedente comercial de petróleo para gastar nos
Estados Unidos ou transferindo suas poupanças para bancos dos EUA. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao impor sanções que impedem a
Venezuela de ter acesso a seus depósitos em bancos dos EUA e aos activos da sua
estatal Citco, os Estados Unidos estão a tornar impossível a Venezuela pagar a
sua dívida externa. Isso é forçá-la ao incumprimento, o que os diplomatas
norte-americanos esperam usar como desculpa para arrestar os recursos
petrolíferos da Venezuela e confiscar seus activos estrangeiros, da mesma forma
que o hedge fund de Paul Singer tentou fazer com os activos estrangeiros da
Argentina. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Assim como a política dos EUA sob
Kissinger era fazer a "economia do Chile gritar", os EUA estão a
seguir o mesmo caminho contra a Venezuela. Eles estão utilizando esse país como
um "efeito demonstração" para advertir os demais países a não
actuarem de acordo com seus próprios interesses de modo a impedir que seus excedentes
económicos sejam absorvidos pelos investidores americanos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>O Saker</b>: O que na sua opinião Maduro deveria fazer (supondo que
permaneça no poder e os EUA não o derrubem) para resgatar a economia
venezuelana? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Michael Hudson: Não consigo
pensar em nada que o presidente Maduro possa fazer que ele já não esteja
fazendo. Na melhor das hipóteses, ele pode buscar apoio estrangeiro – e
demonstrar ao mundo a necessidade de um sistema financeiro e económico
internacional alternativo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele já começou a fazer isso ao
tentar retirar o ouro da Venezuela do Banco da Inglaterra e do Federal Reserve.
Isso está se transformando em "guerra assimétrica", o que ameaça
dessacralizar o padrão dólar nas finanças internacionais. A recusa da
Inglaterra e dos Estados Unidos em conceder ao governo eleito o controle de
seus activos estrangeiros demonstra a todo o mundo que só diplomatas e
tribunais dos EUA podem fazer isso e que controlarão países estrangeiros como
uma extensão do nacionalismo norte-americano. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O preço do ataque económico dos
EUA à Venezuela é, portanto, para fracturar o sistema monetário global. O
movimento defensivo de Maduro está mostrando a outros países a necessidade de
se protegerem de se tornarem "outra Venezuela", encontrando um novo
porto seguro e agente pagador para seu ouro, reservas cambiais e financiamento
da dívida externa, longe das áreas do dólar, da libra esterlina e do euro. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O único modo de Maduro combater
com êxito é no nível institucional, elevando a aposta a fim de movê-la para
"fora da caixa". Seu plano – e, naturalmente, um plano de longo prazo
– é ajudar a catalisar uma nova ordem económica internacional independente do
padrão dólar americano. Isto funcionará no curto prazo só se os Estados Unidos
acreditarem que podem emergir deste combate como um corretor financeiro
honesto, como um sistema bancário honesto e um defensor de regimes
democraticamente eleitos. A administração Trump está a destruir esta ilusão de
um modo mais perfeito do que qualquer crítico anti-imperialista ou rival económico
poderia fazê-lo! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A longo prazo, Maduro também deve
desenvolver a agricultura venezuelana, seguindo as mesmas linhas com que os
Estados Unidos protegeram e desenvolveram a sua agricultura sob a legislação do
New Deal dos anos 1930 – serviços de extensão rural, crédito rural,
aconselhamento de sementes, organizações de marketing estatais para compra de
colheitas e fornecimento de mecanização, e a mesma espécie de apoio aos preços
que os Estados Unidos tem utilizado desde há muito para subsidiar o investimento
agrícola interno a fim de aumentar a produtividade. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>The Saker:</b> E quanto ao plano de introduzir uma cripto moeda com
base no petróleo? Será isso uma alternativa eficaz ao Bolívar venezuelano
moribundo? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Michael Hudson: Só um governo
nacional pode emitir uma moeda. Uma cripto divisa ligada ao preço do petróleo
tornar-se-ia um veículo de hedging, propenso a manipulações e oscilações de
preços por parte de vendedores e compradores. Uma divisa nacional deve ser
baseada na capacidade de tributar, e a principal fonte tributária da Venezuela
é a receita do petróleo, a qual está a ser bloqueada a partir dos Estados
Unidos. Assim, a posição da Venezuela é como aquela do marco alemão que sai de
sua hiper-inflação do início da década de 1920. A única solução envolve suporte
a balança de pagamentos. Parece que o único apoio desse tipo virá de fora da
esfera do dólar. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A solução para qualquer
hiper-inflação deve ser negociada diplomaticamente e ser apoiada por outros
governos. Minha história do comércio internacional e da teoria financeira,
Trade, Developmentand ForeignDebt , descreve o problema das reparações alemãs e
como a sua hiper-inflação foi resolvida pelo Renten mark. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A tributação sobre a renda
económica da Venezuela recairia sobre o petróleo e os imóveis de luxo, bem como
os preços monopolísticos, e sobre os altos rendimentos (principalmente os
rendimentos financeiros e de monopólio). Isso requer uma lógica para enquadrar
essa política fiscal e monetária. Tenho tentado explicar como alcançar a
independência monetária e, portanto, política durante o último meio século. A
China está aplicando essa política de forma mais eficaz. Ela é capaz de fazer
isso porque é uma economia grande e auto-suficiente em bens essenciais, gerando
um excedente de exportação suficientemente grande para pagar suas importações
de alimentos. A Venezuela não está em tal posição. É por isso que está
procurando apoio da China neste momento. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>O Saker</b>: Quanta assistência a China, a Rússia e o Irão fornecem e o
que podem fazer para ajudar? Pensa que esses três países juntos podem ajudar a
contrariar a sabotagem, subversão e sanções dos EUA? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Michael Hudson: Nenhum destes
países tem capacidade para refinar o petróleo venezuelano. Isso faz com que se
torne difícil para eles receberem pagamentos em petróleo venezuelano. Apenas um
contrato de fornecimento de longo prazo (pago antecipadamente) seria viável. E
mesmo nesse caso, o que a China e a Rússia fariam se os Estados Unidos
simplesmente apreendessem suas propriedades na Venezuela, ou se recusassem a
permitir que a companhia petrolífera russa tomasse posse da Citco? Nesse caso,
a única resposta seria confiscar investimentos dos EUA no seu próprio país como
compensação. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pelo menos a China e a Rússia
podem providenciar um mecanismo de compensação bancária (clearing) alternativo
ao SWIFT, de modo a que a Venezuela possa ultrapassar o sistema financeiro dos
EUA e impedir seus activos de serem capturados à vontade pelas autoridades
norte-americanas ou por detentores de títulos. E, naturalmente, eles podem
providenciar abrigos seguros para grande parte do ouro da Venezuela que ela
possa recuperar de Nova York e de Londres. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Portanto, olhando para o futuro,
a China, Rússia, Irão e outros países precisam criar um novo tribunal
internacional para arbitrar as próximas crises diplomáticas e suas
consequências financeiras e militares. Tal tribunal – e seu banco internacional
associado como uma alternativa ao FMI e Banco Mundial controlados pelos EUA –
precisa de uma ideologia clara a fim de enquadrar um conjunto de princípios de
nacionalidade e de direitos internacionais com poder para implementar e fazer
aplicar seus julgamentos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Isso confrontaria os estrategas
financeiros dos EUA com uma escolha: se continuarem a tratar o FMI, o Banco
Mundial, a ITO e a NATO como extensões da política externa dos EUA cada vez
mais agressiva, assumirão o risco de isolar os Estados Unidos. A Europa terá
que escolher se quer continuar a ser um satélite económico e militar dos EUA,
ou se lança na Eurásia. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No entanto, Daniel Yergin informa
no Wall Street Journal (7/Fevereiro) que a China está a tentar cobrir suas
apostas abrindo uma negociação com o grupo de Guaidó, aparentemente para obter
o mesmo acordo que negociou com o governo de Maduro. Mas um tal acordo parece
improvável de ser honrado na prática, dada a animosidade dos EUA em relação à
China e confiança total de Guaido no apoio encoberto dos EUA. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>The Saker</b>: A Venezuela manteve grande parte ouro no Reino Unido e
dinheiro nos EUA. Como Chávez e Maduro puderam confiar nesses países? Ou será
que não tinham outra escolha? Existem alternativas viáveis a Nova York e
Londres ou ainda são o "único lugar possível" para os bancos centrais
do mundo? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Michael Hudson: Nunca houve
confiança real no Banco da Inglaterra ou no Federal Reserve, mas parecia
impensável que se recusassem a permitir que um depositante oficial retirasse
seu próprio ouro. O lema habitual é "Confie, mas verifique". Mas a
relutância (ou incapacidade) do Banco da Inglaterra de verificar significa que o
outrora impensável agora aconteceu: Será que esses bancos centrais venderam
esse ouro no pós London Gold Pool e em mercados sucessores de commodities na
sua tentativa de manter baixo o preço de modo a manter a aparência solvente de
um padrão dólar norte-americano? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Paul Craig Roberts descreveu como
esse sistema funciona. Existem mercados a termo para divisas, acções e títulos.
O Federal Reserve pode oferecer-se para comprar uma acção em três meses a,
digamos, 10% sobre o preço actual. Especuladores venderão as acções, aumentando
o preço para aproveitar a promessa do "mercado" de comprar as acções.
Então, depois de se passarem os três meses, o preço terá subido. Isso é, em
grande medida, o modo como a "PlungeProtection Team" dos EUA tem
apoiado o mercado de acções dos EUA. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O sistema funciona ao contrário
para restringir os preços do ouro. Os bancos centrais que detêm ouro podem se
reunir e se oferecer para vender ouro a um preço baixo em três meses. "O
mercado" vai perceber que, com ouro a baixo preço sendo vendido, não
adianta comprar mais ouro e aumentar os preços. Portanto, o mercado de liquidação
antecipada molda o mercado atual. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A questão é: têm compradores de
ouro (como os governos russo e chinês) comprado tanto ouro que o Fed dos EUA e
o Banco da Inglaterra tiveram realmente de "compensar" suas vendas
futuras e esgotar seu ouro de forma constante? Nesse caso, eles teriam estado a
"viver para o momento", mantendo os preços do ouro baixos por tanto
tempo quanto pudessem, sabendo que, uma vez que o mundo retorne ao padrão
goldexchange pré-1971 para défices intergovernamentais de balança de
pagamentos, os EUA ficarão sem ouro e serão incapazes de manter seus gastos
militares no exterior (para não mencionar seu défice comercial e o
desinvestimento estrangeiro nos mercados de acções e títulos dos EUA). Meu
livro sobre o Super-imperialismo explica por que o esgotamento do ouro forçou o
fim da Guerra do Vietname. A mesma lógica se aplicaria hoje à vasta rede de
bases militares dos EUA por todo o mundo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A recusa da Inglaterra e dos EUA
em pagar a Venezuela significa para outros países que reservas oficiais
estrangeiras de ouro podem ser apresadas e mantidas como reféns da política
externa dos EUA, e até mesmo julgamentos de tribunais americanos para conceder
esse ouro a credores estrangeiros ou a quem quer que inicie um processo
judicial sob a lei dos EUA contra esses países. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa tomada de reféns agora torna
urgente que outros países desenvolvam uma alternativa viável, especialmente
quando o mundo se desdolariza e um gold-exchange standard continua a ser a
única maneira de restringir o défice da balança de pagamentos induzido pelos
militares dos Estados Unidos ou qualquer outro país a preparar um ataque
militar. Um império militar é muito caro – e o ouro é uma restrição
"pacífica" aos défices de pagamentos induzidos pelos militares. (Eu
explico os pormenor no meu SuperImperialism: The EconomicStrategyof American
Empire (1972), atualizado em alemão como Finanzimperium (2017).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os EUA exageraram na destruição
do fundamento da ordem financeira global centrada no dólar. Essa ordem permitiu
que os Estados Unidos fossem "a nação excepcional" capaz de
administrar défices na balança de pagamentos e dívida externa que não tem
intenção (ou capacidade) de pagar, alegando que os dólares perdidos pelos seus
gastos militares estrangeiros "abastecem" outros países com suas
reservas do banco central (mantidas na forma de empréstimos ao Tesouro dos)
para financiar o défice orçamental dos EUA e seus gastos militares, bem como o
défice da balança de pagamentos dos EUA em grande medida de origem militar. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dado o facto de que a UE está a
actuar como um ramo da NATO e do sistema bancário dos EUA, essa alternativa
teria de ser associada à Organização de Cooperação de Xangai e o ouro teria que
ser mantido na Rússia e/ou na China. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>O Saker:</b> O que outros países da América Latina, como Bolívia,
Nicarágua, Cuba e, talvez, o Uruguai e o México podem fazer para ajudar a
Venezuela? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Michael Hudson : A melhor coisa
que os países vizinhos da América Latina podem fazer é criar um veículo para
promover a desdolarização e, com isso, uma instituição internacional para
supervisionar a amortização (writedown) de dívidas que estejam além da
capacidade dos países de pagar sem impor austeridade e portanto destruírem suas
economias. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Também é necessária uma
alternativa ao Banco Mundial que fizesse empréstimos em moeda nacional,
sobretudo para subsidiar o investimento na produção interna de alimentos de
modo a proteger a economia contra sanções alimentares estrangeiras – o
equivalente a um cerco militar a fim de forçar a rendição, impondo condições
pela fome. Esse Banco Mundial para Aceleração Económica promoveria em primeiro
lugar o desenvolvimento da autoconfiança dos seus membros, ao invés de promover
a competição pelas exportações, ao mesmo tempo que sobrecarrega os mutuários
com dívida externa que os tornaria propensos ao tipo de chantagem financeira
que Venezuela está a experimentar. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sendo um país católico romano, a
Venezuela pode pedir apoio do Papa para uma redução de dívidas (write-down) e
uma instituição internacional para supervisionar a capacidade de pagar por
parte de países devedores sem impor austeridade, emigração, despovoamento e
privatização forçada do domínio público. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dois princípios internacionais
são necessários. Primeiro, nenhum país deveria ser obrigado a pagar dívida
externa numa divisa (como o dólar ou seus satélites) cujo sistema bancário
actua para impedir o pagamento. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Segundo, nenhum país deveria ser
obrigado a pagar a dívida externa ao preço de perder sua autonomia interna como
Estado: o direito de determinar sua própria política externa, de tributar e
criar sua própria moeda e de ser livre de ser obrigado a privatizar seus
activos públicos para pagar credores estrangeiros. Qualquer dívida desse tipo é
um "mau empréstimo" ("badloan"), que reflecte a própria
irresponsabilidade do credor ou, pior ainda, a perniciosa apreensão de activos
num arresto hipotecário que era o principal objectivo do empréstimo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>The Saker: Muito obrigado por tomar tempo para responder às minhas
perguntas! <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ver também: </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A brilhante estratégia de Trump para desmembrar a hegemonia
do dólar americano </div>
<div class="MsoNormal">
Telefonema de Washington fez avançar Guaidó</div>
<div class="MsoNormal">
O roubo do ouro da Venezuela e outras histórias </div>
<div class="MsoNormal">
Para saber tudo sobre o golpista Juan Gaidó</div>
<div class="MsoNormal">
O bloqueio provocou uma perda de US$350 mil milhões para a
Venezuela </div>
<div class="MsoNormal">
Todo lo que no se sabe sobre Venezuela </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">O original
encontra-se em thesaker.is/saker-interview-with-michael-hudson-on-venezuela-february-7-2019/<o:p></o:p></span></div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-70127734439842626192017-11-30T13:59:00.001-02:002017-11-30T13:59:48.749-02:00Conquistas soviéticas importantes ao mundo e à classe operária.<div class=" flex_vbox" id="i7zgddzy_0_SinglePostMediaTop_MediaPost__0_0__type_MediaPost" style="-webkit-box-orient: vertical; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; box-sizing: border-box; flex-direction: column; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0.01em 0px; position: relative; vertical-align: baseline; width: 597px;">
<div class="s_usaAWRichTextClickableSkin" data-proxy-name="MediaLabel" data-width="597" id="5a1ad8443a1a3d67f45a610ei7zgddzy_0_SinglePostMediaTop_MediaPost__0_0_mediaText" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; box-sizing: border-box; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="s_usaAWRichTextClickableSkin_richTextContainer s_usaAWRichTextClickableSkinrichTextContainer" id="5a1ad8443a1a3d67f45a610ei7zgddzy_0_SinglePostMediaTop_MediaPost__0_0_mediaTextrichTextContainer" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; height: 5668px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline; width: 597px; word-wrap: break-word;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHOgDm-x5wwRNqzEg5ofnEtDAy45YJ6ivS9TH26f2QTtUvXyyXKTtLa8-Mz0_bTnySBWfw28R3Rdh1Gg6KT8Zs0kKqctlG3-NPG-sbEV0G94YEuQD6brm3Y7zmWALs-kRCdDNDQ4WmIBw/s1600/fd6f54_4a690572c6c04b1cb699736c7e14969e_mv2.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="330" data-original-width="597" height="176" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHOgDm-x5wwRNqzEg5ofnEtDAy45YJ6ivS9TH26f2QTtUvXyyXKTtLa8-Mz0_bTnySBWfw28R3Rdh1Gg6KT8Zs0kKqctlG3-NPG-sbEV0G94YEuQD6brm3Y7zmWALs-kRCdDNDQ4WmIBw/s320/fd6f54_4a690572c6c04b1cb699736c7e14969e_mv2.png" width="320" /></a></div>
<div class="font8" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> </span><span style="font-size: 9pt;">Rodrigo</span><span style="font-size: 9pt;"> </span><span style="font-size: 9pt;">S</span><span style="font-size: 9pt;"> </span><span style="font-size: 9pt;">B </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">É comum ouvir nas sociedades capitalistas que a União Soviética
era atrasada em todos os aspectos: social, político, cultural, econômico
e técnico-científico. Existe uma tendência a ver o lado negativo do socialismo,
e até mesmo de transformar em negativo um aspecto que na verdade é positivo,
através da propaganda anticomunista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Esse
discurso é absorvido facilmente pela falta de contrapontos de qualidade,
necessários, a esses mitos. O presente texto é uma tentativa de ser um desses
contrapontos. Serão enumeradas diversas conquistas da União Soviética durante
toda sua existência. Aqui nos focaremos apenas nessa experiência em particular,
especialmente antes de uma série de reformas que pouco a pouco destruíram o
socialismo na URSS, por ela ter se tratado de um grande marco da história do
socialismo e igualmente o que tem o maior número de informações disponível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">Conquistas políticas e sociais</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">1. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">A República Socialista Federativa
Soviética da Rússia foi o primeiro Estado proletário da História a se
consolidar, num combate contra mais de 10 países capitalistas que tentaram
parar a revolução socialista. Foram derrotados pelo Exército Vermelho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">2.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> A Rússia socialista foi o primeiro país
a criminalizar o racismo. Existiam Soviets para todas as etnias e
nacionalidades. Alguns eram compostos inteiramente por minorias étnicas como
afrodescendentes, outros Soviets eram compostos inteiramente por judeus. Isso
numa época em que nos países capitalistas ambos eram tratados com desdém, uma
segregação violenta com vítimas mortais e genocídios. Vários artistas,
intelectuais e ativistas negros elogiavam o tempo que passaram na União
Soviética, por exemplo o ativista, sociólogo e historiador W.E.B. Du Bois, o
cantor Paul Robeson, o boxeador Muhammad Ali, o poeta Claude McKay.
Considerações sobre essas experiências podem ser encontradas no livro “Black in
the USSR”, de Joy Gleason Carew; na autobiografia de Harry Haywood, “Black
Bolshevik”; e também no livro de William Mandel, “Soviet But Not Russian: The
Other Peoples of the Soviet Union”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">3.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Até o fim da “Era Stalin”, as várias
nacionalidades e etnias que compunham a URSS tinham a possibilidade (e eram,
também, encorajadas) a utilizar o próprio idioma, continuar com seus próprios
costumes e religiões. O Oblast Autônomo Judaico, por exemplo, foi criado em
1934 na cidade de Birobidjan.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">4.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> O analfabetismo foi quase completamente
erradicado em aproximadamente 20 anos após a revolução, por causa de uma ampla
campanha promovida pelo partido. Antes, 80% da população era analfabeta, apenas
13% das mulheres podia ler. Até a Revolução Russa, apenas 250 mil russos tinham
educação superior. Em 1959 esse número já ultrapassava a marca dos 13 milhões e
45 milhões com 7 a 10 anos de estudo. No Uzbequistão pré-revolucionário, 2% da
população era alfabetizada; em 1968 o número sobe para 95%.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">5.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Não havia população desempregada ou
sem-teto e a habitação não tinha os problemas que hoje conhecemos como comuns
nos países capitalistas, onde impera a especulação imobiliária. A segregação de
habitações por renda familiar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">6.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Instituíram a equidade de gênero, com
pagamentos iguais entre homens e mulheres na mesma função, direito de voto e de
participação política direta (através dos Soviets) às mulheres, acesso à
educação sem distinção de gênero (e também de etnia, nacionalidade ou
religião). As mulheres se juntavam na construção do socialismo sem segregação e
não eram impedidas de exercer as mesmas profissões dos homens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">7. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">A alimentação era planejada, com
preços regulados e subsidiados pelo Estado, para garantir a necessidade das
populações soviéticas, em primeiro lugar, ao invés do lucro por venda de
excedentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">8. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Os livros, revistas e jornais
também eram subsidiados para que tivessem um preço baixo, aumentando o acesso
da população à literatura e à imprensa. O rádio, que foi uma invenção russa da
época imperial, foi muito difundido e importante meio de divulgação cultural. O
número de instituições culturais subiu de 32 mil em 1929 para 54 mil em 1933.
Construíram-se palácios da cultura, primeiro em Leningrado, depois em centros
industriais e culturais e nos kolkhozes (propriedades agrícolas coletivas com
administração popular). Em 1913 havia 9 milhões de livros nas bibliotecas e 180
museus; em 1932 já havia 91 milhões de exemplares e 732 museus. A tiragem de
jornais aumentou 300% de 1928 a 1933. Em todos os distritos editavam-se jornais
locais, cerca de 3 mil das Estações de Máquinas e Tratores e mais de mil
jornais de fábrica e empresa. Mais de 3 milhões de operários e camponeses eram
correspondentes. Publicava-se nos 88 idiomas dos povos da URSS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">9.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> O sistema de saúde universal foi o
primeiro no mundo. Nenhum outro país tinha tantos médicos per capita ou camas
de hospital per capita. A expectativa de vida dobrou. O número de médicos era o
dobro que nos EUA; em 1977 havia na URSS aproximadamente 35 médicos e 212 camas
de hospital a cada 10 mil habitantes e nos EUA os números eram 18 e 63,
respectivamente, a cada 10 mil habitantes. De acordo com o censo de 1913, a
expectativa de vida era de apenas 35 anos, aproximadamente; mesmo com a Segunda
Guerra Mundial, nos anos 50 a expectativa já havia subido para 55 anos e
continuou a crescer até a marca dos 75 anos para mulheres e 65 para homens; na
década de 90 houve a maior queda desse índice, que só voltou a se recuperar
realmente em 2005.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">10.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Uma queda notável na mortalidade
aconteceu ao mesmo tempo em que a industrialização e a urbanização crescia. Em
Moscou, em 1913, a mortalidade por tuberculose, por exemplo, era de 22,6 a cada
10 mil habitantes; em 1938 já estava entre 10 e 12. Um a cada 4 médicos era
especializado em tuberculose.<br />
<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">11. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">O sistema político-econômico era
voltado para a defesa do trabalhador como classe dominante. Os sindicatos se
tornaram ferramentas de poder político nas mãos dos trabalhadores, que então
podiam vetar demissões e mudar o setor gerencial. Indiretamente, a Revolução
alimentou a pressão, nos países capitalistas, por melhores condições de
trabalho. Porém, nenhum sindicato no capitalismo é capaz de prover a mesma
liberdade política que tinham os soviéticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<a name='more'></a><o:p></o:p><br />
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">12.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Os sindicatos não devem ser confundidos
com os Soviets, que foram mais importantes na luta política contra o czarismo,
também por servirem de base para a construção da primeira fase do comunismo.
Essas organizações de massa representam fielmente uma ditadura do proletariado,
que é ao mesmo tempo democracia proletária. Isto é, a conquista do poder político
pelas classes oprimidas. Surgem em 1905 como órgãos da insurreição armada,
concebidos pela criatividade revolucionárias das massas populares; Soviet
significava qualquer tipo de conselho, mas mais especificamente um Conselho de
Deputados dos Trabalhadores, Soldados e Camponeses. Através deles, o direito de
voto atingiu uma amplitude maior do que em qualquer outro país. O direito de
votar e de ser eleito era baseado na participação ativa do indivíduo em
qualquer trabalho útil, manual ou intelectual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">13.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> A democracia soviética traduz-se
através dessa ampla atividade por meio da qual todas as decisões são produzidas
pelas massas, criticadas centenas de vezes pelos fazendeiros coletivos e pelos
simples camponeses, pelos trabalhadores urbanos, pelos soldados e intelectuais,
enfim, todas as camadas populares da União Soviética, sob todos os seus
aspectos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">14.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Cada Soviet de vila (Selosoviet) devia
também examinar e discutir problemas relativos ao rayon (subdivisão
administrativa similar a “município”), ao oblast (subdivisão administrativa
similar a “estado federal”), à República e até os de importância para o conjunto
da URSS, através de um decreto de 7 de fevereiro de 1930 do Comitê Executivo
Central da União Soviética (TSiK). Podiam discutir qualquer assunto relativo ao
governo, tanto local quanto central e se reunir quantas vezes for necessário
(algumas discussões levaram meses para alcançar um consenso). A eleição nesse
tipo de Soviet era trienal, dirigida por uma comissão eleitoral independente,
cujo presidente era indicado pelo presidente do rayon e assistido por dez
membros nomeados pelo Selosoviet, que também tinha que eleger um comitê de
revisão ou tomada de contas distinto do Soviet. As chapas raramente eram
constituídas apenas de membros do Partido Comunista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">15.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> A Constituição socialista russa é
considerada um marco nos Direitos Humanos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">16.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> É possível considerar a vitória contra
o nazismo como conquista política e social, mas de tão importante que ela foi,
vamos considera-la uma conquista humanitária. Nenhum país sofreu tanto numa
guerra, em parte porque as potências capitalistas isolaram a URSS, frustrando
os planos de formação de uma aliança militar antifascista, durante a
consolidação do poder do Eixo nazi-fascista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Tudo
isso, quando visto por um “ocidental”, era espantoso. As relações sociais no
capitalismo – independente do grau de reformismo que ele sofre – são bem
diferentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Até hoje,
analisando certos mecanismos em países capitalistas que tentam implementar uma
“democracia” participativa ou uma “democracia” direta, não existe uma
experiência que tenha construído um verdadeiro governo do povo quanto o sistema
soviético. A “democracia” burguesa é uma formalidade. Ela não ultrapassa os
limites da dominação capitalista, caso contrário não seria legalizada e
permitida, principalmente em forma de “democracia” representativa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">Conquistas econômicas</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">1. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">A indústria cresceu mais de 800%
desde o czarismo até o segundo plano quinquenal. A produção industrial dobrou
em 1947 em relação ao período anterior à Segunda Guerra. Em 50 anos a URSS já
era párea aos EUA em produção industrial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">2.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> O crescimento do PIB per capita
ultrapassou o de quase todos os outros países, exceto Japão, Coreia do Sul e
Taiwan. Isso tem uma dimensão maior do que parece, porque em 1928 ainda era uma
região majoritariamente agrária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">3. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">A planificação econômica
conseguiu pouco a pouco eletrificar e industrializar todos os países que
compunham a URSS, fazendo com que a Crise de 1929 dos países capitalistas não
os afetassem. O PIB soviético era o que mais crescia na época. Os salários
também cresceram em patamares muito superiores aos de seus vizinhos, e já
chegaram a ultrapassar os dos operários estadunidenses.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">4.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> A coletivização, que teve uma adesão
voluntária maciça, é a principal forma de propriedade do socialismo, sendo a
maior envolvida no desenvolvimento das forças produtivas e construção de novas
relações de produção, que segundo Marx e Engels são pré-requisitos para a
possibilidade de construção do socialismo (mais especificamente em “A Ideologia
Alemã”).<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">5.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> As propriedades coletivizadas receberam
forte investimento estatal, atingindo um nível de desenvolvimento técnico que é
inexistente em diversos países capitalistas até hoje. E, especialmente nas
propriedades agrárias, o processo de mecanização crescia em ordem geométrica.
Em 1929 havia quase 35 mil tratores; 4 anos mais tarde já havia 204 mil!<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">6.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> A reversão dos maus frutos da Nova
Política Econômica criou um sistema com 91% da atividade econômica sob controle
público, coletivo e estatal. A coletivização na agricultura foi o que permitiu
um combate efetivo contra a fome, principalmente durante a guerra. O aumento de
120,7 milhões de camponeses para 132 milhões de 1926 a 1940 permitiu alimentar
a população urbana, que cresceu de 26,3 para 61 milhões no mesmo período.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">7. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Os bolcheviques queriam
transporte fácil e barato a todos, daí o foco em investir no sistema
metroviário. O Metrô de Moscou foi inaugurado em 1935 e transportava o maior
número de passageiros do mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">8. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">É preciso citar que durante a
Grande Guerra Patriótica, como é chamada até hoje a Segunda Guerra nos
territórios que compunham a URSS, ocorreram algumas mudanças em determinadas
políticas que vigoravam, em relação à disciplina no trabalho principalmente na
indústria pesada, diretamente relacionada à guerra, e que posteriormente foram
revogadas, assim como a lei do aborto que foi modificada ao mesmo tempo em que
aumentaram o investimento em construção de mais maternidades, aumento do
auxílio financeiro às famílias e do tempo de licença-maternidade, maior atenção
a questões matrimoniais, etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">Conquistas técnico-científicas</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">As
inovações tecnológicas no período soviético são muitas, essa lista é somente
uma parte delas, nessas áreas citadas e em diversas outras, sem contar as
invenções do período russo pré-revolucionário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">É óbvio
que nada disso deve ser visto como “tecnologia socialista”. Tecnologia é
produzida desde a pré-história, quando não havia nenhum modo de produção, sendo
o fogo considerado a primeira tecnologia humana. É inegável, porém, o boom
tecnológico em relação ao período pré-revolucionário, principalmente devido à
popularização da ciência e ao próprio desenvolvimento técnico-científico não
estar – no socialismo – à mercê do lucro privado e de interesses empresariais,
que não servem à classe trabalhadora e à humanidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">1. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Primeiro satélite artificial do
mundo, o Sputnik 1, lançado pelo Cosmódromo de Baikonur. O Orbita foi o
primeiro satélite de televisão nacional no mundo, utilizando satélites Mulniya,
testado com sucesso em 1962 e totalmente operacional em 1967.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">2.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Os soviéticos foram os pioneiros em
tecnologia espacial. Toda tecnologia básica utilizada no espaço é criação
soviética. Levaram pela primeira vez um cidadão da Terra ao espaço, tendo
também tirado as primeiras fotos do lado oposto da lua e da Terra. Fizeram
também a primeira estação espacial (o Mir) e enviaram o primeiro rover à lua.
Primeiro veículo espacial reutilizável. Entre outras inovações no setor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">3.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Quebra-gelo nuclear, um exemplo de
utilização pacífica desse tipo de energia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">4. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">O tanque T-34 foi reconhecido no
mundo todo como o melhor tanque médio da Segunda Guerra. O tanque KV foi
reconhecido até pelos alemães como o melhor tanque pesado da primeira metade da
Segunda Guerra, sendo o soviético IS-2 o melhor da segunda metade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">5.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> O caça Yak-3 foi o melhor caça leve da
Segunda Guerra de acordo com vários experts estrangeiro, por suas qualidades
táticas e técnicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">6. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">A maior torre de rádio e
televisão sem apoios, a Torre Ostankino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">7.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Melhor rifle do mundo, o AK-47.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">8.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Os melhores equipamentos de solda no
mundo, e outros equipamentos e técnicas de metalurgia, tendo dominado o
processo de brasagem de metais, a produção em massa de aço, a construção de
canos específicos para gasodutos, entre outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">9.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Um sistema único de energia, destruído
depois por Yeltsin e um de seus ministros, Chubais, hoje CEO da Corporação
Russa de Nanotecnologia desde 2008, que implementou privatizações no começo dos
anos 90.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">10. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Reator experimental de fusão
nuclear, Tomakak, inventado na década de 50 pelos físicos Igor Tamm e Andrei
Sakharov.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">11. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Usina nuclear, cujo modelo foi
apresentado pela primeira vez na conferência de Genebra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">12.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Instalação móvel para lançamento de
mísseis balísticos baseado em vagões, destruída nos anos 90 a pedido do
Departamento de Estado dos EUA.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">13. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Maser, o dispositivo que tornou o
laser possível. Townes, Nikolay Basov e Alexander Prokhorov ganharam o Prêmio
Nobel de Física em 1964 pelo trabalho teórico que levou à construção do maser.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">14.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Submarino nuclear com o casco de
titânio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">15.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Primeiros aviões de geometria variável
na asa operacionais, MiG-23 e Su-17.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">16.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Um avião com pouso e decolagem
verticais operacional, o Yak-38.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">17.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> O segundo avião para transporte de
passageiros como motor a reação (jetliner), depois da Inglaterra (com seu de
Havilland Comet), o Tupolev Tu-104, e também o primeiro para transporte de
passageiros supersônico, o Tu-144.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">18. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">O “Ekanoplan”, uma espécie de
híbrido entre navio e avião que foi testado nos anos 80.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">19.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> O primeiro transporte aéreo capaz de
carregar mais de 250 toneladas no ar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">20.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> O navio com hidrofólio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">21.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> 40% da aviação civil da segunda metade
do século XX era equipada com aviões soviéticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">22.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> O primeiro caminhão com capacidade para
carregar 850 toneladas de minérios, no sul de Yakutia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">23.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> A indústria automobilística era a 5ª
maior do mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">24. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">A primeira linha de trem
educacional do mundo, no Parque Gorky em Moscou, construída em 1932, que levou
ao desenvolvimento de um projeto em escala nacional. Ela foi criada para o
ensino de profissões ferroviárias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">25. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Primeiro computador eletrônico
programável da Europa continental, o MESM, sob a direção de Sergei Lebedev, em
1950. Também em 1958 criou-se o primeiro computador ternário moderno (que usa
lógica ternária, ou seja, com três possíveis dígitos: -1, 0 e 1) e em 1967 o
primeiro computador para operações matemáticas, por Mikhail Kartsev.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">26.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Kaissa foi o computador que se tornou
primeiro campeão mundial de xadrez eletrônico do mundo, em 1974.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">27. </span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Os primeiros nanotubos de
carbono. Foi publicado em 1952 no Jornal Soviético de Físico-Química imagens
claras de tubos feitos de carbono com 50 nanômetros de diâmetro, por L. V.
Radushkevich e V. M. Lukyanovich. Os nanotubos de carbono são úteis para a nanotecnologia,
eletrônica, ótica e outros campos das ciências e tecnologias materiais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">28.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Nos anos 30 já existiam mais de 70
instituições de ensino de Medicina, as maiores em Leningrado e Moscou. Isso
provocou avanços também na área da Medicina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">29.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Aparelho de Ilizarov, utilizado para
tratar fraturas expostas, utilizado até hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">30.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> Primeira técnica de transfusão de
sangue com cadáveres, que nunca foi largamente utilizada mesmo na Rússia, mas
que influenciou na criação do primeiro banco de sangue do mundo, também
soviético.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">31.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> O autojetor emulava o funcionamento do
rim e do pulmão, e ocorreram depois os primeiros transplantes de rim e pulmão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">32.</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"> A URSS se tornou a principal produtora
de máquinas agrícolas até o início da Segunda Guerra. Em 1937 tinha 44 mil
unidades, em comparação a 29 mil unidades nos EUA.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><b><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt; padding: 0cm;">Conclusão</span></b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Aqui as
conquistas foram separadas em tópicos, porém os aspectos políticos, econômicos,
sociais, culturais e técnico-científicos sempre se misturam. É seguro afirmar
que a União Soviética teve uma série de conquistas indiscutíveis em diversos
campos, demonstrando incorreta a ideia de que o socialismo seria indesejável ou
desnecessário aos trabalhadores, derrubando o preconceito dos que veem o
socialismo como incapaz de produzir inovação, com a falsa premissa de que
apenas a concorrência sob um mercado capitalista seria capaz disso. Esquecem,
por exemplo, que a maior parte da inovação e da pesquisa científica nos países
capitalistas – inclusive nos EUA – acontece principalmente com investimento do
Estado, não por intervenção de uma suposta “mão invisível do mercado”. Isso foi
influência do impacto da inovação tecnológica soviética. Um estudo de 2008 por
Block e Keller mostrou que 77 das 88 maiores inovações listadas na R&D
Magazine foram totalmente financiadas pelo setor público, incluindo algoritmos
usados no mecanismo de busca do Google, tecnologias presentes no iPhone e novas
vacinas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">Se a URSS
conseguiu se desenvolver tanto mesmo partindo de uma sociedade atrasada e
feudal, imagine o que o socialismo poderia prover às maiores economias do mundo
hoje, incluindo o Brasil que é um país continental cheio de recursos naturais.
Eles estariam sendo utilizados para a máxima satisfação interna, para o
cumprimento das necessidades dos trabalhadores brasileiros, que hoje vivem numa
nação saqueada pelo imperialismo, graças a políticas entreguistas que nos
atrasam tanto em questão econômica, quanto em questão social. Anos e anos de
apaziguamento da luta de classes, da repetição ainda hoje de mitos
“economicistas” contra o marxismo, também foram responsáveis pelo caos que
estamos vivendo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11.5pt;">A
resposta real para esse problema, uma resposta que é capaz de abrir à classe
trabalhadora o caminho para a sua emancipação, é a revolução ininterrupta em
direção ao socialismo, realizada pelos próprios trabalhadores, dirigida pelo
seu partido de vanguarda que é o partido comunista, ainda em vias de ser
reconstruído no Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: right; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="right" class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: right; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="right" class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; text-align: right; vertical-align: baseline;">
<span style="outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #666666; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Escrito por <span style="outline: 0px;"><b>Rodrigo S. B<o:p></o:p></b></span></span></span></div>
<div align="right" class="font8" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="font8" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #666666; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Fonte: site
Nova Cultura.</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="font_8" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-family: proxima-n-w01-reg, sans-serif; font-size: 15px; font-stretch: normal; line-height: normal; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
</div>
<div class="font8" style="font-stretch: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-14953033221370311572017-09-21T14:12:00.000-03:002017-09-21T14:12:04.939-03:00Venezuela rompe com o petrodólar. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBfmpqNx4W1YUwT9zmJeKbjsPAYCpsXqrJ8BDuxIoSByTrBLdF7bwvD5Cdz7axvWnynNCZxTL7CD2HQ9fT7qvuaHk4DOm_3mhAThbTgDIYkQF-F2c08UqMKUdZ_iUd1aB9FL6G3PLSUkU/s1600/lago_maracaibo_lagunillas_zulia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="436" data-original-width="733" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBfmpqNx4W1YUwT9zmJeKbjsPAYCpsXqrJ8BDuxIoSByTrBLdF7bwvD5Cdz7axvWnynNCZxTL7CD2HQ9fT7qvuaHk4DOm_3mhAThbTgDIYkQF-F2c08UqMKUdZ_iUd1aB9FL6G3PLSUkU/s320/lago_maracaibo_lagunillas_zulia.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
por Manlio Dinucci</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A partir desta semana o preço
médio do petróleo é cotado em yuan chinês", anunciou a 15 de Setembro o
ministro venezuelano do Petróleo. Pela primeira vez o preço de venda do
petróleo venezuelano deixa de ser cotado em dólares. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É a resposta de Caracas às
sanções lançadas em 25 de Agosto pela administração Trump, mais duras que as da
administração Obama em 2014: elas impedem a Venezuela de encaixar os dólares
provenientes da venda do petróleo aos EUA, mais de um milhão de barris por dia,
dólares até aqui utilizados para importar bens de consumo como produtos
alimentares e medicamentos. As sanções impedem também o comércio de títulos
emitidos pela PDVSA, a companhia petrolífera do Estado venezuelano. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Washington visa um duplo objetivo: aumentar na Venezuela a penúria dos bens de
primeira necessidade e, assim, o descontentamento popular, sobre o qual se
apoia a oposição interna (subvencionada e sustentada pelos EUA) para abater o
governo Maduro; colocar o Estado venezuelano em situação de incumprimento
(default), ou seja, em falência, impedindo-o de pagar as prestações da dívida
externa. Isso significa por em situação de falência o Estado que tem as maiores
reservas petrolíferas do mundo, quase dez vezes maiores que as dos Estados
Unidos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dessa forma, Caracas tenta
subtrair-se às garras sufocantes das sanções, cotando o preço de venda do
petróleo não mais em dólares dos EUA mas sim em yuan chinês. O yuan entrou há
um ano no cabaz de moedas de reserva do Fundo Monetário Internacional
(juntamente com o dólar, o euro, o yen e a libra esterlina) e Pequim está em
vias de lançar contratos futuros (contratos a termo) de compra-<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
venda de
petróleo em yuan, convertíveis em ouro. "Se o novo contrato de futuros
ganhar consistência, corroendo nem que seja uma parte do poder esmagador dos
petrodólares, isto seria um golpe fulminante para a economia americana",
comenta o diário Il Sole 24 ore. <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que está em causa para a
Rússia, a China e outros países não é apenas o enorme poder do petrodólar
(moeda de reserva extraída da venda do petróleo), mas a própria hegemonia do
dólar. Seu valor é determinado não pela capacidade económica real estadunidense,
mas sim pelo facto de que constitui quase dois terços das reservas monetárias
mundiais e a moeda com a qual é estabelecido o preço do petróleo, do ouro e das
mercadorias em geral. Isto permite ao Federal Reserve, o banco central (que é
um banco privado), imprimir milhões de milhões de dólares com os quais é
financiada a colossal dívida pública estadunidense – cerca de 23 milhões de
milhões de dólares – através da compra de obrigações e outros títulos emitidos
pelo Tesouro dos EUA. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Neste contexto, a decisão
venezuelana de destacar do dólar o preço do petróleo provoca uma sacudidela
sísmica que, a partir do epicentro sul-americano, faz tremer todo o edifício
imperial fundado sobre o dólar. Se o exemplo da Venezuela se estender, se o
dólar deixar de ser a principal moeda do comércio e das reservas monetárias
internacionais, uma imensa quantidade de dólares seria posta em circulação no
mercado provocando o afundamento do valor da moeda estadunidense. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eis o motivo real porque, na
Ordem executiva de 9 de Março de 2015, o presidente Obama proclamava "a
urgência nacional face à ameaça inabitual e extraordinária colocada à segurança
nacional e à política externa dos Estados Unidos pela situação na Venezuela".
Este mesmo motivo pelo qual o presidente Trump anuncia uma possível "opção
militar" contra a Venezuela. Ela está em preparação no U.S. Southern
Command, cujo emblema é a águia imperial que domina a América Central e do Sul,
prestes a mergulhar com as suas garras sobre aquele que se rebela contra o
império do dólar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
19/Setembro/2017<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[*] Jornalista. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O original encontra-se em Il
Manifesto e a versão em francês em www.legrandsoir.info/... <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
fonte: http://resistir.info/ .<o:p></o:p></div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-4569258390323103832017-06-03T19:46:00.000-03:002017-06-03T19:46:16.337-03:00Como a Mídia inventa “ repressão” na Venezuela. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLiWT46lpkbzBezIWZj7ZyzsnQLVgmyMUq5LCrZz-J6Mk7_OLSUcf4IJwCUabOxrNjSw3r5wcp-yxOgiVgyDIVzx3hfH8A_43xMT9tPh3aIktszlVYTvT5VkP3G36P_kZ8IRhtQelkVkI/s1600/a-direita-ve.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="541" data-original-width="1000" height="173" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLiWT46lpkbzBezIWZj7ZyzsnQLVgmyMUq5LCrZz-J6Mk7_OLSUcf4IJwCUabOxrNjSw3r5wcp-yxOgiVgyDIVzx3hfH8A_43xMT9tPh3aIktszlVYTvT5VkP3G36P_kZ8IRhtQelkVkI/s320/a-direita-ve.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
por
Thierry Deronne<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enfiemo-nos na pele de uma pessoa
que apenas dispusesse dos meios de comunicação diário para se informar sobre a
Venezuela e que dia após dia se falasse de ‘manifestantes’ e “repressão”. Como
não entender que essa pessoa acreditasse que a população está na rua e que o
governo a reprime?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porém, não há nenhuma revolta
popular na Venezuela. Apesar da guerra econômica a grande maioria da população
vai para as suas ocupações, trabalha, estuda, sobrevive. É por isso que a
direita organiza as suas marchas com início nos bairros ricos. É por isso que
recorre à violência, ao terrorismo e se localiza nos municípios de direita. Os
bairros venezuelanos são em 90%, bairros populares. Compreende-se a enorme
lacuna: os media transformam as ilhas sociológicas das camadas ricas (alguns %
do território) em “Venezuela”. E 2% da população em “população”. [1]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A ex-presidente argentina
Cristina Fernandez, depois de Evo Morales, denunciou: “a violência é utilizada
na Venezuela como metodologia para alcançar o poder e derrubar um governo” [2].
Do Equador, o ex-presidente Rafael Correa recordou que “a Venezuela é uma
democracia. É através do diálogo, com eleições, que devem ser resolvidas as
diferenças. Muitos casos de violência vêm claramente dos partidos da oposição
[3]. Esta também é a posição do Caricom, que inclui os países do Caribe [4]. O
papa Francisco teve que incitar os bispos da Venezuela que, como no Chile em
1973, arrastavam os pés face ao diálogo nacional proposto pelo Presidente
Maduro [5]. Este lançou o processo participativo para a Assembleia
Constituinte, e confirmou a eleição presidencial legalmente prevista para 2018.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr2vsFx7k3my_65OCPeAJihY1I-xMw_d0dEmkKdOeeVMF0aKtAQtChfSGf3X82X0HjYyg-IcqwLSvNCIWguqGxP2_Ayp5DwmauIY-2SWZ1lft-Ll7gcrqmhpPLsB_0CVV9h0OpdrtYfd0/s1600/assembleia_professores.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="407" data-original-width="543" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr2vsFx7k3my_65OCPeAJihY1I-xMw_d0dEmkKdOeeVMF0aKtAQtChfSGf3X82X0HjYyg-IcqwLSvNCIWguqGxP2_Ayp5DwmauIY-2SWZ1lft-Ll7gcrqmhpPLsB_0CVV9h0OpdrtYfd0/s320/assembleia_professores.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Assembleia Popular. Desde o
desaparecimento de Hugo Chávez, em 2013, a Venezuela é vítima de uma guerra
económica que visa privar a população de bens essenciais, principalmente
alimentos e medicamentos. A direita local reúne certos elementos da estratégia
implementada no Chile pela dupla Nixon-Pinochet, claramente para causar a
exasperação dos setores populares e legitimar a própria violência. De acordo
com o relatório do orçamento 2017 colocado no site do Departamento de Estado
[6]. Foram entregues 5,5 milhões de dólares à “sociedade civil” da Venezuela. O
jornalista venezuelano Eleazar Diaz Rangel, editor do diário Últimas Notícias
(centro-direita) revelou trechos do relatório que o Almirante Kurt Tidd, chefe
do comando Sul, enviou para o Senado dos EUA: “com a política do MUD (coligação
da oposição venezuelana) estabelecemos uma agenda comum, que inclui um cenário
duro, combinando ações de rua e dosificando o emprego da violência a partir da
perspectiva de cerco e asfixia.” [7]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoyugCYKA3YYetNYS76L1Duvj-a-rrp9TRgMh8xu-dJILQ0lTENav3WkgOWvI_4nBykV8wsq4xt1cbN48HPYar7Wyu1g4hEvt_Q7YpBaUI8c_jcS7iZmCENNg-vm2OABNOjmTLyn01A_I/s1600/violencia_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="447" data-original-width="544" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoyugCYKA3YYetNYS76L1Duvj-a-rrp9TRgMh8xu-dJILQ0lTENav3WkgOWvI_4nBykV8wsq4xt1cbN48HPYar7Wyu1g4hEvt_Q7YpBaUI8c_jcS7iZmCENNg-vm2OABNOjmTLyn01A_I/s320/violencia_1.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A fase insurrecional implica
atacar os serviços públicos, escolas, maternidades (El Valle, El Carrizal),
instituições de saúde, bloquear ruas e artérias principais para bloquear a
distribuição de alimentos e paralisar a economia. Através da mídia privada, a
direita apela abertamente aos militares para realizarem um golpe de Estado
contra o Presidente eleito [8]. Mais recentemente os bandos paramilitares
colombianos passaram do papel de formadores para um papel mais ativo: o corpo
sem vida de Pedro Josué Carrillo, militante chavista, acaba de ser encontrado
no Estado de Lara, com marcas de tortura típicas do país de Uribe [9] .<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar dos morteiros, armas,
granadas ou coquetéis Molotov usados por manifestantes “pacíficos”; (sem
esquecer as efígies de chavistas enforcadas em pontes, assinatura dos
paramilitares colombianos), a lei proíbe a polícia ou a guarda nacional de usar
as armas de fogo. Manifestantes da direita aproveitam a oportunidade para
forçar a sua vantagem e evidenciam o seu ódio sobre guardas ou polícia,
provocá-los com jactos de urina, excrementos e disparos com balas reais, observando
a reação das câmaras da CNN.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDwyM6_IYBQ9I7H9ID47efHSHtpoAuRxH9KXX_ToLOzSLo6xT-hQ1Z_-FjTt8ipGKhZOkQg0hgEyIh9CaSEidkrisl7wRJgOLHtWPTN7rsqwC5VreDPAlhhR5oottkHvttxAp3nUSN7Ps/s1600/desinformacao_da_reuters.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="497" data-original-width="547" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDwyM6_IYBQ9I7H9ID47efHSHtpoAuRxH9KXX_ToLOzSLo6xT-hQ1Z_-FjTt8ipGKhZOkQg0hgEyIh9CaSEidkrisl7wRJgOLHtWPTN7rsqwC5VreDPAlhhR5oottkHvttxAp3nUSN7Ps/s320/desinformacao_da_reuters.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Elementos das forças de segurança
que desobedeceram e foram culpados de ferimentos ou mortes de manifestantes
foram presos e processados [10]. O fato é que a grande maioria das vítimas são
trabalhadores que iam para o trabalho ou voltavam, ativistas chavistas ou
elementos das forças da ordem [11] . É por isso que os media falam de mortes em
geral – para que se acredite que se trata de “mortos pelo regime.” A lista dos
“mortos” serve para aumentar o apoio global à desestabilização: há nestes
assassinatos, é terrível constatá-lo, o efeito de uma encomenda para os media.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Qualquer manifestante que mata,
destrói, agride, tortura, sabota sabe que será santificado pela mídia
internacional. Estes tornaram-se um incentivo para perseguir o terrorismo.
Todos os mortos, todas as sabotagens econômicas serão atribuídas ao “regime”,
incluindo dentro da Venezuela, onde a mídia, como a economia, é na sua maioria
privada. Que a democracia participativa que é a da Venezuela tente defender-se
como compete a todo o Estado de direito, vai ser imediatamente denunciada como
“repressiva”. Quem ouse punir um terrorista, e isto o tornará de imediato um
“preso político”. Para o jornalista e sociólogo argentino Marco Teruggi “; uma
intervenção na Venezuela, o governo dos Estados Unidos tem condições mais
favoráveis do que tinha para bombardear a Líbia, tendo em conta o fato de que a
União Africana tinha condenado essa intervenção quase por unanimidade. (..)
Tudo depende da capacidade da direita manter mais tempo o braço de ferro na rua
como espaço político. Donde a importância de manter a caixa de ressonância
mediática”. [12]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Exemplo sórdido desta ligação: em
5 de Maio de 2017, usando uma foto digna de um fotograma de Hollywood (mas que
não é a da vítima) Le Monde denuncia “a morte de um líder estudantil morto
durante os protestos contra o projeto do Presidente Maduro convocar uma
Assembleia Constituinte”. Ora a vítima, Juan (e não José como escreveu Le
Monde) Bautista Lopez Manjarres é um jovem líder estudantil revolucionário,
assassinado por um comando da direita quando participava numa reunião em apoio
do processo da Assembleia Constituinte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfR1Kz_uOQWalZDwFRp14B4bVbHNmi-si85u5ivMxd2j67kxwHk0dUvRmWhLEed2s4XQ5vWzzKbpf5tkYRWJTAIjt3tmEwkUz273iNUgLezelIvn0Tp9LRliKwBQ2IxMf_W-thV0wkIFE/s1600/ultimo_tweet.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="492" data-original-width="519" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfR1Kz_uOQWalZDwFRp14B4bVbHNmi-si85u5ivMxd2j67kxwHk0dUvRmWhLEed2s4XQ5vWzzKbpf5tkYRWJTAIjt3tmEwkUz273iNUgLezelIvn0Tp9LRliKwBQ2IxMf_W-thV0wkIFE/s320/ultimo_tweet.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Le Monde menciona também a reação
do maestro Gustavo Dudamel, em digressão no estrangeiro, pedindo para que
“cesse a repressão” após a morte do jovem violista Armando Canizales. No
entanto, este músico não foi vítima da repressão, mas também ele de um projétil
disparado das fileiras da direita.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O jornal espanhol La Vanguardia,
virulentamente oposicionista da Revolução Bolivariana, admite excepcionalmente
pelo texto do seu enviado especial Andy Robinson: “Tal como em outros momentos
da crise, a narrativa de uma juventude heroica, morta pela ditadura Bolivariana
não cola no caso de Armando Canizales. (..) É quase certo que o projétil não
foi disparado pela polícia, mas pelos próprios manifestantes. É sabido que
alguns deles fizeram armas artesanais para os choques diários a polícia.” [13]
.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A reação rápida do Sr. Dudamel é
representativa das numerosas personalidades artísticas submetidos a forte
pressão mediática nos seus países, obrigados a fazer declarações para
satisfazer a opinião pública, 99% convencida pelos media, para denunciarem a
“repressão na Venezuela”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A 16 de Maio, o Le Monde
denunciou “; a morte de um jovem de 17 anos, baleado num comício contra o
Presidente Maduro”. Não é verdade. A pesquisa mostra que Yeison Natanael Mora
Castillo foi morto por um projétil idêntico ao usado para assassinar o violista
Canizales. Ele não participava numa reunião anti-Maduro. Seus pais são membros
de uma cooperativa em luta para recuperar um latifúndio de sete mil hectares,
suportando desde há muito ataques do grande proprietário. Eles apresentaram uma
queixa contra os organizadores da marcha da oposição, e numa entrevista ao
jornal local Ciudad Barinas denunciaram a manipulação que falsamente atribuía
ao governo Maduro o assassinato de seu filho. [14]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Imputar sistematicamente ao
governo bolivariano os assassinatos cometidos pela direita, é todo o
“jornalismo” de Paulo Paranaguá no Le Monde. Em 21 de Abril, atribui aos
coletivos chavistas a morte de um estudante de 17 anos, Carlos Moreno, morto
por uma bala na cabeça, bem como de Paola Ramírez Gómez, de 23. Dupla mentira.
De acordo com a família de Carlos Moreno, o adolescente não participava em
qualquer manifestação e dirigia-se para um torneio de desportivo. O assassino
foi preso: é um membro da polícia de Oscar Oscariz, presidente da Câmara
Municipal de Sucre. O jornal da oposição Tal qual assim relata. [15] . Quanto à segunda vítima
referida por Paranaguá, Paola Rodríguez, o seu assassino foi preso pelas
autoridades: é Ivan Aleisis Pernia, um militante da direita.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O “diário dos mercados”; não é o
único a mentir de forma assim tão sórdida nesta ‘luta pela liberdade’. O La
Libre Belgique, New York Times, France-Culture, El Pais, Le Figaro, ou mesmo
Mediapart são robôs da vulgata global. Esta invenção da “repressão” é tanto
mais fácil quanto a imagem típica do manifestante maltratado por um polícia tem
vantagem quando se é privado do contexto relativo à imagem. Longe da Venezuela,
apenas alguns poderão dispor dos cenários onde jovens são treinados, armados,
pagos para provocar as forças de segurança e produzir a ” ;imagem” ;
necessária. A concentração global dos meios de comunicação e a crescente
convergência de redes sociais com os grandes media fazem o resto, fixando o
imaginário tanto à esquerda como à direita. Veem-se assim os politicamente”;
insubmissos”; submeterem-se aos media e acrescentarem sem dar por isso a sua
pedrinha para a campanha global:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os que retransmitem na internet
este poster provavelmente não imaginam a falsidade que se esconde por trás do”.
Anonymous Venezuela”. A capacidade da extrema-direita de se servir de alguns
símbolos do movimento alternativo global e capitalizar apoios é revelada aqui:
Quando cai a máscara de Guy Fawkes da oposição venezuelana”. [15]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em suma, como se da história da
propaganda e das guerras nada se tivesse aprendido, caímos sem cessar na
armadilha. Malcolm X tinha prevenido: “se não tivermos cuidado, os media vão
fazer que as vítimas sejam consideradas os torturadores e os carrascos as
vítimas”. Transformando a violência da extrema-direita em “revolta popular”,
travestindo de “combatentes da liberdade” assassinos nostálgicos do apartheid
dos anos 90, é em primeiro lugar contra os cidadãos da Europa, que a
uniformização midiática se volta: a maioria dos telespectadores, leitores e
ouvintes apoiam sem saber uma agressão para derrubar um governo democraticamente
eleito. Sem a democratização em profundidade da propriedade dos media, a
profecia de Orwell acaba por ser tímida. A Venezuela é suficientemente forte
para evitar um golpe como aquele que acabou com a unidade popular de Salvador
Allende, mas a crescente desconexão da população de ocidente com o mundo
voltar-se-á contra ela própria.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Micromanual de autodefesa perante
a vaga mediática<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“A Venezuela é um “regime
ditatorial”. Falso. Desde 1999, a Venezuela bolivariana organizou um número
recorde de votos (25), reconhecidos como transparentes por observadores
internacionais. De acordo com o antigo presidente do Brasil Lula da Silva, é um
“excesso de democracia”. Por Jimmy Carter, que observou 98 eleições em todo o
mundo, a Venezuela tem o melhor sistema eleitoral no mundo. Em Maio de 2011, o
relatório da canadiana Fondation pour l’Avancée de la Démocratie (FDA) colocou
o sistema eleitoral da Venezuela no primeiro lugar do mundo pelo respeito das
normas de base da democracia. A ONG chilena Latinobarómetro estabeleceu no seu
relatório de 2013 que a Venezuela bate registos da confiança dos cidadãos na
democracia na América Latina (87%), seguidos por Equador (62%) e México (21%).
O Presidente Nicolás Maduro acaba de lançar um processo participativo para a Assembleia
Constituinte que permite que todos os setores sociais façam as suas propostas,
o que vai resultar num novo escrutínio, tendo também reafirmado que as eleições
presidenciais terão lugar em 2018, conforme estipulado na lei.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Não há liberdade de expressão
para a Venezuela” Falso. Das mais de 1000 estações de rádio e televisão, a que
o Estado concedeu permissão para emitir, 67% são privadas (a grande maioria
opostas à Revolução Bolivariana), 28% estão nas mãos das comunidades, mas
transmitem apenas a um nível estritamente local e 5% são Propriedade do Estado.
Em 108 jornais que existem, 97 são privados, 11 públicos; 67% da população
venezuelana tem acesso à internet. Esta plataforma é dominada pelos media
privados, reforçada pela rede das transnacionais desempenha um papel crucial na
desinformação e no serviço de desestabilização. Para um dossier pormenorizado e
quantificado desta paisagem mediática ver “François Cluzel ou l’interdiction
d’informer sur France-Culture”. [17]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Existem prisioneiros políticos
na Venezuela”. Falso. A menos que se considere “presos políticos” assassinos de
extrema-direita do partido Aurora Dourada presos na Grécia. No Estado de
direito, quer se chame França ou Venezuela, ser de direita não significa estar
acima da lei, nem poder cometer impunemente crimes como assassinatos, ataques à
bomba ou ser corrupto. Não é pelas suas políticas, mas por este tipo de crimes
que as pessoas têm sido julgadas e aprisionadas. [18] Na prática, observa-se
também um certo laxismo da justiça. De acordo com pesquisas da empresa privada
Hinterlaces , 61% dos venezuelanos consideram que os promotores da violência e
atos de terrorismo devem responder pelos seus atos perante um tribunal. [19]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lembremos que os atuais líderes
da direita nunca respeitaram as instituições democráticas: estes são os mesmos
que, em Abril de 2002, lideraram um sangrento golpe de Estado contra o
Presidente Chavez, com a ajuda da confederação patronal local e soldados treinados
na School of Americas. Estes são os mesmos que organizaram a violência de 2013
a 2016. Observe-se a identidade de um dos seus mentores<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Álvaro Uribe, um dos maiores
criminosos contra a humanidade da América Latina, antigo presidente de um país
governado pelo paramilitarismo e os cartéis de drogas, que tem as maiores valas
comuns do mundo, o que conta 9 500 prisioneiros políticos, 60 630 pessoas
desaparecidas nos últimos 45 anos e que desde a assinatura dos acordos de paz
retomou uma política seletiva de assassinato de líderes sociais e defensores
dos direitos humanos. Para informações completas e fotos destas ligações dos
heróis do Le Monde com o paramilitarismo colombiano, leia-se Venezuela: la
presse française lâchée par sa source?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Venezuela, 20 de maio de 2017.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Notas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[1] Ver
venezuelainfos.wordpress.com/…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[2] Entrevista integral de
Cristina Kirschner com Jorge Gestoso www.youtube.com/watch?v=-WM6nD6hPu0<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[3]
ambito.com/883274-tras-reunirse-con-michetti-correa-defendio-a-venezuela Ver
também www.telesurtv.net/…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[4] correodelorinoco.gob.ve/…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[5] www.ultimasnoticias.com.ve/…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[6]
www.state.gov/documents/organization/252179.pdf , (pág. 96)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[7] www.southcom.mil/…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[8] Como reconhece Julio Borges,
líder do partido de extrema-direita Primero Justicia e atual presidente da
Asembleia Nacional, numa entrevista não complacente que lhe fez o jornalista da
BBC Stephen Sackur, em 19 maio de 2017: bbc.co.uk/programmes/p052nsxd<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[9] /tatuytv.org/…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[10] Detalhes de vários casos no
site Parquet bit.ly/2ro4iXE ; bit.ly/2qE9MNb ; bit.ly/2q5RsbU ; bit.ly/2rnNT5s<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[11]
albaciudad.org/2017/05/lista-fallecidos-protestas-venezuela-abril-2017/<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[12]
hastaelnocau.wordpress.com/2017/05/09/radiografia-de-la-violencia<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[13] www.lavanguardia.com/…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[14]
www.desdelaplaza.com/poder/yeison-lo-mataron-manifestantes-la-mud-destacado/<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[15]
www.talcualdigital.com/Nota/…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[16]
venezuelainfos.wordpress.com/…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[17]
venezuelainfos.wordpress.com/…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[18]
venezuelainfos.wordpress.com/…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[19] hinterlaces.com/…<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O original encontra-se em
www.legrandsoir.info/comment-le-monde-invente-la-repression-au-venezuela.html<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fonte: site Pátria Latina . Este artigo encontra-se em
http://resistir.info<o:p></o:p></div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-50266516411842886652017-05-02T21:40:00.000-03:002017-05-02T21:40:54.782-03:00Exército Vermelho salvou humanidade do nazismo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXNIKnQQ1ubc-cPOfEjj3Htf6fdUYzMJSqnfiBlbt0iDVz8Y5g5vX8tXZs1aUMkZkFVmm5vgo2C7zY2s_KLL2soR3aSy8KT6DOlv44IHDk9n2f81qJ366mvsP-BW0mG_gnrjsAExD_dhg/s1600/unnamed.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXNIKnQQ1ubc-cPOfEjj3Htf6fdUYzMJSqnfiBlbt0iDVz8Y5g5vX8tXZs1aUMkZkFVmm5vgo2C7zY2s_KLL2soR3aSy8KT6DOlv44IHDk9n2f81qJ366mvsP-BW0mG_gnrjsAExD_dhg/s320/unnamed.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 19.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #666666;">PCB-</span><span style="color: blue; font-weight: bold;"> No capitalismo, as
guerras são fruto da concorrência entre as classes dominantes de diferentes
nações pelo domínio do planeta. </span></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 19.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: blue;"><b>Na Primeira Guerra Mundial, formaram-se dois
blocos imperialistas opostos: Tríplice Aliança (Impérios Alemão, Austro-Húngaro
e Turco-Otomano) e a Tríplice Entente (Impérios Inglês, Francês e Russo).</b></span><span style="color: #373737;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="font-style: inherit; outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; font-family: inherit, serif; padding: 0cm;"><span style="color: red;">O sol nasce vermelho<o:p></o:p></span></span></strong></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Algo novo, entretanto, surgiu durante a Primeira Guerra Mundial:
a revolução socialista de outubro de 1917, na Rússia; nova cisão ocorria no
mundo, agora dividido em dois sistemas adversos: o capitalismo e o socialismo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Os dois blocos capitalistas passaram a ter um objetivo comum: a
destruição do primeiro Estado operário-camponês da história, em vista da
restauração do capitalismo em escala global. Foi com este propósito que o bloco
vencedor investiu na economia alemã 15 bilhões de marcos em seis anos
(1924-1929).<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Quando o nazismo se apossa da Alemanha e explicita seu intento
de domínio mundial, as potências capitalistas dominantes não tratam de
combatê-lo. Ao contrário, fecham os olhos às suas agressões e até incentivam o
monstro nazista a direcionar seu ataque contra a União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS).<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Em 1939, a URSS propôs à Inglaterra e França um pacto para ações
militares conjuntas se os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), bloco
nazifascista, iniciassem a guerra na Europa. Não houve rejeição formal, mas
nenhum passo foi dado por parte dos países capitalistas para concretizar o
pacto. Ao contrário, França e Inglaterra firmaram com Alemanha e Japão acordos
de não-agressão. Deixada sozinha, em agosto de 1939, a URSS assinou com a
Alemanha um tratado de não-agressão. Os dirigentes sabiam que, mais cedo ou
mais, tarde Hitler romperia o acordo, mas conseguiram ganhar um tempo valioso
para transferir parte de suas indústrias para o leste do grande território
soviético, bem como reforçar sua capacidade de defesa militar.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">De 1938 a 1941, Hitler ocupou Áustria, Checoslováquia, Polônia,
Bélgica, Holanda, Dinamarca, Noruega, Grécia, Iugoslávia e finalmente a própria
França. Na Europa central e oriental, a Alemanha adquiriu imensa quantidade de
material de combate, meios de transporte, matérias-primas, materiais
estratégicos e força de trabalho, tornando-se forte o suficiente para atacar a
URSS.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Hitler, no livro MeinKampf (Minha Luta), proclamou:
“…tratando-se de obter novos territórios na Europa, deve-se adquiri-los
principalmente à custa da Rússia”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrQ5OZINeWIXmd0HSR1jo44eb7tF2eHJptDPHQpNujUibcuqB7QHck8p5qNdour6JHPdsW6DT0_2i6ivgIGx-5JTLlsjy35yk7OUwex04ax6f2BfqgZTgR7_VrSC1OxuZz_QfTg9uNC30/s1600/unnamed+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrQ5OZINeWIXmd0HSR1jo44eb7tF2eHJptDPHQpNujUibcuqB7QHck8p5qNdour6JHPdsW6DT0_2i6ivgIGx-5JTLlsjy35yk7OUwex04ax6f2BfqgZTgR7_VrSC1OxuZz_QfTg9uNC30/s320/unnamed+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">A invasão hitlerista foi impiedosa. “Fuzilavam em massa as
pessoas (mulheres, crianças, idosos, montavam campos de morte, deportavam para
trabalho forçado na Alemanha. Por onde passavam, não deixavam pedra sobre
pedra”. Era a política do extermínio. “Eu tenho o direito de destruir milhões de
homens de raça inferior que se multiplicam como vermes” (Hitler).<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Em resposta, o governo, o Partido Bolchevique e o povo soviético
lançaram a palavra de ordem: “Morte aos invasores fascistas, tudo para a
frente! Tudo para a vitória!”. Às fileiras do Exército Vermelho se integraram
milhões de homens. Criaram-se também inúmeros regimentos de milícia popular,
contando com dois milhões de combatentes.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Formou-se ainda na retaguarda uma força guerrilheira massiva. A
dedicação e bravura do povo soviético comoveram o mundo e foram decisivas para
quebrar a resistência capitalista (EUA, Inglaterra, França). Formou-se
finalmente o bloco aliado, antifascista, a frente única dos povos pela
democracia.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Caíra por terra a ideia de Hitler de que a ocupação da URSS
seria um passeio uma “guerra relâmpago”. Os nazistas não imaginavam a
resistência que encontrariam nas principais cidades: Leningrado, Stalingrado,
Kiev e Moscou, entre tantas. Homens, mulheres, idosos e crianças se ergueram
como muralha inexpugnável.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Os feitos do povo soviético repercutiram no mundo inteiro,
levando um jornal burguês como o STAR, de Washington, a publicar: “Os sucessos
da Rússia na luta contra a Alemanha hitleriana revestem-se de grande
importância não só para Moscou e o povo russo, como também para Washington,
para o futuro dos Estados Unidos. A história renderá homenagens aos russos por
terem suspendido a guerra relâmpago, pondo em fuga o adversário”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Em junho de 1942, os invasores avançam, mas encontram uma
barreira instransponível em Stalingrado. Durante sete meses de combate, os
invasores perderam 700.000 soldados e oficiais, mais de mil tanques, dois mil
canhões e morteiros, 1.400 aviões. Os invasores eram tecnicamente superiores,
mas, em novembro de 1942, os números já se invertiam em favor dos soviéticos.
Os alemães estavam com 6.200.000 soldados, os soviéticos com 6.600.000; 5.000
tanques invasores contra 7.000 soviéticos; 51.000 peças e morteiros contra
77.000.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Na derrota do Stalingrado, os nazistas perderam 1,5 milhões de
soldados e oficiais. “… Do ponto de vista moral, a catástrofe que o exército
alemão sofreu nos acessos de Stalingrado teve um efeito sob o peso do qual ele
não pôde mais reerguer-se”. (A segunda guerra mundial, B.Lideel Hart)<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Depois, ocorreu a vitória do Cáucaso e se iniciou processo de
expulsão em massa dos ocupantes nazistas. “A União Soviética pode orgulhar-se
das suas heroicas vitórias”, escreveu o presidente dos EUA, Franklin Roosevelt,
acrescentando: “…os russos matam mais soldados inimigos e destroem mais
armamentos do que os outros 25 estados das Nações Unidas no conjunto”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">O final de 1943 marca a virada na frente soviética e na Segunda
Guerra em geral. O movimento contra o nazifascismo se consolidou e se ampliou
em todo o planeta.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Em junho de 1944, com o exército alemão batido em todas as
regiões da URSS, as tropas anglo-americanas desembarcaram no Norte da França,
dando início à frente ocidental proposta pelo governo soviético desde o início
da invasão.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Pode-se dizer que a essa altura a guerra estava decidida, diante
da derrota alemã na Rússia. O próprio Winston Churchil, primeiro-ministro
britânico, reconhece o papel fundamental dos soviéticos, no discurso
pronunciado na Câmara dos Comuns, em julho de 1944: “….Considero meu dever
reconhecer que a Rússia mobiliza e bate forças muitíssimas maiores que as
enfrentadas pelos aliados no Ocidente, que, há longos anos, ao preço de imensas
perdas, ela suporta o principal fardo da luta em terra”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="font-style: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #373737; font-family: "inherit","serif"; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Um Exército Libertador</span></strong><span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="font-style: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #373737; font-family: "inherit","serif"; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><br /></span></strong></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Apesar de imensas perdas, o Exército Vermelho avançou no encalço
dos alemães pela Europa Oriental adentro, fustigando os nazistas e auxiliando
as forças populares da resistência a derrotarem os ocupantes e seus
colaboradores internos. Repúblicas democrático-populares foram instaladas com
os partidos comunistas à frente na Polônia, Hungria, Iugoslávia,
Checoslováquia, Romênia e Bulgária.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ21pDMoioe-9r1wFLUUXsi1XtYP0s4qgvJWjuuTzc6dgSM0VLhnzAKQEwjsi2AHeT-5RidbELuijdFGjeFmT1BvbHZZYfj6xiTXd5MizYi_dNIMDtvJkSbKMExzabqIF_-01cRfuXGWA/s1600/unnamed+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ21pDMoioe-9r1wFLUUXsi1XtYP0s4qgvJWjuuTzc6dgSM0VLhnzAKQEwjsi2AHeT-5RidbELuijdFGjeFmT1BvbHZZYfj6xiTXd5MizYi_dNIMDtvJkSbKMExzabqIF_-01cRfuXGWA/s320/unnamed+%25282%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">“Para
Berlim!” era a palavra de ordem do exército libertador. Não foi um passeio. A
resistência nazista, embora enfraquecida, produzia encarniçados e sangrentos
combates. Os russos vitoriosos não mataram, não pilharam, não se vingaram dos
crimes cometidos pelo exército alemão no solo soviético. Ao contrário,
alimentaram os famintos, organizaram a assistência médica, o funcionamento dos
transportes, a distribuição de água e de energia elétrica. A<span class="apple-converted-space"> </span></span><strong style="font-style: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #373737; font-family: "inherit","serif"; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">2 de maio de 1945</span></strong><span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">, o Comando Supremo alemão assinou o ato de capitulação
incondicional das forças armadas, com a bandeira da URSS tremulando no alto do
parlamento alemão, em Berlim. No dia 09 de maio, houve um imenso ato em Moscou
em comemoração ao fim da Grande Guerra Patriótica (como os soviéticos
denominaram sua participação na Segunda Guerra Mundial) e, desde então, até
hoje, celebra-se na Rússia esta data como o Dia da Vitória.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="font-style: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #373737; font-family: "inherit","serif"; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Sob novos céus</span></strong><span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="font-style: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #373737; font-family: "inherit","serif"; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><br /></span></strong></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Terminada a guerra na Europa, era preciso voltar-se para a Ásia.
O Japão, aliado dos nazistas dominava milhões de pessoas na China, na Coreia,
nas Filipinas. Apesar de as forças armadas dos EUA e da Inglaterra virem
imprimindo sucessivas derrotas, as forças japonesas ainda eram numerosas e
fortes. De vez em quando, elas atacavam as fronteiras da URSS e torpedeavam
navios soviéticos em alto-mar.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">No dia 8 de agosto de 1945, a União Soviética declarou guerra ao
Japão e começou a ofensiva. Nesse mesmo dia, o primeiro-ministro japonês,
Teiichi Suzuki afirmou: “…A entrada da URSS na guerra hoje de manhã põe-nos
definitivamente numa situação sem saída e torna impossível continuar a guerra”
. Estava certo. No final do mês, o Exército nipônico havia perdido 677 mil
soldados e oficiais: 84 mil mortos e 593 mil prisioneiros.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Ao contrário do que muitos pensam, e a historiografia burguesa busca
difundir, não foram as bombas estadunidenses lançadas no início de agosto
contra Hiroshima e Nagasaki que provocaram a capitulação japonesa. A guerra
continuou normalmente depois do ataque bárbaro e covarde. A rendição resultou
do destroçamento do exército nipônico pelas tropas soviéticas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Se alguém duvida, leia o testemunho do general Chenault, que
chefiou as forças dos EUA na China: “…A entrada da URSS na guerra contra o
Japão foi o fator decisivo para o fim da guerra no Pacífico, o que sucederia
mesmo sem o emprego de bombas atômicas. O rápido golpe desferido pelo Exército
Vermelho sobre o Japão fechou o cerco que pôs finalmente o Japão de joelhos”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">O Exército Vermelho contribuiu ainda para a expulsão dos
nazistas da China e da Coreia. O sacrifício do povo soviético foi inestimável.
Mas valeu a pena porque livrou a Humanidade da besta nazista. Foi também a
vitória do socialismo que saiu da Segunda Guerra triunfante em toda a Europa
Oriental e na China.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Por todos, valeu a carta de agradecimento enviada pelo povo
coreano a Josef Stalin, comandante supremo das forças soviéticas: “… Os
combatentes soviéticos chegaram não como conquistadores, mas como libertadores.
Emancipada da escravidão, a nossa pátria respirou livremente. O céu
apareceu-nos radioso. A nossa terra floresceu. Jorraram canções de liberdade e
felicidade…”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="font-style: inherit; outline: 0px;"><i><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #373737; font-family: "inherit","serif"; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">José Levino é historiador<o:p></o:p></span></i></strong></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="font-weight: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #373737; font-family: "inherit","serif"; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Fonte de pesquisa: O Grande
Feito do Povo Soviético e do Seu Exército. VassiliRiábov, Edições Progresso,
Moscou,1983.<o:p></o:p></span></em></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif";">Fonte: PCB e Jornal A Verdade<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-52972708712219855552017-05-02T20:22:00.000-03:002017-05-02T20:22:46.768-03:00Presidente Maduro convoca Poder Constituinte originário do povo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUSaXIMwuo1ZzbiJtaiiWORUFUj5Ck4k9edXE46uMcMz980FZpx2DHqrmWEjEOpRguDhF_5bzSrrHNn6ayPVPTUtEH1G_lZ1Cp2Sx5-2AMipbajCngtNgD-3HSOBEfTFt23BbhTAAt65Y/s1600/cxmn5swaaik_n1493671811+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="161" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUSaXIMwuo1ZzbiJtaiiWORUFUj5Ck4k9edXE46uMcMz980FZpx2DHqrmWEjEOpRguDhF_5bzSrrHNn6ayPVPTUtEH1G_lZ1Cp2Sx5-2AMipbajCngtNgD-3HSOBEfTFt23BbhTAAt65Y/s320/cxmn5swaaik_n1493671811+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muito diferente dos entreguistas
e fascistas que, no
Brasil, deram o golpe
na Constituição de
1988 e depuseram um governo legitimado pelo voto,
o governo venezuelano
propõe uma Assembleia
Nacional Constituinte dando ao povo
todo o direito de se manifestar e, o que é
mais notável e importante, sugere
a preservação de muitos
avanços que a classe trabalhadora
conseguiu alcançar com o
modelo econômico Chavista. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tudo
isso com um intuito muito
bonito, popular e
livre: impedir que o
caos e a violência aumentem
no país como desejam
os fascistas assassinos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As mídias
corporativas, insufladoras do
golpe brasileiro, jamais divulgarão isso. Quando
reportarem a essa
questão, estejam certos, deturparão
os fatos seguindo assim o
comando dos criminosos
de Washington. Não poderia
ser diferente. A
direita política é a
mesma aqui ou em qualquer
lugar
do planeta. Ela é suja, profundamente desprezível e
ousada em seus objetivos. Todavia
algo é certo:
Ela jamais conseguirá perpetuar seus
feitos. É tudo
uma questão de tempo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
**************************************************************************************<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Caracas- AVN.- O presidente Nicolás Maduro convocou
nesta segunda-feira, 1º de maio, uma Assembleia Nacional Constituinte, conforme
o estabelecido no artigo 347 da Carta Magna, com o objetivo de preservar a paz
e a estabilidade da República.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"Hoje 1º de maio anuncio
que, no uso de minhas atribuições presidenciais (...) e de acordo com o artigo
347, convoco o Poder Constituinte originário para que a classe operária e o
povo, em um processo popular constituinte convoque uma Assembleia Nacional
Constituinte (...) É a hora, é o caminho", disse o presidente durante
discurso na avenida Bolívar de Caracas para celebrar o Dia do Trabalhador.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Maduro detalhou que este processo
está aberto para dar todo o poder ao povo e transformar o Estado com a criação
de uma nova Carta Magna que seja profundamente comunal e operária.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"Eu convoco o Poder Constituinte
originário para conseguir a paz que necessita a República, para derrotar o
golpe fascista e para que seja o povo, com sua soberania, que imponha a paz, a
harmonia, o diálogo nacional verdadeiro", acrescentou Maduro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O artigo 347 estabelece que o
povo venezuelano "é o depositário do poder constituinte originário" e
que, por isso, pode convocar a
Constituinte para "transformar o Estado, criar um novo ordenamento
jurídico e redigir uma nova Constituição".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"Necessitamos transformar o
Estado, sobretudo essa Assembleia Nacional podre que está aí (...) Tudo o que
façamos será fortalecer a Constituição pioneira, a sábia, a Constituição
Bolivariana de 1999. Ativo o Poder Constituinte para que o povo tome todo o
poder da pátria", ressaltou o chefe de Estado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Maduro acrescentou que esta
constituinte deve ser cidadã, em união cívico-militar e não de partidos
políticos nem de elites. "Uma constituinte cidadã, operária, comunal,
missioneira, camponesa, feminista, da juventude, dos estudantes, indígena, mas
sobretudo uma constituinte operária, profundamente comunal", enfatizou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Constituição outorga,
igualmente, ao Presidente da República a potestade de fazer a convocatória, em
seu artigo 348. Por sua parte, o artigo 349 da Carta Magna estabelece que o
Presidente da República "não poderá objetar a nova Constituição. Os
poderes constituídos não poderão de forma alguma impedir as decisões da
Assembleia Nacional Constituinte. Após sua promulgação, a nova Constituição
será publicada na Gazeta Oficial da República Bolivariana da Venezuela ou na
Gazeta da Assembleia Nacional Constituinte".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Grandes Missões devem estar na
Constituição<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi29fNI_MuDXq7AjQGmvFDfpWX6Az2BH358P5jju5GgnzBbFZoyDUTKVPV-ewWuedFc3KZevunBoCeGl4O0Q89AaYOOn5qHsVL0EGCJpBLzB_Cq6OHy-afKCbCL_uR_WowKwTXSTsylwHA/s1600/marchatrabajadores05ht1493673220.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi29fNI_MuDXq7AjQGmvFDfpWX6Az2BH358P5jju5GgnzBbFZoyDUTKVPV-ewWuedFc3KZevunBoCeGl4O0Q89AaYOOn5qHsVL0EGCJpBLzB_Cq6OHy-afKCbCL_uR_WowKwTXSTsylwHA/s320/marchatrabajadores05ht1493673220.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O presidente Maduro propôs que as
grandes missões sociais, assim como os direitos da juventude venezuelana formem
parte da Constituição da República Bolivariana da Venezuela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"Eu quero que
constitucionalizemos todas as missões e grandes missões, incluindo a Vivienda,
para que ninguém nunca mais tire a moradia do povo (...) Eu quero
constitucionalizar a Missão Bairro Adentro da saúde para que ninguém, nunca,
possa privatizá-la. Eu quero constitucionalizar a Missão Transporte. Quero
constitucionalizar os Clap e a Missão Alimentação. Quero constitucionalizar a
Grande Missão Bairro Novo, Bairro Tricolor; junto à Missão Vivienda. Mas
também, eu quero que nos atualizemos e façamos um capítulo especial para deixar
gravado os direitos da juventude e dos estudantes venezuelanos", destacou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Maduro informou que entregará ao
Conselho Nacional Eleitoral as bases desta convocação, para que o poder popular
possa eleger, por voto direto, os constituintes que acreditam na nova
Constituição.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"Vou entregar nas próximas
horas ao Poder Eleitoral as bases eleitorais desta convocação. Vai ser uma
constituinte eleita, com voto direto do povo, para eleger uns 500 constituintes
aproximadamente. Uns 200-250 eleitos pelas bases", explicou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O presidente venezuelano exortou
toda a população a manter-se firme na defesa do legado do comandante Hugo
Chávez, que foi o primeiro a convocar uma Assembleia Nacional Constituinte em
1999, com o objetivo de reformar a Constituição de 1961.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZS-0RiSB2WsK8K-jfs-LKrOutixHJmYjVDTG_5hFk5-cVNqMln6L_CinNanZD0Bc59KI0Ywt3PoNLVCCNNAhgxHqDYNlUijOmXzRBqgMEAB9fQ4zHKjZt8MXfUeWnsx8EBAAUeImjptw/s1600/004_ar9860_1493674720.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZS-0RiSB2WsK8K-jfs-LKrOutixHJmYjVDTG_5hFk5-cVNqMln6L_CinNanZD0Bc59KI0Ywt3PoNLVCCNNAhgxHqDYNlUijOmXzRBqgMEAB9fQ4zHKjZt8MXfUeWnsx8EBAAUeImjptw/s320/004_ar9860_1493674720.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"Chegou o dia. Não falhem.
Não falhemos com Chávez, não falhemos com a pátria", disse.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Debate nas ruas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O presidente Maduro exortou o
poder popular a debater, nas ruas, o processo constituinte, como apoio de uma
comissão presidencial que levará a proposta para a consulta das bases populares
do que será o sistema de eleição e o alcance deste novo processo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"Esta comissão vai ser
presidida pelo constituinte Elías Jaua Milano e ali estarão participando:
Aristóbulo Isturiz, vice-presidente da pioneira (constituinte), Hermann
Escarrá, Isaías Rodríguez, Earle Herrera, Cilia Flores, Delcy Rodríguez, Iris
Varela, Noelí Pocaterra e Francisco Ameliah", esclareceu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Maduro reiterou também seu
repúdio aos atos violentos contra a nação. "Somos filhos do maior
democrata da história da pátria, nosso Comandante Hugo Chávez, o grande
refundador da democracia, somos uma geração de homens e mulheres forjados em um
debate de ideias, nas lutas de rua, enfrentamos tudo e não queremos uma guerra
civil".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fonte: AVN Fotos: Presidência da República e <span style="color: #444444; font-family: Verdana, Tahoma, "DejaVu Sans", sans-serif; font-size: 14px;">Henry Tesara, AVN</span></div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-81530036423623006092017-04-30T19:16:00.000-03:002017-04-30T19:16:08.679-03:00Armas dos EUA contra Síria e Iêmen partem da Europa.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf8GoBUFqbjD82FN2JDXiRIXzwHKN5mAMt0F4VOrCPiRlm0Csa4141jn-QCiHtO3TIBCu6W4XA4pa4folXQIIbHN9hU8TxAyMtFUC-QGOj8eyDRve3GRL5f7Zp07IWc8FTyXsF-Gs3cEQ/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf8GoBUFqbjD82FN2JDXiRIXzwHKN5mAMt0F4VOrCPiRlm0Csa4141jn-QCiHtO3TIBCu6W4XA4pa4folXQIIbHN9hU8TxAyMtFUC-QGOj8eyDRve3GRL5f7Zp07IWc8FTyXsF-Gs3cEQ/s1600/images.jpg" /></a> Manlio Dinucci<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O regime dos EUA faz crer que lutaria contra
os jihadistas. Mas continua enviando armas, a partir da Europa
"democrática" àqueles terroristas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Leva o nome de Liberty Passion,
ou seja "Paixão pela Liberdade". É um enorme, moderníssimo navio
cargueiro norte-americano do tipo Ro/Ro [abrev. Roll-on/roll-off, de
"embarque e desembarque sobre as próprias rodas"] – concebido para
transportar veículos –, de 200 metros de comprimento, 12 conveses e superfície
total de mais de 50 mil m2, com capacidade para transportar o peso equivalente
a 6.500 automóveis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse navio, propriedade da
empresa norte-americana Liberty Global Logistics, fez a sua primeira escala –
dia 24/3/2017 – no porto de Livorno, Itália. Assim começou oficialmente uma
conexão regular entre Livorno e os portos de Aqaba, na Jordânia, e de Jeddah,
na Arábia Saudita, servida mensalmente pelo Liberty Passion e outros dois
navios similares, o Liberty Pride ("Orgulho da Liberdade") e o
Liberty Promise ("Promessa de Liberdade"). A inauguração dessa linha
de transporte foi celebrada como "festa para o porto de Livorno".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas ninguém esclareceu por que a
empresa norte-americana escolheu precisamente esse porto italiano. Comunicado
da administração marítima dos EUA explica – dia 4/3/2017 – que o Liberty
Passion e os outros dois navios que servem a linha Livorno-Aqaba-Jeddah
participam do "Programa de Segurança Marítima", programa que, no
contexto de uma associação de empresas privadas e estatais ", garante ao
Departamento de Defesa dos EUA uma poderosa frota móvel de propriedade privada,
que viaja com bandeira e tripulação norte-americana".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Assim se compreende a razão pela
qual a empresa norte-americana elegeu o porto italiano de Livorno para
inaugurar a nova linha de transporte marítimo para dois portos do Médio
Oriente. O porto de Livorno está ligado Camp Darby, a base logística dos EUA
(na Itália) que abastece as forças terrestres e aéreas dos EUA na área
mediterrânea, no Oriente Médio, África e adiante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Camp Darby é a única instalação
das forças armadas dos EUA em que material de guerra
"pré-posicionado" (tanques, veículos de assalto, etc.) é armazenado
lado a lado com a respectiva munição. Os 25 bunkers de Camp Darby contêm todo o
equipamento necessário para manter armados dois batalhões blindados e dois
batalhões de infantaria mecanizada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em Camp Darby armazenam-se também
enormes quantidades de bombas e mísseis para aviões de combate e os "kits
de montagem" para instalação rápida de pistas de pouso e decolagem em
zonas de guerra. Dali, esses e outros materiais de guerra podem ser rapidamente
enviados para os teatros de operações pelo porto de Livorno, ligado a Camp
Darby pelo Canal de Navicelli – recentemente ampliado –, e também pelo
aeroporto de Pisa, também em Itália.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse foi o percurso cumprido
pelas bombas utilizadas nas guerras contra Iraque, Jugoslávia e Líbia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na viagem inaugural – segundo
reportam fontes como Asianews e outras –, o Liberty Passion transportava 250
veículos militares, de Livorno para o porto de Aqaba na Jordânia, onde atracou
dia 7 de abril, depois de cruzar o Canal de Suez.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dois dias antes, o presidente
Trump recebera em Washington, pela segunda vez em dois meses, o rei Abdalá,
ocasião em que reafirmou o apoio dos EUA à Jordânia ante a ameaça que são
terroristas provenientes da Síria. Ninguém fez qualquer referência ao fato de
que, sempre na Jordânia, durante anos, foram treinados, comandados por
instrutores norte-americanos – os mesmos que se apresentam como "Exército
Livre Sírio" e cometem atos de terrorismo na Síria.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Diversas informações mencionam
crescentes movimentos de tropas norte-americanas equipadas com tanques e
veículos blindados, na fronteira entre a Jordânia e a Síria. O objetivo seria
obter o controle, servindo-se também de tropas jordanianas, da franja
meridional do território sírio, onde já operam forças especiais dos EUA e
Grã-Bretanha que dão apoio ao "Exército Livre Sírio" o qual
alegadamente lutaria contra o Emirato Islâmico (Daech). Em fevereiro, o
presidente Trump discutiu com o rei Abdalá "a possibilidade de estabelecer
zonas seguras na Síria". Dito de outro modo, a possibilidade de balcanizar
a Síria – porque ninguém pode cogitar dominar todo o território síria, dada a
presença das forças russas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nesta operação de guerra, e em
outras, como no massacre que a Arábia Saudita promove contra civis no Iêmen,
serão usadas as armas norte-americanas que saem de Livorno – , cidade a ser
visitada provavelmente pelo Papa Francisco, , que ainda há pouco denunciava
novamente "os traficantes de armas que ganham dinheiro à custa do sangue
de homens e mulheres".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pois em Livorno festeja-se que
esse porto toscano tenha sido definido como escala dos navios da empresa
Liberty Global Logistics, que conta com amplas possibilidades de
desenvolvimento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como diz o filme de Alberto
Sordi: "Enquanto há guerra, há esperança"<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fonte: site Diário Liberdade -Tradução
do Coletivo Vila Vudu- foto: internet<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-39512284574330999912017-04-30T08:14:00.000-03:002017-04-30T08:14:47.519-03:00O significado de uma bandeira queimada pela oposição na Venezuela<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #373737; font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"> </span></strong><strong><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #373737; font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"> </span></strong></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #373737; font-family: inherit, serif; font-size: 13pt; font-weight: inherit; padding: 0cm;"> </span></em></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpBORmM5XeP1S3rDosh8QlChcuVWop9J79XxFlwIXDptBxeJXfQXEGJSyM1152_IFIni1o3UqhdTOoayPrwhGHwbry9tqmim5uBX8uYdGUzrtAs8rELcbru2I0xEKqZ-w49gU8sqVRkWE/s1600/bandera-cuba-quemada-en-venezuela.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpBORmM5XeP1S3rDosh8QlChcuVWop9J79XxFlwIXDptBxeJXfQXEGJSyM1152_IFIni1o3UqhdTOoayPrwhGHwbry9tqmim5uBX8uYdGUzrtAs8rELcbru2I0xEKqZ-w49gU8sqVRkWE/s320/bandera-cuba-quemada-en-venezuela.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 13pt; padding: 0cm;"><span style="font-weight: inherit;"> Aline Pérez Neri </span></span></em></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 13pt; padding: 0cm;"><span style="color: orange;"><span style="font-weight: inherit;">“</span><b>Dê-me Venezuela em que servir, ela tem em mim um filho”.</b></span></span></em></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;">Quando a ignorância, a
impotência, a teimosia, o ódio e o ressentimento vão de mãos dadas, o resultado é esta imagem que se tornou viral na rede da “pacífica e democrática” oposição
venezuelana, a qual esse norte violento e brutal manipula igual uma marionete
de papel.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;">Que atrevimento!<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;">Indignação é a primeira
sensação que qualquer ser humano que se considere digno sente ao vê-los
queimando a bandeira cubana, bandeira da solidariedade imensa e até desmedida,
a dos valores e princípios, a que não se deixa nem deixará pisotear. A da firme
consigna feita ação de “Não à guerra, sim à paz”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="font-style: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #373737; font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">A
bandeira de Cuba, potência humanitária, a que alfabetizou em torno de 10
milhões de pessoas e tem mais de 50 mil de seus trabalhadores da saúde
colaborando em missões nos cantos mais recônditos do mundo, aqueles onde nem
sequer os médicos das nações fazem presença.</span></strong></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="font-style: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #373737; font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><br /></span></strong></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;"> </span></span><span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;">A que ofereceu mais de 600 milhões de
consultas médicas gratuitas e com a qual salvou mais de 1 milhão e 750.000 mil
cidadãos venezuelanos, com sua Missão Bairro Adentro, um dos programas de colaboração
entre ambos países. Essa que tem mais de 46 mil colaboradores em quase 20
programas sociais em benefício do povo bolivariano. A que operou mais de 2
milhões e meio de seus cidadãos, de maneira totalmente gratuita. A que ensinou
a ler e a escrever quase 3 milhões de analfabetos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="font-style: inherit; outline: 0px;"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #373737; font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Esta
imagem ofende, mas, sobretudo, revela a podridão da direita venezuelana.</span></strong><span class="apple-converted-space"><span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;"> </span></span><span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;">Quanto prejuízo causam ao mundo e quanto
ferem seu povo! Que brutos… e que covardes, pois tendo um projeto social, entre
cujas conquistas mais importantes se encontram a redução da fome em menos de
5%, o aumento 59 vezes do investimento público destinado à saúde e 64% das
receitas totais do país na área social, a gratuidade da educação até a
universidade, a redução da mortalidade infantil, o tratamento gratuito aos
enfermos com vírus do HIV/AID, a criação de milhões de novos postos de
trabalho, prefere apostar no crime, porque os sabotadores, a mercadoria que
escondem para criar a especulação, o semear o caos, e a violência, os destroços
de centros de saúde, com o último ataque a um hospital infantil, onde as
crianças tiveram que ser evacuadas, são dos piores crimes, pois atentam contra
sua própria Pátria. Claro está que o significado desta palavra, eles não
conhecem.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;">A pesar de todas as tentativas
de desestabilização, o povo venezuelano vencerá, todos os obstáculos serão
superados, porque é um povo de força. A Venezuela resiste.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;">Viva a Revolução Bolivariana e seu Presidente Nicolás Maduro!<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;">E viva Cuba e seu povo, que é a
Revolução!<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;">Fonte:<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://www.resumenlatinoamericano.org/2017/04/25/opinion-el-significado-de-una-bandera-quemada-por-la-oposicion-en-venezuela/" style="font-style: inherit; font-weight: inherit; outline: 0px;" target="_blank"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #be0000; font-family: inherit, serif; padding: 0cm; text-decoration-line: none;">http://www.<wbr></wbr>resumenlatinoamericano.org/<wbr></wbr>2017/04/25/opinion-el-<wbr></wbr>significado-de-una-bandera-<wbr></wbr>quemada-por-la-oposicion-en-<wbr></wbr>venezuela/</span></a><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 19.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;">Tradução: PCB<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-8420502614888115892017-04-16T16:29:00.000-03:002017-04-16T16:29:30.348-03:00Jornalismo degradado e degradante.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7K3QN88zEZCSG1ZqHMTFohq9hUBZo3FKVfDk1_ew_6vibHV5L0PpaSaYeal8RfOmN-D27WY_ntbowlqyCrsRCmmgPSf8FuvGLPKVO81fkYe7MNvyFy9rUYjsruNGIg9HheqNNujkHc54/s1600/midia+prostituta+dos+eua.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7K3QN88zEZCSG1ZqHMTFohq9hUBZo3FKVfDk1_ew_6vibHV5L0PpaSaYeal8RfOmN-D27WY_ntbowlqyCrsRCmmgPSf8FuvGLPKVO81fkYe7MNvyFy9rUYjsruNGIg9HheqNNujkHc54/s320/midia+prostituta+dos+eua.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"Vê-se aí um padrão bem
claro. Para obter apoio das populações para suas guerras ilegais para mudança
ilegal de regime, o establishment ocidental promove ativa e empenhadamente
incontáveis <span style="color: blue;"><b>“falsas notícias”</b></span>, como se fossem notícias não falsas. Para
assegurar a “credibilidade” das notícias realmente falsas, elas são publicadas
em veículos indiscutivelmente “sérios” e passam a ser regularmente repetidas
por quantos comentaristas intervencionistas golpistas o dinheiro consiga
comprar, como a causa “indiscutível” da importância e da urgência de se agir
contra o tal Estado alvo. Fontes “anônimas” são sempre citadas nessas
histórias, a maioria das quais, como a Operação Apelo de Massa do MI6, são
muito frequentemente plantadas pelos serviços de segurança.” <span style="color: #444444;">Neil
Clark</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nota do blog: Observe
que essa fala caberia muito bem, coincidentemente ou não, a imprensa
brasileira. Na verdade a
diferença é nenhuma.
Hipocrisias impensáveis associadas a ausência
impressionante de caráter, tudo isso somado
a algo até difícil de caracterizar devido
a sua vileza, vai dar nisso. São os meios de comunicação do Brasil
atualmente. A única exceção é a
imprensa progressista. É. é isso. Muito, muito triste!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
*******************************************************************************************<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Houve um tempo em que a distinção
entre fatos e opiniões era uma prática bem estabelecida no jornalismo, assim
como a distinção entre a mentira e a verdade. Hoje isso não é mais assim e os
próprios jornalistas que trabalham nas mídias corporativas são, em grande
medida, responsáveis por esta degradação. Consciente ou inconscientemente, a
maior parte destes profissionais perdeu qualquer capacidade de análise ou de
juízo crítico. Aceitam como verdadeiras as mentiras mais inverossímeis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Basta ver, por exemplo, o
semanário Expresso* de 08/Abril/2017. <span style="color: #666666;">Nunca, em momento algum, os vários
jornalistas que ali escreveram sobre a agressão à Síria puseram em causa a
versão dos EUA de que o governo Assad teria utilizado armas químicas contra o
seu próprio povo. Os leitores desse semanário nem sequer tiveram o direito do
contraditório, princípio básico do jornalismo. A mentira passa assim por verdade pura e
cristalina. </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nenhum destes escrevinhadores que
se intitulam jornalistas aprendeu com a História. O cinismo ou a ignorância
imperam entre eles. As mentiras sucessivas do governo dos EUA para lançar
guerras são pura e simplesmente ignoradas. A mentira do incidente do Golfo de
Tonquim, tramada pelos EUA para lançar a guerra do Vietnam, não existe para
esta gente do Expresso, dos comentaristas da TV ou das folhas de papel
corporativas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A mentira de Collin Powell na ONU e das suas
"provas" de armas de destruição em massa no Iraque tão pouco. Assim
como a mentira da explosão do navio que serviu para os EUA intervirem
militarmente em Cuba, no princípio do século XX. Exemplos destes poderiam
suceder-se numa longa série. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/3zlcMeBFiSY/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/3zlcMeBFiSY?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Verifica-se assim que Goebbels
tem émulos à altura nos media portugueses. Como diz John Pilger, tais
jornalistas têm uma pesadíssima responsabilidade pelas mortes de milhões de
pessoas pois preparam o clima para as guerras de agressão do imperialismo. Eles
têm as mãos manchadas de sangue. Crimes monstruosos praticados na Jugoslávia,
Iraque, Afeganistão, Líbia, Somália, Iémen, Síria e tantos outros lugares são
também da responsabilidade dos que escrevem nas
mídias corporativas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vídeo: fonte RT</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fonte: <b>resistir
info</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
*Ao lado de The Guardian, da
Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung e do semanário russo Akzia, o Expresso
recebeu em 2008 o prémio World's Best-Designed Newspaper, atribuído pela
Society for News Design (SND).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A SND é uma organização sem fins
lucrativos que conta com mais de 2.500 afiliados, entre profissionais de design
e jornalistas. Anualmente, organiza os prémios de design jornalístico mais
importantes do mundo. Na 29.ª edição do concurso internacional, o Expresso
competiu com mais de 340 meios impressos de todos os continentes e foi
galardoado com um prémio inédito para Portugal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><span style="color: #444444;">Neil Clark é</span> </o:p><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">um
jornalista, escritor e radiodifusor, com sede no Reino Unido. Ele também escreve sobre assuntos internacionais para o RT, Voz da Rússia e BBC. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-56719699284553804002017-04-08T11:03:00.000-03:002017-04-08T11:03:27.620-03:00Pentágono treinou "rebeldes" da Al Qaeda na Síria na utilização de armas químicas<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;"> Michel
Chossudosvsky</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsRJYQdI-mFjQT0BCRskBHznyZ39xkBOzbcldwXqyq0HubgpO9_e1F6E3jLNp5rtZW3rGr37GxLb4h-_cdsNLtPtg8sew6NItunbBi7I7FSwWZPLWSkRKC6yGz1EpNC3QRC8iRIQQGzrw/s1600/pechora_2m_sol-air_missile_to_truck_640.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsRJYQdI-mFjQT0BCRskBHznyZ39xkBOzbcldwXqyq0HubgpO9_e1F6E3jLNp5rtZW3rGr37GxLb4h-_cdsNLtPtg8sew6NItunbBi7I7FSwWZPLWSkRKC6yGz1EpNC3QRC8iRIQQGzrw/s320/pechora_2m_sol-air_missile_to_truck_640.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #783f04;"><b>As mídias ocidentais refutam as suas próprias
mentiras. Elas não só confirmam que o Pentágono tem estado a treinar os
terroristas na utilização de armas químicas como também reconhecem a existência
de um não tão secreto "plano apoiado pelos EUA para lançar um ataque com
armas químicas na Síria e culpar o regime de Assad" . </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: purple;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Daily Mail de Londres, num
artigo de 2013, confirmou a existência de um projeto anglo-americano endossado
pela Casa Branca (com a assistência do Qatar) para efetuar um ataque com armas
químicas na Síria e atribuir a culpa a Bashar Al Assad. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O artigo seguinte no Mail Online
foi publicado e a seguir removido. Note-se o discurso contraditório:
"Obama emitiu advertência ao presidente sírio Bashar al Assad",
"Casa Branca dá sinal verde a ataque com armas químicas".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esta reportagem no Mail Online
publicada em Janeiro de 2013 foi removida a seguir. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para mais pormenores clique aqui
.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O treino do Pentágono de
"rebeldes" (também conhecidos como terroristas do Al Qaeda) na
utilização de armas químicas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A CNN acusa Bashar Al Assad de
matar seu próprio povo enquanto também reconhece que os "rebeldes"
não só estão na posse de armas químicas como também que estes "terroristas
moderados" filiados à Al Nusra são treinados na utilização de armas químicas
por especialistas sob contrato com o Pentágono.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Numa lógica enviesada, o mandato
do Pentágono era assegurar que os rebeldes alinhados com a Al Qaeda não
adquiririam ou utilizariam ADM, ao realmente treiná-lo na utilização de armas
químicas (soa contraditório): <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdabJxfTUpO2ioSgd8yV6BuuZuPZcnBhT8Mp0ZadXuSusiQEfTbJGc6DRBRVKV3xfgeOUTTbRZ_QfPewUsJcAEf1JOjSWckn41nWEnI3ZzpB15X_hDWoDg_8UV5U-SFRopdtBpuRxprNg/s1600/armas_quimicas_1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdabJxfTUpO2ioSgd8yV6BuuZuPZcnBhT8Mp0ZadXuSusiQEfTbJGc6DRBRVKV3xfgeOUTTbRZ_QfPewUsJcAEf1JOjSWckn41nWEnI3ZzpB15X_hDWoDg_8UV5U-SFRopdtBpuRxprNg/s320/armas_quimicas_1.png" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Esta reportagem no Mail Online
publicada em Janeiro de 2013 foi removida a seguir. <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Para mais pormenores clique <a href="aqui.http://www.globalresearch.ca/deleted-daily-mail-online-article-us-backed-plan-for-chemical-weapon-attack-in-syria-to-be-blamed-on-assad/5339178">aqui.</a></b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"O treino [em armas
químicas], o qual está a realizar-se na Jordânia e na Turquia, envolve como
monitorar e proteger stocks de matérias-primas e manusear sítios e materiais
com armas, de acordo com as fontes. Alguns dos empreiteiros estão no terreno na
Síria a trabalhar com os rebeldes para monitorar alguns dos sítios, segundo um
dos responsáveis. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A nacionalidade dos treinadores
não foi revelada, embora os responsáveis previnam contra a hipótese de serem
todos americanos. ( CNN , 09/Dezembro/2012). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSV2qKwocl4ohjXJ-oD5wkiLm7R9gcZpx5-_W_9rl1vc_abhunczi3pVVZfILspg77I1uCt2krnPK1yZd5u7GVEyoKXGhIxplvnYaT2PsRzHedy5U3-edscTgP5AqMi4tMJYAbUl85LS0/s1600/armas_quimicas_2.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="64" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSV2qKwocl4ohjXJ-oD5wkiLm7R9gcZpx5-_W_9rl1vc_abhunczi3pVVZfILspg77I1uCt2krnPK1yZd5u7GVEyoKXGhIxplvnYaT2PsRzHedy5U3-edscTgP5AqMi4tMJYAbUl85LS0/s320/armas_quimicas_2.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Numa lógica enviesada, o mandato
do Pentágono era assegurar que os rebeldes alinhados com a Al Qaeda não
adquiririam ou utilizariam ADM, ao realmente treiná-lo na utilização de armas
químicas (soa contraditório): <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"O treino [em armas
químicas], o qual está a realizar-se na Jordânia e na Turquia, envolve como
monitorar e proteger stocks de matérias-primas e manusear sítios e materiais
com armas, de acordo com as fontes. Alguns dos empreiteiros estão no terreno na
Síria a trabalhar com os rebeldes para monitorar alguns dos sítios, segundo um
dos responsáveis. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A nacionalidade dos treinadores
não foi revelada, embora os responsáveis previnam contra a hipótese de serem
todos americanos. ( <a href="http://security.blogs.cnn.com/2012/12/09/sources-defense-contractors-training-syrian-rebels-in-chemical-weapons/">CNN</a> , 09/Dezembro/2012). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGKv2SnM2rFvCny0DLngfIAL3jRKBX9x24-xwOLi38OTChfQMh2EYKI9YQnzqrgYPXdygFVzjHUfVPx088DM-POKEvZAQ3wLz9bSvs3b57xNq2qDY3srnbtZPWvgHX4C0nuAQjZCPYFN0/s1600/armas_quimicas_3.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGKv2SnM2rFvCny0DLngfIAL3jRKBX9x24-xwOLi38OTChfQMh2EYKI9YQnzqrgYPXdygFVzjHUfVPx088DM-POKEvZAQ3wLz9bSvs3b57xNq2qDY3srnbtZPWvgHX4C0nuAQjZCPYFN0/s320/armas_quimicas_3.png" width="305" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Captura de écran do artigo da
CNN. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O link original foi
redireccionado para blogs da CNN.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A reportagem acima, <a href="http://edition.cnn.com/profiles/elise-labott-profile">da jornalistapremiada Elise Labott, da CNN </a>(relegada para o status de um blog da CNN),
refuta numerosas acusações da CNN contra Bashar Al Assad.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quem está a efetuar o treino de
terroristas na utilização de armas químicas? De fonte confiável: a CNN</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXQprhxTmh4KtvUbT9nArg1Agq4icQ8lqreK3DiH379SvrCFowEs8hPupgtyIlBWHdPW_F09QTTQLdhYLtpmv-WXucJU30_ZRVgq7azzb1LWQgvuu5qrVp4NbsdzWQ5ySMniv4TVzrk8Q/s1600/armas_quimicas_4.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="60" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXQprhxTmh4KtvUbT9nArg1Agq4icQ8lqreK3DiH379SvrCFowEs8hPupgtyIlBWHdPW_F09QTTQLdhYLtpmv-WXucJU30_ZRVgq7azzb1LWQgvuu5qrVp4NbsdzWQ5ySMniv4TVzrk8Q/s320/armas_quimicas_4.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E estes são os mesmos terroristas
(treinados pelo Pentágono) que são os alegados alvos da campanha de
bombardeamento anti-terrorista de Washington iniciada por Obama em Agosto de
2014: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
"O esquema estabelecido pelo
Pentágono em 2012 consistiu em equipar e treina rebeldes Al Qaeda na utilização
de armas químicas, com o apoio de empreiteiros militares contratados pelo
Pentágono – e a seguir sustentar que o governo sírio era responsável por
utilizar as ADM contra o povo sírio. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que está a desdobrar-se é um
cenário diabólico – o qual é uma parte integral do planeamento militar – nomeadamente
uma situação em que terroristas da oposição aconselhados pelos empreiteiros
ocidentais da defesa estão realmente na posse de armas químicas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Isto não é um exercício de treino
rebelde em não-proliferação. Enquanto o presidente Obama declara que "você
será responsabilizado" se "você" (referindo-se ao governo sírio)
utilizar armas químicas, o que é contemplado como parte desta operação
encoberta é a posse de armas químicas pelos terroristas patrocinados pelos
EUA-NATO, nomeadamente "pelos nossos" operacionais filiados à Al
Qaeda, incluindo a Frente Al Nusra, a qual constitui o mais eficaz grupo
combatente financiado e treinado pelo ocidente, em grande parte integrado por
mercenários estrangeiros. Numa distorção amarga, Jabhat al-Nusra, um "activo
de inteligência" patrocinado pelos EUA, foi colocado recentemente na lista
de organizações terroristas do Departamento de Estado. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O ocidente afirma que vem para
resgatar o povo sírio, cujas vidas estão alegadamente ameaçadas por Bashar Al
Assad. A verdade é que a aliança militar ocidental não só está a apoiar os
terroristas, incluindo a Frente Al Nusra, como também a tornar disponíveis
armas químicas para a sua "oposição" de forças rebeldes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A fase seguinte deste cenário
diabólico é que as armas químicas nas mãos de operacionais da Al Qaeda serão
utilizadas contra civis, o que potencialmente poderia levar toda uma nação a um
desastre humanitário. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A questão mais ampla é: quem é
uma ameaça para o povo sírio? O governo sírio de Bashar al Assad ou a aliança
militar EUA-NATO-Israel, a qual está a recrutar forças terroristas de
"oposição", as quais estão agora a ser treinadas na utilização de
armas químicas" ( Michel Chossudosvsky , 08/Maio/2013). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
07/Abril/2017<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O original encontra-se em
www.globalresearch.ca/... <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/ .<o:p></o:p></div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-26594920800148368672017-04-08T10:34:00.002-03:002017-04-08T10:34:41.960-03:00Da Ditadura genocida à concentração e miserabilização atual<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_Y5sgcXthz990qCpJqayKq-6dQwV4FuK_wKBT-20vcGmFklEQO4-eDB56BTwOq1Y3kcNr6NHBG3ZT6Z9IQ61eIrJf7lN2hOV5z2EFkpkf2AkakrzVCMf-OxTKKOydF8Glhjq4oO2yc04/s1600/jgam.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_Y5sgcXthz990qCpJqayKq-6dQwV4FuK_wKBT-20vcGmFklEQO4-eDB56BTwOq1Y3kcNr6NHBG3ZT6Z9IQ61eIrJf7lN2hOV5z2EFkpkf2AkakrzVCMf-OxTKKOydF8Glhjq4oO2yc04/s1600/jgam.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Julio C Gambina,</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há 41 anos, um golpe militar
instaurou na Argentina a ditadura mais sangrenta da sua história. Mas os
interesses que esses militares defenderam através da mais bárbara repressão e
de um violentíssimo terrorismo de Estado tiveram e têm continuidade no quadro
constitucional posterior a 1983. São os interesses do grande capital, contra os
interesses e direitos e contra a ação organizada dos trabalhadores e do povo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A 41 anos do golpe genocida de 24
de Março de 1976 há que fazer memoria e recuperar os objetivos então propostos
pelas classes dominantes para considerar quanto alcançaram e como o aprofundam
na atualidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com o terror de Estado exerceu-se
a “necessária” violência para reestruturar a economia, o estado e a sociedade,
e por isso a cultura do medo, mediante a repressão explícita, para obter uma
férrea disciplina social. Por isso não deve surpreender a argumentação
ideológica no presente contra a mobilização social em defesa dos direitos dos
de baixo. É a cultura repressora da dominação que defende o direito a circular
juntamente com os de propriedade, contra os dos trabalhadores, seus salários e
condições de emprego.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sim, há matizes em 41 anos, não é
o mesmo a ditadura e os governos constitucionais, não necessariamente
“democráticos”; mas existem algumas regularidades institucionais que atravessam
todo o período.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A mais importante é a ofensiva do
capital sobre o trabalho, e a flexibilização e precariedade laboral constituem
uma constante em todo o período. A irregularidade atinge um terço do emprego, é
menor que o máximo de 2001/02, mas reflete a voracidade da impunidade
empresarial que deteriora direitos e condições de vida dos trabalhadores.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em consequência da ofensiva
capitalista mudou a relação quotidiana entre trabalhadores e seus empregadores,
com a clara intencionalidade de restringir a capacidade de protesto e
organização sindical, que não é maior em resultado do bloqueamento de uma
cultura social e sindical na Argentina, com tradição histórica em diferentes
identidades político ideológicas anti capitalistas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os instrumentos da ofensiva
capitalista foram variados, não só para transformar a relação laboral, mas
também o tipo e função do Estado, daí as privatizações e o incentivo à
iniciativa privada. Uma lógica que é hoje reiterada com a pretensão de
normalizar a educação privada, enquanto na escola pública se “cai” por não
haver alternativa para os mais empobrecidos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O quotidiano organiza-se com a
mercantilização capitalista na saúde e a educação, na habitação, na cultura, na
segurança ou na justiça; mas não deve esquecer-se que esse propósito formulado
em tempos ditatoriais se materializou com governos constitucionais e persiste.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A dívida pública é um mecanismo
na origem do que se potenciou em tempos e turnos constitucionais, com uma não
alterada “lei de entidades financeiras” em vigor desde 1977 cujo objetivo de
concentrar a banca se concretizou ainda mais do que o esperado, juntamente com
a sua estrangeirização.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não pode pensar-se no modelo
produtivo atual, readequado nestas décadas, sem ter em conta o propósito
explicitado pelo Plano de Martínez de Hoz em Abril de 1976, cujo eixo guia foi
impulsionado sob a orientação de Cavallo com presidentes peronistas e radicais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os objetivos da ditadura não se
materializaram apenas sob condição de golpe de Estado, mas também com
legislação aprovada pelo Parlamento, sejam as leis da impunidade ou a lei
antiterrorista, antecedente de qualquer protocolo de repressão contemporâneo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É este trajeto que permite
explicar os 33% de pobreza e a concentração em poucos multimilionários do
petróleo, da construção ou das finanças. Refiro-me a Alejandro Bulgheroni,
Eduardo Eurnekian, Alberto Roemmers, Gregorio Pérez Companc, Jorge Horacio
Brito, Eduardo Costantini, ou Marcos Galperin. A Argentina replica o que se
passa no mundo, onde 8 fortunas individuais detêm a mesma riqueza que 50% da
população mundial.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É de interesse recuperar a
memória, sim, mas também considerar as continuidades essenciais em tempos
constitucionais para tornar a Argentina funcional para a ordem capitalista
mundial, agora – no quadro da crise - desafiada ao seu próprio reordenamento.
Este manifesta-se nas críticas à globalização capitalista a partir das suas
próprias classes dominantes, caso do BREXIT ou do triunfo de Trump, ou da
expansão visível das direitas mundiais que se oferecem para reformar em seu
benefício o capitalismo atual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
São reformas para relançar a
lógica do lucro, da acumulação e da dominação. Por isso há que pensar em termos
alternativos, o que supõe a crítica aos processos de mudança que se processaram
ou processam na nossa região e discutir a necessária transição da ordem atual
para formas sociais de organização da produção e da vida quotidiana colocando
em primeiro lugar os direitos humanos e os da natureza.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A gigantesca manifestação de
recuperação do acontecimento que o genocídio representou pode servir para
construir subjetividade e propostas programáticas para uma crítica do passado e
do presente, juntamente com debate sobre o próximo futuro de emancipação
social.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Buenos Aires, 23 de Março de 2017<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
fonte: O Diario,info</div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-23734412515651509552017-04-07T18:59:00.001-03:002017-04-07T18:59:24.406-03:00Coreia do Norte: O grande embuste revelado<div align="center">
<div align="center">
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="3" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 2.2pt; mso-padding-alt: 2.25pt 2.25pt 2.25pt 2.25pt; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 95%px;">
<tbody>
<tr>
<td style="padding: 2.25pt 2.25pt 2.25pt 2.25pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9JWGU3iXPyxTSgQO0yzUjDSRbUInnDhwi3czM_rRey1l38yn-66yM4bnvp49UXrCGNtoHqPACVuno5PEpfN9i9oQmcVBDMbn2VG2CA_mVMtnWBrANs-fDeFXVh2tXfleOyKrQhoKAJUw/s1600/thaad_manifs_eua.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9JWGU3iXPyxTSgQO0yzUjDSRbUInnDhwi3czM_rRey1l38yn-66yM4bnvp49UXrCGNtoHqPACVuno5PEpfN9i9oQmcVBDMbn2VG2CA_mVMtnWBrANs-fDeFXVh2tXfleOyKrQhoKAJUw/s320/thaad_manifs_eua.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
Christopher Black *</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em
2003, com alguns advogados americanos, membros da Associação Nacional de
Advogados, tive a oportunidade de viajar na Coreia do Norte, isto é, na
República Popular Democrática da Coreia (RPDC), a fim de ter uma experiência
em primeira mão desse país, do seu governo socialista e do seu povo.<br />
<br />
Publicado no nosso retorno, este artigo foi intitulado "O grande embuste
revelado". O título foi escolhido porque descobrimos que o mito
pejorativo da propaganda ocidental sobre a Coreia do Norte é um enorme
embuste concebido para esconder as realizações dos norte-coreanos, que
conseguiram criar suas próprias condições de desenvolvimento, o seu próprio
sistema socioeconómico independente, baseado nos princípios do socialismo,
livre do domínio das potências ocidentais.<br />
<br />
Durante um dos nossos primeiros jantares em Pyongyang, o nosso anfitrião, Ri
Myong Kuk, um advogado, disse em termos apaixonados, em nome do governo, que
a força de dissuasão nuclear da RPDC é necessária dadas as ações e ameaças
dos EUA e aliados contra o seu país. Ele disse-o, e foi-me repetido mais
tarde durante a minha viagem, numa reunião de alto nível com representantes
do governo da RPDC, que se os americanos assinassem um tratado de paz e um
acordo de não-agressão com a RPDC, isso tornaria a ocupação ilegítima e
levaria à reunificação da Coreia. Assim, não haveria mais necessidade de
armas nucleares. Com sinceridade disse: "é importante que os advogados
se reúnam para falar sobre isto, porque os advogados regulam as interações
sociais no seio da sociedade e do mundo" e acrescentou que de boa-fé,
"o caminho para a paz requer a abertura do coração".<br />
<br />
Pareceu-nos então, e é agora evidente, que, em absoluta contradição com o que
dizem os meios de comunicação ocidentais, o povo da RPDC quer paz mais do que
qualquer outra coisa. Ele quer continuar com as suas vidas e ocupações sem a
ameaça constante de ser exterminado pelas armas atómicas dos EUA. Mas, na
verdade, por que são ameaçados de serem exterminados e de quem é a culpa? Não
é a sua.<br />
<br />
Mostraram-nos documentos dos EUA apreendidos durante a guerra da Coreia.
Trata-se de provas irrefutáveis que a UE tinha planeado atacar a Coreia do
Norte em 1950. O ataque foi realizado pelas forças armadas dos EUA e da
Coreia do Sul, ajudadas por oficiais do exército japonês, que tinham invadido
e ocupado Coreia anteriormente durante décadas. Os EUA pretenderam então que
a defesa e o contra ataque eram uma "agressão", os media foram
manipulados .;para incentivar as Nações Unidas a apoiar uma "operação
policial", eufemismo escolhido para descrever a sua guerra de agressão
contra a Coreia do Norte. Isso resultou em três anos de guerra e 3,5 milhões
de vítimas coreanas. Desde então, os EUA ameaçam de guerra iminente e
aniquilação.<br />
<br />
Em 1950, uma vez que a Rússia não estava presente no Conselho de Segurança, a
votação das Nações Unidas a favor da "operação policial" foi ela
própria ilegal. Ao abrigo dos regulamentos internos, o quórum no Conselho de
Segurança exige a presença de todas as delegações membros. Todos os membros devem
estar presentes, caso contrário não pode se realizar a sessão. Os americanos
aproveitaram a ocasião do boicote dos russos ao Conselho de Segurança,
introduzido para defender a posição da República Popular da China, que
deveria ter lugar à mesa do Conselho de Segurança e não o governo derrotado
do Kuomitang. Como os americanos se recusaram a conceder esse direito, os
russos recusaram sentar-se à mesa até que o governo chinês legítimo o pudesse
fazer.<br />
<br />
Os americanos aproveitaram esta oportunidade para fazer uma espécie de golpe
de estado nas Nações Unidas. Tomando o controle dos seus mecanismos,
utilizaram-nos para os seus próprios interesses. Organizaram-se com os
britânicos, os franceses e os chineses do Kuomintag, para apoiar a guerra na
Coreia, na ausência dos russos. Os aliados, como os americanos lhes tinham
pedido, votaram a favor da guerra contra a Coreia, mas a votação foi inválida
e a operação da polícia não foi uma operação de manutenção da paz, nem
justificada pelo capítulo VII da carta das Nações Unidas, dado que o artigo
51, estipula que as nações têm o direito de se defender contra qualquer
ataque armado – justamente o que tinham de fazer os norte coreanos. Mas os
EUA nunca se preocuparam muito com a legalidade. E não se preocuparam em todo
o seu projeto, que era conquistar e ocupar a Coreia do Norte, como um passo
para invadir a Manchúria e a Sibéria e a legalidade não ia impedi-los de
prosseguir esse caminho.<br />
</span></div>
<a name='more'></a><br />
Muitos ocidentais não têm ideia das destruições infligidas pelos americanos e
seus aliados na Coreia. Pyongyang encontrou-se sob um tapete de bombas, civis
fugindo à carnificina foram metralhados pelos aviões dos EUA em voos
rasantes. O <i>New-York Times </i>escreveu na altura que
17 milhões de toneladas de napalm foram lançadas apenas durante os 20
primeiros meses da guerra na Coreia. Os EUA deixaram cair uma tonelagem de
bombas mais importante sobre a Coreia do que sobre o Japão durante a Segunda
Guerra Mundial. As forças armadas dos EUA assassinaram não apenas os membros
do partido comunista, mas também as suas famílias. Em Sinchon, vimos
evidências que soldados dos EUA obrigaram 500 civis a colocar-se numa vala,
regaram-nos com gasolina e queimaram-nos. Estivemos num abrigo com paredes
ainda enegrecidos com a carne queimada de 900 civis, incluindo mulheres e
crianças que procuravam proteger-se durante um ataque dos EUA. Soldados
americanos foram vistos despejar gasolina em aberturas de ventilação do
abrigo e fazê-los morrer carbonizados. Esta é a realidade da ocupação dos EUA
para os coreanos. É a realidade que eles ainda temem e não querem mais ver
repetida. Podemos censurá-los?<br />
<br />
Apesar de todos estes casos, os coreanos estão dispostos a abrir seus
corações para seus antigos inimigos. O major Kim Myong Hwan, que na época era
o principal negociador em Panmunjom, na linha da DMZ, revelou que seu sonho
era ser escritor, poeta, jornalista, mas contou com ar sombrio, como ele e
seus cinco irmãos estavam fazendo rondas na linha da zona desmilitarizada,
como os soldados, por causa do que aconteceu à sua família. Ele disse que sua
luta não era contra os americanos, mas o seu governo. Manteve-se o único de
sua família perdida em Sinchon; seu avô tinha sido pendurado num poste e
torturado, a avó dele morreu com uma baioneta no estômago. "Veja, nós temos
de o fazer. Temos de nos defender. Nós não nos opomos aos norte-americanos.
Somos contra a política dos EUA e os seus esforços para controlar totalmente
o mundo e infligir calamidades aos povos."<br />
<br />
A opinião da nossa delegação foi que devido à instabilidade que mantêm na
Ásia, os EUA conservam uma presença militar maciça que dificulta as relações
entre a China e a Coreia do Sul, a Coreia do Norte e o Japão. Usam sua
presença como moeda de troca contra a China e a Rússia. Com a constante
pressão no Japão para eliminar as bases dos EUA em Okinawa, as operações
militares na Coreia e as manobras de guerra são um aspecto central dos seus
esforços visando dominar a região.<br />
<br />
A questão não é saber se a RPDC tem armas nucleares, como tem o direito, mas
se os EUA – que têm capacidades nucleares na península coreana, e que ali
instalam atualmente o seu sistema de defesa antimísseis THADD, um sistema que
ameaça a segurança da Rússia e da China – estão dispostos a trabalhar com a
Coreia do Norte num tratado de paz. Encontrámos norte-coreanos ansiosos pela
paz e não fazendo questão em manter armas nucleares se a paz puder ser
estabelecida. Mas a posição dos EUA continua mais arrogante, agressiva,
ameaçadora e perigosa do que nunca.<br />
<br />
Na época das "mudança de regime'", das "guerras
preventivas" e das tentativas dos EUA para desenvolver armas nucleares
miniatura, bem como o seu abandono e a sua manipulação do direito
internacional, não é surpreendente que a Coreia do Norte, jogue a carta
nuclear. Esta escolha foi feita pelos coreanos do Norte desde que os EUA os
ameaçam numa base diária com uma guerra nuclear. A Rússia e a China, dois
países que a lógica dita apoiar os norte-coreanos contra a agressão
norte-americana, juntar-se-ão aos norte-americanos para responsabilizar os
coreanos por se terem armado com a única arma que pode atuar como dissuasor
de um ataque.<br />
<br />
A razão para isto não está clara, uma vez que os russos e os chineses têm
armas nucleares e estão equipados para dissuadir qualquer ataque dos EUA,
exatamente como fez a Coreia do Norte. Algumas declarações dos governos russo
e chinês indicam que eles temem não ter controlo da situação, e que as
medidas defensivas da Coreia do Norte atraiam um ataque dos EUA e de serem
também atacados.<br />
<br />
Essa ansiedade é compreensível. Mas isso levanta a questão de saber por que
não podem apoiar o direito da Coreia do Norte à autodefesa e exercer pressão
sobre os americanos para concluírem um tratado de paz, um acordo de
não-agressão e retirar sua forças armadas e nucleares da Península coreana.
Mas a grande tragédia é a óbvia incapacidade dos norte-americanos em pensarem
por si próprios perante os embustes incessantes e exigir dos seus líderes que
sejam esgotados todos os canais de diálogo e restabelecida a paz antes de
encarar uma agressão na península coreana.<br />
<br />
A base essencial da política da Coreia do Norte é alcançar um pacto de
não-agressão e um Tratado de paz com os EUA. Os norte-coreanos afirmaram
repetidamente que não querem atacar ninguém, nem ferir ninguém, não estão em guerra
contra ninguém. Mas eles viram o que aconteceu com a Jugoslávia, o
Afeganistão, o Iraque, a Líbia, a Síria e inúmeros outros países, e não têm
intenção de serem os próximos. É óbvio que vão defender-se vigorosamente
contra qualquer invasão dos EUA e que a nação poderia suportar uma longa e
difícil luta.<br />
<br />
Num outro lugar da zona desmilitarizada, conhecemos um coronel que tinha
instalado um par de binóculos, através do qual conseguimos ver para além da
linha divisória entre o norte e o sul. Podemos ver uma parede de cimento
construída no lado do Sul, em violação dos acordos de tréguas. O major Kim
Myong Hwan disse que aquela estrutura fixa é uma "vergonha para os
coreanos que são um povo homogéneo. Um alto-falante transmitia sem
interrupção propaganda e música que vinha de alto-falantes do lado sul. Ele
disse que esse barulho irritante dura 22 horas por dia. De repente, outro
momento surreal, os alto-falantes do bunker começaram a entoar a Abertura
Guilherme Tell de Rossini, mais conhecida nos Estados Unidos como o tema do <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Lone_Ranger"><i><span style="color: blue;">Lone Ranger</span></i> . </a><br />
<br />
O coronel pediu-nos para ajudar as pessoas a entender o que realmente está a
acontecer na Coreia do Norte, em vez de basearem as suas opiniões na desinformação.
Disse: "Nós sabemos que, como nós, as pessoas amantes da paz na América
têm crianças, parentes, famílias". Dissemos-lhe que tínhamos a missão de
ir para casa com uma mensagem de paz e esperamos voltar um dia e andar com
ele livremente nestas belas colinas. Fez uma pausa e disse: "Também
creio que é possível".<br />
<br />
Assim, enquanto o povo da Coreia do Norte espera a paz e a segurança os EUA e
seu fantoche no sul da península coreana farão a guerra ocupando-se durante
os próximos três meses nos maiores jogos de guerra até agora organizados, com
porta-aviões, submarinos carregados de armas atómicas e bombardeiros
furtivos, aviões e um grande número de tropas, artilharia e tanques.<br />
<br />
A campanha de propaganda atingiu níveis perigosos nos meios de comunicação,
que acusam o Norte de ter assassinado um parente do líder da Coreia do Norte
na Malásia, ainda que não haja provas e que o Norte não tivesse nenhum motivo
para o fazer. Os únicos a beneficiar do assassinato são os EUA e os seus
meios de comunicação controlados, que usam isso para atiçar a histeria contra
Coreia do Norte, que agora teria armas químicas de destruição em massa.<br />
<br />
Sim, meus amigos, eles pensam que todos nós nascemos ontem e que não
aprendemos nada sobre a natureza do domínio doa EUA e da sua propaganda. Será
assim tão espantoso que os norte-coreanos temam que estes 'jogos' de guerra
se transformem um dia em realidade e que estes "jogos" não sejam
senão a cobertura para um ataque e para criar ao mesmo tempo um clima de
terror na população, coreana?<br />
<br />
Haveria muitas coisas a dizer sobre a natureza real da RPDC, seus habitantes,
seu sistema socioeconómico e sua cultura. Mas não há espaço para isso agora
neste texto. Espero que as pessoas sejam capazes de dar-se conta por si
próprias da experiência do nosso grupo. Termino com o último parágrafo do
relatório comum que fizemos no retorno da RPDC, e espero que as pessoas o
compreendam bem, reflitam e ajam de forma a apelar à paz.<br />
<br />
"Aos povos do mundo tem de ser divulgada a história completa acerca do
que se passou na Coreia e o papel do nosso governo fomentando desequilíbrios
e conflitos. Devem ser tomadas medidas pelos advogados, grupos comunitários e
ativistas pela paz e todos os cidadãos do planeta, para impedir o governo dos
EUA de levar a cabo uma campanha de propaganda visando apoiar a agressão
contra a Coreia do Norte. Os norte-americanos têm sido alvo de um grande
embuste. O que está em jogo é muito importante para nos permitimos ser
enganados novamente. Esta delegação de paz aprendeu na Coreia do Norte, um
elemento importante da verdade essencial nas relações internacionais. É que
só com ampla comunicação e negociação, seguida do respeito pelas promessas e
profundo compromisso com a paz, se pode – literalmente – poupar o mundo a um
sombrio futuro nuclear. A experiência e a verdade nos libertarão da ameaça de
guerra. A nossa viagem à Coreia do Norte, este relatório e nosso projeto
atual são esforços para nos libertarmos". <o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ver também: </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Symbol; mso-ascii-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">·</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> <b><a href="http://www.zoominkorea.org/" target="_new"><span style="color: blue;">www.zoominkorea.org</span></a><br />
<br />
<a href="https://www.blogger.com/null" name="asterisco">[*]</a> Advogado especialista em direito penal
internacional, com escritório em Toronto. É conhecido pelos casos de crimes
de guerra mediatizados que analisou. Publicou recentemente o romance <a href="https://www.bookdepository.com/Beneath-the-Clouds-Christopher-Black/9786027354319?ref=grid-view&qid=1491477002162&sr=1-7" target="_new"><i><span style="color: blue;">Beneath the Clouds</span></i></a> .
Escreve ensaios sobre direito internacional, política e acontecimentos
mundiais.<br />
<br />
A versão em francês encontra-se em <a href="https://www.legrandsoir.info/coree-du-nord-la-grande-tromperie.html" target="_new"><span style="color: blue;">www.legrandsoir.info/coree-du-nord-la-grande-tromperie.html</span></a><br />
e o original em <a href="http://journal-neo.org/2017/03/13/north-korea-the-grand-deception-revealed/" target="_new"><span style="color: blue;">journal-neo.org/2017/03/13/north-korea-the-grand-deception-revealed/</span></a> </b><br />
<br />
<b>Este artigo encontra-se em <a href="http://resistir.info/" target="_new"><span style="color: blue;">http://resistir.info/</span></a> .</b><o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-9611872439800010332017-03-05T19:24:00.000-03:002017-03-05T19:24:52.592-03:00Arma nuclear é o melhor remédio de justiça diante da ameaça opressora<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvscn_CAloISeWICgI_nQo8WoF-wCYPJsCh1YJjlWOsQSpayv00Lun-3n7zLotLjrY_ba-7l3lN52HnZE-B2iC-ztBbJyXD709vzjQgnDzGgStTes2WagsQ6L0OLOzz6RF3yyZ0svicqQ/s1600/mensagemaosEUA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvscn_CAloISeWICgI_nQo8WoF-wCYPJsCh1YJjlWOsQSpayv00Lun-3n7zLotLjrY_ba-7l3lN52HnZE-B2iC-ztBbJyXD709vzjQgnDzGgStTes2WagsQ6L0OLOzz6RF3yyZ0svicqQ/s320/mensagemaosEUA.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #002060;">"A
crescente campanha nuclear dos Estados Unidos empurrou a RPDC a tomar a última
opção de responder às armas nucleares no mesmo nível e dispor da bomba H e
outras ogivas nucleares minimizadas, dos meios de ataque estratégicos
sofisticados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #002060;">Graças
a posse de armas nucleares pela RPDC, se diminuiu consideravelmente o perigo de
estalo da guerra nuclear na Península Coreana e a era de ameaça nuclear
unilateral dos EUA passou ao tempo que as forças hostis já não podem dormir
tranquilamente"<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #002060;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
KCNA- Já passaram 59 anos desde que os EUA
tornaram pública a introdução das suas armas nucleares no Sul da Coreia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em 29 de janeiro de 1958, os EUA
publicaram oficialmente a implantação do míssil nuclear Honest John no solo
sul-coreano e no mês seguinte, as expos ao mundo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cerca de seis décadas desde
então, incrementou gradualmente o número de armas nucleares estadunidenses
colocadas no Sul da Coreia, especificamente, mais de mil na década de 1970 e
mais de 1720 na década de 1990.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esses armamentos são os meios de
agressão e de hegemonia dos EUA para esmagar a RPDC e conquistar todo o mundo
tomando-a como trampolim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E faz muito tempo que o império
elaborou a política de uso de arma nuclear quando desate a segunda guerra
coreano dizendo que “sofreu a derrota na passada guerra coreana por não ter
usado a bomba atômica”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Segundo esta, em julho de 1957,
anunciou publicamente o começo do armamento nuclear das suas tropas ocupantes
do Sul da Coreia e estimulou a implantação de armas nucleares na frente
avançada, de modo que o solo sul-coreano se convertesse no maior arsenal
nuclear do Extremo Oriente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os Estados Unidos fixaram a RPDC
como alvo de ataque preventivo nuclear, complementou incessantemente com
conteúdo mais criminoso os planos de guerra nuclear anti-RPDC, e ao mesmo
tempo, os exercitou constantemente através das manobras militares conjuntas com
o Sul da Coreia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Recentemente, prometeu com os
títeres sul-coreanos desenvolver em maior envergadura da história as simulações
conjuntas anti-RPDC Key Resolve e Foal Eagle.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os EUA são o fator de provocação
da guerra nuclear anti-RPDC e o causador do problema nuclear na Península
Coreana.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A crescente campanha nuclear dos
Estados Unidos empurrou a RPDC a tomar a última opção de responder às armas
nucleares no mesmo nível e dispor da bomba H e outras ogivas nucleares
minimizadas, dos meios de ataque estratégicos sofisticados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Graças a posse de armas nucleares
pela RPDC, se diminuiu consideravelmente o perigo de estalo da guerra nuclear
na Península Coreana e a era de ameaça nuclear unilateral dos EUA passou ao
tempo que as forças hostis já não podem dormir tranquilamente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No último dia 1º, foi submetido
ao Congresso estadunidense um informe que define a RPDC como “país mais próximo
do primeiro lugar da ‘lista dos pesadelos’ dos EUA” e que devido à medida desta
para aumentar suas forças nucleares, “a administração Trump enfrentará a
situação mais crítica que não se viu nos executivos antecessores”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A realidade comprova que a
possessão de armas nucleares da RPDC é a opção mais justa para salvar o destino
do país e nação e defender a paz e segurança da Península Coreana e o resto da
região.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O melhor remédio para eliminar a
ameaça nuclear anti-RPDC é a posse do forte dissuasivo nuclear.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enquanto os EUA e seus seguidores
não deixem de exercer a ameaça e chantagem nucleares sobre a RPDC, nem de
desenvolver os exercícios de guerra nuclear com a desculpa de que é uma
tradição fazê-las ano após ano, a RPDC seguirá fortalecendo a capacidade de
autodefesa nacional e de ataque preventivo centrada nas forças armadas
nucleares. Os Estados Unidos e a facção
criminosa sul-coreana devem atuar
com prudência conhecendo bem a seu rival e verdade da nossa época.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>
Da KCNA<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Fonte: <a href="http://solidariedadecoreiapopular.blogspot.com.br/">http://solidariedadecoreiapopular.blogspot.com.br</a><o:p></o:p></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6313127972341642156.post-13499808806792501782017-03-04T14:17:00.000-03:002017-03-04T14:17:08.272-03:00Eleições no Equador: um triunfo em risco<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkh-9t0GM_gAfZENkz_rK2oTWljgwQM1uVz25ni14cknD2qFChyphenhyphenHb9UuGCp8Wz_HaO6-8TflWai4wQKX0NauFWUPdxxpqc8eXQKGf6MCKX3E8lygdUq78drJwEYqM3YBIaC5lnCKJ_Acg/s1600/Lenin-Moreno1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkh-9t0GM_gAfZENkz_rK2oTWljgwQM1uVz25ni14cknD2qFChyphenhyphenHb9UuGCp8Wz_HaO6-8TflWai4wQKX0NauFWUPdxxpqc8eXQKGf6MCKX3E8lygdUq78drJwEYqM3YBIaC5lnCKJ_Acg/s320/Lenin-Moreno1.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Juan J. Paz e Miño Cepeda*</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nas recentes eleições no Equador
a Alianza País ficou à frente. Mas os seus candidatos à presidência e à
vice-presidência não obtiveram votos suficientes para ganhar no primeiro turno.
E não será fácil vencerem no segundo, porque não só a direita e o imperialismo
apostarão tudo na outra candidatura, como se verificou uma deslocação do apoio
em setores populares.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No domingo, 19 de Fevereiro de
2017, realizaram-se no Equador eleições para presidente e vice-presidente,
membros da Assembleia Nacional, Parlamentares Andinos e uma consulta popular
para que os funcionários públicos e dignatários não possam ter capitais em
paraísos fiscais.<br />
O SIM ganhou na consulta (com pelo menos 55%); e Alianza País (AP) terá maioria
na Assembleia (previstos 64 dos 138 lugares) e ganha no Parlamento Andino.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E o Executivo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todas as empresas de sondagens
previram o triunfo do binômio de AP Lenin Moreno/Jorge Glas. Mas a contagem
oficial, por parte do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e sobre a base de 98.5%
dos boletins de votos escrutinados (quarta-feira, 22 de fevereiro), atribuiu a
esse binômio 39.33% e ao ex-banqueiro Guillermo Lasso 28.19%. Moreno ficou
praticamente a um ponto de atingir os 40% requeridos (e além disso ter pelo
menos 10 pontos de vantagem sobre o candidato seguinte), para ganhar no
primeiro turno. O CNE admitiu que haverá segundo turno.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas essa diferença deu ânimo à
direita política, econômica e midiática que apoiou o banqueiro. Numa bem
orquestrada estratégia, antes do processo eleitoral, não só lançaram uma
“campanha suja” como difundiram a ideia de que se preparava uma “fraude eleitoral”;
e, com os resultados em marcha, ativaram outros mecanismos indubitavelmente já
preparados: vídeos de indivíduos detidos com mochilas cheias de votos já
preenchidos; simpatizantes de Lasso convocados a sair às ruas, exigir o segundo
turno antes ainda de os resultados oficiais serem conhecidos e vociferar contra
a escandalosa “fraude”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
Fizeram igualmente circular supostos pronunciamentos das forças armadas pedindo
“transparência” do processo, desmentidos pelo Comando Conjunto; e levantaram a
agressividade contra todo “cholo” e “correísta”. A “peluconería”
(“cabeleiraria”, termo que descreve esses agressivos setores da classe “alta”)
mobilizou-se da mesma forma que fizeram os “esquálidos” na Venezuela.<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A direita política equatoriana
tem larga experiência histórica sobre o êxito que lhes podem proporcionar essas
campanhas, que contam agora com o apoio de uma série de meios de comunicação
privados, que passaram a ser os seus instrumentos ideológicos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As direitas promoveram uma
intensa campanha contra o referendo constitucional de 1978 e atacaram a nova
Constituição de “comunista”. No mesmo ano, no primeiro turno, ficou à frente o
progressista Jaime Roldós, que no segundo devia enfrentar o social-cristão
Sixto Durán Ballén, cujo partido lançou então a ideia de “fraude”, ao mesmo
tempo em que Durán era pressionado a abandonar a sua candidatura e criar assim
um vazio que impedisse as eleições. Finalmente, ganhou Roldós (1979-1981). O
seu governo e o do sucessor Osvaldo Hurtado (1981-1984) foram sistematicamente
atacados de “comunistas” pelas direitas políticas e empresariais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nas eleições de 1984, o perdedor
no primeiro turno foi o social-cristão León Febres Cordero e novamente os seus
partidários vociferaram contra a “monstruosa fraude” eleitoral a favor de Rodrigo
Borja, candidato da Izquierda Democrática, que foi o vencedor; mas, como Febres
ganhou o segundo turno, nunca mais voltaram a falar do assunto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O governo de Febres Cordero
(1984-1988) foi dos empresários e assim o proclamaram. Com ele houve imposições
violentas sobre o Congresso, onde não tinha maioria. E o país viveu uma
administração violadora da Constituição e dos direitos humanos, que inaugurou a
hegemonia do modelo empresarial/neoliberal, com vários escândalos de corrupção
que envolveram personagens do governo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em cada eleição posterior, as
direitas se anteciparam à previsão de uma “fraude”, cada vez que lhes conveio.
Assim voltaram a dizer quando triunfou Rodrigo Borja (1988-1992). Se eles não
estão no poder, não há fraude. É essa a consigna da sua experiência histórica.
Hoje prepararam o caminho com eficácia e, para o segundo turno, lançarão todo o
seu arsenal midiático e político a fim de impedir o triunfo dos candidatos de
AP.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É evidente que há uma aliança
poderosa entre as direitas políticas, as elites empresariais dos grêmios da
produção e os meios de comunicação privados colocados a seu serviço. Não os
preocupa carecer de maioria no Legislativo, nem a própria Constituição de 2008,
mas sim o controle do Executivo num sistema presidencialista no qual o
presidente é chefe do Estado e chefe do governo; e porque, além disso, sabem
como impor-se a toda institucionalidade contrária aos seus interesses, sem
descartar – como a experiência histórica do país verifica -, o uso da
repressão, o autoritarismo e a prepotência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No Equador está em jogo um tipo
de economia e de sociedade iniciado pela Revolução Cidadã, que ficaria truncado
se triunfasse o outro projeto do ex-banqueiro Lasso e das suas forças de apoio.
Não só isso. No Equador está em jogo a vigência do ciclo de governos
progressistas, democráticos e de nova esquerda, os quais uma internacional
direitista e, sem dúvida, o imperialismo procuram derrotar, e já podem exibir
os seus “triunfos” na Argentina e no Brasil.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Mas está sobretudo em jogo a possibilidade de que a população equatoriana
avance em maiores conquistas sociais, em institucionalidade e em democracia.
Boa parte dos cidadãos parecem esquecer a história e deixaram-se seduzir pela
ideia de que a “mudança” oferecida virá pela mão das elites que sempre os têm
dominado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O triunfo de AP no primeiro turno
não é garantia para o segundo, porque não só terá que enfrentar as forças
poderosas antes referidas, mas também tratar de modificar a consciência de
amplos setores da população que votaram contra ela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
AP ganha nas sete províncias da
Costa, o que altera o predomínio direitista nessa região, embora a tradicional
oligarquia costenha e particularmente de Guayaquil mantenha uma base eleitoral
nada desprezível. AP perdeu em cinco das 10 províncias da Serra, onde há uma
viragem conservadora, incluindo em províncias centrais com significativa
presença indígena onde Lasso ganha; também perde em Galápagos e em cinco das
seis províncias da Amazônia, onde provavelmente pesou o controverso
extrativismo mineral.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
De modo que o triunfo no primeiro
turno tem algo de sabor amargo, a que há que somar o fato de não ter ao menos
alcançado os 40% da votação para evitar o segundo turno.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não contam só os avanços das
forças opositoras; pesaram também os dois últimos anos da administração do
Presidente Rafael Correa, por certas viragens conceituais, decisões sobre leis
laborais, o tratado comercial com a Europa, as alianças público/privadas, o
endividamento, a forte recessão econômica e as ampliadas denúncias da oposição
sobre a corrupção que, ao que parece, afastaram antigos simpatizantes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tudo isso não impede a avaliação
de que em uma década o Equador teve mudanças econômicas, sociais, políticas e
institucionais inéditas no século XX, algo reconhecido inclusive por diferentes
organismos internacionais como Cepal, Pnud, BM e até o FMI.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas o balanço da gestão e os
sucessos de uma década indubitavelmente ganha – em que a liderança do
presidente Rafael Correa tem sido guia e indiscutível -, tampouco foi
suficiente para criar uma consciência social que impeça as possibilidades de
reversão do que foi alcançado.<o:p></o:p></div>
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<br /></div>
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Não conta, portanto, apenas a
política ou a economia, mas também a consciência social; e trabalhar sobre ela
é um assunto árduo, difícil no tempo. Na América Latina há momentos de
progresso democratizador e outros de largos retrocessos, que esperamos não se
repitam em consequência de decisões populares no segundo turno presidencial que
se realizará no próximo 2 de abril. AP está otimista que triunfará.<o:p></o:p></div>
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Quito, 22/Fevereiro/2017.<o:p></o:p></div>
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*Historiador, investigador e
jornalista equatoriano.<o:p></o:p></div>
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<a href="http://www.odiario.info/eleicoes-no-equador-um-triunfo-em/">http://www.odiario.info/eleicoes-no-equador-um-triunfo-em/</a><o:p></o:p></div>
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fonte : PCB<o:p></o:p></div>
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Professor Jeovanehttp://www.blogger.com/profile/02972056253232154577noreply@blogger.com0