Os criminosos de guerra em
Washington e outras capitais ocidentais estão determinados a manter a sua
mentira de que o governo sírio utilizou armas químicas. Tendo fracassado nos
esforços para intimidar os inspectores químicos da ONU na Síria, Washington pediu
que o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon retirasse os inspectores
de armas químicas antes que eles possam avaliar a evidência e fazer seu
relatório. O secretário-geral da ONU enfrentou os criminosos de guerra de
Washington e rejeitou o pedido.
Os governos dos EUA e Reino
Unidos não revelaram nenhumas das "evidências conclusivas" que
afirmam ter de que o governo sírio utilizou armas químicas. Ao ouvir suas
vozes, observar sua linguagem corporal e fitar os seus olhos, é completamente óbvio
que John Kerry e seus fantoches britânico e alemão estão a mentir com todos os
seus dentes. Isto é uma situação muito mais vergonhosa do que as mentiras
maciças que o antigo secretário de Estado Colin Powell disse na ONU acerca de
armas iraquianas de destruição maciça. Powell afirma que foi enganado pela Casa
Branca e que não sabia que estava a mentir. Kerry e os fantoches britânico,
francês e alemão sabem muito bem que estão a mentir.
A cara que o Ocidente apresenta
ao mundo é a cara cínica de um mentiroso.
Washington e seus governos
fantoches britânico e francês estão prontos para revelarem mais uma vez a sua
criminalidade. A imagem do Ocidente como Criminoso de Guerra não é uma imagem
de propaganda criada pelos seus inimigos, mas o retrato que o Ocidente pintou
de si próprio.
O Independent britânico informa
que durante este último fim de semana Obama, Cameron e Hollande concordaram em
lançar ataques com mísseis de cruzeiro contra o governo sírio dentro de duas
semanas apesar da falta de qualquer autorização da ONU e apesar da ausência de
qualquer evidência que corrobore a afirmação de Washington de que o governo
sírio utilizou armas químicas contra os "rebeldes" apoiados por
Washington, amplamente apoiadas forças externas americanas, que procuram derrubar
o governo sírio.
Na verdade, uma razão para a
corrida à guerra é impedir a inspecção da ONU que Washington sabe que refutaria
sua afirmação e possivelmente implicaria a capital estado-unidense no ataque de
bandeira falsa por parte dos "rebeldes", os quais reuniram um grande
número de crianças numa área para serem quimicamente assassinadas com a culpa
atribuída por Washington ao governo sírio.
Outra razão para a corrida à
guerra e que Cameron, o primeiro-ministro britânico, quer obter a guerra antes
que o parlamento britânico possa bloqueá-lo por proporcionar cobertura aos
crimes de guerra de Obama do mesmo modo que Tony Blair proporcionou cobertura a
George W. Bush, pela qual Blair foi devidamente premiado. O que faz com que
Cameron [não] se preocupe com vidas sírias pois quando puder deixar o gabinete
terá à sua espera uma fortuna de U$50 milhões.
O governo sírio, sabendo que não
é responsável pelo incidente das armas químicas, concordou em que a ONU
enviasse inspectores para determinar a substância utilizada e o método de
entrega. Contudo, Washington declarou que é "demasiado tarde" para
inspectores da ONU e que aceita a afirmação em causa própria de
"rebeldes" filiados à al Qaeda de que o governo sírio atacou civis
com armas químicas.
Ver também news.antiwar.com/...
Numa tentativa de impedir os
inspectores químicos da ONU que chegaram ao local de fazerem o seu trabalho, os
inspectores foram alvejados por franco-atiradores (snipers) no território
mantido pelos "rebeldes" e forçados a saírem dali, embora uma
informação posterior da RT diga que os inspectores retornaram ao sítio para
efectuar sua inspecção.
O corrupto governo britânico
declarou que a Síria pode ser atacada sem autorização da ONU, assim como a
Sérvia foi atacada militarmente sem autorização da ONU.
Por outras palavras, as
democracias ocidentais já estabeleceram precedentes para violar o direito
internacional. "Direito internacional? Nós não precisamos nenhum fedorento
direito internacional!" O Ocidente conhece apenas um direito: O Poder é
Razão (Right). Enquanto o Ocidente tiver o Poder, o Ocidente tem a Razão.
Numa resposta às notícias de que
os EUA, Reino Unido e França estão a preparar-se para atacar a Síria, o
ministro russo dos Estrangeiros, Lavrov, disse que tal acção unilateral é uma
"grave violação do direito internacional" e que a violação era não só
legal como também ética e moral. Lavrov referiu-se às mentiras e enganos
utilizados pelo Ocidente para justificar suas graves violações da direito
internacional em ataques militares à Sérvia, Iraque e Libia e como o governo
dos EUA utilizou movimentos preventivos para minar toda esperança por acordos
de paz no Iraque, Líbia e Síria.
Mais uma vez Washington preveniu
qualquer esperança de acordo de paz. Ao anunciar o ataque vindouro, os EUA
destruíram qualquer incentivo para os "rebeldes" participarem nas
conversações de paz com o governo sírio. À beira de estas conversações terem
lugar, os "rebeldes" agora não têm incentivo para participarem pois
os militares do Ocidente estão a vir em sua ajuda.
Na sua conferência de imprensa
Lavrov falou do como os partidos dirigentes nos EUA, Reino Unido e França
instigam emoções entre pessoas fracamente informadas que, uma vez excitadas,
têm de ser satisfeitas pela guerra. Isto, naturalmente, foi o meio como os EUA
manipulam o público a fim de atacar o Afeganistão e o Iraque. Mas o público
americano está cansado das guerras, cujos objectivos nunca são esclarecidos, e
tem crescentes suspeitas em relação às justificações do governo para mais
guerras.
Um inquérito Reuters/Ipso
descobriu que "americanos opõem-se à intervenção estado-unidense na guerra
civil da Síria e acreditam que Washington deveria permanecer fora do conflito
mesmo se informações de que o governo da Síria utilizou armas químicas mortais
para atacar civis forem confirmadas.
Contudo, Obama não se importa que
menos de 9 por cento do público apoie o seu belicismo. Como declarou
recentemente o antigo presidente Jimmy Carter: "A América não tem
democracia em funcionamento".
Ela tem um estado policial no
qual o ramo executivo se colocou acima de toda a lei e da Constituição.
Este estado policial está agora
em vias de cometer mais outro crime de guerra estilo nazi de agressão não
provocada. Em Nuremberg os nazis foram sentenciados à morte precisamente por
acções idênticas às que estão a ser cometidas por Obama, Cameron e Hollande. O
Ocidente está a confiar no poder, não no direito, para manter-se fora do
tribunal criminal.
Os governos dos EUA, Reino Unido
e França não explicaram porque interessa se pessoas nas guerras iniciadas pelo
Ocidente são mortas por explosivos feitos de urânio empobrecido ou com agentes
químicos ou qualquer outra arma. Era óbvio desde o princípio que Obama estava
determinado a atacar o governo sírio. Obama demonizou armas químicas – mas não
as nucleares destruidoras de bunkers ("bunker busters") que os EUA
podem utilizar contra o Irão. Portanto Obama traçou uma linha vermelha, dizendo
que a utilização de armas químicas pelos sírios era um grande crime que
obrigaria o Ocidente a atacar a Síria. Os fantoches britânicos de Washington,
William Hague e Cameron, simplesmente têm repetido esta afirmação sem sentido.
O passo final na trama era
orquestrar um incidente químico e culpar o governo sírio.
O que é a agenda real do
Ocidente? Esta é a pergunta não formulada e não respondida. Claramente, os
governos dos EUA, Reino Unido e França, os quais têm exibido continuamente seu
apoio a regimes ditatoriais que sirvam os seus propósitos, não estão
minimamente perturbados com ditadura. Eles estigmatizam Assad como ditadora como
um meio de diabolizá-lo para as mal informadas massas do Ocidente. Mas
Washington, Reino Unido e França apoiam qualquer número de regimes ditatoriais,
tais como aqueles no Bahrain, Arábia Saudita e agora a ditadura militar no
Egipto que está implacavelmente a mater egípcios sem que qualquer governo
ocidental fale de invadir o país por "matar o seu próprio povo".
Claramente também, o ataque
ocidental à Síria que está para acontecer não absolutamente nada a ver com
levar "liberdade e democracia" à Síria, não mais do que liberdade e
democracia foram razões para os ataques ao Iraque e à Líbia, nenhum dos quais
ganhou qualquer "liberdade e democracia".
O ataque do Ocidente à Síria não
tem relação com direitos humanos, justiça ou qualquer das causas altissonantes
com as quais o Ocidente encobre a sua criminalidade.
Os media ocidentais, e menos
ainda os presstitutes americanos, nunca perguntam a Obama, Cameron ou Hollande
qual é a agenda real. É difícil acreditar que qualquer repórter seja
suficientemente estúpido ou crédulo para acreditar que a agenda é levar "liberdade
e democracia" à Síria ou punir Assad por alegadamente utilizar armas
químicas contra bandidos assassinos que tentam derrubar o governo sírio.
Naturalmente, a pergunta não
seria respondida se fosse feita. Mas o acto de perguntar ajudaria o público a
tornar-se consciente de que há mais em andamento do que o que está à vista.
Originalmente, a desculpa para as guerras de Washington era manter os
americanos seguros em relação a terroristas. Agora Washington está a
esforçar-se por entregar a Síria a terroristas da jihad, ajudando-os a derrubar
o governo laico e não terrorista de Assad. Qual é a agenda por trás do apoio de
Washington ao terrorismo?
Talvez o objectivo das guerras
seja radicalizar muçulmanos e, dessa forma, desestabilizar a Rússia e mesmo a
China. A Rússia tem grandes populações de muçulmanos e faz fronteiras com
países muçulmanos. Mesmo a China tem alguma população muçulmana. Quando a
agitação radical se propagar aos dois únicos países capazes de constituírem um
obstáculo à hegemonia mundial de Washington, à propaganda dos media ocidentais
e ao grande número de ONGs financiadas pelos EUA, a posarem como organizações
de "direitos humanos", Washington pode nelas confiar para diabolizar
os governos russo e chinês por medidas duras contra "rebeldes".
Outra vantagem da radicalização
de muçulmanos é que isto deixa países muçulmanos em perturbações ou guerras
civis prolongadas, como é actualmente o caso no Iraque e na Líbia, impedindo
portanto qualquer poder de estado organizado de obstruir objectivos israelenses.
O secretário de Estado John Kerry
está a trabalhar nos telefones utilizando subornos e ameaças a fim de construir
aceitação, se não apoio, ao crime de guerra em preparação contra a Síria.
Washington está a conduzir o
mundo para mais perto do que nunca da guerra nuclear, mesmo em relação aos
períodos mais perigosos da Guerra-fria. Quando Washington acabar com a Síria, o
alvo seguinte será o Irão. A Rússia e a China já não serão mais capazes de
enganarem-se a si próprios com a ficção de que há qualquer sistema de lei
internacional ou restrição à criminalidade ocidental. A agressão ocidental já
está a forçar ambos os países a desenvolverem suas forças estratégicas
nucleares e a restringir as ONGs financiadas pelo Ocidente que posam como
"organizações de direitos humanos", mas na realidade constituem uma
quinta coluna que Washington pode utilizar para destruir a legitimidade dos
governos russo e chinês.
A Rússia e a China têm sido
extremamente descuidadas nos seus relacionamentos com os Estados Unidos.
Essencialmente, a oposição política russa é financiada por Washington. Mesmo o
governo chinês está a ser minado. Quando uma corporação estado-unidense abre
uma companhia na China, ela cria uma directoria chinesa na qual são colocados
parentes das autoridades políticas locais. Estas directorias criam um canal
para pagamentos que influenciam as decisões e lealdades dos membros locais e
regionais do partido. Os EUA penetraram universidades chinesas e atitudes
intelectuais. Estão a ser criadas vozes dissidentes que são perfiladas contra o
governo chinês. Pedidos de "liberalização" podem ressuscitar
diferenças regionais e étnicas e minar a coesão do governo nacional.
Uma vez que a Rússia e a China
percebam que são dilaceradas por quintas colunas americanas, isoladas
diplomaticamente e ultrapassadas militarmente, as armas nucleares tornar-se-ão
a única garantia das suas soberanias. Isto sugere ser provável que a guerra
nuclear termine com a humanidade bem antes de esta sucumbir ao aquecimento
global ou à ascensão das dívidas nacionais.
27/Agosto/2013
O original encontra-se em
www.globalresearch.ca/syria-another-western-war-crime-in-the-making/5347038
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/ .
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