Nesta quinta-feira, os
embaixadores árabes creditados no Brasil ao chegarem para audiência com o
Governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, depararam somente com a bandeira
de Israel hasteada e nenhuma bandeira dos países árabes. O embaixador
israelense havia estado em audiência com o governador antes da chegada dos
embaixadores árabes. Essa foi a segunda vez que diplomatas árabes se depararam
com a mesma situação, pois a ausência de bandeiras árabes e a presença da
bandeira israelense já havia acontecido em outra audiência dos árabes com o
governador Tarso Genro.
Essa situação criou um forte
clima de constrangimento entre o corpo diplomático árabe e o governo gaúcho. Os
embaixadores lamentaram o fato.
Durante a audiência foi
apresentada a preocupação dos árabes diante do contrato que o Governador
assinou com a empresa militar israelense Elbit durante a sua recente visita a
Israel. Conforme publicado pelo site Opera Mundi,
“A Elbit, afinal, é denunciada
por sua colaboração na construção do muro que segrega os territórios
palestinos, além de fornecer equipamentos de segurança para colônias judaicas
consideradas ilegais pelas Nações Unidas. Principal corporação bélica
israelense, há estimativas de que fature dois milhões de dólares ao dia com os
contratos que detêm nessas atividades.
A gravidade das denúncias contra
essa companhia já provocou reação de países europeus, incomodados com o
desrespeito às resoluções internacionais. O governo norueguês, por exemplo,
obrigou seus fundos públicos a venderem todas as ações da Elbit que tinham em
carteira. Processos semelhantes estão em curso na Alemanha e na Holanda. A
propósito, os três exemplos são de administrações controladas por partidos de
direita.”
Os árabes podem reagir de várias
formas a essa situação, como por exemplo, congelar os investimentos de países
árabes no Estado do Rio Grande do Sul.
Integraram a comitiva do
Conselho, os embaixadores da Palestina, Sudão, Iraque, Mauritânia, Kuaite,
Argélia, Emirados Árabes Unidos, Omã, Arábia Saudita, Catar, Egito, Líbano,
Marrocos, Jordânia e Tunísia.
Compartilhado de Claudio Daneil
fonte: site PCB
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