O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, revelou o conteúdo de uma mensagem interna de um serviço secreto britânico que qualifica como “montagem” a acusação de assédio sexual contra ele feita na Suécia, como revelou a imprensa britânica nesta segunda-feira (20).
Jordi Évole entrevista Assange na
Embaixada do Equador em Londres
O jornal The Guardian publicou a
entrevista concedida por Assange na véspera pelo programa de televisão
espanhola “Salvos”, na qual revelou documentos da Inteligência Britânica.
Assange leu parte de alguns
e-mails da correspondência interna do Escritório Central de Comunicações do
Governo (GCHQ), um serviço secreto no Reino Unido, no qual agentes reconhecem
que não existe nenhuma acusação de abuso sexual contra ele.
“Tentam prendê-lo por isso…
parece definitivamente uma montagem…”, leu o fundador do Wikileaks, em sua
entrevista com o apresentador Jordi Évole ao se referir às acusações de abuso e
assédio sexual pelas quais o governo da Suécia solicita sua extradição.
O fundador do WikiLeaks explicou
que as mensagens estão em seu poder graças a uma solicitação oficial que fez à
agência de serviço secreto britânico, no entanto esclareceu que o GCHQ não sabe
que ele as têm em seu poder.
“Não entregarei a informação
classificada… Acabo de recebê-la. Ainda não se tornou pública”, destacou
Assange, que está há 11 meses na Embaixada do Equador em Londres para evitar
ser extraditado para a Suécia.
Posição britânica
Em uma segunda mensagem fechada
em agosto do ano passado, dois funcionários britânicos chamam Assange de
“tonto” por buscar refúgio na embaixada do Equador em Londres, de onde concedeu
a entrevista para a TV espanhola.
“Acredita que passará de 6 a 12
meses na embaixada equatoriana e que logo a Suécia retirará as acusações contra
ele, mas não é exatamente assim que funciona a coisa, verdade? É um tonto… Sim…
Um tonto muito otimista”, leu Assange.
The Guardian destacou que o GCHQ deve fazer
frente às “embaraçosas revelações” sobre sua correspondência interna, já que
confirmariam que o Reino Unido está apoiando a Suécia no assunto.
A agência britânica confirmou que
respondeu formalmente a solicitação feita pelo jornalista e esclareceu que o
material revelado inclui comentários pessoais de alguns membros do pessoal, que
não refletem sua postura no caso.
Em uma mensagem difundida em sua
página na internet, o GCHQ esclareceu que a Agência está isenta da lei de
Liberdade de Informação e que se foi permitido a Assange examinar sua
informação foi conforme o direito que tem para saber de sua informação pessoal.
Fonte: La Jornada Vermelho e Desacato
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