Mais uma final de semana violento em São Paulo, marcada pela ação de
grupos de extermínio formados por policiais e encobertados pelo governo Alckmin
(PSDB)
As chacinas continuam a se
repetir semanalmente nas periferias da capital paulista. Durante esse final de
semana foram pelo menos 15 homicídios com características claras da ação de
grupos de extermínio.
Em Osasco, na Grande São Paulo,
oito pessoas foram baleadas e três delas foram mortas em mais uma chacina. Na
região de Taboão da Serra, mais duas pessoas foram executadas. Em ambos os
casos os atiradores já chegaram encapuzados em carros e motos atirando
indiscriminadamente contra a população, ferindo até mesmo crianças.
Essas ocorrências têm tido um
aumento extraordinário. Somente esse ano, segundo dados da Ouvidoria da Polícia
Militar, foram cerca de nove chacinas na capital, envolvendo grupos de
extermínio. Diferente das mortes de policiais cometidas supostamente pela
facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) que têm um alvo determinado
(policiais e agentes das forças de segurança do Estado), as ações dos grupos de
extermínio têm como objetivo intimidar, causar o medo e o pânico nas comunidades
pobres de São Paulo, atingindo indiscriminadamente os moradores.
Os ataques têm uma relação clara
com a polícia, que nesse momento declarou uma verdadeira guerra contra a
população. A violência policial no estado se junta às execuções promovidas pelos
grupos de extermínio. Não por acaso, os assassinatos cometidos por PMs
cresceram de maneira extraordinária.
De janeiro a agosto de 2012 a PM
de São Paulo matou 338 pessoas (média de 42 mortes por mês), segundo a própria
Secretaria da Segurança Pública. Somente em agosto foram 67 mortes, 80% a mais
do que no mesmo período de 2011, e esses números vêm aumentando.
É evidente, portanto, que se
trata de uma ação coordenada das forças de repressão. Um verdadeiro estado de
exceção está se estabelecendo em São Paulo e os homicídios praticados por
grupos armados de policiais é parte do controle que o Estado pretende exercer
sobre a população.
É necessário denunciar essa
matança promovida pela Polícia e seus grupos armados sob a cobertura do governo
e das instituições do Estado.
Fonte site PCO
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