Essa é mais uma odisseia dos novos e velhos capitalistas que veem em tais expedientes uma maneira de tentar parecer pessoas que se preocupam com o futuro da Educação e com os valores que esta , se bem adequada , lega a sociedade.
No Brasil alguém receber esse tipo de homenagem é algo assaz comum. Na verdade os critérios para tal monta são mais de cunho econômico e financeiro do que aqueles que o expediente requer. Na verdade, substratos e ingredientes que poderiam assim estar presentes no homenageado, e olha que essas coisas não são difíceis de se identificar, tais como espirito humanista, caráter entusiasta em defesa de direitos inalienáveis e outros axiomáticos, em tais tipos de honraria não são levados em conta. Ao que parece a regra funciona ao contrário.
O citado banqueiro figura célebre e célere, no seu mister, na ciranda financeira do capitalismo nacional possui sim um cabedal de conhecimentos que o levaram a condição de réu em processos por corrupção.
Só para reportar, na sede carioca do Banco Central (BC), situado na Avenida Presidente Vargas, número 730, 16º andar. Lá neste famigerado local , em determinada seção, a do Departamento de Combate a Ilícitos Cambiais e Financeiros havia, algum tempo atrás, que a propósito é estreito, um funcionário à sua espera , numa espécie de oitiva para ouvir explicações do ex-banqueiro mencionado que recebera a honraria, sobre o desvio de US$ 1,5 bilhão do BCN em operações financeiras externas
Aqui sim encontramos algo que mereceria uma menção muito diferente da manifestada por Rodas.
Mas no Brasil há uma espécie de lástima ou coisa do gênero que insiste em promover personalidades que possuem traços do crime em seus feitos. Podemos citar vários exemplos desse fenômeno condenável. Desde nomes de belas avenidas, alamedas e ruas até viadutos teimosamente e lamentavelmente recebem , em honrarias semelhantes , nomes de grandes criminosos e notórios parasitas que envergonharam nosso país. Até quando?!!
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Contrariado, Rodas é obrigado a devolver doação da família do banqueiro Pedro Conde feita em troca de homenagens obrigatórias da faculdade
A Justiça de São Paulo determinou que o reitor-interventor João Grandino Rodas deve devolver a doação de R$ 1 milhão da família do banqueiro Pedro Conde à USP em troca de homenagens.
A doação foi aceita por Rodas quando ainda era diretor da Faculdade de Direito. O dinheiro foi usado para reformar um auditório, que foi batizado com o nome do banqueiro e ia ter até quadro com seu retrato.
O novo diretor da faculdade, no entanto, barrou as homenagens e a família quis o dinheiro de volta.
Segundo o juiz Jayme Martins de Oliveira Neto a família do banqueiro que queria promover sua imagem na faculdade não sabia que a homenagem dependia de decisão da congregação.
Rodas, no entanto, quer recorrer da decisão. A assessoria da reitoria afirmou que a faculdade havia se comprometido apenas a apresentar à congregação a proposta de batismo do auditório.
Um colunista da Folha, Gilberto Dimenstein, critica a decisão da família que de forma oportunista, como é a burguesia, não deixou o dinheiro investido na faculdade, mesmo sem as homenagens ao banqueiro.
Dimenstein, no entanto, sai em defesa do investimento privado nas universidades. “No Brasil, é mais fácil pedir mais dinheiro ao contribuinte do que buscar formas de financiamento na sociedade. Perverso é que, nas universidades públicas, os mais ricos são maioria. E os mais pobres é que vão para faculdades privadas”.
Como se o investimento privado, dos banqueiros e da burguesia de um modo geral fosse deixar a USP mais próxima dos estudantes pobres. Como bem demonstrou esse caso, a burguesia não investe em algo por altruísmo, pela melhoria da educação, como faz crer o colunista, mas pensando em retornos imediatos e igualmente lucrativos.
A ingenuidade de Dimenstein é revela na seguinte frase: “Dito isso, a família do banqueiro Pedro Conde, montado nos seus milhões, pode até ter razão legal para pegar o dinheiro de volta (como está pegando). Mas também poderia demonstrar um mínimo de generosidade e deixar a doação lá, mesmo sem placa”.
fonte: site PCO
fonte: site PCO
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