O ser humano já se havia revelado na Terra, desde os primórdios da civilização, um
animal curioso, jamais satisfeito e constantemente a querer supera-se. Foi, em todos os tempos, uma criatura
fantástica em vias de buscar novos entendimentos e concepções. “ Não tem um sistema definido de
necessidades e de satisfações para essas necessidades”, escreveu um dia o poeta
e filósofo Paul T J Valéry.
“ Mal se aplacam os seus apetites, quando alguma coisa começa a agitar-se dentro dele. Atormenta-o, toma forma, comanda-lhe,
aguilhoa-o: dirige-o secretamente. E esta coisa é o espírito, o espírito armado
de suas interrogações sem fim”. É , o
homem é assim mesmo.
A sua busca é
incessante e, ao mesmo tempo, espetacular e imprevisível. Vem , na maioria das vezes, carregada de anúncios e de algumas abruptas
como prenunciou aquele outro pensador: “
a medida que o saber progride, as
ortodoxias vão se tornando menos aceitáveis, menos confiáveis, menos
concebíveis”.
A juventude se insere
exatamente nesse contexto
espetacular da busca de novos
entendimentos e de novas maneiras de defrontar com as contradições , em
especial, as ortodoxas.
Longa vida aos estudantes da USP e suas concepções verdadeiramente humanas e, sobretudo, Humanas.
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Assembléia na segunda-feira (7) deve decidir o futuro da
ocupação
Por Igor Carvalho
Uma comissão de alunos e funcionários esteve reunida no
Fórum Hely Lopes Meirelles, no centro de São Paulo,com representantes da reitoria,
em uma reunião convocada pela Justiça. Ficou decidido que os alunos que ocupam
uma área da reitoria devem sair de lá até segunda (7), às 23h. Em acordo
firmado hoje, 05.11, os alunos voltam a ter acesso à luz, água e internet, em
contrapartida devem manter o imóvel limpo e sem danificações.
Marcelo Pablito, um
dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo
(SINTUSP), esteve na reunião e disse que "o prazo foi estendido para que
possamos convocar uma nova assembléia e dialogar com todos do
movimento".Porém a ideia de sair do prédio não é, ainda, cogitada.
"Foi um sinal de abertura de diálogo, da Reitoria, mas não devemos sair
enquanto não houver um rompimento no convênio com a Polícia Militar."
Uma das questões
analisadas na reunião foram os processos administrativos que podem ser movidos
contra alunos que participam da ocupação. Para Pablito o problema dos processos
"é individualizar a responsabilidade sobre o que ocorreu aqui, as decisões
são coletivas, não pode um ou dois pagarem por isso".
Em uma nova
assembléia, que deve ser convocada para segunda-feira, após a reunião dos
alunos e funcionários, vai ser tomada a decisão sobre sair do prédio ou não, de
acordo com a maioria. Um aluno, que preferiu não se identificar, mas que
pertence a liderança do movimento, acredita que há manipulação na grande mídia.
"Estamos aqui acuados e a opinião pública se pauta através da grande
mídia, que insiste em colocar o movimento como uma luta pela maconha, é muito
mais profundo que isso, mas vamos resistir", finaliza.
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