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domingo, 6 de novembro de 2011

Prazo para desocupação de prédio da USP é adiado.


O ser humano já se havia revelado na  Terra, desde os primórdios da civilização, um animal curioso, jamais satisfeito e constantemente a querer supera-se.  Foi, em todos os tempos, uma criatura fantástica em vias de buscar novos entendimentos e concepções.   “ Não tem um sistema definido de necessidades e de satisfações para essas necessidades”, escreveu um dia o poeta e filósofo  Paul  T J Valéry.    “ Mal se aplacam  os seus apetites, quando alguma  coisa começa a agitar-se dentro dele.   Atormenta-o, toma forma, comanda-lhe, aguilhoa-o:  dirige-o secretamente.    E esta coisa é o espírito, o espírito armado de suas interrogações sem fim”.  É , o homem é assim mesmo. 

A sua busca é incessante e, ao mesmo tempo, espetacular e imprevisível.   Vem ,  na maioria das vezes,  carregada de anúncios e de algumas abruptas como prenunciou aquele outro  pensador: “  a medida que o saber progride, as ortodoxias vão se tornando menos aceitáveis, menos confiáveis, menos concebíveis”.


A juventude  se insere exatamente nesse  contexto espetacular  da busca de novos entendimentos e de novas maneiras de defrontar com as contradições , em especial, as ortodoxas.               Longa vida aos estudantes da USP e suas concepções  verdadeiramente humanas  e, sobretudo, Humanas.

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Assembléia na segunda-feira (7) deve decidir o futuro da ocupação 

Por Igor Carvalho





Uma comissão de alunos e funcionários esteve reunida no Fórum Hely Lopes Meirelles, no centro de São Paulo,com representantes da reitoria, em uma reunião convocada pela Justiça. Ficou decidido que os alunos que ocupam uma área da reitoria devem sair de lá até segunda (7), às 23h. Em acordo firmado hoje, 05.11, os alunos voltam a ter acesso à luz, água e internet, em contrapartida devem manter o imóvel limpo e sem danificações.



 Marcelo Pablito, um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (SINTUSP), esteve na reunião e disse que "o prazo foi estendido para que possamos convocar uma nova assembléia e dialogar com todos do movimento".Porém a ideia de sair do prédio não é, ainda, cogitada. "Foi um sinal de abertura de diálogo, da Reitoria, mas não devemos sair enquanto não houver um rompimento no convênio com a Polícia Militar."



 Uma das questões analisadas na reunião foram os processos administrativos que podem ser movidos contra alunos que participam da ocupação. Para Pablito o problema dos processos "é individualizar a responsabilidade sobre o que ocorreu aqui, as decisões são coletivas, não pode um ou dois pagarem por isso".



 Em uma nova assembléia, que deve ser convocada para segunda-feira, após a reunião dos alunos e funcionários, vai ser tomada a decisão sobre sair do prédio ou não, de acordo com a maioria. Um aluno, que preferiu não se identificar, mas que pertence a liderança do movimento, acredita que há manipulação na grande mídia. "Estamos aqui acuados e a opinião pública se pauta através da grande mídia, que insiste em colocar o movimento como uma luta pela maconha, é muito mais profundo que isso, mas vamos resistir", finaliza.

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