Governo “humanista e cristão”, como se definiu recentemente nas eleições do ano passado no Chile, Sebastian Piñera, grande empresário e bilionário representante dos conservadores chilenos e todos os tipos de reacionários, os mesmos que estiveram contra a democracia e que derrubaram o governo democrático-popular de Salvador Allende, envia tropas para atropelar manifestantes que, por direito, protestavam contra projeto de privatização da Educação movido pelo presidente.
Estudantes secundaristas, universitários de escolas públicas e privadas e também professores, participavam de grande manifesto em Santiago contra iniciativa de Piñera de desmonte do ensino público.
Organizado pelos estudantes do Chile o Manifesto conseguiu reunir 20 mil pessoas. O governo “humanista e cristão”- leia-se, neoliberal- de Piñera enviou tropas para dispersar o movimento que teve, ao seu final, muitos feridos.
As pessoas acabam se esquecendo que os neoliberais, vertente macabra do fisiocratismo de Adam Smith realimentado e protagonizado pelas cabeças pensantes de Thacher e Reagan, têm uma cartilha, possui uma espécie de mecanismo que não se altera nunca até o desmonte do Estado. Lamentavelmente os chilenos, embora por uma pequena margem apertada, deram a vitória para Sebastian que venceu o candidato governista Eduardo Frei.
Tal feito, para muitos observadores e analistas de diversos países, foi um retrocesso. Todavia havia vozes que diziam o contrário. O tempo dirá quem está com a verdade. Ao que parece não vai ser necessário muito. O empresário e presidente que inclusive também sentou nas cadeiras de Harvard, já vem demonstrando, com suas ações, como vê os movimentos sociais. É aquela condenável perspectiva tucana que conhecemos um dia!
Dificilmente a “grande mídia”, ardente defensora dos ideais que levaram Piñera a ser o homem mais rico do Chile, fará alguma menção a forma como o Presidente encara os movimentos sociais.
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