E os chilenos prosseguem. Grande manifestação pacífica, em protesto contra o modelo neoliberal que vem imprimindo o governo de Sebástian Piñera. Há poucos dias estudantes e docentes em passeata pelas ruas, foram atacados pela polícia que os receberam com bombas de gás e muita violência. É o neoliberalismo agindo e em sua melhor forma: impedindo e destruindo movimentos populares.
Desta feita ás novas manifestações conseguiram a adesão de mais de 100 mil pessoas, superando inclusive as expectativas iniciais. Participantes da magnífica caminhada, constituída por cidadãos livres e preocupados com os rumos do país, disseram que isto é apenas o começo de outros expedientes do gênero.
“Grandiosos manifestos construiremos para mostrar ao povo de nosso país, e ao mundo, que este modelo econômico é nocivo e prejudicial a sociedade como um todo”, defendeu um dos manifestantes de forma enfática.
Os chilenos prometem mais manifestações e afirmam que o interessante, e mais importante, é que elas ocorrem em diferentes lugares do país por iniciativa de vários segmentos sociais e de profissionais das mais variadas áreas. Se as ações de Sebastian Piñera não mudarem o seu curso, novas manifestações ocorrerão.
Algo realmente diferente e aparentemente tardio, ao menos é o que isto sugere, acontece em várias regiões da América Latina. A vertente do Fisiocratismo, erigida nos anos 80, está moribunda. Por ironia do destino algumas coincidências evidenciam coisas impensáveis. No número “45” da Maitland Park Road, Haverstock Hill se encontrava a casa daquele que viria deixar o mais espetacular legado para todos que sonham e lutam pela construção de um mundo melhor, e este lugar, este mundo, é certo, não conta logicamente com o neoliberalimo e suas invectivas mordentes e pérfidas.
Este número de apenas dois dígitos nos envolve numa teia nebulosa e faz-nos lembrar da social democracia- oriunda de uma cisão do marxismo- e que no Brasil se transformou, se é que era diferente, num monstro, um acervo de idéias nocivas e deletérias contra a classe trabalhadora. Reporta-nos as políticas de Estado do tucanato, e Sebastian Piñera, é um seguidor fiel desse ideal profundamente maléfico e anestesiante.
Naquele 14 de março, o revolucionário Marx se foi, e o número “45” da Maitland Park nunca mais seria o mesmo. A América Latina já não é a mesma também.
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