Desde 2009, itens israelenses que são vendidos no país trazem uma etiqueta informando o local de origem
Uma das maiores redes de
supermercados do Reino Unido, a cooperativa Co-op, anunciou anunciou neste
final de semana que não importará mais os produtos agrícolas cultivados nas
colônias judaicas da Cisjordânia.
Já há alguns anos que varejistas
britânicos etiquetam os produtos com origem em assentamentos israelenses.
Contudo, esse é o primeiro caso de ruptura com os fornecedores da região. A
Agrexco, cujo principal cliente é a União Europeia, é a maior companhia de
produtos agrícolas de Israel e está entre as mais afetadas.
A decisão resultou da forte
pressão de grupos pró-palestina que atuam no Reino Unido. Entretanto, em
anúncio à imprensa, o grupo Co-op faz questão de ressaltar que esse não é um
boicote completo e que continuará a adquirir os produtos de Israel desde que
sejam criteriosamente cultivados ou produzidos dentro da Linha Verde, a
fronteira de Israel definida a partir do fim do conflito com árabes em
1949.
Em 2009, o ex-primeiro-ministro
britânico Gordon Brown determinou com as grandes redes varejistas do país que
os produtos -- manufaturados ou não -- importados de Israel deveriam trazer uma
etiqueta que deixasse claro se vinham de Gaza ou da Cisjordânia ou do
território determinado pela Linha Verde. À época, Israel se recusou a seguir essas
diretrizes e iniciou uma tensão comercial com o Reino Unido.
Repercussão
Hilary Smith, uma das lideranças
do Boycott Israel Network (Rede de Boicote a Israel em inglês), apoiou a
decisão da Co-op's alegando que a rede varejista "assumiu uma liderança internacional
ao bloquear companhias que são cúmplices das violações de Direitos Humanos por
Israel”. Ela agora espera que outras companhias ajam de forma semelhante.
Em replica à decisão, o
Ministério das Relações Exteriores de Israel argumentou que "é uma pena
ver aqueles que buscam contribuir ostensivamente para a paz e para a
reconciliação avançar em uma agenda negativa de boicotes”.
Fonte: site Irã News
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