A intensificação da
desestabilização econômica desencadeada naquele país pela direita repete com
pouca imaginação a primeira fase do plano golpista contra o Chile da Unidade
Popular, ideado pela Administração Nixon e cujo desfecho foi o sangrento golpe
fascista do 11 de setembro de 1973.
Em Caracas e nas principais
cidades da Venezuela a escassez é hoje uma realidade. Nos supermercados falta
carne, peixe, farinha, arroz, óleos comestíveis, sabão, até papel higiênico. O
bolívar desvaloriza-se, o câmbio negro do dólar dispara, a inflação galopante
aumenta a cada semana. A violência alastra, os atentados terroristas
multiplicam-se.
A oposição legal organiza
manifestações que lembram as passeatas das panelas chilenas, tenta desorganizar
os transportes. Os media - controlados maioritariamente pela oligarquia
financeira - incitam à rebelião, insultam o presidente, forjam calúnias contra
membros do governo.
O Presidente Maduro expulsou
diplomatas americanos, demonstrando com provas que promoviam reuniões clandestinas
com dirigentes da oposição, incentivando-os a atividades de caracter
terrorista.
O paralelismo com ações que
precederam o golpe no Chile é transparente.
Documentos desclassificados em
Washington revelaram que Nixon deu instruções a Kissinger para financiar e
montar, com a colaboração da CIA e do Pentágono, o golpe do 11 de Setembro.
Mas Obama está consciente da
impossibilidade de repetir a solução chilena. A derrota da intentona de 2002
persuadiu os generais do Pentágono de que um golpe militar vitorioso é
inviável.
A história não pode repetir-se. A
grande maioria do corpo de oficiais das Forças Armadas venezuelanas continua a
apoiar com firmeza o governo de Nicolas Maduro, sucessor de Hugo Chávez.
Washington pretende com a guerra
económica em curso criar uma situação de caos que altere a relação de forças
atual, desfavorável às ambições da oposição, cada vez mais controlada por uma
direita cavernícola.
Denunciar a conspiração promovida
pelo imperialismo estado-unidense e reforçar a solidariedade com a Revolução
bolivariana torna-se nestes dias um dever das forças progressistas em todo o
mundo.
Os Editores de odiario.info
Foto: Campanha intenacionalista
galega de apoio e solidariedade à revoluçom socialista da Venezuela.
Fonte: Diario Liberdade.
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