Em entrevista, o
reitor-interventor tenta desmoralizar estudantes para se esquivar da sua
impopularidade
Semanas após o silêncio da
reitoria diante do polêmico caso da redação divulgada no site da Fuvest, eleita
entre as melhores, e que trazia letras em negrito que, combinadas entre si,
formavam “Fora Rodas, Fora PM”, Rodas finalmente concedeu entrevista à revista
Poder. Rodas, o reitor-interventor da USP, ao ser questionado respondeu:
“folclórico” e mudou de assunto.
Mas não foi só Rodas que se
esquivou do caso. A Fuvest, fundação responsável por elaborar o vestibular da
universidade, logo que a redação foi divulgada nas redes sociais, tiraram-na do
site. A impopularidade de Rodas e da entrada da PM no campus são
sistematicamente abafadas pelas manobras da reitoria e da imprensa.
Apesar de Rodas declarar na
entrevista “A rejeição é pequena. É um pequeno grupo muito bem estruturado que
aparece bastante na mídia. Se a rejeição fosse tão grande eu não estaria aqui”,
ficou tenso ao ser convidado pelo jornalista para tirar fotos ao ar livre.
Ficou sem jeito, sem saber como se esquivar da situação, até que sua assistente
de imprensa interviu: “Você já bateu muitas fotos, acho que já está bom. Além
do mais o professor tem uma reunião exatamente agora”.
A encruzilhada comprova o total
pavor que tem de aparecer em público, tamanha sua impopularidade. As poucas
vezes em que foi visto em público, em situações cotidianas, foi bem no início
de sua gestão.
Rodas também comentou, ao longo
da entrevista, a polêmica diante da divulgação da foto de estudantes que
compuseram a chapa Reação em um chá da tarde com Rodas, na reitoria. A chapa,
que defendia os interesses da reitoria nas eleições para o DCE, ficou ainda
mais desmoralizada diante dessa situação. Rodas, no entanto, apelou num tom
democrático “Os grupos não aceitam meus convites porque senão os outros
pensarão que eles foram ‘cooptados pelo reitor’.”
Diante de tanta “abertura para o
diálogo”, por que será que mais de 80 estudantes já foram presos, 5 expulsos e
mais de 50 ameaçados de expulsão?
Fonte: site PCO
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