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sábado, 31 de agosto de 2013

Os governantes e a pobreza.


Os   mais recentes casos envolvendo  pedidos  de  asilo político,  Assange, Snowden – demonstraram  de forma assaz clara o tipo de poder que  o IV  Reich  ainda exerce  sobre a política mundial.  Evidentemente, e não poderia ser de outra forma,  com os requintes tradicionais de sua  natureza e orbe.  O comportamento criminoso  dos EUA, todavia, não salta aos olhos  de qualquer observador.  É  necessário muita “agudeza” de espírito para enxergar  tais trivialidades. 

 Assange  se encontra   impedido do exercício pleno de suas  atividades  na embaixada equatoriana  no território de um dos colaboradores mais próximos do Império e Snowden, ainda que    de forma provisória,  consegue  respirar e atuar   em melhores condições.  A seara russa  não é das melhores  para Snowden.  O destino poderia ter lhe reservado  algo melhor.  Ambos não são e nunca foram partidários de atividades criminosas.   Muito distante disso.  Prestaram  eminentes serviços  a Imprensa  do mundo clareando  as tentativas, estas sim, de criminosos  contumazes  contra as liberdades individuais.


Pedidos  de asilo a  vários  Estados democráticos   foram disparados por Edward Snowden  em vão.   Inclui-se nessa lista o Brasil.   Todavia vozes se levantaram  em várias regiões  em sua defesa. Pouquíssimas, é de se lamentar,  foram de chefes de governo desses  Estados democráticos.      Teria tido ele  um destino diferente se fosse um gangster ou assassino de crianças?!


Entrementes  na embaixada brasileira de La Paz  o narco-criminoso senador boliviano Roger Pinto Molina, que se encontrava  asilado na  embaixada brasileira a  450 dias,  conseguia escapar do país após cruzar de carro de La Paz até Corumbá (MS).   Uma manobra  típica  daquelas  efetuadas pelos rapazes  da  CIA.
Geralmente  eles não atuam sozinhos e contam com  assíduos  colaboradores  que  se posicionam   em vários pontos, inclusive naqueles próximos ao alvo.  Trata-se de um  expediente   corriqueiro.    


O  senhor  Roger Pinto  Molina foi  condenado pela Justiça boliviana  por corrupção e por assassinato  e, de longa data, é grande admirador  e colaborador do imperialismo. Ele também  é um  dos dirigentes da oposição  ao governo  popular de Evo Morales e  renitente  mafioso  conhecido  dos bolivianos por atuação  no narcotráfico.  Nem isso serviu para o governo  Dilma ter  recusado, no passado,   seu pedido de asilo diplomático permitindo que  ficasse protegido  na embaixada brasileira na Bolívia.  Lamentável.

Molina foi “resgatado” e conseguiu cruzar a fronteira de seu país em dois carros oficiais da embaixada brasileira escoltado por fuzileiros navais que trabalhavam  na segurança do prédio! Já em território brasileiro, na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, foi recebido com grande alarde, em seguida  embarcou em um moderno jato ao lado de seu “colega” brasileiro Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.  Horas depois seria recebido na capital do Planalto como herói por uma  elite especial de prontidão.  É, exatamente isso que você está pensando: aquela maravilhosa  turma do PIG, PSDB...

Lamentável.  A grande imprensa deu ao fato destacada  cobertura .  Ela não mencionou no entanto o “histórico  escolar”  do senhor Roger.  A mesma imprensa que  se coloca contra a corrupção    atacando a acusando  pessoas,  em muitos casos a priori, não  hesitou em  enaltecer  e espetacularizar  o “insigne”  acontecimento. O conhecido  mafioso da Justiça boliviana imediatamente  foi elevado  pelo PIG a condição de perseguido político da “ditadura bolivariana de Evo Morales” .


Por mais que se tente ver   algo diferente,  tudo   isso  vem a  demonstrar  a aproximação e o comprometimento   do governo Dilma com   setores  da direita que tem, e isso é certo, imprimido  suas  vontades  em determinadas situações.  Ainda que  o governo  se apresente como vítima de  ações isoladas  e tidas como  “previsíveis”  em qualquer democracia, trata-se de  um fenômeno que, devagar  e determinado como um mecanismo,  vem   avançando  amiúde  e  cada vez   com mais êxito.  Isso  colabora, por certo, para dar nova tonalidade ideológica a um governo cada vez mais comprometido com o que há de pior na política  mundial.   Um governo que envereda-se por um triste e deplorável  caminho.  Esse  percurso  já sabemos onde vai dar.

Aqueles que extirparam  o mais escandaloso  dos flagelos da  espionagem  internacional,   a inexistência da   invasão de privacidade, e que deixaram a nu a  verdadeira face da  grande “democracia” estadunidense, continuam  vigiados  e  cerceados.    A eles talvez o futuro um dia   lhes  destine um lugar mais justo.        É, o caminho do êxito triunfante   é quase sempre o caminho  das tentativas  e dos erros.    Muitos aprenderão com Assange,  Snowden e Manning.   Talvez isso também nos faça refletir sobre o  preço que cada um de nós  terá de pagar, um dia,  pelas  escolhas   que fizemos.                         Decididamente não podemos dizer que o crime  compensa.  Não faltam infelizmente, nesse momento, aqueles que pensam  diferente.

foto imagens: internet

Prof  Jeovane



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