Os mais recentes casos envolvendo pedidos
de asilo político, Assange, Snowden – demonstraram de forma assaz clara o tipo de poder que
o IV Reich ainda exerce
sobre a política mundial.
Evidentemente, e não poderia ser de outra forma, com os requintes tradicionais de sua natureza e orbe. O comportamento criminoso dos EUA, todavia, não salta aos olhos de qualquer observador. É
necessário muita “agudeza” de espírito para enxergar tais trivialidades.
Assange
se encontra impedido do
exercício pleno de suas atividades na embaixada equatoriana no território de um dos colaboradores mais
próximos do Império e Snowden, ainda que
de forma provisória,
consegue respirar e atuar em melhores condições. A seara russa
não é das melhores para
Snowden. O destino poderia ter lhe
reservado algo melhor. Ambos não são e nunca foram partidários de atividades
criminosas. Muito distante disso. Prestaram
eminentes serviços a
Imprensa do mundo clareando as tentativas, estas sim, de criminosos contumazes
contra as liberdades individuais.
Pedidos de asilo a
vários Estados democráticos foram disparados por Edward Snowden em vão.
Inclui-se nessa lista o Brasil.
Todavia vozes se levantaram em
várias regiões em sua defesa.
Pouquíssimas, é de se lamentar, foram de
chefes de governo desses Estados
democráticos. Teria tido ele um destino diferente se fosse um gangster ou
assassino de crianças?!
Entrementes na embaixada brasileira de La Paz o narco-criminoso senador boliviano Roger
Pinto Molina, que se encontrava asilado
na embaixada brasileira a 450 dias, conseguia escapar do país após cruzar de carro
de La Paz até Corumbá (MS). Uma
manobra típica daquelas
efetuadas pelos rapazes da CIA.
Geralmente
eles não atuam sozinhos e contam com
assíduos colaboradores que se
posicionam em vários pontos, inclusive
naqueles próximos ao alvo. Trata-se de
um expediente corriqueiro.
O senhor Roger Pinto Molina foi condenado pela Justiça boliviana por corrupção e por assassinato e, de longa data, é grande admirador e colaborador do imperialismo. Ele também é um dos dirigentes da oposição ao governo popular de Evo Morales e renitente mafioso conhecido dos bolivianos por atuação no narcotráfico. Nem isso serviu para o governo Dilma ter recusado, no passado, seu pedido de asilo diplomático permitindo que ficasse protegido na embaixada brasileira na Bolívia. Lamentável.
Molina foi “resgatado” e
conseguiu cruzar a fronteira de seu país em dois carros oficiais da embaixada
brasileira escoltado por fuzileiros navais que trabalhavam na segurança do prédio! Já em território
brasileiro, na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, foi recebido com
grande alarde, em seguida embarcou em um
moderno jato ao lado de seu “colega” brasileiro Ricardo Ferraço (PMDB-ES),
presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. Horas depois seria recebido na capital do
Planalto como herói por uma elite
especial de prontidão. É, exatamente isso
que você está pensando: aquela maravilhosa turma do PIG, PSDB...
Lamentável. A grande imprensa deu ao fato destacada cobertura .
Ela não mencionou no entanto o “histórico escolar”
do senhor Roger. A mesma imprensa
que se coloca contra a corrupção atacando a acusando pessoas,
em muitos casos a priori, não
hesitou em enaltecer e espetacularizar o “insigne”
acontecimento. O conhecido
mafioso da Justiça boliviana imediatamente foi elevado
pelo PIG a condição de perseguido político da “ditadura bolivariana de
Evo Morales” .
Por mais que se tente ver algo diferente, tudo
isso vem a demonstrar
a aproximação e o comprometimento
do governo Dilma com
setores da direita que tem, e
isso é certo, imprimido suas vontades em determinadas situações. Ainda que
o governo se apresente como
vítima de ações isoladas e tidas como
“previsíveis” em qualquer
democracia, trata-se de um fenômeno que,
devagar e determinado como um mecanismo, vem
avançando amiúde e cada
vez com mais êxito. Isso
colabora, por certo, para dar nova tonalidade ideológica a um governo
cada vez mais comprometido com o que há de pior na política mundial.
Um governo que envereda-se por um triste e deplorável caminho.
Esse percurso já sabemos onde vai dar.
Aqueles que extirparam o mais escandaloso dos flagelos da espionagem
internacional, a inexistência
da invasão de privacidade, e que deixaram
a nu a verdadeira face da grande “democracia” estadunidense,
continuam vigiados e
cerceados. A eles talvez o futuro
um dia lhes destine um lugar mais justo. É, o caminho do êxito triunfante é quase sempre o caminho das tentativas e dos erros. Muitos aprenderão com Assange, Snowden e Manning. Talvez isso também nos faça refletir sobre
o preço que cada um de nós terá de pagar, um dia, pelas escolhas que
fizemos.
Decididamente não podemos dizer que o crime compensa.
Não faltam infelizmente, nesse momento, aqueles que pensam diferente.
foto imagens: internet
Prof Jeovane
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