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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Segundo presidente do PSOL, crise e pressão popular na Comissão de Direitos Humanos continuam


Foto: Antônio Augusto / Câmara dos Deputados
O presidente do PSOL e líder do partido na Câmara, deputado Ivan Valente, afirmou, nesta terça-feira (09), que a crise na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) continua. Marco Feliciano, atual presidente da CDHM, disse que não deixará o cargo, apesar dos apelos da maior parte dos líderes partidários.
 
 “É um desrespeito. Ele é uma pessoa incompatível com o cargo. Ele somente insiste porque lucra econômica e politicamente com isso”, afirmou Ivan Valente referindo-se aos fatos de que os DVD’s de Feliciano estão vendendo bastante e de que o deputado está diariamente na imprensa. Segundo Ivan Valente, a pressão popular pela saída de Marco Feliciano vai continuar. Novos protestos estão marcados para amanhã, na reunião da Comissão.
 
 O líder do PSOL explicou que os líderes contrários a Feliciano levantaram algumas possibilidades que poderiam levar à saída de Marco Feliciano do cargo. Entre elas estão um acordo partidário que preveja a troca da presidência de algumas comissões, de forma a contemplar o PSC. Outra proposta seria aumentar o número de membros da CDHM – que teria que ser feito alterando o regimento interno – para que os opositores de Feliciano se tornassem maioria.
 
 Indagado se deixaria a presidência da CDHM pela presidência de outra comissão, Feliciano disse que deixaria o cargo se o PT retirasse os deputados João Paulo Cunha (SP) e José Genoíno (SP) da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Os dois foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal no caso do mensalão.


 Ivan Valente também disse que outra solução é o andamento acelerado do pedido de investigação contra Feliciano. Na semana passada, o PSOL protocolou na Corregedoria da Casa representação por uso indevido do mandato parlamentar.
 
Participação do público

 Sobre a decisão arbitrária e sorrateira em proibir a entrada do público nas reuniões da CDHM, o deputado Marco Feliciano disse que consultou regimentalistas e até a presidência da Casa – o que foi desmentido pelo presidente Henrique Alves. Por sua vez, Henrique Alves disse que a decisão deve ser revogada. Feliciano disse que o público poderá permanecer nas reuniões da Comissão desde que “se comportarem de forma respeitosa”.
 
 Ontem à tarde, no plenário da Câmara, o deputado Chico Alencar fez Questão de Ordem sobre o assunto. Para o PSOL, a decisão fere o Regimento Interno, em seu artigo 272, que determina que “será permitido a qualquer pessoa, convenientemente trajada e portando crachá de identificação, ingressar e permanecer no edifício principal da Câmara e seus anexos durante o expediente e assistir das galerias às sessões do Plenário e às reuniões das Comissões”, e em seu artigo 48, que afirma que “as reuniões das Comissões serão públicas, salvo deliberação em contrário” – neste caso estão incluídas sessões em que se precise decidir sobre declaração de guerra, acordo sobre a paz, ou passagem de forças estrangeiras pelo território nacional.
 
 “Em nome da transparência e do princípio constitucional que diz que todo poder emana do povo, peço por uma revisão dessa suposta decisão, a nosso juízo, antirregimental, para além de antidemocrática”, argumentou Chico Alencar.
 
 O presidente Henrique Eduardo Alves acolheu a Questão de Ordem e afirmou que a regra da Câmara é permitir o acesso do povo brasileiro às dependências da Casa. “Determino, portanto, que as Comissões desta Casa permaneçam abertas à manifestação respeitosa e democrática do povo brasileiro. Caso a caso, poderão ser examinadas excepcionalidades, mas não como regra”.



Fonte: Liderança do PSOL na Câmara

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