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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Começa em Córdoba, Argentina, julgamento pela megacausa A Perla.


Buenos Aires- Prensa Latina O julgamento oral por crimes cometidos durante a última ditadura militar argentina no centro de detenção clandestina "A Perla", em Córdoba, começará hoje nessa cidade distante a uns 710 quilômetros do noroeste desta capital.
 A megacausa figuram 44 imputados -entre eles o genocida Luciano Benjamín Menéndez, que em processos anteriores recebeu três condenações a cadeia perpétua-, acusados de ser os autores dos sequestros, tormentos e homicídios em prejuízo de 417 vítimas.

 Tais fatos ocorreram entre 1975 e 1978, informou o Centro de Informação Judicial, segundo o qual durante o desenvolvimento das audiências se prevê que apresentarão sua declaração testemunhal cerca de 900 testemunhas.

 Menéndez, José Andrés Tofalo, Héctor Pedro Vergez e Ernesto Barreiro seguirão o processo desde o penal de Buenos Aires de Ezeiza, mediante o sistema de videoconferência, detalhou a própria fonte.


 A megacausa A Perla é uma das maiores do país e a mais importante de Córdoba, valorizou o promotor sub-rogante Carlos Gonelha, que sublinhou que a mesma cobre um amplo espectro de fatos nos que intervieram elementos policiais e militares integrantes dos Comandos Libertadores da América (CLA).

 Nesta causa, precisou o servidor público judicial em declarações à agência de notícias Telam, também figuram fatos cometidos durante 1976 a 1978 no Departamento de Informações da polícia da província (D-2), na Perla e no antigo centro clandestino de detenção A Ribera.

 O julgamento que hoje se inicia durará ao redor de um ano e meio e é resultado da acumulação de 16 causas que se tramitavam separados, até que se dispuseram as integrar seguindo os lineamentos sugeridos pela Unidade Fiscal de Direitos Humanos da Procuração Geral da Nação.

 Localizado sobre a Rota Nacional 20, que une as cidades de Córdoba e Carlos Paz, o centro de detenção clandestino "A Perla" funcionou desde 1976 a 1978 sob a órbita do III Corpo de Exército, que comandava o repressor Menéndez.

 O prédio, convertido desde março de 2009 em um Espaço para a Memória e a Promoção de Direitos Humanos, é considerado o epicentro da política de desaparecimento forçada de pessoas em Córdoba, pois por ali passaram entre duas mil e 200 e duas mil e 500 pessoas, segundo sobreviventes e organismos de direitos humanos.

Fonte:  site Prensa Latina

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