Não é novidade a constatação do
jornal britânico “ The Guardian” da existência de preconceitos étnicos na famosa universidade de Oxford. As chances
de tais averiguações encerrarem em verdades são muito fortes.
A história costuma ser cruel com quem faz da hipocrisia e da falácia propulsores para suas interpretações e feitos.
Exemplos desse fenômeno há
vários, e, a propósito, muito nítidos.
Quando Giordano Bruno com suas concepções e luta em
prol da astronomia de Copérnico, em
muitas de suas passagens por vários campus universitários da Europa, enaltecia aquela concepção de
mundo contrária a ortodoxia, muitos humanistas recuavam diante do que viam. Porém
ele não. Ele estava firme e decidido .
Aqui e ali,
partia, como de costume, em busca
de novas e intelectuais aventuras.
Recém chegado da famosa Genebra, então foco de intensas manifestações
protestantes e após ter deixado assaz
claro seus pensamentos com relação a nova ordem religiosa, desnudando-a
com a sua grande sabedoria, está ele,
mais uma vez envolto em polêmica astronômica. Bruno expressava-se sem rebuços
contra o protestantismo e demostrava um grande desprezo por aquilo que ele considerava “
igual a ortodoxia” em sua
superficialidade. Assim ele deixou bem claro o que pensava sobre essa
“nova onda”. Isso lhe custaria mais uma
mudança geográfica.
Depois de combater tais pensamentos e
concepções lá encontramos ele em direção as ilhas britânicas. Oxford parecia-lhe um lugar de grande
conforto, pois sua fama atravessava grandes e longínquas montanhas.
É, mas tudo se mostrou igual. Pensamentos e
práticas ortodoxas de cunho
preconceituoso eram fortes nos meios
intelectuais britânicos. Ele sentiu isso in loco, pois entrou em conflito com os doutores de Oxford, uma espécie de clã que era a
quintessência do rigorismo intratável.
Aquela marca indelével do cavalheirismo inglês. Vê-se que Oxford, já nos idos da segunda metade do século XVI já se mostrava para o que veio.
Vamos agora para o século XIX.
Estamos em plena efervescência do avanço
das atividades criminosas de sedentos
europeus em busca de riquezas e de propriedades alheias. No auge desse “ augusto” imperialismo
britânico encontramos Rudyard Kipling o mais célebre defensor do “cavalheirismo”
e da sagacidade típica
dos anglo-saxões . O mesmo rigorismo intratável desmascarado pelo destemido
Bruno atravessou séculos.
E lá estão eles, os “gentleman” e
lordes. Saíram na frente. As invasões ao continente africano e asiático foram executadas com a participação de criminosos protagonistas históricos, identificados por
muitos historiadores e também com o combustível fornecido pelo poeta
em sua obra “O fardo do homem branco” .
De cunho racista, carregado de enorme
sentimento mesquinho e contrário aos negros
e outros povos não brancos, R. Kipling sim se tornou um dos próceres e defensor duma ideologia
que provocou e provoca exclusão social.
E como afirmou aquele humilde pensador:
“ Toda ideologia que provoca
exclusão social não tem futuro”. É, o
imperialismo e suas vicissitudes prosseguem,
ao que parece, sem alterações , ontem, hoje e.. vamos ver o amanhã!!??
A matéria do jornal britânico é
de hoje, e nos dá um sinal de como as coisas
serão num futuro mais distante. Haverá mudanças!??
Professor Jeovane
Professor Jeovane
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As chances de um negro ser
aprovado é duas vezes menor que um branco
PCO - O jornal britânico “The Guardian”
afirmou em sua página virtual que a Universidade de Oxford tem “preferência”
por alunos brancos em detrimento de negros ou de outras minorias étnicas.
A notícia foi publicada nesta
terça-feira. De acordo com os dados apresentados pelo jornal, os candidatos
brancos que querem estudar na famosa universidade britânica têm o dobro de
chances de serem aprovados no concorrido processo seletivo realizado pela
instituição do que negros e outras minorias no país.
Entre 2010 e 2011, 25,7% dos
estudantes brancos que solicitaram uma vaga em Oxford conseguiram entrar na
universidade. Enquanto isso, apenas 17,2% dos alunos de alguma minoria étnica,
na mesma situação, foram aprovados.
A universidade negou que pratique
qualquer racismo. As informações divulgadas dão conta que os estudantes brancos
que querem cursar Medicina em Oxford têm mais do que o dobro de chances de
conseguir, se comparados com os negros. A diferença repercute na maioria dos
demais cursos oferecidos pela universidade.
Informações do Daily Mail,
divulgadas no ano passado confirmaram essa tese ao demonstrar que os negros, na
Inglaterra, têm mais chances de serem presos que frequentar a universidade.
Essa situação tem piorado
consideravelmente desde o início da crise econômica mundial. Os próprios
governos estão adotando medidas contra os segmentos discriminados na Europa,
como os árabes e os negros. As leis que reprimem a imigração e os planos de
austeridade são exemplos dessa política, que acaba tendo resultado no ensino
superior.
fonte PCO
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