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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Correa: enquanto for presidente não irei a Cúpula sem Cuba


Rafael Correa agradeu o presidente Juan Manuel Santos pelo convite/ Dani Pozo/ AFP

O presidente do Equador, Rafael Correa, enviou, nesta segunda-feira (2), uma carta endereçada a seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, justificando sua ausência da Cúpula das Américas, que será realizada em Cartagena das Índias na Colômbia em abril.

Na carta, Correa reafirma que "trata-se, como dizia Bolívar, de sentir verdadeiramente que a Pátria é América e em algum momento começar a denunciar e enfrentar com força estas, repito, intoleráveis e até aberrantes situações. Por isso, depois de ter refletido, decidi que, enquanto for presidente do Equador não voltarei a assistir nenhuma Cúpula das "Américas" até que sejam tomadas as decisões que a Pátria Grande nos exige", disse referindo-se à não participação de Cuba no encontro, uma exigência dos Estados Unidos.

Ele lembrou ainda que já na Cúpula de Trinidad y Tobago, realizada em 2009, a exclusão de Cuba já havia sido rechaçada. E acrescentou: "é inaceitável que estas cúpulas se esquivem de temas como o desumano bloqueio a Cuba, assim como a aberrante colonização das Ilhas Malvinas, os quais têm merecido o rechaço quase unânime das nações do mundo".


Correa foi o primeiro presidente que exigiu a presença de Cuba na Cúpula, posição que fez com que o governo colombiano tomasse medidas diplomáticas em busca de um consenso para superar o obstáculo em que se converteu a exclusão de Cuba

Santos se reuniu com o mandatário cubano Raúl Castro, e venezuelano, Hugo Chávez, para manifestar a impossibilidade de convidar Cuba. Em resposta, Correa disse que consultaria "o povo equatoriano" sobre sua presença em Cartagena.

Segundo Correa, "nossos povos podem muito bem se cansar de que seus mandatários estejam em tantas cúpulas, enquanto ainda existem muitos abismos a serem superados, como a pobreza e a desigualdade que ainda mantêm a América Latina como a região mais desigual do mundo; a ineficaz estratégia de luta contra o problema mundial das drogas; a profunda transformação do Sistema Interamericano de Direitos Humanos, que hoje cela interesses alheios a seus princípios fundadores; a vigência de uma verdadeira liberdade de expressão que não se encontre reduzida aos interesses dos negócios dedicados à comunicação social; ou a completa supremacia do capital sobre os seres humanos, tal como demonstra a crise hipotecária na Espanha que afeta centenas de milhares de cidadãos, entre muitos migrantes latino-americanos".

O presidente encerra afirmando esperar que "nossa ausência seja um cordial convite para debater o essencial e atuar em consequência, ratificando o apreço e respeito que sentimos por todos nossos colegas, chefas e chefes de Estado do Continente, queridos amigos com os quais compartilhou sonhos de melhores dias para nossos povos".



fonte- site pravda ru







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