O Exército iraniano dos Guardiães da Revolução Islâmica declarou alerta máxima. Teerã teme que o país pode estar sujeito a ataques da OTAN, que tenta destruir os elementos-chave de infra-estrutura nuclear. Tudo isso ocorre como pano de fundo do endurecimento das sanções econômicas contra o Irã pelos países ocidentais - até que a proibição das importações de petróleo iraniano.
O comandante do Exército general Muhammad al-Jaafari ordenou para dispersar os mísseis balísticos iranianos por todo o país. Então, eles vão ser protegidos de ataques inimigos. Além disso, a Força Aérea iraniana possui inúmeras unidades de reação rápida. Eles passam o ensino, praticando contra-ataques rápidos contra aeronaves do inimigo alegado.
As discussões em torno do Irã e seu programa nuclear começaram a se aquecer no mês passado depois do relatório da AIEA, em que foi suposto que Teerã estava perto de desenvolver uma bomba atômica. Tratava-se do reforço das sanções econômicas e do possível ataque às instalações nucleares iranianas, em particular, a partir de Israel. Naquela altura os peritos da Voz da Rússia expressaram a ideia de que o principal iniciador do processo inteiro é Washington. No entanto, a Casa Branca agora prefere ficar à margem, e tentar resolver o problema iraniano com Tel Aviv.
Entretanto, por enquanto todas as conversas sobre os ataques contra as instalações iranianas é mais uma pressão informacional, do que uma preparação para as ações concretas, diz o perito orientalista Boris Dolgov.
Israel sozinho provavelmente não se atreveria a infligir golpes desse tipo. Tanto mais que, dado o potencial militar-industrial do Irã, um ataque de resposta seguirá. Quanto à coligação com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, eu não acho que essa é possível agora. A situação nesses países não permite começar mais uma ação militar.
À categoria de pressão informacional ainda podem ser atribuídas as declarações de alguns especialistas que os acidentes nas instalações iranianas são provocados pelos serviços de inteligência ocidentais todo-poderosos, disse em entrevista à Voz da Rússia um analista da Academia Diplomática, Andrei Volodin.
Se decidirmos que as explosões são um resultado de sabotagem, então surge a pergunta: quais são os objetivos desses serviços especiais? Eles querem minar o regime de Ahmadinejad? Mas o Irã é uma sociedade que se une face a qualquer risco de fora, apesar das suas diferenças. A pressão do Ocidente já intensificou as tendências de nacionalismo nuclear no Irã. E se as agências de inteligência ocidentais estão envolvidas na organização de atentados terroristas no Irã, a lógica de suas ações não é clara.
De qualquer maneira, a pressão econômica sobre o Irã está crescendo. A Comissão Europeia está examinando uma proibição das importações de petróleo iraniano, e já chegou a um consenso. De acordo com os representantes da Comissão Europeia, esta política será particularmente eficaz quando a ela se juntarem os Estados Unidos e a Rússia. É muito provável que Washington logo o fará. E Moscou está convencido de que as novas proibições e sanções apenas esquentam a situação na região.
Fonte site: Voz da Rússia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário