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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Rodas faz encontro com diretores para preparar privatização.

O Boletim da reitoria, USP Destaques, neste mês divulga a reunião realizada entre diretores de unidades com o título “No caminho da gestão compartilhada” e já mostra mais um passo no sentido da privatização da USP





O Boletim editado pela assessoria de imprensa da reitoria da USP divulga um encontro entre os diretores indicados por Rodas e seus seguidores.

O encontro realizado nos dias 20 e 21 de outubro com cerca de 100 diretores e vice-diretores das Unidades de Ensino e Pesquisa, Centros e Institutos Especializados, Museus, Coordenadorias dos campi e Órgãos ligados à Reitoria se reuniram, em Mogi das Cruzes, para debater temas importantes da Universidade, na segunda edição do Encontro de Dirigentes da USP – Geindi.

Assim como em todas as decisões na universidade, dessa foram excluídos os mais interessados na universidade e mais afetados pelas decisões tomadas.


Os temas apresentados e discutidos durante o encontro foram levantados em reuniões preparatórias promovidas pela Reitoria com esses gestores.

Antes de ser colocado por Serra na reitoria da USP, em 2008 Rodas, então diretor da Faculdade de Direito, defendia um projeto de “descentralização, com criação de sub-reitorias”, medida que agora ele quer implementar. O título coloca no texto é “No caminho da gestão compartilhada”. A descentralização tem o objetivo de dividir a USP para controlar com maior facilidade, colocando cada faculdade sob o poder de direções que dominam, ou são dominadas, pelas fundações privadas.

Com uma fachada democrática, em que cada unidade teria supostamente autonomia para eleger seus representantes, descentralização é parte do plano de privatização da USP. As unidades teriam autonomia para negociar com a iniciativa privada de forma independente com a reitoria. Na prática, os diretores de unidade seriam ainda escolhidos pelo reitor. Libertaria a reitoria do ônus de sozinha abrir a universidade para a iniciativa privada, o que facilita o processo de privatização.

Além disso, tem o claro objetivo de fragmentar o movimento estudantil em cada unidade e neutralizá-lo. Com cada unidade tendo o poder de vender sua parte da universidade, se tornaria muito mais difícil barrar a privatização.

Em circular interna lançada pela reitora divulgada para professores e funcionários, Rodas afirmou que o plano da retirada da reitoria da Cidade Universitária tinha o objetivo de impedir a realização de novas ocupações.

As medidas de Rodas, preposto do governo do PSDB para levar adiante a privatização da USP, são evidentemente para amordaçar o movimento estudantil e criar as condições para a entrega para a iniciativa privada.

Fonte – site CO online.

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