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domingo, 3 de julho de 2011

A Força da juventude e das novas jovens idéias que, um dia revolucionaram e prosseguem nos convidando, aqui ou noutros lugares, para lutarmos pelas transformações que tanto acreditamos.

foto -crédito- Franklin Rodriues.


O notável antropologista Franz Boas no cabedal de sua vastíssima Inteligência nos legou proezas que jamais cairão no esquecimento. Nunca a natureza humana havia sido estudada com tanta sofreguidão e profundidade. Em certa ocasião, ele disparou: “ somos o último elo de uma cadeia que progrediu no sentido do aperfeiçoamento cerebral (...) só existe uma raça a humana e por mais que tentem compreender diferente, os indícios, todos eles, caminham para tal conclusão”.

Os europeus sempre procuraram olhar para os outros continentes com o desdém, que lhes ensinaram, característico de sua história e embasamento cultural. Não hesitaram, em momento algum tentar, na maioria das vezes com sucesso, impor suas concepções de mundo. Profundamente mergulhada nas águas culturais dos primórdios do cristianismo, não tardou a produzir desconfianças e indagações diversas.

Custou para esse “homem moderno” abandonar a idéia de que fenômenos da natureza- da terra- e daqueles que nela evoluíram, eram governados por deuses apaixonados e caprichosos. Aqui, e acolá, no desfilar dos séculos, encontramos alguns pensadores ousados que desafiaram as opiniões tradicionais- aquelas que denominavam de ortodoxas.

Muitos desses fenômenos, que sejam biológicos físicos e ou naturais sempre foram observados pelos homens através do véu do misticismo e de superstições infindáveis. Acusaram, certa época, o proeminente Sócrates de impiedade por ensinar que as nuvens eram emanações físicas e não seres divinos.

Essas, digamos, vicissitudes, todavia, não se podem comparar aos embates que as ciências sociais, em especial aquelas que se preocupam com o progresso dos povos, tem travado, e ao que parece, ainda travam em várias frentes.

Aos antigos hebreus, que muito legaram a cultura européia, por outro lado, era impossível qualquer progresso nesse terreno porque eles atribuíam todos os fenômenos, incluindo os sociais, ao seu deus, Jeová. As manifestações calamitosas da natureza eram tidas como sinais da cólera divina. De um terremoto diziam que: “ Olhando Jeová para a terra ela treme”. “ Jeová fez chover fogo e enxofre do céu sobre Sodoma e Gomorra”. Inúmeros fenômenos sociais que, encontravam as suas raízes nas contradições humanas, tinham que se contentar com explicações como essa.

Aristóteles que viveu no século IV AC começou, devagar a ruir com tais tipos de perspectivas. Suas apreciações eram mais inteligentes e bem menos temperadas por concepções religiosas. Na seara dos estudos da terra, das intervenções humanas no planeta, e suas espetaculares projeções ele, Aristóteles, já assinalava, naqueles idos, os tambores de uma nova Era.

As coisas não acontecem na velocidade daqueles que a desejam. Mas, antes tarde do que nunca. Eis que elas surgem. Arrebatadoras, convulsivas e não menos apaixonantes. Novas concepções de encarar e ver o mundo, embora gizadas e concatenadas durante o século XVIII, e, já naqueles idos assaz atraentes para os que sabiam ouvi-las e também heterodoxas, brotam agora na América Latina com magnífica força e arregimentadas pelos braços da juventude que, devagar, rompe com os padrões culturais impostos pelas elites detentoras dos meios de produção, anunciando um novo tempo. É, é assim que tudo começa.

Uma nova Era para a população que sempre fora estigmatizada e aviltada pelos brancos europeus ( caucasianos superiores como se auto intitulavam ) e que já não conseguem mais segurar aquilo que é, pelas manifestações das massas, insubstituível e inexorável: o desejo de viver socialmente bem com paz e liberdade de expressar seus anseios e vontades. A transformação do status quo está em andamento, e ela parece ter pressa. Há muito por recuperar. Há muito por dividir.

Na Venezuela milhares de jovens trilham pelas ruas envoltos em bandeiras de luta expressando a defesa do regime, ao lado dum modelo econômico que vem devolvendo-lhes, nitidamente, o direito a vida e a dignidade humana que, outrora, tinha sido roubada pelos algozes que constituem a elite que, a propósito, odeia a revolução Bolivariana então em corajoso avanço.

Vivamos o bicentenário de independência de nossos irmãos venezuelanos. E que as riquezas, encravadas que estão em solo que um dia Bolívar pisou, se convertam em benesses e sirvam para acalentar o choro de nossos filhos e jovens de nossa grande e sofrida América Latina. Viva o Socialismo! Fora o Imperialismo! Que rufem os tambores !!!!

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