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domingo, 3 de julho de 2011

Campanha convoca população a denunciar repressores da ditadura stronista



Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital

Muitos casos de violações aos direitos humanos ocorridos na ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989), no Paraguai, ainda continuam na impunidade. Para chamar atenção para a persistência da falta de justiça no país, o Coletivo de Ex-Detidas Políticas do Paraguai "Carmen Soler” convoca a população do país a participar da campanha "Denunciar os repressores da ditadura stronista é frear a repressão ao povo campesino no Paraguai”.

De acordo com as participantes do Coletivo, a ideia da Campanha é dar destaque para a importância da "denúncia, investigação, julgamento e castigo aos responsáveis pelo terrorismo de estado no Paraguai e pela perseguição política dos lutadores camponeses pela Reforma Agrária”. Para isso, convidam as organizações sociais e defensoras de direitos humanos no país a integrarem a mobilização e exigirem das autoridades paraguaias a promoção da justiça e o fim da repressão no país.

"Apesar das toneladas de documentos probatórios da repressão existentes no Arquivo do Terror no Paraguai, o aparecimento de 17 restos humanos encontrados nas fossas comuns, em especial o do pátio da Guarda de Segurança do Cárcere de Tacumbu, e depois do Relatório Final da Comissão de Verdade e Justiça do ano 2008, ainda estamos esperando que se leve a julgamento os 700 repressores stronistas, os quais continuam na mais completa impunidade. Muitos deles cumprem funções oficiais nas forças de segurança policiais e militares”, revelam.

Entre as vítimas da ditadura de Stroessner estavam camponeses. Por isso, neste mês, os moradores da companhia Simbrón, distrito de San Roque González de Santacruz, departamento de Paraguarí, lembraram os 35 anos da repressão promovida por Stroessner contra os membros das Ligas Agrárias Camponesas.

Em junho de 1976, cinco pessoas foram assassinadas em Simbrón por integrarem as Ligas Agrárias Camponesas. As integrantes do Coletivo de Ex-Detidas Políticas do Paraguai alertam que mesmo agora, 22 anos após o fim da ditadura stronista, camponeses e ativistas sociais ainda lutam contra a repressão.

"A militarização do continente imposta pelos EUA mediante o aprofundamento do Plano Colômbia, desde o lançamento da 4ª Frota em 4 de julho de 2008, tem seu ‘fato novo' na militarização da sociedade camponesa do Paraguai. Esta faz parte de um plano para impor os agronegócios com transgênicos e para sustentar o latifúndio em uma sociedade expulsiva, repressora e crescentemente injusta. Consideramos que a impunidade destes repressores é razão direta das graves violações de DH operada na atualidade pelo aparato fiscal – policial – militar – instruído por militares de EUA e seus aliados continentais em função da Doutrina de Segurança Nacional”, denunciam.

Segundo o Coletivo, a consequência dessa situação não poderia ser outra: perseguição política contra os camponeses que lutam para recuperar suas terras; torturas; e interrogatórios e perseguições de seus familiares. As integrantes do Coletivo lembram que ainda existem 44 presos políticos no país – inclusive algumas vítimas da ditadura stronista – e três pessoas refugiadas no Brasil. "Exigimos a liberdade dos presos políticos, em especial das companheiras lutadoras presas na Prisão de Mulheres de Buen Pastor”, finalizam.

Os interessados em aderir à Campanha devem escrever para: comisionparaguay@yahoo.com.ar

(1954-1989), no Paraguai, ainda continuam na impunidade. Para chamar atenção para a persistência da falta de justiça no país, o Coletivo de Ex-Detidas Políticas do Paraguai "Carmen Soler” convoca a população do país a participar da campanha "Denunciar os repressores da ditadura stronista é frear a repressão ao povo campesino no Paraguai”.

De acordo com as participantes do Coletivo, a ideia da Campanha é dar destaque para a importância da "denúncia, investigação, julgamento e castigo aos responsáveis pelo terrorismo de estado no Paraguai e pela perseguição política dos lutadores camponeses pela Reforma Agrária”. Para isso, convidam as organizações sociais e defensoras de direitos humanos no país a integrarem a mobilização e exigirem das autoridades paraguaias a promoção da justiça e o fim da repressão no país.

"Apesar das toneladas de documentos probatórios da repressão existentes no Arquivo do Terror no Paraguai, o aparecimento de 17 restos humanos encontrados nas fossas comuns, em especial o do pátio da Guarda de Segurança do Cárcere de Tacumbu, e depois do Relatório Final da Comissão de Verdade e Justiça do ano 2008, ainda estamos esperando que se leve a julgamento os 700 repressores stronistas, os quais continuam na mais completa impunidade. Muitos deles cumprem funções oficiais nas forças de segurança policiais e militares”, revelam.

Entre as vítimas da ditadura de Stroessner estavam camponeses. Por isso, neste mês, os moradores da companhia Simbrón, distrito de San Roque González de Santacruz, departamento de Paraguarí, lembraram os 35 anos da repressão promovida por Stroessner contra os membros das Ligas Agrárias Camponesas.

Em junho de 1976, cinco pessoas foram assassinadas em Simbrón por integrarem as Ligas Agrárias Camponesas. As integrantes do Coletivo de Ex-Detidas Políticas do Paraguai alertam que mesmo agora, 22 anos após o fim da ditadura stronista, camponeses e ativistas sociais ainda lutam contra a repressão.

"A militarização do continente imposta pelos EUA mediante o aprofundamento do Plano Colômbia, desde o lançamento da 4ª Frota em 4 de julho de 2008, tem seu ‘fato novo' na militarização da sociedade camponesa do Paraguai. Esta faz parte de um plano para impor os agronegócios com transgênicos e para sustentar o latifúndio em uma sociedade expulsiva, repressora e crescentemente injusta. Consideramos que a impunidade destes repressores é razão direta das graves violações de DH operada na atualidade pelo aparato fiscal – policial – militar – instruído por militares de EUA e seus aliados continentais em função da Doutrina de Segurança Nacional”, denunciam.

Segundo o Coletivo, a consequência dessa situação não poderia ser outra: perseguição política contra os camponeses que lutam para recuperar suas terras; torturas; e interrogatórios e perseguições de seus familiares. As integrantes do Coletivo lembram que ainda existem 44 presos políticos no país – inclusive algumas vítimas da ditadura stronista – e três pessoas refugiadas no Brasil. "Exigimos a liberdade dos presos políticos, em especial das companheiras lutadoras presas na Prisão de Mulheres de Buen Pastor”, finalizam.

Os interessados em aderir à Campanha devem escrever para: comisionparaguay@yahoo.com.ar

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