Vivemos num planeta que anuncia, para muito em breve, a gigantesca cifra de 8 bilhões de
humanos. Recentemente um
relatório emitido pela Fundação Alemã de População Mundial, apontou que a população
da terra atingiu em janeiro de 2014
7,2 bilhões de viventes. Atingir 8 bilhões portanto não está
longe. A questão que nos parece preocupante é a maneira como todo esse
contingente se distribui, se distribuirá, e como se relacionará. As relações humanas sempre representaram grandes
dilemas na história do homem primitivo e moderno. Há dúvidas e muitas. Na verdade não deveriam
ser tantas. Uma pergunta que não cala e se destaca é: Qual Modo de Produção é mais adequado para o
futuro da espécie humana?!!
Algo, todavia, parece
ser pacífico entre a maioria dos observadores sinceros que se deparam diante de tais situações:
o capitalismo e suas vertentes não conseguiram resolver a totalidade das situações e dos problemas que se apresentaram
no últimos tempos, muito ao contrário, ele se serviu e se serve de tais situações para afiar suas garras e aumentar seu poder e
domínio. Sua “eficácia” macabra depende disso. É o seu alimento Para ele sobreviver isso é imprescindível. É algo
que está no seu DNA.
O número de pessoas vitimadas pela ganância e ignorância humanas tem sido algo muito comum na história. Coincide com o
advento do homem moderno mas isso não quer dizer que esse homem moderno não seja suscetível a mudanças
de concepção. De todos os relacionamentos
humanos, sem dúvida a escravização é a
que mais nos assusta, sobretudo pelo caráter imoral e profundamente
degenerativo que ela anuncia.. Não nos
parece que deveria ser algo comum.
Na verdade a desinformação e a
ignorância sobre tais fenômenos é
tão assustador e gerador de conflitos e
aflições quão aquelas que se originam ou se referem a própria
natureza humana. O homem moderno
não é o que os capitalistas
almejam e conseguem
proliferar por meio dos portentos
tecnológicos modernos que eles dominam.
O texto abaixo é seguido por um vídeo que comprova o caráter criminoso das grandes
transnacionais que exploram, segregam, seviciam, assaltam e contribuem diretamente com a morte de milhares de crianças africanas que são exploradas em fazendas de
cacau . É bem verdade que não
precisaríamos ir tão longe para
encontrarmos tão imoral relação
social. A escravidão de pessoas é uma marca indelével da natureza do
capitalismo.
Assista ao vídeo no final da
matéria. Talvez você diga: eu já
sabia disso. Mas sempre há alguma coisa
que deixamos de ver, que nos aflige e incomoda, quando nos deparamos
com situações de extrema crueldade. A
matéria é do site NINJA, do documentário The Dark Side of Chocolate
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Texto de Rob Batista para
Guerrilha GRR
Hoje existem mais de 27 milhões
de escravos no mundo, escravos sem metáfora, de verdade, escravos de carne,
osso e dor. Embora o acesso que muitos de nós temos a muitos bens de consumo
possa dar a impressão de que hoje somos mais livres e prósperos, é justamente o
consumo da maioria desses bens que justifica e alimenta algo impensável para
sociedades que pretendam ser desenvolvidas - a escravidão.
Sem um sistema que combine
gigantescas cargas horárias de trabalho com acúmulo de funções, abuso de
autoridade, violência física, moral e até sexual, inexistência de direitos
trabalhistas e locais apropriados para o trabalho, exercício forçado de
atividades, além da negação de outros direitos humanos básicos, seria
impossível ter muitos desses belos gadgets e produtos que você e eu temos agora
- pelo menos na visão de muitos empresários. Por trás de toda a revolução de
consumo e tecnologia pela qual temos passado, esconde-se um terrível sistema de
escravidão e trabalho infantil que garante margens altíssimas de lucro a
empresas e grandes corporações ao redor do mundo.
Pensando nisso, o Made In A Free
World (http://ninj.as/69f7v) criou o Slavery Footprint, um projeto através do
qual é possível estimar, a partir dos nossos hábitos de consumo, quantos
escravos são necessários para produzir tudo o que utilizamos em nosso
dia-a-dia. Veja aqui quantos escravos trabalham para você e entenda o porquê:
http://slaveryfootprint.org/
Se quiser conhecer mais sobre o
assunto e como a sede por lucro (e nossa indiferença) alimenta a escravidão,
assista ao documentário The Dark Side of Chocolate, produzido pelo jornalista
dinamarquês Miki Mistrati, que investigou o tema a fundo e descobriu, no Mali,
câmaras ocultas que revelam o tráfico de crianças para as plantações
escravocratas de cacau da vizinha Costa do Marfim, de onde sai a massa de cacau
utilizada por empresas como Nestlé, Hershey’s e Mars.
Assista ao documentário The Dark
Side of Chocolate: http://bit.ly/1iqngwx
Saiba mais sobre a produção:
http://www.thedarksideofchocolate.org
Texto disponível em:
http://ninj.as/f75pe
fotos de Lisa Kristine
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