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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Quantos escravos trabalham para você?

Vivemos    num planeta que anuncia,  para muito em breve,  a gigantesca cifra de   8 bilhões de  humanos.   Recentemente um relatório emitido pela Fundação Alemã de População Mundial, apontou que  a população  da terra atingiu em janeiro de 2014  7,2  bilhões de viventes.  Atingir 8 bilhões portanto não está longe.   A questão que nos parece  preocupante é a maneira como todo esse contingente  se distribui,  se distribuirá,  e como se relacionará. As  relações humanas sempre representaram grandes dilemas na história do homem primitivo e moderno.  Há dúvidas e muitas. Na verdade não deveriam ser tantas.  Uma pergunta que não  cala e se destaca é:  Qual Modo de Produção é mais adequado para o futuro da espécie humana?!!


Algo, todavia,   parece ser pacífico entre a maioria dos observadores sinceros  que se deparam diante de tais  situações:  o capitalismo  e suas  vertentes não conseguiram  resolver  a totalidade das  situações e dos problemas que se apresentaram no últimos tempos, muito ao contrário, ele se serviu e se serve  de tais situações para  afiar suas garras e aumentar seu poder e domínio.      Sua “eficácia”  macabra depende disso. É o seu alimento   Para ele sobreviver isso é   imprescindível.              É   algo que está no seu DNA.


O número de pessoas  vitimadas pela ganância e ignorância humanas tem  sido algo muito comum na história. Coincide  com  o advento do homem moderno mas isso não quer dizer que esse  homem moderno não seja suscetível a mudanças de concepção.  De todos os relacionamentos humanos, sem dúvida a escravização  é a que mais  nos assusta, sobretudo  pelo caráter imoral e profundamente degenerativo que ela anuncia..  Não nos parece que deveria ser  algo comum.


Na verdade a desinformação e a ignorância sobre tais fenômenos   é tão  assustador e gerador de conflitos e aflições    quão   aquelas que se originam ou se referem a própria natureza humana.           O homem  moderno  não é o que os capitalistas  almejam e  conseguem proliferar  por meio dos portentos tecnológicos modernos que eles  dominam.

O texto  abaixo é seguido por um vídeo que  comprova o caráter criminoso das grandes transnacionais  que    exploram, segregam, seviciam, assaltam  e contribuem diretamente  com a morte de milhares de crianças  africanas que são exploradas em fazendas de cacau .  É bem verdade que não precisaríamos ir tão longe para   encontrarmos  tão imoral relação social.  A escravidão de pessoas  é uma marca indelével da natureza do capitalismo.


Assista ao vídeo no final da matéria.  Talvez você diga:    eu já sabia disso.  Mas sempre há alguma coisa que deixamos de ver, que nos aflige  e incomoda, quando  nos deparamos com situações de extrema crueldade.                  A matéria é do  site NINJA,  do documentário  The Dark Side of Chocolate

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Texto de Rob Batista para Guerrilha GRR

Hoje existem mais de 27 milhões de escravos no mundo, escravos sem metáfora, de verdade, escravos de carne, osso e dor. Embora o acesso que muitos de nós temos a muitos bens de consumo possa dar a impressão de que hoje somos mais livres e prósperos, é justamente o consumo da maioria desses bens que justifica e alimenta algo impensável para sociedades que pretendam ser desenvolvidas - a escravidão.

Sem um sistema que combine gigantescas cargas horárias de trabalho com acúmulo de funções, abuso de autoridade, violência física, moral e até sexual, inexistência de direitos trabalhistas e locais apropriados para o trabalho, exercício forçado de atividades, além da negação de outros direitos humanos básicos, seria impossível ter muitos desses belos gadgets e produtos que você e eu temos agora - pelo menos na visão de muitos empresários. Por trás de toda a revolução de consumo e tecnologia pela qual temos passado, esconde-se um terrível sistema de escravidão e trabalho infantil que garante margens altíssimas de lucro a empresas e grandes corporações ao redor do mundo.

Pensando nisso, o Made In A Free World (http://ninj.as/69f7v) criou o Slavery Footprint, um projeto através do qual é possível estimar, a partir dos nossos hábitos de consumo, quantos escravos são necessários para produzir tudo o que utilizamos em nosso dia-a-dia. Veja aqui quantos escravos trabalham para você e entenda o porquê: http://slaveryfootpr​int.org/

Se quiser conhecer mais sobre o assunto e como a sede por lucro (e nossa indiferença) alimenta a escravidão, assista ao documentário The Dark Side of Chocolate, produzido pelo jornalista dinamarquês Miki Mistrati, que investigou o tema a fundo e descobriu, no Mali, câmaras ocultas que revelam o tráfico de crianças para as plantações escravocratas de cacau da vizinha Costa do Marfim, de onde sai a massa de cacau utilizada por empresas como Nestlé, Hershey’s e Mars.

Assista ao documentário The Dark Side of Chocolate: http://bit.ly/1iqngw​x

Saiba mais sobre a produção: http://www.thedarksi​deofchocolate.org


Texto disponível em: http://ninj.as/f75pe

fotos de Lisa Kristine

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