O procurador da República Rodrigo de Grandis, que está à
frente do caso: pedido foi parar em outra pasta (Foto:
Reprodução/ConversaAfiada)
REVISTA FORUM- Suíços não obtêm retorno do MP brasileiro há dois anos e oito meses, que alega “falha administrativa”: o pedido foi colocado em uma pasta errada
Sem o apoio do Ministério Público
brasileiro nas investigações sobre o pagamento de propinas pela empresa
multinacional Alstom a funcionários públicos e políticos do PSDB no Estado de
São Paulo, procuradores da Suíça arquivaram investigações sobre três acusados.
A Suíça tinha solicitado ao MP a
investigação dos acusados em fevereiro de 2011, segundo informou o jornal Folha
de S. Paulo. No entanto, nenhum pedido foi atendido. O procurador da República
Rodrigo de Grandis, responsável pelas investigações sobre os negócios da Alstom
no Brasil, afirmou ao jornal que houve uma “falha administrativa”: o pedido da
Suíça foi arquivado numa pasta errada e isso só foi descoberto anteontem.
Um dos pedidos era para que
fossem feitas buscas na casa de João Roberto Zaniboni, um ex-diretor da estatal
CPTM, acusado de receber US$ 836 mil (equivalentes a R$ 1,84 milhão) da Alstom
na Suíça. Outras solicitações eram para que fossem interrogados os consultores
Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos, suspeitos de atuar
como intermediários de pagamento de propina pela Alstom.
O Ministério Público estadual
paulista, que também investiga o caso do cartel no Metrô e CPTM, soube da
existência do pedido da Suíça e solicitou cópias da documentação ao órgão
federal responsável pela cooperação com autoridades estrangeiras, o DRCI
(Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional).
Mas a Procuradoria da República em São Paulo informou que o gabinete cometeu a
“falha administrativa” ao deixar de anexar a solicitação a outro pedido de
cooperação da Suíça, e o documento acabou indo para uma pasta de arquivo de
papéis do caso.
Com a “falha”, os suíços cansaram
de esperar e informaram que arquivaram as investigações.
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Fonte: revistaforum
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