Brasil - Diario Liberdade- A absolvição do vigilante voluntário George
Zimmerman causou revolta entre a população negra norte-americana. Zimmerman
matou o jovem negro Travyon Martin, que estava desarmado e que foi ser
considerado suspeito pelo vigilante. O seu verdadeiro crime era ser negro.
O caso trouxe à tona o problema
da discriminação racial que leva a um maior número de assassinatos de negros
(crimes nunca punidos), bem como de prisões.
Se nos Estados Unidos o caso é
motivo de revolta, no Brasil a situação é muito pior. Todos os dias a população
negra é executada nas periferias pela polícia e os crimes seguem impunes. Há
inúmeros relatos de torturas, feitas gratuitamente e ao estilo da ditadura
militar; com espancamentos, choques elétricos e sufocamento.
Um dos casos famosos, semelhantes
ao do norte-americano Travyon foi o do garoto de 11 anos, Juan Moraes, que
teria sido confundido com um traficante.
A desculpa já revela o nível de
barbárie no País, já que mesmo que fosse um traficante isso não dá à polícia
autorização para executar ninguém a sangue frio. Depois de executar o garoto,
os policiais vendo que haviam cometido um “erro”, procuraram se livrar do
corpo. O caso veio a público porque o irmão do garoto sobreviveu para relatar o
ocorrido.
No mesmo ano em que Juan foi
executado, supostamente por engano, outros 35.207 negros foram assassinados no
país, segundo dados do Ministério da Saúde. Os assassinatos foram cometidos em
grante parte pela polícia.
O assasinato de negros
corresponde a 67,4% do total de assassinatos cometidos naquele ano, 52.198.
Os dados fornecidos pelo
Ministério revelam inclusive que o homicídio contra negros subiu 9% em relação
aos 10 anos anteriores, enquanto o de brancos caiu 13%.
É interessante confrontar esses
dados com a campanha incessante da imprensa burguesa, que fala do aumento da
criminalidade se referindo geralmente aos crimes cometidos contra brancos, e
que são motivo para pedir uma maior repressão, que recairá inevitavelmente
sobre os negros. Ora, se são os negros as maiores vítimas da violência e seus
algozes, geralmente membros das forças de segurança; um verdadeiro genocídio
contra o povo negro e que é ocultado e permanece impune.
Fonte: Diario Liberdade e PCO
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