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domingo, 14 de outubro de 2012

A “nova USP” Superintendência de Assistência Social comandada por Rodas proíbe moradores do CRUSP de andarem sem camisetas.


A política reacionária de João Grandino Rodas na USP é sentida em todos os âmbitos. Agora, os moradores do Conjunto Residencial da USP foram informados que não podem mais andar sem camisa nos corredores


A SAS (Superintendência de Assistência Social) informou aos moradores do Conjunto Residencial da USP (CRUSP) por meio dos guardas que está proibido passar nos corredores do CRUSP sem camisa. O CRUSP é composto por apartamentos e tem cozinhas coletivas. Os corredores ainda são parte da moradia dos estudantes e até isso Rodas quer decidir como os moradores devem se vestir.

Essa é a “modernização” de Rodas para a USP? A “nova USP” é cheia de proibições, ameaças, processos, demissões.

Não há dúvidas de que as medidas de Rodas são no sentido de colocar em prática o decreto do período da ditadura militar brasileira, de 1972.

Até hoje está em vigor o Decreto nº 52.906, de 27 de março de 1972, do auge da ditadura: “Regimento geral da Universidade de São Paulo - Artigo 247 - O Regime Disciplinar visa assegurar, manter e preservar a boa ordem, o respeito, os bons costumes e preceitos morais, de forma a garantir a harmônica convivência entre docentes e discentes e a disciplina indispensável às atividades universitárias.


Artigo 250 - Constituem infração disciplinar do aluno, passíveis de sanção segundo a gravidade da falta cometida:

IV - praticar ato atentatório à moral ou aos bons costumes;”


 São artigos muito subjetivos e podem ser usados como o atual reitor que domina a universidade quiser. Sem nenhuma justificativa, a nova medida foi implementada na moradia. O CRUSP se torna cada vez mais parecido com um “campo concentração” com constante vigilância dos moradores, intimidação, despejos arbitrários e perseguição aos militantes do movimento estudantil.

A medida serve também para criar o clima de dominação da reitoria sobre a vida dos moradores. E agora podem a chamar a polícia para intervir em qualquer incidente no CRUSP.

Rodas se preparou para isso e colocou como  Superintendente de Segurança o ex-coronel da Polícia Militar Luiz de Castro Junior.

A ligação entre a guarda universitária e a PM nunca foi tão grande.

Castro declarou que irá instalar plataformas elevadas de vigilância, cancelas, holofotes, tornará extremamente rígido o acesso à Cidade Universitária e reformular a guarda universitária.

O reitor, um preposto de José Serra (PSDB), foi colocado na USP para privatizá-la: já alterou o regimento da pós-graduação, retirando a regra que determinava sua gratuidade, está instalando catracas na Faculdade de Economia e Administração e defende a cobrança de mensalidades.

Como se não bastasse as perseguições a estudantes e funcionários, serão instaladas plataformas elevadas de vigilância nos estacionamentos e nas entradas e saídas, cancelas e holofotes tornando a vida dos que freqüentam a universidade ou moram lá, como é o caso dos ‘cruspianos’, uma verdadeira prisão.

A perseguição no CRUSP também tem como objetivo acabar com a moradia.

Fonte:  site PCO

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