Em entrevista publicada nesta
terça-feira (29) a ex-candidata à Presidência da República pelo PSOL, Luciana
Genro, expressou suas opiniões sobre o atual momento político que o país vive.
Embora falando em nome próprio, por se tratar de figura pública do PSOL, o
partido e sua bancada se sentem na obrigação de registrar que a posição oficial
do partido, de sua bancada federal e de dezenas de lideranças partidárias,
divulgada na última semana, é a que segue abaixo:
Nota da Executiva Nacional e da
bancada do PSOL
Face à velocidade dos últimos
acontecimentos e a radicalização da crise política, tomamos um posicionamento
firme e sem meias palavras:
Somos oposição programática e de
esquerda ao governo Dilma. Combatemos suas políticas regressivas e questionamos
as concessões feitas ao grande capital. Diante da atual crise, do ajuste fiscal
e da retirada de direitos, é inegável que este governo tem se afastado dos
reais anseios da maioria da população.
Somos favoráveis a toda e
qualquer investigação, desde que respeitado o Estado Democrático de Direito,
sem seletividade ou interferências externas. É preciso que se desvendem as
relações promíscuas entre os poderes da República e o grande empresariado.
As últimas atitudes do juiz
Sérgio Moro representam claro uso político da Justiça e comprometem o trabalho
desenvolvido pela Operação Lava Jato. Atitudes que possuem objetivos midiáticos
rompem regras democráticas básicas e favorecem a estratégia de um golpe
institucional.
Somos contra a saída gestada
pelos partidos da oposição conservadora, pelo grande capital e pelos grandes
meios de comunicação. O impeachment, instrumento que só pode ser usado com
crime de responsabilidade comprovado, se tornou uma saída para negar o
resultado das urnas, com o propósito de retirar a presidenta Dilma do poder,
buscando um “acordão” para salvar outros citados nas investigações da Lava
Jato. A troca de governo acelerará os ajustes pretendidos pelos poderosos,
retirando direitos dos trabalhadores e atingindo nossa soberania.
A saída é pela esquerda. É
necessário promover uma reforma política profunda, com ampla participação
popular, ter coragem de mudar radicalmente os rumos da economia, auditar a
dívida pública, priorizar o consumo e a produção, taxar as grandes fortunas e
baixar a taxa de juros de forma consistente. Propostas não faltam. Mas é
preciso coragem para contrariar interesses do grande capital.
Executiva Nacional do PSOL e
bancada na Câmara dos Deputados
Brasília, 29 de março de 2016.
Fonte site Psol Nacional
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