rede democrática- No total, cerca
de 70-80% das baixas alemãs aconteceram no Leste. Em junho, julho de agosto de
1944 os soviéticos, só eles, destruíram cerca
de 28 divisões alemãs, força alemã maior que a que havia no Front Ocidental no
Dia-D. Dá vergonha ver a quantidade de propaganda que se consome sobre o
Desembarque da Normandia, se comparada à ausência de qualquer reconhecimento e
homenagem aos imensíssimos esforços dos soviéticos no Front Oriental.
Propaganda do ‘Dia-D’ tenta apagar contribuição dos soviéticos
Dá-se sempre enorme destaque ao
ponto de vista ‘ocidental’ sobre a Operação Overlord[1] da 2ª. Guerra Mundial.
De fato, a invasão do ‘Dia-D’ e o mês subsequente de combates no Front
Ocidental, foram estrategicamente muito menos importantes que as operações dos
soviéticos no Front Oriental.
Sem a operação soviética paralela
– Operação Bragation[2] –, a invasão da fortaleza Europa no oeste teria
falhado. Se se consideram os números das forças envolvidas e de forças alemãs
destruídas, pode-se dizer, sim, que a Operação Overlord não passou de movimento
para manter ocupadas as divisões alemãs, enquanto o ataque soviético no leste
destruía todos os exércitos nazistas.
Na Conferência de Teerã,[3] no
inverno de 1943, Churchill, Roosevelt e Stalin [nomes listados em ordem
alfabética (NTs)] alinharam as suas estratégias:
A declaração distribuída pelos
três líderes, na conclusão da conferência, dia 1/12/1943, registrava as
seguintes conclusões militares:
...
A invasão da França pelo canal
(“Operação Overlord”) seria lançada durante maio de 1944, em conjunto com uma
operação contra o sul da França. Essa operação seria lançada com a força máxima
possível com os equipamentos de desembarque existentes. Adiante, a conferência registrou a declaração
de Joseph Stálin, de que as forças soviéticas lançariam uma ofensiva mais ou
menos no mesmo momento, com o objetivo de impedir que as forças alemãs se
transferissem do Front Oriental para o Front Ocidental.”
Stálin fez muito mais que cumprir
o que prometera:[4]
As brigadas do Exército Vermelho
e combatentes da Resistência, entre os quais muitos judeus e foragidos de
campos de concentração, plantaram 40 mil cargas de demolição. Devastaram as
estradas de ferro, vitais para a conexão entre o Centro do Exército Alemão e
suas bases na Polônia e no leste da Prússia.
Três dias depois, dia 22/6/1944,
no terceiro aniversário da invasão de Hitler contra a União Soviética, o
marechal Zhukov deu a ordem para o assalto principal contra as linhas alemãs.
26 mil armas pesadas pulverizaram as posições avançadas dos alemães. Os gritos
dos foguetes Katyusha foram seguidos pelo rugido de 4 mil tanques e pelos
gritos de combate (em mais de 40 línguas) dos 1,6 milhão de soldados
soviéticos. Assim começou a Operação Bagration, assalto contra um front alemão
de mais de 600 quilômetros.
...
A ofensiva soviética do verão foi
várias vezes maior que a Invasão da Normandia, tanto na escala das forças
envolvidas quando no preço direto que custou aos alemães.
No final do verão, o Exército
Vermelho chegara já às portas de Varsóvia e às trilhas entre os Cárpatos que
levam à Europa Central. Tanques soviéticos já haviam tomado em movimento de
pinça o Centro do Exército Alemão e o destruíram. Só na Bielorrússia, os
alemães perderiam mais de 300 mil homens. Outro gigantesco exército alemão fora
cercado e seria aniquilado ao longo da costa do Báltico. E estava aberta a estrada para Berlim.”
No total, cerca de 70-80% das
baixas alemãs aconteceram no Leste. Em junho, julho de agosto de 1944 os
soviéticos, só eles, destruíram cerca de
28 divisões alemãs, força alemã maior que a que havia no Front Ocidental no
Dia-D.
Dá vergonha ver a quantidade de
propaganda que se consome sobre o Desembarque da Normandia, se comparada à
ausência de qualquer reconhecimento e homenagem aos imensíssimos esforços dos
soviéticos no Front Oriental. ******
[1] Ver
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_da_Normandia
[2] Ver
http://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Bagration
[3] Ver
http://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Teer%C3%A3
[4] 11/6/2004, The Guardian, “O resgate do soldado Ivan”
http://www.theguardian.com/world/2004/jun/11/russia.secondworldwar
6/6/2014, Moon of Alabama – http://www.moonofalabama.org/
Fonte: Rede democrática- foto imagens- internet
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