“Por mais que tentemos, bem lá no
fundo algo nos diz, meu caro, que a
realidade é bem outra”. Foi com prenúncios
desse tipo que os primeiros
pensadores, no limiar da
alta idade média, apontavam e destinavam suas observações e conclusões
diretamente para o poder que, oriundo
do centro de Roma, da temerosa Igreja,
acostumada a arremessar os seus terríveis tentáculos contra
cada ser vivente do planeta, para anestesiá-los e apropriar-se de suas
mentes e vidas, ampliava cada vez mais os seus gigantescos domínios..
Não demoraria muito para que as
produções intelectuais desses magníficos humanos se tornassem um perigo e
suas vidas perdessem o valor. Nesse tipo de jornada a morte
era certa e sempre rodeada de
extremos atos de crueldade.
Quanto mais se atrevessem a mostrar a verdade, mais desgraças caiam
sobre os habitantes do planeta que terminavam por pagar, por assim dizer, pela sua
ignorância e subserviência o preço, talvez mais elevado de tudo isso: o atraso social
mundial e as ações criminosas que buscavam desvirtuar a evolução humana.
As Cruzadas e tantas outras expedições
condenáveis podem ser
exemplificadas para confirmar tão detestável fenômeno. Mas os tempos são outros, alguém diria!!! Não, não são!! Exatamente meu caro, não são!!! Apenas tentam nos fazer ver o que, há
milhares de anos, vêm executando e tanto desejam!!!
Prof jeovane
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Jorge Messias.
A Igreja católica, criada há dois
mil anos é uma das mais antigas e poderosas instituições do mundo… A Igreja
jamais perdeu as suas fortunas, sobretudo devido a não pagar impostos em quase
todos os estados, podendo movimentar o dinheiro e investir nos mercados da
maneira que quiser... Sabe-se que, apenas em ações e obrigações, o Vaticano tem
investimentos de mais de 8 bilhões de dólares; que controla interesses da
indústria dos armamentos; que possui, em todo o mundo mais de 100 000 grandes
propriedades (só na Alemanha, o valor destes latifúndios é calculado em cerca
de 100 000 reais brasileiros). Talvez que com todo este dinheiro pudéssemos acabar
com boa parte ou com toda a fome no Mundo...» (Malaquias da Silva,“O lado
oculto da Igreja Católica”).
«São Pedro não tinha conta no
banco e quando teve de pagar os impostos, o Senhor mandou-o ao mar pescar e
encontrar a moeda dentro do peixe, para pagar… E, quando S. Filipe – como está
descrito nos Atos dos Apóstolos – encontrou o ministro da economia da rainha,
não pensou “Bem! Criemos uma organização para sustentar o Evangelho… Não, não
fez com ele um negócio! Anunciou, batizou e… foi-se embora...» (Papa Francisco
I, em declarações citadas pela Agência Ecclesia).
O Vaticano tornou-se paragem
obrigatória para os grandes illuminati neoliberais. Todos os caminhos vão dar a
Roma e à sede de uma Igreja mundial cada vez mais necessária a um sistema
anti-histórico de loucos que constantemente ameaça fragmentar-se e desabar,
produzindo o caos. Dirigido por grandes senhores fabulosamente ricos, procura
reduzir o trabalho à escravidão. Por onde passa fica a miséria. E a miséria
gera a revolta das massas populares, aquilo que, em boa verdade, mais apavora
os ricos.
Por isso, desde Obama ou Merkel a
Durão Barroso ou Dilma, todos os novos e velhos nababos vão beijar o anel de S.
Pedro e falam com o Papa, a sós. O Vaticano fornece ao capitalismo a fachada e
os bastidores. Atenua os choques sociais e a ira popular. Faz-se pagar bem,
como comprovam os lucros que tem e crescem em plena sangria dos povos. Diz-se
que só a Tesouraria da Santa Sé tem um «porta-moedas» de 600 milhões de euros e
gere um banco central (o IOR) e uma cidade-estado (o Vaticano ) que rendem
biliões anuais.
O neocapitalismo já nem sequer
tenta disfarçar que as massas financeiras que rouba aos pobres e aos
trabalhadores vão direitinhas para a banca das máfias e escorrem para os cofres
dos que promovem a fome e a miséria no mundo. As altas hierarquias religiosas
alinham na vanguarda e na retaguarda do imperialismo capitalista. Um só
exemplo, para ajudar à «fotografia» do gigantesco escândalo que envolve leigos
e altos eclesiásticos promotores da pobreza e da fome «globais»: em 2012, os
100 mais destacados dirigentes financeiros (incluindo bancos, ONG, fundações,
etc.) foram pagos pelo peso de oiro de 241 biliões de dólares. Entretanto,
multidões de seres humanos eram torturadas e imoladas nos altares do lucro, da
fome, da doença, do desemprego e das guerras.
O Papa e os cardeais juram a pés
juntos que não é esta a situação que gostariam de ver instalar-se na Terra. Mas
propõem o regresso à utópica fachada da solidariedade filantrótica dos ricos
para com os pobres, enquanto avalizam projectos neonazis como os de um único
governo mundial capitalista e de uma só central bancária universal.
Na Igreja do Vaticano, a teoria
contradiz a acção. Posição inaceitável para os comunistas mas que estes sabem
distinguir da luta de classes corajosamente assumida por milhões de crentes
católicos ou de outas confissões. Dizia o camarada Álvaro Cunhal, com palavras
límpidas que espelham bem os nossos dias: «Os comunistas não têm uma concepção
ideológica separada de uma intervenção prática. Ao contrário da Religião, não
aceitamos o conformismo e a resignação. Não estamos a lutar por uma concepção;
usamos o conceito como instrumento para solução de problemas concretos da
humanidade e pela transformação de uma sociedade que os venha a resolver…
Estamos cá na Terra, com os pés assentes na terra!...».
Fonte: Avante- imagem internet
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