Segundo Andre Vltchek e Noam
Chomsky em seu livro On Western Terrorism, [1] o governo dos EUA já assassinou
algo entre 55 e 60 milhões de pessoas desde o fim da IIª Guerra Mundial, em
guerras e intervenções por todo o mundo. Se se acredita no que dizem os propagandistas
do império, esse holocausto promovido pelos norte-americanos teria sido grande
defesa da democracia.
Por Kevin Barrett.*
Desde os dias do presidente
Woodrow Wilson – quer dizer, por quase 100 anos – os EUA têm estado empenhados
numa cruzada à sua própria moda, para “tornar o mundo seguro para a
democracia”.
Guerras colossais, quentes e
frias, combatidas contra kaisers e fuhrers alemães, contra comunistas russos e
contra nacionalistas no Terceiro Mundo. E em todos os casos o povo norte-americano
ouviu que estariam “defendendo a democracia”.
Os norte-americanos massacraram
3,5 milhões de vietnamitas, e quase mais outro milhão de cambojanos, para
“defender a democracia” no sudeste da Ásia.
Assassinaram milhões de
iraquianos com guerras e sanções para “defender a democracia” no Oriente Médio.
Segundo Andre Vltchek e Noam
Chomsky em seu livro On Western Terrorism, [1] o governo dos EUA já assassinou
algo entre 55 e 60 milhões de pessoas desde o fim da IIª Guerra Mundial, em
guerras e intervenções por todo o mundo. Se se acredita no que dizem os
propagandistas do império, esse holocausto promovido pelos norte-americanos
teria sido grande defesa da democracia.
Mas o que se vê hoje, às vésperas
da a Iª Guerra Mundial completar o 100º aniversário, é que os EUA já embarcaram
em nova cruzada – dessa vez para tornar o mundo ainda mais INSEGURO para a
democracia.
Na Ucrânia, na Venezuela e na
Tailândia, os EUA estão gastando bilhões de dólares para derrubar –
inconstitucionalissimamente – governos democraticamente eleitos.
Na Palestina, os EUA estão
tentando derrubar o governo democraticamente eleito do Hamás desde o dia em que
chegou ao poder.
No Egito, os EUA – por pressão
dos sionistas – derrubou recentemente o único governo jamais eleito democraticamente
no país, em 5 mil anos de história documentada.
Na Síria, os EUA insistem que o
povo sírio não teve a oportunidade e os meios democráticos para reeleger
democraticamente Assad, e não importa quantos observadores internacionais
estejam presentes para comprovar que as eleições são livres e limpas.
E na Turquia, os EUA só fazem
minar o governo democraticamente eleito do primeiro-ministro Erdogan,
favorecendo Fethullah Gulen – o fantoche que a CIA quer “eleger” lá.
Considerando o longo prazo, os
EUA trabalham incansavelmente para destruir a democracia no Irã, na Rússia e na
América Latina.
Por que, diabos, o governo dos
EUA odeia a democracia?
Porque os banqueiros
internacionais que são proprietários do governo dos EUA e comandam o império
norte-americano nem sempre podem comprar votos em quantidade suficiente para
impor o desejo deles a um país inteiro. Assim sendo, a democracia é ótima – desde
que os eleitores elejam o candidato da Nova Ordem Mundial. Mas se acontece de
os eleitores votarem em candidato que não convém aos oligarcas… Preparem-se,
que aí vem golpe!
Os banqueiros derrubarão qualquer
governo que se oponha a eles – mesmo nos EUA. O “término com detrimento
extremo” [orig. termination with extreme prejudice] da presidência de John F.
Kennedy foi mensagem clara enviada a todos os futuros presidentes dos EUA.
Mayer Rothschild disse, em frase
que ganhou fama, que “Deem-me o controle sobre o dinheiro do país e pouco me
importa quem escreva as leis”. Exagero, é claro. Os banqueiros da Nova Ordem
Mundial gastam muito dinheiro para derrubar governos democraticamente eleitos
por todo o mundo, precisamente porque eles se importam, sim, E MUITO, com quem
escreva e faça cumprir a lei.
Agora, os banqueiros da Nova
Ordem Mundial estão destruindo a Ucrânia em movimento geoestratégico contra a
Rússia, onde Putin impôs rédea curta aos oligarcas russo-sionistas e meteu uma
pedra no caminho do projeto de governança mundial dos banqueiros. Sim, o
presidente Yanukovich da Ucrânia venceu eleições livres e justas. Mas a
democracia nada significa para os faraós psicóticos da grande finança e seus
pistoleiros neoconservadores alugados.
Os banqueiros (e os governos
ocidentais que eles controlam) estão também tentando derrubar o presidente
Nicolas Maduro da Venezuela, que chegou ao poder, pelas urnas, depois que a CIA
assassinou o presidente Hugo Chávez. O presidente Maduro superou todos os
esforços que os banqueiros empreenderam para derrotá-lo nas eleições do ano
passada; agora, é o presidente democraticamente eleito da Venezuela. Nada disso
impediu os banqueiros de tentarem derrubá-lo com um golpe pseudo populista.
Na Tailândia, os banqueiros e
seus cleptocratas locais estão tentando derrubar o governo democraticamente
eleito da primeira-ministra Shinawatra. Aparentemente, os esforços de
Shinawatra para garantir educação e assistência à saúde públicas aos cidadãos,
e infraestrutura, e um salário mínimo, ofendeu os oligarcas.
Na Ucrânia, na Venezuela, na
Tailândia, como antes na Síria e no Egito, os banqueiros está acrescentando
violência ao seu joguinho de “revoluções coloridas”, o plano que conceberam
para destruir a democracia. Parece incoerente, porque o intelectual-pau-mandado
da Nova Ordem Mundial, Gene Sharp, chamado “o Maquiavel da não violência”,
pregava que as “revoluções coloridas” originais sempre seriam levantes
pacíficos e democráticos.
Mas as chamadas “revoluções
coloridas” inventadas por Sharp, a começar pela Revolução Rosa, na Geórgia, em
2003 e pela Revolução Laranja, na Ucrânia, em 2004, jamais foram genuínas
revoluções do povo. Foram tentativas de golpe, orquestradas pelos banqueiros, e
desde o primeiro momento. George Soros cuidaria de encaminhar o dinheiro dos
Rothschild para o bolso de apparatchiks sedentos de poder, que inundariam seus
países-alvos com propaganda e alugariam paus-mandados para vestirem camisetas
de uma ou outra cor, posarem para as imagens de jornais e televisões e fazerem-se,
eles mesmos, de “o espetáculo”, na esperança de, assim, seduzir jovens tolos
(ou arrogantes) ou ingênuos para que se unam à “revolução” – cujo objetivo real
é sempre instalar no poder um fantoche da Nova Ordem Mundial.
Mas agora, até a falsidade da não
violência já desapareceu. A máscara risonha de Mickey Mouse da Nova Ordem
Mundial caiu, revelando a bocarra sedenta de sangue dos banqueiros satânicos,
empenhados em impor ao mundo uma só grande ditadura orwelliana.
Na Síria, o “levante pacífico” de
março de 2011 tornou-se pretexto para mandar para lá bandidos e terroristas
pesadamente armados, com a missão de desestabilizar o país. No Egito, o
“levante” gerado pelos banqueiros no verão passada virou desculpa fabricada
para um violento golpe de Estado. Na Tailândia, Venezuela e Ucrânia, os
banqueiros pagam torcidas organizadas para encenar protestos violentos,
destruir propriedade pública, combater contra a polícia e incitar cada vez mais
violência – na expectativa de, assim, conseguir derrubar governos
democraticamente eleitos.
Isso é puro fascismo.
O fascismo é falsamente “das
massas”. Sempre há fascistas fantasiados de “revolucionários”, pagos para usar
uniformes de uma ou outra cor, marchar em passo-de-ganso pelas praças, derrubar
governos democraticamente eleitos… e pôr no poder uma ditadura velada dos mais
ricos, na qual se misturam o poder das empresas e o poder do estado/governo.
Foi o que fez Mussolini em 1922.
Foi o que fez Hitler em 1933. E é o que os neoliberais neoconservadores e seus
patrocinadores banqueiros estão fazendo hoje… por todo o mundo. O incêndio do
Reichstag de 11/9, que pôs a única superpotência na direção do total fascismo,
foi o tiro que desencadeou a avalanche.
Objetivo da jogatina: uma
ditadura fascista global, que faria o IIIº Reich parecer piquenique no parque.
Só há um meio para derrotar esses
monstros. Todas as grandes fortunas, a começar pelos tesouros de trilhões de
dólares das hordas de Rothschilds e amigos, têm de ser confiscadas e devolvidas
aos cofres públicos. Todos os grandes bancos têm de ser estatizados e suas
operações terão de ser tornadas absoluta e completamente transparentes. Todas
as maiores empresas, a começar pelas empresas proprietárias dos veículos da
chamada “grande” imprensa têm de ser estatizadas, em seguida partidas em várias
pequenas empresas regidas por legislação antitruste.
Essa revolução – para derrubar a
oligarquia global – é a única revolução que realmente importa.
Nota dos Tradutores
[1] CHOMSKY, Noam; VLTCHEK,
André. On Western Terrorism,
Londres: Pluto Press, 2013, 208 p.
___________________________
* Dr. Kevin Barrett, é Ph.D.,
arabista-islamologista e um dos principais críticos norte-americanos da Guerra
ao Terror. Comentou muitas vezes na FoxNews, CNN, PBS e outros canais de mídia
eletrônica; publicou artigos de opinião no New York Times, no Christian Science
Monitor, no Chicago Tribune e em outras publicações líderes. Lecionou em
faculdades e universidades em San Francisco, Paris e Wisconsin, onde ele
concorreu para o Congresso em 2008. É co-fundador da Muslim-Christian-Jewish Alliance, e autor dos livros
Truth Jihad: My Epic Struggle Against the 9/11 Big Lie (2007) e Questioning the
War on Terror: A Primer for Obama Voters (2009). Seu site é
www.truthjihad.com
Traduzido pelo pessoal da Vila
Vudu
Fonte: Desacato,info e Rede Castor Photo
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