O que está em curso na Venezuela
e na Ucrânia, então denominados pela imprensa nazifascista como sendo “
espetaculares manifestações pela
democracia”, resume-se numa única
expressão: golpe. A grande tristeza disso tudo é que a história humana
sempre foi marcada por assaltos
violentos contra os direitos dos povos, sobretudo o de serem livres.
Os detentores históricos dos Meios de
Produção, notáveis criminosos espalhados pelos quatro cantos do mundo, não
perdoam quando suas vítimas, sim, aquelas mais humildes e chamadas de preferenciais, começam a roer as amarras que os oprimem. A
expectativa da descoberta e da
aproximação de um novo Modo de Produção pela
explorada classe trabalhadora é algo
que tira o sono desses grandes e “invisíveis” criminosos.
Estes, protegidos pela
desinformação e acobertados pelas
máfias midiáticas prosseguem fazendo
estragos gigantescos na sociedade.
Protelam, tacham os movimentos populares, fomentam os anais historiográficos
com mentiras, sevícias e
tergiversam revoluções
.
O Socialismo
anunciado por Marx, em meados do
século XIX, é a única coisa que temem. Na verdade eles tremem quando as massas, ganhando as ruas e as
tornando vermelhas, anunciam uma nova
ordem. Na verdade, talvez pensem, nenhum tipo de crime compensa.!! Talvez nada pensem!!
Muito recentemente, não deveríamos esquecer, fizeram o
mesmo com os eslavos do sul da
Europa. As mesmas organizações e agentes
criminosos venderam, por meio da
grande imprensa mundial, a necessidade
de invadir a região sob o pretexto de
buscar a paz. A ONU, a serviço
do imperialismo europeu e de
Washington, tão logo os conflitos se
ampliaram com a divulgação de ampla
campanha dolosamente criminosa e
desinformativa, aprovou por unanimidade a Resolução 721 de 27 de
novembro de 1991, que encontrou uma maneira de estabelecer “operações de manutenção
da paz na Iugoslávia”. Somente os fracos é que pensaram e acreditaram nas inúmeras falácias desse grande circo .
O pior é que esse “circo” ainda tem público, e não é pequeno. O que relata o sacerdote panamenho, voz solitária (
conta-se com muita folga
a quantidade de religiosos que
enfrentam e têm coragem de
denunciar esse tipos de crimes, a maioria são coniventes com a grande imprensa
), sobre vários indicadores
deliberadamente olvidados pela criminosa imprensa é algo que dá nojo. A matéria da Prensa Latina que segue
abaixo.
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Venezuela - Prensa Latina - O
sacerdote jesuíta panamenho Jorge F. Sarsaneda Del Cid formula na rede 15
perguntas ignoradas pela grande imprensa que colocam em evidência diversos
aspectos e permitem analisar as motivações da violência desatada pela direita
fascista na Venezuela:
1. Por que dizem que na Venezuela
se sofre com uma grave falta de alimentos, justificando assim destruição e
incêndios, se foi um dos quatro países da América Latina com menos fome em 2012
(de acordo com a FAO e a OMS), inferior a 5%, e um dos países com maior índice
de crianças e jovens obesos?
Seguindo a lógica dominante, por
que não há protestos piores em um país vizinho como a Colômbia, no qual a fome
foi sentida por 12.6% da população, isto é, quase o triplo da Venezuela?
2. Se as causas dos ataques,
incêndios e manifestações é a escassez de produtos básicos, por que se observam
ações de tipo político e não roubo de lojas e armazéns, o que seria de se
esperar quando se trata de carência generalizada? Por que um dos dirigentes
opositores, Henrique Capriles, afirma que se deve a "falta de
remédios" se os avanços em saúde na Venezuela estão entre os mais
destacados da região?
3. Por que tanta violência pela
suposta "ausência" ou falta de acesso a comida se a revista 'The
Economist' publicava esta semana que a escassez só afetou cerca de 28% dos
produtos? Por que os mesmos analistas não preveem algo parecido na República
Dominicana, país no qual o 'Latinobarómetro' detectou que ao redor de 70% da
população não tem dinheiro suficiente para comprar a comida do mês?
4. Por que o epicentro dos
protestos pela "escassez" é a Praça Altamira, no meio de bairros de
classe alta e habitantes com pele tão branca? Não seria mais lógico em bairros
pobres e população mestiça, já que a Venezuela é o segundo país com maior
proporção de afrodescendentes da América do Sul, depois do Brasil?
5. Por que a Unesco reconhece a
Venezuela como o quinto país com maior matrícula universitária do mundo, que
cresceu mais de 800%, sendo que ao redor de 75% em educação superior é pública,
e no entanto não se conhece nenhuma luta do "movimento estudantil"
atual, enquanto há "estudantes" marchando contra "torturas"
e por "comida"?
6. Se os estudantes da educação
superior na Venezuela já superam 2,6 milhões (isto é, ao redor de 20 vezes a
população estudantil do Panamá), por que as manifestações são mais em forma de
focos ou grupos de dezenas ou, no máximo, centenas de pessoas?
7. Se o comum e corrente é que os
estudantes ou sindicatos marchem por mais benefícios e serviços públicos, assim
como leis mais democráticas e equitativas, por que os "estudantes"
que marcham na Venezuela o fazem por papel higiênico, defendendo a propriedade
privada da imprensa ou do comércio para bens de consumo?
8. Por que não se sabe ainda o
nome de nenhuma federação ou organização estudantil, nenhuma pauta de
reivindicações, nem o nome de nenhum de seus mais importantes dirigentes ou
membros de diretoria, mas sim os nomes de notórios e antigos líderes da oposição
partidária e eleitoral, envolvidos nas ações golpistas de 2002 e 2013?
9. Por que e quem produzem as
imagens falsas de torturas, assassinatos e humilhações posteriores aos confusos
fatos de 12 de fevereiro de 2014, manipulando fotos do Chile, da Europa ou da
Síria para que apareçam nas redes sociais e até em meios de comunicação como a
CNN como se fossem na Venezuela? Que liderança democrática e civil já usou
manobras como essa na história universal?
10. Se os bolivarianos e seus
aliados ganharam as eleições de 2012 e 2013, incluídas as municipais mais
recentes de dezembro passado, quando obtiveram 55% dos votos e 76% das
prefeituras, por que se fala que o oficialismo é hoje "minoria"? Por
que sua renúncia ou um referendo revocatório é proposta como saída para "a
crise", fora de todos os prazos e procedimentos legalmente estabelecidos
para isso na Constituição feita com a própria liderança bolivariana?
11. Por que se invoca a falta de
diálogo se há apenas dois meses foi realizado na Venezuela um encontro
histórico entre o Executivo nacional e todos os prefeitos recém eleitos,
incluindo opositores, contando assim com a participação de todos os partidos e
posições? Com quem se dialoga, quem dirige ou lidera "a crise"?
12. Por que o principal - e
praticamente único - porta-voz das manifestações, supostamente pacíficas e
alentadas pela "ineficiência" do governo, é Leopoldo López, pessoa
que não conta com nenhuma representatividade, salvo a de seu minúsculo partido,
e seu chamado mais importante é há meses "tirar aqueles que
governam"? O que o Tea Party (ultra-direita dos EUA) tem a ver com tudo
isso, já que a relação extremamente próxima com López é muito conhecida?
13. Por que não usam os governos
dos estados, as prefeituras e os assentos nas Assembleias nacional e estatais
para propor um programa de ações pacífico e político, e por que não canalizam
através de sua enorme incidência midiática as denúncias de
"corrupção", "fraude", "totalitarismo",
"fome" e "repressão" com provas contundentes e inegáveis - não
por twits, nem cápsulas de Youtube - como sim faziam as oposições a Trujillo,
Balaguer, Pinochet ou Videla?
14. Por que se protesta, se na
Venezuela mais de 42% do orçamento do Estado é destinado aos investimentos
sociais? Segundo dados internacionais, cinco milhões de pessoas saíram da
pobreza, então quem está protestando? Por que se protesta se o analfabetismo
foi erradicado? Do que reclamam os estudantes se o número de professores nas
escolas públicas se multiplicou por cinco (de 65 mil a 350 mil) e foram criadas
11 novas universidades?
15. Por que...?
Poderíamos seguir acrescentando
perguntas. A verdade é que, como latino-americanos, enquanto nos insultamos,
acusamos e desqualificamos, os "grandes do mundo" fazem seus cálculos
para nos tirar o petróleo, o cobre, o lítio, a água e tantas outras riquezas
que temos. Aí é onde temos que colocar nossa atenção...
Fonte: Diario Liberdade
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