Alba Notícias (Redação, com
agências internacionais - de Washington)
Em relação à Síria, Obama está em
situação idêntica à de seu antecessor, George W. Bush, em relação aos informes
da inteligência norte-americana sobre as armas de destruição em massa no Iraque
Apesar da administração Obama
estar supostamente informada “com alta precisão” de que o governo da Síria
perpetrou um ataque com armas químicas no dia 21 de agosto, nos arredores de
Damasco, contra a população civil, dezenas de ex-militares dos EUA e
funcionários da inteligência norte-americana estão dizendo ao presidente que
estão recolhendo informações diametralmente opostas à história oficial.
Um memorando para o presidente,
do instituto Veteran Intelligence Professionals for Sanity (VIPS), vazado para
a mídia norte-americana, neste sábado, traz como assunto a questão: Será a
Síria uma armadilha?. A prioridade do documento foi classificada como
“Imediata”. A mensagem, publicada na página Consortium News, aparece assinada
por uma lista de veteranos da inteligência norte-americana, encabeçada por
Thomas Drake, aposentado como executivo sênior da National Security Agency
(NSA, na sigla em inglês), Philip Giraldi, na reserva como oficial de operações
da Central Inteligence Agency (CIA, também na sigla em inglês), Matthew Hoh,
capitão reformado da Marinha dos EUA, com serviços prestados no Iraque e no
Afeganistão, no Foreign Service Office, e Larry Johnson, também aposentado pela
CIA, com serviços prestados ao Departamento de Estado norte-americano,
Segundo a mensagem ao presidente
Barack Obama, ex-companheiros de trabalho dos agentes assinam: “estão dizendo,
categoricamente, que ao contrário do que afirma a sua administração, a
informação mais fidedigna mostra que (o presidente da Síria) Bashar al-Assad
não é o responsável pelo acidente químico que resultou em civis mortos e
feridos em 21 de agosto, e que os funcionários dos serviços de inteligência
britânicos também o sabem”.
“Neste breve informe, optamos por
assumir que o Sr. não tenha sido plenamente informado, porque seus assessores
decidiram lhe oferecer a oportunidade do que comumente se conhece com “negação
plausível”. Já passamos por isso antes, com o presidente George W. Bush, a quem
lhe dirigimos nosso primeiro VIPS memorandum, imediatamente após o discurso de
Colin Powell na ONU, em 5 de fevereiro de 2003, quando se descobriu a
“inteligência” fraudulenta para apoiar um ataque ao Iraque.
Naquele momento, optou-se por dar
ao presidente Bush o benefício da dúvida, pensando que ele teria sido enganado
ou, no mínimo, muito mal assessorado. A natureza fraudulenta do discurso de
Powell era uma obviedade”, afirma o texto.
Ainda segundo os veteranos, as
fontes que eles ouviram, de dentro do governo Obama, sabem que “houve um
acidente no manuseio de armas químicas mas insistem, sem nenhuma dúvida, que o
incidente não foi resultado de um ataque perpetrado pelo exército sírio com
armas químicas do arsenal militar. O que nos informam é que o diretor da CIA,
John Brennan, está perpetrando uma fraude idêntica à que ocorreu nos momentos
que antecederam a Guerra do Iraque junto aos membros do Congresso e aos meios
de comunicação, ao público e até ao senhor presidente”.
Fonte: PCB
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