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sábado, 18 de maio de 2013

Dilma será uma Merkel à brasileira?



Rede democratica- A revelação do passado progressista e comunista da "dama de ferro" neoliberal da Alemanha, Angela Merkel, já leva companheiros da esquerda brasileira a comparar a trajetória dela que mudou de lado e foi pra direita com a da nossa Presidenta Dilma. 

Pois Dilma Rousseff, apesar do seu passado de revolucionária e guerrilheira, hoje governa seguindo a cartilha privatista ditada pelo neoliberalismo, como fica evidênciado nos recentes casos das privatizações do petroleo e da infra-estrutura brasileira, na indiferença para com os movimentos populares e sociais, os índios e sem-terras e nos privilégios aos oligopólios capitalistas.

Passado comunista constrange Angela Merkel

Vista como a “mulher mais poderosa do mundo”, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, que viveu até os 35 anos do outro lado da Cortina de Ferro, na Alemanha Oriental, teria participado muito mais do sistema político comunista do que era conhecido até agora.

O livro “Das erste Leben der Angela M.” (“A primeira vida da Angela M.”), escrito pelos jornalistas Ralf Georg Reuth e Günther Lachmann, afirma que Merkel - funcionária do sistema como secretária para agitação e propaganda da Juventude Livre Alemã (FDJ) - foi uma comunista convicta.


- Ela era uma comunista reformista e não queria a reunificação alemã - diz um dos autores.

A pouco mais de quatro meses das eleições federais, quando Merkel tenta uma reeleição pela segunda vez com alta popularidade e chances de vitória, as "denúncias" de Reuth, do jornal Bild Zeitung, e de Lachmann, do Die Welt, podem reduzir as chances da União Democrata Cristã (CDU) ao "abalar" a imagem da sua candidata direitista junto ao seu eleitorado conservador. E, ironicamente ajudar na vitória do candidato da oposição, Peer Steinbrück, do Partido Social-Democrata (SPD), partido teoricamente de "esquerda" mas também neoliberalizado com o conjunto da social-democracia européia.

A chefe do governo ficou na defensiva. Depois de assistir ao filme “A lenda de Paul e Paula” - uma das mais famosas produções da era comunista - num festival da Academia de Cinema de Berlim anteontem, a chanceler alegou ter contado aos autores apenas o que lembrava, sem intenção de ocultar nada. E desconversou:

- Talvez haja outras coisas sobre as quais não falei antes porque ninguém nunca perguntou.

Negação do passado

Merkel havia negado, até agora, ter ingressado na organização Despertar Democrático só em dezembro de 1989, depois da Queda do Muro. Antes do fim do regime, a agremiação era a favor da preservação do socialismo, com reformas. Merkel disse na ocasião não ser favorável a que seu país, a República Democrática Alemã, adotasse o modelo político da Alemanha Ocidental.

Até agora, Merkel tinha negado veementemente também ter sido secretária para agitação. Mas no livro, que teve trechos publicados pela revista “Focus” na edição que circulou ontem, Günter Walther, ex-colega de Merkel na FDJ, revela:

- Angela Merkel era secretária para agitação e propaganda!

Nessa função, a doutora em Física e integrante da Academia de Ciências de Berlim Oriental era responsável pela formação política dos jovens dentro dos ideais humanistas e progressistas defendidos pelos comunistas.

O porta-voz do governo, Steffen Seibert, defendeu que a chanceler sempre respondeu às perguntas sobre o seu passado na República Democrática Alemã - RDA (Alemanha Oriental), honestamente, com base em suas recordações.

Em 2004, porém, em entrevista ao jornalista Hugo Müller-Vogg, Merkel negou ter tido uma função ideológica.

- Agitação e propaganda? Eu não me lembro de ter agitado nada. Eu era encarregada de cultura (da FDJ) - disse a chanceler.

Angela Merkel e FHC: esqueçam tudo que eu disse...

A postura de Angela Merkel, de negação do seu passado, também faz lembrar o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que de sociólogo progressista e de esquerda passou ao presidente neoliberal e entreguista das nossas empresas públicas e riquezas nacionais que nos conclamou a esquecer tudo que ele havia escrito.

Sai dessa privataria, Dilma!

Fiquemos na torcida e principalmente na pressão das manifestações populares para que a nossa Presidenta Dilma não prossiga neste caminho e que ela retome os compromissos assumidos com a nação e os trabalhadores quando da sua eleição. Afinal, não queremos a volta dos tucanos a presidência da república o que representaria um enorme retrocesso para o Brasil e a América Latina com o realinhamento do nosso país com os interesses dos EUA e Europa e o consequente esvaziamento da integração regional dos povos latinos, o fim das conquistas e programas sociais que para as classes dominantes nunca passaram de "populismo" pois para elas não interessa esta estória do governo ficar dando assistência, oportunidade e dinheiro para pobre. Para a classe exploradora, dinheiro público é só para aos bancos, multinacionais, mídia empresarial, latifundios e demais grandes conglomerados capitalistas.

Mas também não podemos aceitar que o nosso governo eleito pelas forças populares e progressistas continue se rendendo ao modelo neoliberal e capitulando ante os interesses escusos e mesquinhos das oligarquias nacionais e estrangeiras pois assim nunca o Brasil vai superar a pobreza, a desigualdade social, a dependência externa e nem o subdesenvolvimento.

Com informações das agências de notícias

Fonte:  site  rede democrática. org

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