A Coreia do Norte decidiu retirar
todos os seus 56 mil trabalhadores do complexo industrial operado pelas duas
Coreias.
O governo de Pyongyang anunciou que as
operações no complexo industrial de Kaesong serão temporariamente suspensas e
que o futuro das instalações será examinado.
Segundo um responsável norte-coreano esse
futuro vai depender da atitude das
autoridades sul-coreanas que considerou como belicosas e tentando fazer daquele
complexo industrial um ponto de confrontação.
Na semana passada a Coreia do Norte deixou de
emitir os vistos diários para a entrada de gestores sul-coreanos assim como de
carregamentos de mercadorias no complexo situado junto à fronteira com a Coreia
do Sul.
Aquelas instalações constituem uma importante
fonte de divisas estrangeiras para Pyongyang visto que os salários dos
operários norte-coreanos entram directamente nos cofres do estado e não nos
bolsos dos trabalhadores de várias pequenas fábricas de montagem de artigos de
consumo doméstico.
Por seu lado, o governo sul-coreano afirmou
que ainda não decidiu se vai retirar os seus gestores do complexo industrial
dizendo apenas que estava em estudo uma decisão sobre o assunto.
Vários analistas têm salientado que a
suspensão das operações no complexo de Kaesong contribuiria significativamente
para o aumento da tensão já de si elevada na península coreana.
Enquanto isso o comandante das forças
americanas na Coreia do Sul, general James Thurman cancelou uma deslocação que
tinha programado a Washington para prestar depoimentos perante várias comissões
do Congresso americano.
Fontes militares disseram que devido à tensão
na região era mais prudente que o general permanecesse na península.
O departamento da defesa americano decidiu por
outro lado adiar o teste de um míssil intercontinental “Minuteman 3”, dizendo
que apesar do exercício nada ter a ver com a Coreia do Norte tinha sido
decidido adiá-lo para não criar mais tensão.
A Coreia do Norte reforçou a sua retórica
belicosa depois da força aérea americana ter enviado dois bombardeiros
estratégicos para a Coreia do Sul no âmbito dos exercícios militares anuais
conjuntos.
Depois do lançamento de um míssil e de um
teste nuclear em violação das sanções da ONU, Pyongyang decidiu cancelar o
armistício que pôs termo á guerra da Coreia em 1953, ameaçou atacar os Estados
Unidos e as suas bases no pacífico com armas nucleares e declarou que um estado
de guerra permanece entre o Norte e o Sul.
Fonte: site Voa português.com
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