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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Malvinas: A justiça internacional presta contas


Não seria de  estranhar se  alguém, desafortunadamente ?!!, tachasse a ONU de ineficiente e venal  quando da aplicação do Direito Internacional, sobretudo quando nas partes envolvidas  encontrar-se   um país  que não fizesse parte do cognominado  “ clube dos  ricos”.

  A ONU   atua na defesa dos interesses  imperialistas.     Isso não é nada de novo,  vem de longe.  Na história há exemplos gritantes e frequentes   da conduta lastimável desse organismo internacional.  Aqui, bem ao nosso lado, ou alhures.  Não há como poder negar sua existência.   Ficamos apenas na expectativa e torcendo para  que vozes   se voltem contra  esse tipo de acontecimento.  Até quando  os homens continuarão  olhando para o mundo  pelo crivo da hipocrisia.

Parece não haver saída, pelas vias pacíficas e do Direito, para esse tipo de  fenômeno cada vez mais comum:   invasão e  atos  criminosos     levados a termo pelos   ricos sobre bens, riquezas e   coisas  que não lhes pertencem.   É,  a   fórmula é a mesma .  Ela  é  atrevidamente abusada,  deletéria  e se perpetua   há séculos.            Até quando?!!

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Buenos Aires- PL- Cento oitenta anos depois que a Armada Real Britânica usurpou as Ilhas Malvinas prejudicando a integridade territorial argentina, a solução da controvérsia pela soberania sobre esses territórios põe em teste a justiça de todo o sistema internacional.
 Esta foi a opinião manifestada pelo chanceler Héctor Timerman durante a visita realizada nesta semana a Londres para se reunir com parlamentares britânicos e com 18 grupos europeus que primam pelo diálogo entre a Argentina e o Reino Unido como via de solução pacífica e definitiva do dissenso.

 O das Malvinas, explicou Timerman, não é um caso mais de colonialismo, senão uma situação que põe em teste a justiça de todo o sistema internacional, pois é inaceitável que por seu poderio militar ou por fazer parte do clube das grandes potências alguns Estados se omitam das resoluções das Nações Unidas.


 A avaliação aludia desse modo ao fato de que ainda desde 1965 quando a esta parte a ONU aprovou mais 40 ditames que diziam restabelecer o diálogo entre Buenos Aires e Londres, este último se omitiu do mandato da comunidade internacional.

 A isso deve ser acrescentado que apesar da explícita rejeição exposta em 1985 pelo máximo organismo mundial à aplicação, no caso das Malvinas, do direito de autodeterminação, o governo britânico se escuda precisamente neste princípio para convocar um referendo entre os moradores das ilhas.

 A consulta, prevista para o próximo março e na qual se consultará aos "kelpers" se desejam que as ilhas conservem seu status político atual como um Território de Ultramar do Reino Unido, "não tem nenhum valor legal", disse Timerman, que estimou que a ação "tem o espírito de fazer uma campanha publicitária".

 Os que desejamos um mundo mais justo, onde o direito se imponha à prepotência militar, redobraremos esforços para que o Reino Unido retome as negociações, insistiu o chanceler.

 ANTES DE LONDRES

A viagem do ministro argentino de Exteriores a Londres esteve precedida pela publicação de uma carta deste dirigida ao seu par britânico, William Hague, que condicionou a possível realização de um encontro à participação dele de uma representação dos colonos ingleses.

 As Nações Unidas, recordou a carta, só reconhece ao Reino Unido e a Argentina como parte da disputa pela soberania das Ilhas Malvinas, portanto incluir uma terceira parte não seria correto.

 "Qualquer outra forma de proceder -argumentou Timerman já em Londres- seria permitir um ato de usurpação e aceitar que os habitantes das ilhas se transformem em árbitros de uma disputa territorial da qual seu próprio país é parte".

 O prolongado dissenso territorial entre a Argentina e a Grã-Bretanha se viu agudizado no ano passado pela crescente atividade militar realizada pela potência europeia nas Malvinas e seus mares circundantes, bem como pelo fomento de atividades ilegais de exploração e exploração dos recursos naturais existentes ali.

 Quase a fins de 2012, ademais, o Reino Unido acrescentou um novo ingrediente à discórdia ao resolver batizar com o nome de Terra da Rainha Isabel uma área da Antártida de uns 437 mil quilômetros quadrados pertencente à Argentina, mas que os britânicos se adjudicam pela posse ilegal que exercem sobre as Malvinas.

 Em janeiro passado, o Governo argentino se viu obrigado a repudiar as ameaças militaristas do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que assegurou que Londres estaria disposta a lutar se fosse necessário para conservar as Malvinas.

 A agressividade das palavras de Cameron ratificam a denúncia realizada pela Argentina nas Nações Unidas sobre a militarização do Atlântico Sul e a possível presença de armas nucleares introduzidas pela potência colonial, destacou então a chancelaria local em um comunicado.

 Em declarações ao canal de televisão BBC1, Cameron se vangloriou de ter "importantes meios de defesa" e considerou "absolutamente primordial" manter aviões de caça e tropas estacionadas no território em disputa.

 Sobre o tema, a nota instou Cameron a não utilizar "as legítimas e pacíficas reclamações" argentinas contra a usurpação de parte de seu território e contra o colonialismo como desculpa para seguir sustentando a indústria armamentista, ao invés de paliar a severa crise social que afeta a Europa.

 * Correspondente de Prensa Latina na Argentina

 Fonte: site Prensa Latina

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