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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Grã Bretanha .Um dos maiores centros especulativos em escala mundial.


A Citi de Londres, junto com Wall Street, é o principal centro da especulação financeira e funciona em cima de recursos públicos obtidos em cima de dinheiro criado a partir do ar, sem lastro produtivo

O ministro das Finanças da Grã Bretanha, George Osborne, foi acusado de ter apropriado na contabilidade do governo £ 35 bilhões de “lucros” provenientes das emissões de papel moeda podre, sem lastro produtivo, pelo BoE (Banco da Inglaterra), por meio do programa QE (quantitative easing  ou alívio quantitativo), com o objetivo de camuflar o incumprimento das metas neste ano.

Essa operação não representa nenhuma novidade no contexto da economia capitalista parasitária. Aliás, essa é a norma – manipulações contábeis, propaganda demagógica em larga escala, e especulação financeira em cima de recursos públicos com o objetivo de garantir os lucros dos capitalistas a qualquer custo.

A manobra foi feita a menos de um mês do pronunciamento de outono, quando Osborne será obrigado a reconhecer o aprofundamento da crise capitalista no País. A economia está à beira da recessão e a indústria já está em recessão há vários meses.

Dos £ 35 bilhões desses “lucros”, o governo pretende transferir £ 11 bilhões, que representam 0,7% do PIB, como receita do governo até o mês de março. O restante será transferido nos próximos dois anos. Nos últimos quatro anos, o Tesouro emitiu £ 375 bilhões, a partir do ar, sem lastro produtivo, dentro do programa QE, destinado basicamente à compra de títulos podres das multinacionais.

O cinismo do governo ficou claro nas declarações de Osborne: a operação tem como objetivo melhorar o fluxo de caixa seguindo o padrão em vigência nos EUA e no Japão. “Somos totalmente transparentes em relação a isso”.

A Citi de Londres é um dos maiores centros especulativos em escala mundial

A Citi de Londres, junto com Wall Street, representa o principal centro da especulação mundial. Os bancos imperialistas norte-americanos e britânicos são os grandes responsáveis pelas crescentes emissões de derivativos financeiros que hoje superam em mais de 10 vezes o PIB mundial. O recente escândalo da manipulação da taxa Libor deixou muito claro como o sistema financeiro funciona, pois alguns décimos para cima ou para baixo no percentual da taxa de juros, que referencia acima de US$ 500 trilhões anuais em transações financeiras, podem significar bilhões em lucros.


Londres é um dos grandes centros onde é lavado o dinheiro proveniente das chamadas operações ilícitas, tais como o tráfico de drogas, contrabando de armas e prostituição, um dos destinos do dinheiro da corrupção e da evasão de impostos. Quando esses crimes aparecem sempre são punidos por valores muito menores aos lucros obtidos. No caso da Libor, o banco Barclays foi penalizado com uma multa de £ 290 milhões, muito abaixo dos bilhões obtidos como lucro. Mas escândalos similares, e ainda mais escabrosos, têm aparecido em relação ao HSBC, o Standard Charter, o Royal Bank of Scotland, o Lloyds de Londres e muitos outros, que também pagaram multas irrisórias.

Apesar das obscenas taxas de lucro, o sistema financeiro encontra-se afundado em tremenda crise e somente funciona em cima dos recursos públicos. A dívida dos bancos britânicos soma mais de 200% do PIB.

Fonte: site PCO

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