Brizola recebe Jango no
Piratini l Foto: Acervo Fotográfico do Museu da Comunicação Hipólito José da
Costa
A versão oficial de que Jango,
como era conhecido o ex-mandatário deposto em 1964, teria morrido de ataque
cardíaco em 1976 foi contestada pelo ex-agente do serviço secreto uruguaio
Mario Neira Barreto.
A morte do ex-presidente brasileiro João
Goulart pode ter sido intencional, realizada por agentes da ditadura militar. A
versão oficial de que Jango, como era conhecido o ex-mandatário deposto em
1964, teria morrido de ataque cardíaco em 1976 foi contestada pelo ex-agente do
serviço secreto uruguaio Mario Neira Barreto. Segundo ele, Goulart foi morto
por envenenamento.
Em entrevista à Empresa
Brasileira de Comunicação (EBC), Neira conta como foi planejada a morte do
ex-presidente. Ele diz que Jango representava uma ameaça à ditadura, pois era
quem poderia levar o Brasil de volta à democracia.
“Jango era o pivô porque
forneceria as passagens, iria aos Estados Unidos e voltaria com toda aquela
imprensa a Brasília, [passando] primeiro em Assunção, onde seria o conclave, a
reunião de todas as facções políticas do Brasil que se encontravam dispersos e
exilados, e ele faria possível essa reunião. Não era bom para o Brasil, não era
bom para os militares, para a ditadura. Daí que foi decidido que o Jango
deveria morrer.”
O ex-presidente morreu no estado
de Corrientes, na Argentina, onde estava exilado. Amigos e familiares de
Goulart e, também, especialistas sempre levantaram suspeitas de que sua morte
tivesse sido praticada por agentes da Operação Condor. Esta era uma aliança
entre as ditaduras dos países da América do Sul a partir dos anos de 1960 para
reprimir e eliminar opositores.
Uma autópsia do corpo de Jango
nunca foi autorizada pela família. Porém, os familiares chegaram a pedir uma
investigação do Ministério Público Federal (MPF), só que o processo foi
arquivado por ter prescrito (passado o prazo de julgamento).
Fonte : site Radioagência NP, Vivian Fernandes.
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