Quito- O presidente de Equador, Rafael Correa,
reiterou hoje suas denúncias de ingerência dos Estados Unidos durante uma
entrevista via Internet com Julian Assange, em seu programa "O mundo de
manhã", transmitido por Atualidad RT.
Meios radias e digitais de Equador reproduziram fragmentos deste novo
capítulo da série de entrevistas de Assange, que foi estreado no portal web RT
no passado 17 de abril, data na que se cumpriram 500 dias do bloqueio financeiro
a WikiLeaks, e hoje dedica a Correa.
"Veja, como diz o presidente boliviano
Evo Morais, o único país que pode estar seguro que nunca vai ter golpes de
estado é os Estados Unidos, porque não tem Embaixada estadunidense", foi a
frase utilizada por Correa ao iniciar sua entrevista com o criador de
WikiLeaks.
Em resposta a uma pergunta de Assange sobre o
tema da base de Manta fechada por Correa, a resposta foi cortante: "Mas
você aceitaria uma base estrangeira em seu país, Julian?".
"Si o assunto é tão simples, si não há
nenhum problema em ter uma base estadunidense em Equador, perfeito. Nos podemos
licença para instalar essa base, desde que deem-nos licença para instalar uma
base militar equatoriana em Miami", comentou Correa.
Ao introduzir Assange o tema dos cabos
revelados por Wikileaks sobre a ingerência do Governo estadunidense através de
sua Embaixada em Quito, Correa respondeu que seu governo não tem nada que
ocultar.
Os WikiLeaks fortaleceram-nos porque as
grandes acusações da Embaixada eram o excessivo nacionalismo e a defesa da
soberania do Governo equatoriano. E por suposto que somos nacionalistas,
recalcou, e por suposto que defendemos a soberania do país.
Ante uma pergunta sobre a imprensa e a
liberdade de expressão, Correa respondeu: "Você é uma muito boa mostra de
como é a imprensa e a Sociedade Interamericana de Imprensa, que não é outra
coisa que um grêmio de donos de jornais na América Latina".
No caso de Equador, agregou, ficou demonstrado
como de forma descarada os meios não publicaram os cabos que os prejudicavam,
por exemplo, disputas entre grupos informativos, e ao final chegam a um acordo
de não publicar seus trapos sujos para não se fazer dano.
fonte: Prensa Latina
Nenhum comentário:
Postar um comentário