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terça-feira, 22 de maio de 2012

24 de maio. Médicos do Iamspe paralisam atividades na quinta


Médicos do Iamspe paralisam atividades na quinta-feira (24 de maio)

 Em regime de greve escalonada desde 13 de abril, os médicos do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) foram comunicados por uma liminar da 14ª Vara da Fazenda Pública do Fórum Central, assinada, última quarta-feira (16/5), que suspende a mobilização da categoria.

 De acordo com o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), a administração estadual fez alegações falsas sobre o movimento grevista, o que gerou a restrição.

 Durante assembleia, realizada na última sexta-feira, (18/5), os trabalhadores do Iamspe se reuniram e, com o apoio do Simesp, decidiram prosseguir com a paralisação, fazendo prevalecer o direito de organização da categoria. A decisão é de manutenção de um dia de greve, por semana de forma sequencial. A próxima paralisação será na próxima quinta, 24 de maio.

 De acordo com o diretor do Simesp, Otelo Chino Júnior, os médicos do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) deixam seus cargos em razão dos baixos salários e de não haver plano de carreira específico. Para o executivo, os médicos ficam sobrecarregados. Não é possível renovar o quadro clínico e isso gera insatisfação. Se o governo não tomar uma atitude, a situação ficará crítica.

 Segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o ideal para atendimento pelo HSPE seria de um corpo clínico com pelo menos 1.500 profissionais, mas a realidade atual é de que existem apenas cerca de 1.000 médicos que trabalham no Hospital.

Comissão de Saúde da Assembleia

 Nesta terça-feira (22/5), a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa discutiu o Projeto de Lei Complementar 17 de 2012, ouvindo servidores do IAMSPE. O deputado Marcos Martins, presidente da Comissão, comunicou que o projeto de lei 902/2011 deverá ser lido pelos membros da Comissão, para que possa ser discutido na próxima reunião. Martins ainda declarou que falará com o presidente da Casa para que não seja nomeado um relator do projeto enquanto o mesmo não for discutido e deliberado na Comissão de Saúde.

Entenda a greve dos médicos servidores públicos

 Com início no dia 13 de abril, a greve dos servidores da Saúde do Estado, que vem sendo ampliada com a paralisação de médicos em alguns hospitais, como o do Hospital do Servidor Público Estadual (desde 16 de abril), HC de Ribeirão Preto (30 de abril) e Hospital das Clínicas de São Paulo (a partir de 2 de maio).

 Em 2011, o governador Geraldo Alckmin havia dito que ia apresentar projeto de lei à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) a respeito da carreira médica. De acordo com entidades do setor, a expectativa era que a proposta do governo fosse enviada até dezembro passado, depois em fevereiro deste ano, mas até o momento não há nada formalizado.


Manifesto do Sindicato dos Médicos de São Paulo

IAMSPE: movimento legítimo!

 Governo tenta, mas não vai calar médicos

 Mais uma vez, os médicos, trabalhadores do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), foram surpreendidos com a postura ditatorial do governo do Estado de São Paulo, quando receberam, com indignação, a informação de liminar assinada pelo juiz de Direito da 14ª Vara da fazenda Pública do Foro Central, dr. Randolfo Ferraz de Campos, suspendendo a greve no Iamspe.

 A administração estadual nada mais fez do que enganar o judiciário com falsas informações acerca da mobilização dos médicos. Desta forma, os trabalhadores reunidos em assembléia, na manhã de 18 de maio, ratificaram a posição do Simesp em prosseguir com o movimento grevista, fazendo de esta forma prevalecer o direito de organização da categoria.

 Há anos os médicos tentam conversar com o governo a fim de garantir melhorias no Iamspe. É um descaso total o que vem acontecendo. Os pacientes do Instituto – predominante de idosos - vêm sendo penalizados cotidianamente com a falta de médicos, demora na marcação de consultas e exames. Por outro lado, os profissionais sofrem com os baixos salários e inadequadas condições de trabalho.

 Ao invés de negociar, o governo joga pesado; agindo como nos anos de chumbo, jogando por terra os direitos de organização de uma categoria. A direção do Iamspe se mostra autoritária e incapaz de gerir uma instituição tão séria e antiga. Não consegue escutar os apelos daqueles que estão no dia a dia do Hospital, que conhecem a fundo suas reais necessidades. A atual gestão deveria dar lugar a gestores que realmente fossem comprometidos com a luta dos médicos e da população.

 O movimento dos médicos é legítimo! A saúde do Iamspe pede Socorro! O Sindicato dos Médicos de São Paulo está tomando as providências jurídicas cabíveis para resguardar TODOS os DIREITOS dos médicos.

Fonte: PT Alesp
  

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