Médicos do Iamspe
paralisam atividades na quinta-feira (24 de maio)
Em regime de greve escalonada desde 13 de
abril, os médicos do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público
Estadual (Iamspe) foram comunicados por uma liminar da 14ª Vara da Fazenda
Pública do Fórum Central, assinada, última quarta-feira (16/5), que suspende a
mobilização da categoria.
De acordo com o Sindicato dos Médicos de São
Paulo (Simesp), a administração estadual fez alegações falsas sobre o movimento
grevista, o que gerou a restrição.
Durante assembleia, realizada na última
sexta-feira, (18/5), os trabalhadores do Iamspe se reuniram e, com o apoio do
Simesp, decidiram prosseguir com a paralisação, fazendo prevalecer o direito de
organização da categoria. A decisão é de manutenção de um dia de greve, por
semana de forma sequencial. A próxima paralisação será na próxima quinta, 24 de
maio.
De acordo com o diretor do Simesp, Otelo Chino
Júnior, os médicos do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) deixam seus
cargos em razão dos baixos salários e de não haver plano de carreira
específico. Para o executivo, os médicos ficam sobrecarregados. Não é possível
renovar o quadro clínico e isso gera insatisfação. Se o governo não tomar uma
atitude, a situação ficará crítica.
Segundo levantamento da Fundação Getúlio
Vargas (FGV), o ideal para atendimento pelo HSPE seria de um corpo clínico com
pelo menos 1.500 profissionais, mas a realidade atual é de que existem apenas
cerca de 1.000 médicos que trabalham no Hospital.
Comissão de Saúde da Assembleia
Nesta terça-feira (22/5), a Comissão de Saúde
da Assembleia Legislativa discutiu o Projeto de Lei Complementar 17 de 2012,
ouvindo servidores do IAMSPE. O deputado Marcos Martins, presidente da
Comissão, comunicou que o projeto de lei 902/2011 deverá ser lido pelos membros
da Comissão, para que possa ser discutido na próxima reunião. Martins ainda
declarou que falará com o presidente da Casa para que não seja nomeado um
relator do projeto enquanto o mesmo não for discutido e deliberado na Comissão
de Saúde.
Entenda a greve dos médicos
servidores públicos
Com início no dia 13 de abril, a greve dos
servidores da Saúde do Estado, que vem sendo ampliada com a paralisação de
médicos em alguns hospitais, como o do Hospital do Servidor Público Estadual
(desde 16 de abril), HC de Ribeirão Preto (30 de abril) e Hospital das Clínicas
de São Paulo (a partir de 2 de maio).
Em 2011, o governador Geraldo Alckmin havia
dito que ia apresentar projeto de lei à Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo (Alesp) a respeito da carreira médica. De acordo com entidades do setor,
a expectativa era que a proposta do governo fosse enviada até dezembro passado,
depois em fevereiro deste ano, mas até o momento não há nada formalizado.
Manifesto do Sindicato dos
Médicos de São Paulo
IAMSPE: movimento legítimo!
Governo tenta, mas não vai calar
médicos
Mais uma vez, os médicos, trabalhadores do
Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), foram
surpreendidos com a postura ditatorial do governo do Estado de São Paulo,
quando receberam, com indignação, a informação de liminar assinada pelo juiz de
Direito da 14ª Vara da fazenda Pública do Foro Central, dr. Randolfo Ferraz de
Campos, suspendendo a greve no Iamspe.
A administração estadual nada mais fez do que
enganar o judiciário com falsas informações acerca da mobilização dos médicos.
Desta forma, os trabalhadores reunidos em assembléia, na manhã de 18 de maio,
ratificaram a posição do Simesp em prosseguir com o movimento grevista, fazendo
de esta forma prevalecer o direito de organização da categoria.
Há anos os médicos tentam conversar com o
governo a fim de garantir melhorias no Iamspe. É um descaso total o que vem
acontecendo. Os pacientes do Instituto – predominante de idosos - vêm sendo
penalizados cotidianamente com a falta de médicos, demora na marcação de
consultas e exames. Por outro lado, os profissionais sofrem com os baixos
salários e inadequadas condições de trabalho.
Ao invés de negociar, o governo joga pesado;
agindo como nos anos de chumbo, jogando por terra os direitos de organização de
uma categoria. A direção do Iamspe se mostra autoritária e incapaz de gerir uma
instituição tão séria e antiga. Não consegue escutar os apelos daqueles que
estão no dia a dia do Hospital, que conhecem a fundo suas reais necessidades. A
atual gestão deveria dar lugar a gestores que realmente fossem comprometidos
com a luta dos médicos e da população.
O movimento dos médicos é legítimo! A saúde do
Iamspe pede Socorro! O Sindicato dos Médicos de São Paulo está tomando as
providências jurídicas cabíveis para resguardar TODOS os DIREITOS dos médicos.
Fonte: PT Alesp
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