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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Síria recebe apoio internacional após ataques terroristas em Damasco

 Países e diversas organizações expressaram seu apoio à Síria, condenando  os  ataques terroristas  desta   sexta-feira, que deixaram 44 mortos e 166 feridos nesta capital e complicam ainda mais a crise neste país.
O presidente do Líbano, Michel Suleiman telefonou para o mandatário Bashar al-Assad, a  quem   expressou   seu respaldo, e afirmou que tais atentados estão destinados a fazer malograr a iniciativa árabe concebida para resolver os problemas na Síria, segundo difundiu hoje a agência de notícias Cham Press.

Os dois bombardeios contra dependências da segurança nacional foram executados por suicidas em carros-bomba, um dia após a chegada da missão observadora da Liga Árabe a Damasco.

Com o chamado Plano de Trabalho Árabe, que Damasco aceitou no dia 2 de novembro, pretende-se supervisionar o fim de nove meses de crise interna, exacerbada por grupos armados terroristas, armados e financiados desde o exterior e treinados principalmente na Turquia, de acordo com denúncias das autoridades e de pesquisadores independentes.

O presidente iraquiano Jalal Talabani também comunicou seu pesar e denunciou o duplo atentado letal, bem como as chancelarias da Rússia e da China. O Conselho de Segurança da ONU, presidido neste mês pela Rússia, também emitiu uma resolução unânime de condenação.

Nesse órgão, além das representações russa e chinesa como membros permanentes, estão como integrantes temporários os outros componentes do chamado Grupo BRICS, Brasil, Índia e África do Sul.

Desde a América Latina, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, após denunciar os atentados, afirmou sua confiança em que o povo sírio saberá sair desta crise graças à sua consciência, à firmeza e à habilidade para contornar os obstáculos.

O Ministério do Exterior de Cuba também comunicou ao governo do presidente Bashar al-Assad seu rotundo apoio nestes momentos de crise, bem como o fez o Equador, segundo publicam os meios de comunicação desse país.

A Cham Press informa que os líderes das comunidades sírias na França, na Itália e na Jordânia também condenaram os ataques suicidas terroristas, que mostram, segundo alertaram, as intenções dos adversários da Síria de incentivar a crise, atemorizar o povo, romper a unidade e fazer malograr as reformas democráticas impulsionadas pelo Governo.

Organizações da região, como a União de Jornalistas Árabes e a Associação de Farmacêuticos Árabes coincidiram em expressar por separado uma forte denúncia contra essa violência terrorista, em particular contra a manipulação e tergiversação, por parte de certos canais televisivos, dos acontecimentos neste país.

Ambos os agrupamentos consideram que a conspiração financiada desde o exterior está destinada a minar a firmeza e a unidade do povo, e tentam com ela arrastar o país para uma intervenção armada, o que deve ser condenado e enfrentado energicamente, segundo enfatizam.

O comando do Exército Palestino de Libertação também criticou as ações terroristas em Damasco e em outras localidades, que qualificou como "conspiração maligna", atrás da qual estaria "a mão viciosa dos que estão trabalhando pelos interesses da entidade sionista".

A Cham Press também difunde uma declaração do porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Mark Toner, que afirmou que seu Governo condena em termos duros os ataques terroristas contra dependências de segurança em Damasco, e acrescentou que não pode haver justificativa para terrorismo de qualquer tipo.

Toner insistiu em que os ataques da sexta-feira não impeçam o trabalho da missão da Liga Árabe, e que o trabalho desta possa prosseguir, bem como a importância da cooperação do governo com os observadores.

A agência de notícias recorda que, neste mês de outubro, quando o presidente Bashar al-Assad decretou uma anistia para que os grupos armados entregassem suas armas em busca de uma solução pacífica para a crise, a porta-voz de Washington, Victoria Nuland chamou os grupos terroristas que operam em território sírio a não responder a esta oferta e a não entregar suas armas


fonte:  PRENSA LATINA

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