Pages

Subscribe:

domingo, 2 de outubro de 2011

Em algum lugar do passado...


Há pouco o líder da revolução cubana Fidel Castro, com a clareza e o conhecimento que lhe são peculiar observou a situação atual e a natureza da ONU e seu posicionamento diante das ações criminosas, levadas a cabo, por países como EUA, Israel e Inglaterra. Assim, nesse mesmo contexto se pronunciaram, no mesmo foro e Assembléia das Nações Unidas , Hugo Chávez, Mahmoud Ahmadinejad, e mais obliquamente outras lideranças mundiais como Dilma Rosseuf e Cristina Kirschiner .


O mundo, ao que parece, não mudou muito no aspecto político quando nos referimos a Organismos Internacionais e a filosofia que os constituíram. Quem não se recorda da ‘famigerada” conferência realizada entre os anos de 1814 a 1815, na cidade de Viena, promovida pelas nações “absolutistas”, leia-se: de natureza criminosa, que ao cabo de exaustivas reuniões entre alguns de seus “ membros especiais”, decidira-se pela criação da monstruosa e ridícula “ Santa Aliança” uma sugestão vil, gizada por um dos “notáveis” presentes e imediatamente acatada pelos membros do restrito grupo, cuja funcionalidade e propósito possuíam endereço certo.
Todos sabiam! Os históricos detentores do poder político, na Europa, não engoliriam algumas das "boas novas" da revolução francesa. E foi durante aqueles idos e dificéis dias para as classes sociais profundamente exploradas de Paris, que estava a surgir os primeiros indícios do socialismo que tanto amedrontaria esses renitentes e tenazes parasitas.


Um pouco mais de um século foi necessário para que esse mesmo grupo idealizasse, então nos arredores de Paris, em Versalhes mais um vexame que nascia oficialmente em Abril de 1919 na ocasião em que as potências que representavam e vencedoras da I Grande Guerra, acredite, preocupadas com a Paz Mundial criaram a então Liga das Nações.

A mesma Liga que se calara deliberadamente e que ridiculamente assistira incólume a ascensão de relações sociais imorais e inaceitáveis do nazifascismo, invectivas mordentes e falaciosas, crimes contra a humanidade e conflitos que, por conseqüências obvias, levariam a II grande Guerra, prosseguia firme e, até inabalável. Os novos tempos insistem em afirmar, lamentavelmente, que ela não morreu. Apenas trocou o invólucro. Está sim, muito viva! E atende por outro nome. É mais poderosa, nada sutil e profundamente sequiosa em seu mister.

Realmente, muitos discursos na 66ª Assembleia das Nações Unidas nasceram de preocupações sérias oriundas de verdades avassaladoras que não fazem parte, nem nunca fizeram, salvo raríssimas exceções, do rol de inclinações de países do hemisfério norte que historicamente provocam e promovem desordens na paz mundial atentando contra aquelas outras então tachadas de “ sub desenvolvidas”.

Muitos de nós aprendemos, em exaustivas reuniões onde se discutem legados sobre o mundo da Educação, e suas dinâmicas, em oficinas pedagógicas, que as intervenções necessárias para a busca da correção para situações difíceis e ou complexas, e as suas correções, que os princípios dialético-marxistas são, disparadamente os mais eficazes e aqueles que se aproximam mais de resultados práticos favoráveis. Isso tudo é porque, e há assentimento favorável da maioria, o mecanismo em questão, é o mais coerente, claro e democrático. É a metodologia que fornece resultados satisfatórios.


Tais experiências na área da Educação, seu feedback e expectativas, sugerem que esse fenômeno não se restringe apenas a esse importante setor e que ocorre também nas áreas do saber e noutros campos do conhecimento. Não é só na Educação, que a concepção marxista se anuncia e trás resultados, como disse, muito bons. É sobretudo na política, em especial em suas relações e co-relações com os cidadãos que ela, axiomaticamente, tem contribuído com retornos confortáveis.


Toda a Educação, sabemos, é política . E Política é convencimento, antes de tudo, respeito pelo iguais . Deve ser a forma mais humana e justa que o homem moderno, têm para lidar com os fenômenos que afligem o planeta e a própria espécie.

Alfred Nobel, quiçá não ruborizasse, poderia até tremer de indignação digamos, se pudesse presenciar o destino final de um prêmio da Paz, que leva o seu nome, ser proferido a alguém que faz da Guerra, da intriga e das invectivas, circunstâncias indispensáveis para seus feitos e expectativas.



A decadência moral da ONU está exatamente na medida pedagógico-didática de sua natureza e finalidade e na contradição daqueles que, sem receio de manifestarem a verdade, não fazem da hipocrisia suas existências. As soluções em ambos os campos de atuação e conhecimento se dão e estão na mesma seara. Esse é o brilho da conceoção historiográfica de Marx. O limiar de um novo mundo.

Que removam o fiasco, os liberais de plantão, com o advento do Socialismo Científico mais uma andar foi acrescido ao edifício da Ciência. Apenas uma pequena parcela da população mundial, sim, uma pequena minoria, porém, mostrou-se capaz de mudar seus hábitos mentais, para poder alcançar este novo nível. Quase toda a gente, assim como agora, têm apego as convicções e é hábil em esquivar as provas contrárias aquilo que se deseja crer.


A humanidade, se bem que não toda ela, parece muito com aquele teólogo que dizia ter o espírito aberto a persuasão, mas queria ver uma pessoa que o convencesse.
Nenhuma descoberta poderia modificar-lhe as opiniões. Estava seguro na “posse” da verdade. Ao que parece, Obama, ridiculamente, é sabido por muitos, agiu exatamente assim e nada indica que alterará suas convicções.

O progresso intelectual da humanidade lembra-nos - já comentei isso anteriormente noutra matéria - por muitos modos, o famoso galo de Edmond Rostand. A ave canta, e a manhã clareia a terra. Por conseguinte sua existência baseia-se na idéia de que existe uma relação causal entre seu canto e o aparecimento da alvorada. Chantecler vive nesta certeza, até que seus inimigos conspiram para lhe impor o silêncio. Vem um dia em que a aurora surge sem que ele a chame. Completamente desorientado, o triste galo apercebe-se do seu erro. Mas imediatamente procura uma nova hipótese.

Barack Obama não desistirá do seu papel ridículo, assim como o fez na ONU, e ao mesmo tempo atemorizador para o futuro de toda a humanidade.

Resta-nos, todavia, as obtemperaçoes de personalidades como Fidel, Hugo Chávez e tantas outras que, embora tenham que conviver com o ostracismo midiático, levantam suas vozes e falam a língua da maioria dos mortais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário


Licença Creative Commons
Este obra foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 2.5 Brasil.