Como exemplo, no curso de Economia, o número de docentes caiu de 120 para 69, nas últimas décadas, obrigando a direção da instituição a reformular sua grade curricular. fonte- Assessoria de Educação da Liderança da Bancada do PT
Notícia veiculada na grande imprensa informa a ameaça que paira sobre o curso de Economia da Universidade de São Paulo, com a redução de disciplinas, modificação na modalidade das opções que compõe o curso e ainda a debandada geral de muitosprofessores que buscam colocações principalmente na iniciativa privada, mais lucrativa em seus vencimentos.
No curso de Economia, o número de docentes caiu de 120 para 69, nas últimas décadas, obrigando a direção da instituição a reformular sua grade curricular. Hoje várias propostas são estudadas no Conselho Universitário, para enfrentar o problema.
O resultado dessa situação se expressa por um lado, na falta de profissionais para o preenchimento de vagas de docente de Economia e por outro, na limitação das opções aos alunos no desenho de sua formação. Talvez, por isso mesmo, muito estudante já não elege a USP como a top de excelência no ensino superior.
Não menos revelador é o que acontece na UNESP-Bauru no curso de Engenharia de Produção. O mais procurado curso em toda a Universidade, a inscrição chegou a 37 candidatos por vaga, ampliando em 30% a demanda do setor. Entretanto, somente umaprovado, fez sua matrícula na primeira chamada. Na segunda chamada apenas a metade das vagas foram preenchidas. Fato inédito, explicações imediatas tendem a justificar o ocorrido.
Ora são os treineiros (aqueles que fazem o exame, mas não podem fazer matrícula porque não concluíram o ensino médio) os responsáveis, ora são as faculdades e cursos mais próximos de suas residências o que facilita a vida dos estudantes, ou ainda a maior oferta de crédito possibilitado pelo governo federal, para financiar o ensino em instituição privada, se assim o candidato preferir e por fim, a maior oferta de vagas nas diversas unidades de Universidade Federal, instituídas no governo Lula.
Mas uma coisa é bem concreta: em São Paulo não se faz mais Universidades com a excelência de antigamente. Mas tudo poderia ser diferente. Investir em Educação, obrigação de todo governo democrático significa ampliar o acesso da juventude ao ensino superior ampliando os recursos, mas mantendo a mesma qualidade para que a formação de nossos jovens,seja ancorada na cidadania que os transforme em sujeitos da história deste país.
O governo Alckmin poderia se inspirar no exemplo do governo federal que vem ampliando significativamente as vagas nas Universidades Federais, melhorando as condições salariais dos docentes, ampliando a oferta de novas modalidades de cursos, e criando ações afirmativas de acesso à Universidade dando oportunidade a quem talvez nunca tenha sonhado em entrar para o ensino superior.
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