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sábado, 9 de maio de 2015

70 anos da vitória sobre o nazifascismo

                                                                    Gustavo Carneiro
No momento em que se assinala o 70.º aniversário da vitória sobre o nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial, lembramos alguns aspectos centrais da guerra, da resistência, da natureza do nazi-fascismo, dos avanços políticos, econômicos e sociais alcançados no pós-guerra, da imposição pelos EUA da chamada «guerra fria», da falsa «neutralidade de Salazar». Num elementar exercício de memória, esperamos contribuir para que não se repita nunca mais o fascismo e a guerra, porque a luta de classes também se trava no campo da história.     
                                                  
Batalhas decisivas pela liberdade
e o pr
ogresso

 «Nós, abaixo-assinados, agindo em nome do Alto Comando Alemão, aceitamos a capitulação incondicional de todas as nossas Forças Armadas em terra, no mar e no ar, assim como de todas as forças atualmente sob comando alemão, perante o Supremo Comando do Exército Vermelho bem como perante o Supremo Comando do Corpo Expedicionário Aliado.» – foi com estas palavras que, na noite de 8 de Maio de 1945, os altos oficiais Keitel, Friedeburg e Stumpf assinaram em Berlim a capitulação da Alemanha nazi, que pôs oficialmente fim à Segunda Guerra Mundial na Europa. A libertação total de Praga, no dia seguinte, confirmou-o.

Mas a derrota final dos nazi-fascistas tinha sido consumada nos dias anteriores pelo Exército Vermelho, que desbaratara as últimas unidades alemãs nos encarniçados combates pela tomada de Berlim, numa batalha brutal que ceifou mais de 300 mil vidas. No dia 2 de Maio, já a bandeira vermelha com a foice, o martelo e a estrela de cinco pontas ondulava no topo do Reichstag, um dos símbolos máximos do poder nazi, prenunciando a vitória total que se aproximava; Hitler, que assumira pessoalmente o comando da defesa da capital, estava já morto e, a Ocidente, norte-americanos e britânicos avançavam para a capital do Reich.


Terminava assim o mais sangrento conflito da história da Humanidade e o terror nazi-fascista no continente europeu (no Extremo Oriente, os combates prolongaram-se até à rendição japonesa, no início de Setembro). A vitória foi efusivamente celebrada em todo o mundo, de Moscou a Paris, de Londres e Nova Iorque, e também em Lisboa, onde milhares de pessoas saíram à rua com bandeiras dos países vencedores e com paus nus, simbolizando o proibido estandarte da União Soviética.
Para trás ficavam mais de cinco anos e meio de guerra, na qual pereceram mais de 50 milhões de seres humanos: nos campos de batalha, sob os bombardeamentos, nas prisões e campos de concentração, em brutais massacres. Mais de 20 milhões eram cidadãos da União Soviética. O preço que o primeiro Estado socialista da história pagou para que o nazi-fascismo fosse extirpado da face da Terra foi impressionante: entre 22 de Junho de 1941, data da invasão da URSS pelas tropas nazis, e 9 de Maio de 1945, perderam diariamente a vida, em média, mais de 14 mil soviéticos; na Bielorrússia, por exemplo, um em cada quatro habitantes morreu durante a guerra. Os memoriais erguidos em milhares de cidades, vilas e aldeias dos países que compunham a União Soviética permanecem como testemunhos do heroísmo, da abnegação e da vitória. Para que não sejam esquecidos!

Da resistência à vitória

Mas o contributo decisivo da URSS para a vitória sobre o nazi-fascismo não se pode medir apenas em vidas sacrificadas. Ao contrário do que sucedera na ocupação de vários países europeus, as forças nazis depararam-se pela primeira vez com uma tenaz resistência em território soviético: o povo, unido em torno do Partido Comunista e do Exército Vermelho, vendia caro cada palmo de terra da sua pátria. No primeiro mês de invasão, mais de 110 mil soldados invasores tombaram e as unidades de tanques e motorizadas reduziram-se quase a metade; o seu avanço territorial foi perdendo fulgor. O Estado-Maior alemão reconhecia as dificuldades: «Enquanto no Ocidente e na campanha da Polônia as forças do inimigo cercadas se rendiam quase a 100 por cento, aqui [na URSS] as coisas passam-se de maneira diferente. (…) As informações vindas da frente confirmavam que os russos combatem em toda a parte até ao último homem.»

Perante o fracasso da guerra-relâmpago (Blitzkrieg) na Frente Leste e expirado o prazo de oito semanas definido por Hitler para concluir a invasão do país dos sovietes, o comando nazi redefiniu os seus objectivos, apontando à conquista de Moscou Em Dezembro de 1941, junto à capital soviética, os exércitos hitlerianos sofriam a sua primeira derrota em toda a guerra: caía por terra o mito da invencibilidade nazi. Até Abril de 1942, quando terminou a batalha de Moscou, os nazis tinham perdido na URSS um milhão e meio de homens, cinco vezes mais do que todas as baixas sofridas na invasão e ocupação de 11 países europeus.

Por mais que muitos o tentem ocultar, foi na Frente Leste que as forças hitlerianas perderam 80 por cento dos seus homens e onde foram capturadas, derrotadas ou esmagadas 607 das suas divisões (mais do triplo do que sucedeu nas frentes do Norte de África, da Itália e da Europa Ocidental, juntas); foi ali que se travaram as batalhas decisivas, que mudaram definitivamente o curso da guerra: Leningrado, cercada durante anos, nunca foi tomada; a contra-ofensiva soviética iniciou-se em Fevereiro de 1943, com a vitória em Stalingrado, após seis meses de sangrentos combates rua a rua e casa a casa. Os nazis perderam nesta batalha cerca de um quarto do total das imensas forças que haviam concentrado na agressão à União Soviética.

Meses depois, em Kursk, consumou-se a viragem: a partir deste momento, nunca mais o comando nazi conseguiu lançar operações ofensivas. Nos primeiros meses de 1944, todo o território da URSS estava libertado. Mas, para os soviéticos, a guerra não tinha ainda terminado: era necessário libertar a humanidade do nazi-fascismo. Até Maio de 1945, a um ritmo estonteante, o Exército Vermelho derrotou sucessivamente as hordas nazi-fascistas, expulsando-as dos países ocupados e libertando 113 milhões de europeus.
As retumbantes vitórias do Exército Vermelho animaram a resistência popular nos países ocupados e precipitaram a consolidação da coligação anti-hitleriana. A segunda frente, há muito reclamada pelo comando soviético, tornou-se finalmente realidade em Junho de 1944, com o desembarque anglo-americano na Normandia.
O nazismo tinha os dias contados.

Da «guerra estranha»
à guerra libertadora

Até à invasão da União Soviética, em Junho de 1941, as tropas nazis avançaram impetuosamente pela Europa, subjugando e ocupando diversos países sem se terem deparado com resistência significativa. A própria França, que dispunha de forças militares muito superiores às hitlerianas, rendeu-se sem luta, devido à capitulação da grande burguesia. Já antes, a invasão da Polônia, em Setembro de 1939, que motivou a declaração de guerra anglo-francesa, não resultou em qualquer acão militar contra a Alemanha nazi.

Esta «estranha guerra» manteve-se durante nove meses. O próprio chefe do Estado-maior da Wermacht, Jodl, confessou no julgamento de Nuremberg que «se nós não fomos derrotados na Polônia em 1939 isso deveu-se apenas a que, no Ocidente, no período da campanha polaca, 110 divisões francesas e inglesas se “opunham” em completa inação a 25 divisões alemãs».
Esta passividade das potências capitalistas ocidentais face ao expansionismo alemão, italiano e japonês – que vinha já de trás, do início dos anos 30 e da ocupação e anexação de diversos países e territórios – tinha um objetivo bem definido: empurrar a agressividade nazi-fascista para a União Soviética, propósito principal de Hitler, evidente no próprio Mein Kampf e na assinatura, com o Japão, do Tratado Anti-Komintern.

A «neutralidade» face à agressão fascista em Espanha, o Acordo de Munique, a passividade face ao expansionismo nazi-fascista, a recusa das várias propostas diplomáticas e militares soviéticas tendentes a isolar e refrear a agressividade dos hitlerianos e a demora em abrir a segunda frente foram instrumentos desta sinistra estratégia de políticos burgueses e grandes monopolistas ingleses e franceses. Mas Hitler decidiu-se a consolidar a recaguarda antes de atacar a Leste: ocupou a França, atacou a Grã-Bretanha e concentrou-se na frente oriental, onde combatiam, à data do desembarque na Normandia, 92 por cento das suas forças. Os EUA envolveram-se fundamentalmente na luta contra o Japão, no Extremo Oriente.

Se a Segunda Guerra Mundial foi, por um lado, uma típica guerra inter-imperialista por mercados, colônias e esferas de influência, foi também uma guerra do imperialismo contra o único Estado socialista então existente: a União Soviética.

Instrumento de domínio
exploração e expansionismo

É imenso e brutal o rasto de crimes deixado pelo fascismo, e em particular pela sua mais hedionda expressão, o nazismo alemão: dezenas de milhões de vítimas provocadas pela guerra; massacres e genocídio de populações; milhões de presos, torturados e assassinados em prisões e campos de concentração; câmaras de gás, fornos crematórios e experiências «médicas» sobre os detidos; escravatura e submissão de povos inteiros à raça dos senhores. Muitos justificam tamanha barbaridade com a «loucura» de Hitler e dos seus mais próximos seguidores, ao mesmo tempo que procuram separar o nazismo alemão dos restantes regimes fascistas, apelidados de «conservadores» ou «autoritários». Estas explicações não resistem a qualquer análise séria.

Para compreender o processo que conduziu ao maior e mais mortífero conflito militar da história da Humanidade, há que recuar ao desfecho da Primeira Guerra Mundial, à crise revolucionária do pós-guerra e à grave crise que, a partir de 1929, abalou o sistema capitalista mundial. Em países como a Alemanha, sangrada e humilhada pela paz dos bandidos imposta pelo Tratado de Versalhes, ou como a Itália ou o Japão, que tendo estado do lado dos vencedores, não viram satisfeitas as suas reclamações coloniais, cedo se começa a preparar uma nova partilha de territórios e colônias. Interessados numa nova guerra e no esmagamento do pujante movimento operário e sindical, impulsionado pelas realizações da União Soviética, os monopólios desses países rapidamente apostam no programa militarista, xenófobo, expansionista, antidemocrático e anticomunista do fascismo. Entre 1923 e 1936, os fascistas conquistam o poder na Itália, Hungria, Áustria, Polônia, Romênia, Bulgária, Alemanha, Espanha e Portugal.

No caso alemão, a subida de Hitler ao poder contou com o financiamento, o apoio e o estímulo de grupos como a Krupp, a Siemens, a Thyssen ou a Bayer. Os nazis pagaram todo o apoio, garantindo a estes monopólios elevadas taxas de lucro com a guerra, resultantes do saque, da pilhagem e do trabalho escravo. Acertadamente, a Internacional Comunista, no seu VII Congresso, realizado em 1935, caracterizou acertadamente o caráter de classe do fascismo, considerando-o a «ditadura terrorista aberta dos elementos mais reacionários, chauvinistas e imperialistas do capital financeiro».

Obreiros da vitória

Para além das grandes batalhas e dos famosos marechais e generais, no desfecho da Segunda Guerra Mundial influíram decisivamente os movimentos de resistência ao fascismo e o papel decisivo que neles desempenharam os comunistas. Na generalidade dos países ocupados – de França à Grécia, da Bélgica à Dinamarca, da Jugoslávia à Itália, da Coréia à Indochina –, e nos próprios países subjugados por ditaduras fascistas, a resistência travou-se de forma tenaz, constante e corajosa, assumindo as mais diversas expressões: greves, sabotagens, resistência armada, etc.

Os comunistas não foram os únicos a resistir, mas ninguém mais do que eles dedicou tantos dos seus esforços a derrotar o nazi-fascismo. Em França, mais de 75 mil militantes do Partido Comunista Francês foram assassinados pelos nazis e seus lacaios do regime de Vichy; na Grécia e, sobretudo, na Jugoslávia, os comunistas lideraram imponentes exércitos antifascistas. Ninguém mais do que eles contribuiu para a construção de amplas frentes antifascistas, cumprindo assim as decisões do VII Congresso da Internacional Comunista.

Na própria União Soviética, a derrota do nazi-fascismo não se deve apenas ao contributo (decisivo) do Exército Vermelho: a «Grande Guerra Patriótica» foi vencida por todo um povo, unido em torno do Partido Comunista. Só uma grande consciência e uma grande unidade, só um irreprimível apego à liberdade e ao socialismo podem explicar tanta bravura e tanto sacrifício: na defesa da fortaleza de Brest, na resistência popular ao prolongado cerco a Leningrado, nos golpes desferidos nas forças alemãs a partir dos subterrâneos de Odessa ou nas colunas guerrilheiras que fustigaram sem cessar o invasor. Não há revisão ou reescrita da história capazes de apagar o significado profundo destes feitos heroicos.

A resistência à ocupação ganhou um novo fôlego após a viragem da guerra a favor da União Soviética e da coligação anti-hitleriana que entretanto se formou. Na generalidade dos países, a entrada das tropas aliadas, fossem elas soviéticas, britânicas ou norte-americanas, foi secundada por levantamentos e insurreições populares e por ações guerrilheiras. Após a libertação, estes movimentos de resistência ocuparam-se da reconstrução dos seus países e da sua reorganização em bases progressistas.

Essenciais para a derrota do nazi-fascismo, à escala mundial e em cada um dos países, os partidos comunistas surgiram à luz do dia como fortes e influentes forças políticas; os ideais do socialismo conheceram uma inédita pujança e atratividade.

Impetuosos avanços
no pós-guerra

Graças ao prestígio com que a URSS saiu da guerra, à contribuição decisiva dos comunistas para a vitória e à participação popular na resistência ao nazi-fascismo, o pós-guerra ficou marcado por importantes conquistas políticas, econômicas, sociais e culturais alcançadas pelos povos da generalidade dos países.

No Leste e Sudeste da Europa, onde o Exército Vermelho destruiu as forças hitlerianas e fascistas e apoiou os movimentos de resistência, foram criadas as democracias populares, visando a construção de sociedades livres da exploração capitalista; na Ásia, a luta revolucionária de libertação nacional e social teve expressões particularmente avançadas na China, no Vietnam e na Coreia, que assumiram a orientação socialista. Em países como a França e a Itália, a participação dos comunistas no governo garantiu a reorganização da economia em bases progressistas; nestes e noutros países da Europa Ocidental foram alcançados importantes direitos sociais na saúde, educação, habitação, segurança social e direitos laborais. As mulheres viram reconhecida a sua igualdade, na lei e na vida.

A desagregação dos impérios coloniais tornou-se irreversível com a conquista da independência da grande parte dos países asiáticos e africanos. Os movimentos sindical e operário, da juventude progressista, das mulheres democráticas e dos partidários da paz conheceram um impetuoso desenvolvimento.

As novas regras de direito internacional resultaram também do caráter progressista da vitória sobre o nazi-fascismo: a defesa da paz, a solução pacífica dos conflitos, a igualdade entre estados e a promoção do progresso social tornaram-se elementos centrais da Carta das Nações Unidas.

A sinistra «guerra fria»

Ainda a guerra não tinha terminado, ainda a Alemanha nazi e o Japão militarista não tinham sido completamente derrotados, e já o imperialismo procurava romper a coligação anti-hitleriana, minar o prestígio da URSS e suster o avanço da resistência popular: na Grécia, a insurreição antifascista foi combatida a tiro pelas tropas britânicas, antecedendo a intervenção militar direta e a imposição de um governo alinhado com o eixo anglo-americano; na parte Sul da Coreia, os EUA travaram a resistência patriótica e perpetuaram, até hoje, a ocupação militar; os criminosos bombardeamentos nucleares de Hiroxima e Nagasáqui visaram não só o inimigo nipônico, mas também o «aliado» soviético – a chantagem nuclear foi, durante anos, um vetor central da política externa do imperialismo. E estes são apenas alguns exemplos.

A partir de 1946, muitos dos dirigentes imperialistas que, pouco antes, louvavam o Exército Vermelho e a União Soviética pelo seu papel destacado no esmagamento do nazi-fascismo passaram a apelar à «contenção do comunismo», que serviu de pretexto para a corrida aos armamentos, a proliferação de bases militares e a guerras de agressão, como a que foi imposta aos povos da Coreia e da Indochina, que resultaram em derrotas para o imperialismo. A OTAN, constituída em 1949, é desde então o instrumento central da ofensiva imperialista.

Ao longo das décadas, o imperialismo sofreu revezes e impôs recuos. O desaparecimento da União Soviética e do campo socialista levou a retrocessos históricos, cujos efeitos se fazem sentir nos nossos dias. Mas os avanços alcançados pelos povos nos anos que se seguiram à vitória significaram históricas transformações que alteraram profundamente a realidade mundial e permanecem como um estímulo para a luta que continua.

Portugal entre o fascismo
e a resistência

Um dos mitos mais generalizados no nosso País relativamente à Segunda Guerra Mundial é o da «neutralidade» de Salazar e do esforço alegadamente feito pelo ditador para «salvar Portugal da guerra». A verdade, porém, é outra: o apoio do fascismo português às forças do eixo Berlim-Roma-Tóquio foi constante, quase até ao seu estertor final: nas facilidades concedidas à propaganda e espionagem nazis, no envio de mantimentos, equipamento e matérias-primas para a Alemanha (ao mesmo tempo que o povo português enfrentava brutais privações) e no apoio político sempre afirmado ao expansionismo nazi-fascista e ao seu objetivo de esmagamento da URSS. Da Alemanha chegavam armas e instrução militar para as forças repressivas.

Mesmo quando a derrota de Hitler passou a ser evidente e Salazar ensaiou a viragem para o lado da Grã-Bretanha, cedendo-lhes bases e instalações militares e matérias-primas, nunca cessou o apoio aos nazi-fascistas, mas de forma encapotada e secreta. A morte de Hitler foi assinalada com o luto nacional.

Politicamente isolado pela derrota dos seus aliados ideológicos, o fascismo português foi salvo pelo imperialismo e pela «guerra fria» que este impôs. O apoio dos EUA e da Grã-Bretanha custaria ao País a cessão de importantes componentes da sua soberania, mas permitiu ao fascismo sobreviver por mais uns anos. Em 1949, a ditadura fascista portuguesa participava na criação da OTAN , organização militar que afirmava defender o «mundo livre»; as guerras coloniais foram travadas, do lado do exército fascista, com armamento proveniente da OTAN, a mesma que procurou interferir com o rumo progressista e libertador da revolução portuguesa que, a 25 de Abril de 1974, pôs fim ao fascismo.

Do lado dos trabalhadores e do povo português, e da sua vanguarda organizada – o PCP, foi constante a luta contra o fascismo, a guerra e as suas conseqüências nas condições de vida das camadas populares: no início da década de 40, na seqüência da reorganização do Partido, realizaram-se grandes jornadas de luta; em Maio de 1945, ao apelo do PCP, milhares celebraram a vitória aliada exigindo o fim da ditadura. Ao mesmo tempo, desenvolvia-se a unidade antifascista, concretizada na criação do MUNAF e, mais tarde, do MUD e do MUD Juvenil. A longa e tenaz luta contra o fascismo conheceu ao longo das décadas momentos de impetuoso avanço e violento refluxo. Mas nunca cessou, desembocando, em 1974, na Revolução de Abril. 

Fonte:  site Avante


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