O cinismo dos grandes “empreendedores”
do capitalismo não tem limites. Agora é
a vez da poderosa Microsoft. Não há o que temer, porque também não há novidade alguma sobre esse famigerado e imoral modelo. Você esperava algo diferente?
A vertente mais proeminente dele, a que denominamos de fascismo, tem lançado mão de expedientes que não deveriam provocar balbúrdia para quem
está acostumado com injustiças, mentiras e crimes dos mais diversos.
Não é de hoje que as investidas dos criminosos na ânsia louca da busca de “dividendos” e da
ampliação de seus domínios tem
provocado discussões variadas e acaloradas
batalhas intelectuais.
Não é difícil, todavia, atingir algumas conclusões que nos parecem muito
insinuantes. Sim, aquelas sentenças cáusticas, proferidas por Omar Kayyam
ainda conservam relativa validade: ” Na minha mocidade, frequentei doutores e
santos, e ouvi infinitas discussões sobre
isto e mais aquilo, mas sempre saia tão ignorante como
entrara” A
matéria, das próximas linhas , é
reveladora.
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"Esta nova capacidade resulta numa recolha com uma resposta muito
mais completa e instantânea", sublinha uma newsletter interna da NSA, que
acrescenta: "Este sucesso é o resultado do trabalho do FBI durante muitos
meses junto com a Microsoft para ter esta solução de recolha de dados a
funcionar".
Estados Unidos - Esquerda - Novo artigo publicado pelo The Guardian
mostra como a Microsoft trabalhou com a NSA para permitir que os programas de
vigilância contornassem as proteções instaladas pela própria empresa nos seus
serviços de mail, de "cloud", e nas ligações de som e vídeo feitas
através do Skype. Ironicamente, o marketing da empresa de Bill Gates afirma que
"A sua privacidade é a nossa prioridade".
Um novo artigo publicado na noite
desta quinta-feira no site do jornal britânico The Guardian e assinado por
Glenn Greenwald, o jornalista e jurista que tornou públicas pela primeira vez
as revelações de Edward Snowden, e também por Ewen MacAskill, Laura Poitras,
Spencer Ackerman e Dominic Rushe traz novas revelações que mostram que os
técnicos da Microsoft trabalharam estreitamente com a Agência de Segurança
Nacional (NSA) dos Estados Unidos, bem como com o Federal Bureau of
Investigation (FBI) para facultar o acesso de programas de vigilância em massa,
como o PRISM, aos seus serviços de e-mail, como o recém-lançado portal
Outlook.com (que inclui o popular Hotmail) ou ao serviço de "cloud"
(armazenamento de ficheiros em servidores na Internet) SkyDrive.
"A sua privacidade
é a nossa prioridade"
Ironicamente, a última campanha
de marketing da Microsoft usava o slogan "A sua privacidade é a nossa
prioridade". Mas os documentos a que o Guardian teve acesso mostram que os
técnicos da empresa de Bill Gates trabalharam em equipa com os da NSA para
permitir que a agência tivesse acesso às conversas trocadas em sistemas de
chatno portal Outlook.com, contornando os sistemas de criptografia que os
protegem. Isto é: a Microsoft criou e entregou aos espiões da NSA uma forma de
contornar os seus próprios sistemas de segurança. Os espiões da agência já
tinham acesso aos mails da Microsoft antes da sua encriptação.
O artigo revela ainda que desde
que, em julho do ano passado, a Microsoft comprou o Skype, um serviço de
telecomunicações de voz e vídeo através da Internet, a NSA obteve uma nova
capacidade que lhe permitiu triplicar a captura de vídeos através do sistema.
As estimativas mostram que o Skype tem algo como 663 milhões de utilizadores à
escala planetária.
Um documento da NSA citado pelo
Guardian afirma que a monitorização dos vídeos do Skype triplicou desde julho
de 2012, e elogia o trabalho de equipa entre os técnicos da empresa, da NSA e
do FBI.
A política de privacidade do
Skype afirma que a empresa está "comprometida a respeitar a sua
privacidade e a confidencialidade dos seus dados pessoais, dados de tráfego e
conteúdo das comunicações".
"Trabalho do FBI durante muitos meses junto com a Microsoft"
A cooperação da Microsoft's
estendeu-se ao serviço ode armazenamento em "cloud" SkyDrive. Durante
muitos meses, diz um documento citado pelo artigo, técnicos da empresa e do FBI
cooperaram para que o programa de vigilância PRISM tivesse acesso a todo o
conteúdo armazenado no SkyDrive sem ter de fazer um pedido especial. "Esta
nova capacidade resulta numa recolha com uma resposta muito mais completa e
instantânea", sublinha uma newsletter interna da NSA, que acrescenta:
"Este sucesso é o resultado do trabalho do FBI durante muitos meses junto
com a Microsoft para ter esta solução de recolha de dados a funcionar".
Ouvida pelo jornal britânico, a
Microsoft disse que fornece dados de clientes apenas em resposta a pedidos
específicos do governo".
Mas sabe-se que um tribunal
secreto de vigilância permite que as comunicações na net sejam recolhidas pelos
programas de vigilância sem um mandato judicial individual se o agente da NSA
tiver 51% de convicção que o alvo não é um cidadão dos EUA e não está em solo norte-americano
Se o alvo for cidadão dos EUA é teoricamente necessário um mandato, mas a NSA
pode coletar dados sem mandato se o cidadão for estrangeiro e localizado no
exterior. Isto é, se for você,
leitor.
fonte: site Diario Liberdade
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