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sexta-feira, 8 de março de 2013

Estudantes protestam contra a repressão policial e ocupam a reitoria da UFMT



Seis estudantes  presos  durante  uma manifestação continuam detidos.   Dois advogados também. Em protesto os estudantes ocuparam a reitoria e afirmam "Permanecemos na reitoria, pois a comunidade acadêmica não deve se calar"

PCO-A truculência da polícia militar contra dezenas de estudantes da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) que protestavam causou grande revolta. Mais de dez ficaram feridos pelas balas de borracha atiradas de uma pequena distância e seis foram presos. As fotos dos estudantes presos na cela evidenciam a brutalidade com que foram agredidos. Um dos estudantes recebeu mais de 10 balas no peito e continua sangrando na prisão.

Uma universitária de 49kg teve o pulso quebrado e terá que fazer cirurgia em além de precisar colocar pino e fazer fisioterapia.
 Os advogados Ioni Ferreira Castro Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat) e Marco Antônio um criminalista foram detidos na tarde do dia 6 de março pela Polícia Militar após pedirem para acompanhar os estudantes universitários presos para a confecção do Boletim de Ocorrência.

 “Só se via ações truculentas como essa em tempos de ditadura militar. Este é um atentado violento contra o Estado Democrático de Direito. A Constituição da República garante em seu artigo 5º, a livre manifestação, a liberdade de expressão sem censura e independente de licença. Esse fato abre precedente para abusos. Não se bate em estudantes porque simplesmente estavam protestando contra algo e, pior ainda, não se detém advogados que estão exercendo a defesa de cidadãos, como aconteceu na noite passada. São atitudes lamentáveis”, afirmou o presidente da OAB/MT, Maurício Aude.

 A manifestação foi organizada pelos estudantes contra o despejo de 50 alunos das Casas do Estudante Universitário. A reitoria da universidade decidiu fechar as cinco Casas de Estudante Universitário (CEUs) sem apresentar nenhuma alternativa para esses moradores.
 O número de vagas já é restrito. Não atende nem 1% dos mais de 10 mil alunos e a reitoria decide fechar essas casa e despejar os estudantes.

 O protesto com cerca de 50 estudantes foi iniciado por volta das 13h30 da quarta-feira. Os estudantes partiram do Restaurante Universitário (RU) localizado dentro da UFMT e se dirigiram à Avenida Fernando Corrêa da Costa. Os estudantes informaram ainda que tentaram marcar uma reunião com a reitora Maria Lúcia Cavalli para discutir a questão e não conseguiram.

 Em frente ao campus universitário, os estudantes foram atacados pela ROTAM -Rondas Ostensivas Tático Móvel com o tratamento conhecido pela população com tapas no rosto, agressões verbais e balas de borracha a queima roupa. Segundo a imprensa a própria reitoria chamou a PM para reprimir a manifestação.
 Em seguida foram levados para o CISC (Centro Integrado de Segurança e Cidadania) Planalto, onde estão desde o fim da tarde de ontem.

 Os estudantes conseguiram filmar a truculenta ação da polícia e foi o que garantiu que todos vissem o que de fato ocorreu.
 Nesta quinta-feira os estudantes realizaram um grande ato pela cidade e foram até a reitoria da UFMT ocupando o prédio contra a reitoria e a repressão policial.

Fonte: site PCO
 


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