Apenas 1 metro de túnel por dia:
é o ritmo tucano de construir metrô
“No momento não temos nenhum Shield (tatuzão)
trabalhando nas obras do metrô em São Paulo”. A afirmação foi feita pelo
diretor de Engenharia e Construções do Metrô, Walter Ferreira de Castro Filho,
ao ser questionado pelo deputado Simão Pedro, na audiência pública que discutia
projeto de lei que autorizava o governo do Estado a realizar operação de
crédito junto ao BNDES, na última semana (dia 10/10), na Assembleia Legislativa
paulista.
Castro disse que, desde 2010, quando
inaugurada parte da linha 4 – Amarela, nenhum “tatuzão” está em atividade na
cidade.
A afirmação não prática significa que as obras
do metrô paulista estão utilizando-se somente do método construtivo NATM (New
Austrian Tunnelling Method), conhecido no Brasil como túnel mineiro. Nele, a
perfuração é feita com escavadora ao ritmo de um metro de túnel por dia. Isso
se contrapõe ao discurso do governo tucano de que as obras do metrô na capital
“estão a todo vapor”.
Com o tatuzão (Earth Pressure Balanced
Shield), método mecanizado, as escavações poderiam ganhar velocidade: seriam 14
metros de túnel diários. No entanto, o método não está sendo utilizado nas
atuais obras.
Atualmente em São Paulo estão sendo
construídas as linhas 5 – Lilás do Metrô, o monotrilho da linha 15 – Prata
(Vila Prudente-Cidade Tiradentes) e a 17 – Ouro (Congonhas-Jabaquara –
Morumbi). Na linha 5 – Lilás estão escavando as estações e terminando o túnel
que foi feito pelo método mineiro (NATM) ligando a estação do Largo Treze à
Adolfo Pinheiro.
A falta deste equipamento em obras do Metrô já
foi questionada outras vezes por deputados do PT. Em outubro de 2010,
representação da Bancada petista ao Ministério Público Estadual apontava que,
entre outros problemas, no contrato da linha 4-Amarela o Metrô havia feito a exigência
de utilização do equipamento shield, (tatuzão) o que eliminou do certame
licitatório diversas empresas que estariam habilitadas para fazer as obras por
outro método construtivo, e, posteriormente, já assinado o contrato, a
companhia alterou o método construtivo, deixando de exigir a utilização do
equipamento.
Fonte: site PT
Alesp
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