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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Devagar Apenas 1 metro por dia: o ritmo tucano de construir metrô.


Apenas 1 metro de túnel por dia: é o ritmo tucano de construir metrô

 “No momento não temos nenhum Shield (tatuzão) trabalhando nas obras do metrô em São Paulo”. A afirmação foi feita pelo diretor de Engenharia e Construções do Metrô, Walter Ferreira de Castro Filho, ao ser questionado pelo deputado Simão Pedro, na audiência pública que discutia projeto de lei que autorizava o governo do Estado a realizar operação de crédito junto ao BNDES, na última semana (dia 10/10), na Assembleia Legislativa paulista.

 Castro disse que, desde 2010, quando inaugurada parte da linha 4 – Amarela, nenhum “tatuzão” está em atividade na cidade.

 A afirmação não prática significa que as obras do metrô paulista estão utilizando-se somente do método construtivo NATM (New Austrian Tunnelling Method), conhecido no Brasil como túnel mineiro. Nele, a perfuração é feita com escavadora ao ritmo de um metro de túnel por dia. Isso se contrapõe ao discurso do governo tucano de que as obras do metrô na capital “estão a todo vapor”.


 Com o tatuzão (Earth Pressure Balanced Shield), método mecanizado, as escavações poderiam ganhar velocidade: seriam 14 metros de túnel diários. No entanto, o método não está sendo utilizado nas atuais obras.

 Atualmente em São Paulo estão sendo construídas as linhas 5 – Lilás do Metrô, o monotrilho da linha 15 – Prata (Vila Prudente-Cidade Tiradentes) e a 17 – Ouro (Congonhas-Jabaquara – Morumbi). Na linha 5 – Lilás estão escavando as estações e terminando o túnel que foi feito pelo método mineiro (NATM) ligando a estação do Largo Treze à Adolfo Pinheiro.

 A falta deste equipamento em obras do Metrô já foi questionada outras vezes por deputados do PT. Em outubro de 2010, representação da Bancada petista ao Ministério Público Estadual apontava que, entre outros problemas, no contrato da linha 4-Amarela o Metrô havia feito a exigência de utilização do equipamento shield, (tatuzão) o que eliminou do certame licitatório diversas empresas que estariam habilitadas para fazer as obras por outro método construtivo, e, posteriormente, já assinado o contrato, a companhia alterou o método construtivo, deixando de exigir a utilização do equipamento.


Fonte:  site PT  Alesp

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