Segundo conselheiros, o atual
reitor, interventor do PSDB, convocou a reunião para discutir a duração dos
mandatos dos dirigentes, tendo como objetivo garantir mais um mandato
Na próxima terça-feira, dia 26,
está convocada uma reunião do Conselho Universitário da USP para discutir o
estatuto da universidade.
Segundo a imprensa burguesa, o
objetivo é elaborar propostas para uma nova reunião que deliberaria sobre a
“estrutura de poder da universidade”.
A imprensa da USP, vinculada
diretamente a reitoria, não divulga as reuniões do Conselho Universitário,
muito menos o que foi deliberado.
O reitor, mesmo tendo ficado em
segundo lugar na consulta, foi nomeado pelo então governador do estado, José
Serra.
João Grandino Rodas, interventor
do PSDB, quer alterar a “estrutura de poder” da USP para garantir sua reeleição
ao cargo, segundo indicam alguns representantes do conselho.
Entre os tópicos da reunião está
“duração dos mandatos dos dirigentes”. Segundo alguns conselheiros, o reitor
não tem direito de se reeleger e isso se alteraria com modificações no estatuto
da universidade.
Rodas foi nomeado em novembro de
2009 para o cargo e seu mandato vence em novembro de 2013.
Serra passou por cima da vontade
da burocracia universitária que comanda a USP, menos de 1% do total de pessoas
da universidade, elegendo o segundo colocado na “eleição” para garantir que os
planos do PSDB fossem colocados em prática.
Em pouco mais de dois anos, Rodas
processou mais de cem estudantes e funcionários, entregou a linha de
funcionamento do ônibus circular para uma empresa privada, ajudou a colocar
catracas na Faculdade de Economia, Contabilidade e Administração (FEA), alterou
o regimento da pós-graduação retirando a sua gratuidade, assinou um convênio
com a polícia militar, entre inúmeras outras medidas.
Rodas também possui um histórico
que mostra sua vinculação estreita aos militares e até mesmo aos admiradores do
fascismo no Brasil, como Miguel Reale, que fundou a Ação Integralista
Brasileira (AIB).
Um reitor truculento e aliado dos
militares é o que o PSDB precisava para garantir a privatização da principal
universidade do País. Permanecendo no cargo, Rodas irá terminar de colocar em
prática todas as medidas para as quais foi empossado reitor.
Rodas também demitiu centenas de
funcionários, fechou cursos considerados de baixa procura e desinteressantes
para o mercado e atuou para garantir a existência de um curso de administração
pago dentro da USP.
Fonte: site PCO
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