O fundador do WikiLeaks, Julian Assange - Foto: Esther Dyson
Após ter sua extradição para a
Suécia determinada em última instância pela Justiça britânica, o fundador do
Wikileaks, Julian Assange, fugiu de sua prisão domiciliar e se alojou na
Embaixada do Equador no Reino Unido. Ele agora pede asilo político ao governo
de Rafael Correa.
A informação é do chanceler do
Equador, Ricardo Patiño, que informou nesta terça-feira (19) que o jornalista
solicitou asilo político ao país. De acordo com o diplomata, o requerimento já
está sendo avaliado.
Patiño disse à imprensa que
Assange enviou uma carta ao presidente do país andino, Rafael Correa, na qual
afirma que existe "perseguição" política contra ele.
A Corte Suprema britânica
anunciou na última quinta-feira (14) que o recurso feito por Assange após ser
condenado à extradição para a Suécia foi negado. A partir de agora não restam mais
possibilidades de reversão da sentença do jornalista dentro da Justiça do Reino
Unido.
Com a apelação julgada “sem
mérito” pelos magistrados britânicos e com a autorização para extradição, a
equipe de advogados de Assange havia ficado apenas com a opção de recorrer à
Corte Europeia de Direitos Humanos em Estrasburgo.
"A Corte Suprema do Reino
Unido desestimou o pedido apresentado por Dinah Rose, advogada do Sr. Julian
Assange, que buscava reabrir sua apelação", declarou a máxima instancia
judicial do país na ocasião.
Os magistrados haviam aprovado a
extradição de Assange no fim do último mês de maio. Contudo, sua defesa decidiu
reabrir imediatamente a causa requerendo a revisão da sentença que autorizava a
extradição.
O fundador do WikiLeaks, que
revelou milhares de documentos confidenciais da cúpula política, diplomática e
militar dos EUA, foi detido em Londres mediante uma ordem de extradição movida pelas autoridades
da Suécia. Durante todo o decorrer de seu julgamento, viveu sob fortes medidas
de segurança na mansão de um amigo seu no sudeste da Inglaterra. Ele recorreu
da decisão ao Supremo depois de o Tribunal Superior aprovar seu envio à
Estocolmo em novembro do ano passado.
Fonte: site Brasil de Fato e Opera
Mundi Fillipe Mauro,
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