La Paz - O governo boliviano e os
policiais amotinados insistirão no diálogo hoje com a intenção de buscar uma
solução ao conflito que vive o país há cinco dias, depois de interromper as
conversas na madrugada.
As partes retomaram as
negociações na noite anterior, mas na madrugada voltaram a adiá-las por falta
de um acordo, e enquanto os agentes da ordem amotinados mantêm o controle da
Praça Murillo, onde se encontram o Palácio de Governo, a Assembleia Legislativa
e o Ministério de Relações Exteriores.
Desde as 10:00 hora local, representantes do
Governo e os agentes sediciosos tentarão buscar um pacto definitivo, depois dos
agentes não terem reconhecido o primeiro pacto, assinado na madrugada de
domingo, após quase 70 horas de negociações ininterruptas.
Segundo declarações do vice-ministro de Regime
Interior, Jorge Pérez, através do canal Bolívia TV, "avançamos em alguns
pontos... esperamos a reflexão e que em decorrência de hoje se resolva este
conflito para que a tranquilidade volte".
Ao mesmo tempo, a presidenta da Assembleia
Permanente de Direitos Humanos de La Paz, Teresa Zubieta, expressou sua
satisfação pelo avanço nas conversas e afirmou que inicialmente foi revisado o
acordo anteriormente subscrito.
Segundo Zubieta, "o tema mais delicado é
o salarial e temos confiança que, ao retomar o diálogo às 10 da manhã, será
resolvido".
O amotinamento policial iniciou-se ao meio dia
da passada quinta-feira, quando um grupo de 30 agentes de baixo escalão
encapuzados e umas 10 esposas tomaram por assalto a Unidade Tática de Operações
Policiais, próxima à Praça Murillo, nesta capital.
Os sublevados exigiram ajuste salarial como
das Forças Armadas, aposentadoria com o último salário e a revogação da Lei 101
de Regime Disciplinar.
A partir desse momento, no entanto, os
protagonistas da revolta causaram sérios estragos em quartéis e dependências do
Ministério de Governo.
Na madrugada do passado domingo, depois de
mais de 70 horas de diálogo, as partes chegaram a um acordo, que não foi
reconhecido pelos amotinados em diferentes estados do país.
Ontem, a situação piorou e os policiais tomaram
a histórica Praça Murillo, onde estão localizadas as principais dependências do
Governo, além de marchar em frente a vários ministérios em atitude ameaçadora.
Fonte : Prensa Latina
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