Resumen Latinoamericano – A
televisão israelense admitiu que a unidade de assassinato ‘Kidon’, uma
subsidiária do serviço de inteligência israelense (Mossad), foi autor de ao
menos 40 operações em diferentes partes do mundo, incluindo o Irã.
Entre as figuras assassinadas por
este departamento secreto israelense se encontram os cientistas nucleares
iranianos e o alto comandante do Movimento de Resistência Islâmica Palestina
(HAMAS), Mahmoud al-Mabhouh, este último durante uma operação realizada em
2010, em Dubai (Emirados Árabes Unidos), revela neste domingo a agência
palestina de notícias Sama, citando um informe do canal dois da televisão
israelense.
Ronen Bergman, importante
especialista em agências de inteligência de Israel, em entrevista ao jornal
hebreu Yedioth Ahronoth, considerou a Kidon como um pequeno Mossad dentro do
Mossad, uma formação que oferece treinamento militar a seus integrantes em um
lugar isolado e, inclusive, o restante dos elementos do Mossad não sabem os
nomes reais de seus componentes.
Uma das principais tarefas
designadas aos agentes da Kidon é levar a cabo missões especiais de sequestro,
execução e assassinato, segundo o informe. Entre outras missões do dito
departamento estão os homicídios e assassinatos com êxito, tendo como objetivo
a dissuasão, a intimidação e a frustração das supostas atividades hostis contra
Israel.
De acordo com o documento, Kidon
é a única unidade no mundo que leva a cabo oficialmente as tarefas de
assassinato e é composta por equipes integradas por uma dúzia de pessoas cada
uma.
As autoridades palestinas
atribuem, também, à Kidon o assassinato do fundador do movimento Jihad Islâmica
Palestina, Fathi Shiqaqi, em 1995.
Os integrantes da unidade de
terror do Mossad, a Kidon, que trabalham sob os nomes de personagens fictícios,
se encarregam também do assassinato de cientistas nucleares em diferentes
pontos do mundo e dos dirigentes nazistas que ainda estão vivos, segundo o
informe.
No início deste mês, o ministro
israelense de assuntos militares, Moshe Yaalon, admitiu em uma entrevista
concedida ao semanário alemão Der Speigel que a inteligência de Israel esteve
por trás do assassinato dos cientistas nucleares iranianos, destacando: “Está
muito claro, de uma maneira ou outra (…) o programa iraniano tem que ser
freado”.
O funcionário israelense ameaçou
abertamente com mais ataques a cientistas iranianos ou ações de sabotagem
contra os sistemas informáticos do país persa, já que o regime de Tel Aviv “não
vai tolerar um Irã armado com bombas atômicas”.
Nos últimos anos, quatro
cientistas iranianos vinculados ao programa nuclear pacífico do país perderam a
vida em atentados terroristas: Masud Ali Mohamadi (janeiro de 2010), Mayid
Shahriari (novembro de 2010), Dariush Rezaineyad (julho de 2011) e Mostafa
Ahmadi Roshan (11 de janeiro de 2012).
O regime de Tel Aviv, o principal
autor e divulgador da iranofobia no mundo, alega que o programa de energia
nuclear iraniana possui dimensões militares e, apesar do recente acordo nuclear
obtido entre Teerã e o Grupo 5+1 (EUA, o Reino Unido, França, Rússia, China
mais a Alemanha), busca pressionar as partes ocidentais para que bloqueiem um
acordo definitivo com o Irã, algo que considera como um “erro estratégico” e
uma ameaça para sua sobrevivência.
A negativa israelense a um pacto
Irã-G5+1 se dá enquanto oculta em seus arsenais mais de 200 ogivas nucleares e
se nega a aderir ao Tratado de Não Proliferação (TNP), tampouco permite
inspeções a suas instalações nucleares, apesar das solicitações das Nações
Unidas.
Fonte:
http://www.resumenlatinoamericano.org/2015/09/04/unidad-israeli-kidon-autor-de-40-operaciones-terroristas-en-el-mundo/
Tradução: Partido comunista
Brasileiro (PCB)
Fonte: PCB
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